Visitante
Higiene de Alimentos na Escola
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
fulgêncio antônio santos
20241012024428985
departamento de ciências básicas
Caracterização da Ação
ciências biológicas
educação
saúde
segurança alimentar e nutricional
municipal
Não
Membros
silvania saldanha da silva pinto
Vice-coordenador(a)
ana lívia da cunha de andrade
Bolsista
joão gabriel de souza perdigão
Voluntário(a)
fernanda ursino da cruz
Voluntário(a)
dálida aparecida pinto
Voluntário(a)
priscila núbia rafael souza
Voluntário(a)
leticia vieira
Voluntário(a)
natália mara vieira
Voluntário(a)
luana esteves sena
Voluntário(a)
jordana cotta parma
Voluntário(a)
adler henrique de paula barroso
Voluntário(a)
jamily julia soares
Voluntário(a)
glaciane simões de oliveira
Voluntário(a)
Um dos espaços que detém um contexto privilegiado para desenvolvimento de práticas educativas em saúde é a escola. Isso porque o ambiente escolar é um lugar que desenvolve sujeitos capazes de transformar a realidade, já que exerce uma grande influência sobre seus alunos, nas etapas formativas mais importantes de suas vidas e, consequentemente, também sobre suas famílias. Assim, a escola é o local ideal para se realizar programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e repercussão. A melhor maneira de aperfeiçoar os cuidados de saúde consiste em coordenar a comunidade para que as pessoas procurem, juntas, melhorar as próprias condições de vida. A preparação de grande quantidade de alimentos, como ocorre em instituições de ensino na preparação da merenda escolar, implica em riscos para os estudantes, professores e funcionários em geral, sendo de grande importância a utilização de medidas profiláticas para a diminuição deste problema. ´É enorme o potencial das ações de promoção da saúde na infância e adolescência pois esses são períodos do desenvolvimento humano nos quais se estabelecem o comportamento, caráter, personalidade e estilo de vida, e que o ambiente em que o jovem está inserido é um dos principais fatores influenciadores. Diante desta realidade, torna-se premente a adoção de ações educativas capazes de estimular a prática de hábitos saudáveis. Além disto, as crianças do ensino fundamental, de uma escola pública de Diamantina, público alvo deste projeto, são consideradas como indivíduos pertencentes à sua comunidade, capazes de atuar em suas esferas sociais (família, escola etc.) como promotoras da saúde. Assim, este projeto, adotando uma visão de Educação em Saúde, possui como estratégia principal, investigar os conhecimentos prévios de crianças do ensino fundamental de uma escola pública de Diamantina, sobre hábitos de higiene, enfatizando a importância da higiene dos alimentos, visando à adoção de atitudes e condutas que levem a promoção da saúde e prevenção de doenças.
Educação, Saúde, Higiene dos Alimentos, Ensino Fundamental
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no. 5692/1971) tornou obrigatória a inclusão de programas de saúde nos currículos plenos de ensino de 1o e 2o graus (GARCIA-ZAPATA; MARSDEN,1994), tendo sido também aí que a Educação em Saúde foi implantada nos currículos escolares. A Educação em Saúde constitui uma prática orientada para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Por meio dessa técnica, o conhecimento, cientificamente produzido na área da saúde, é transmitido pelos profissionais às pessoas comuns, atingindo, efetivamente, seu cotidiano, uma vez que a compreensão dos condicionantes do processo saúde-doença oferece subsídios para a adoção de novos hábitos e condutas que promovem o bem-estar e qualidade de vida (BRASIL, 2014; SCOTNEY, 1981; SANTOS, 2003). A preparação de grande quantidade de alimentos, como ocorre em instituições de ensino na preparação da merenda escolar, implica em riscos para os estudantes (principalmente as crianças), professores e funcionários em geral, sendo de grande importância a utilização de medidas profiláticas para a diminuição deste problema, através dos aspectos higiênico-sanitários no preparo do alimento, treinamento de pessoal e a informação sobre educação sanitária (Luz & Fortuna, 2015). Além disso, as toxinfecções alimentares causam prejuízos econômicos, devido à paralisação das atividades produtivas, pelos gastos com o tratamento médico necessário e pelo desperdício de alimentos (FAO, 2003). Para Pelicioni e Torres (1999), a informação é essencial, mas, se isolada da promoção de aprendizagem adequada, não leva as pessoas a dotarem estilos de vida saudáveis ou modificar condutas que levem à doença. Neste sentido conhecimentos adquiridos na infância são levados para a vida inteira. Podemos constatar que dificilmente adultos modificam hábitos adquiridos na infância. Entretanto, no momento que as crianças estão adquirindo tais conhecimentos, estes podem ser modificados, alguns reforçados e outros aprendidos. Diante desta realidade, torna-se premente a adoção de ações educativas capazes de estimular a prática de hábitos saudáveis. Além disto, as crianças do ensino fundamental, de uma escola pública de Diamantina, público alvo deste projeto, são consideradas como indivíduos pertencentes à sua comunidade, capazes de atuar em suas esferas sociais (família, escola etc.) como promotoras da saúde. Desta forma, este projeto, adotando uma visão de Educação em Saúde, possui como estratégia principal, investigar os conhecimentos prévios de crianças do ensino fundamental de uma escola pública de Diamantina, sobre hábitos de higiene, enfatizando a importância da higiene dos alimentos, visando a adoção de atitudes e condutas que levem a promoção da saúde e prevenção de doenças.
A promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, que considera seu contexto familiar, social e ambiental. Nessa perspectiva, a atividade principal da promoção da saúde é desenvolver a autonomia e a responsabilidade das pessoas e comunidades com sua saúde, além de ser uma prática social crítica e transformadora, amplamente utilizada na prevenção de doenças e agravos à saúde (BRASIL, 2014). As ações de promoção da saúde podem ser entendidas como o processo de capacitação da comunidade e representam a maior possibilidade de impacto nas suas condições de vida e saúde (Stotz e Araújo, 2004; Morais, 2010). A promoção da saúde visa assegurar a igualdade de oportunidades e proporcionar os meios que permitam às pessoas realizar completamente seu potencial de saúde. Os indivíduos e as comunidades devem ter oportunidade de conhecer e controlar os fatores determinantes da sua saúde. Ambientes favoráveis, acesso à informação, habilidades para viver melhor, bem como oportunidades para fazer escolhas mais saudáveis, estão entre os principais elementos capacitantes (Buss, 2000). Um dos espaços que detém um contexto privilegiado para desenvolvimento de práticas educativas em saúde é a escola. Isso porque o ambiente escolar é um lugar que desenvolve sujeitos capazes de transformar a realidade, já que exerce uma grande influência sobre seus alunos, nas etapas formativas mais importantes de suas vidas e, consequentemente, também sobre suas famílias. Assim, a escola é o local ideal para se realizar programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e repercussão (GONÇALVES et al., 2008). Em 2007 foi criado, no Brasil, o Programa Mais Saúde: direito de todos. Este Programa propõe metas e ações distribuídas em eixos de intervenção, com o propósito de melhorar o acesso às ações voltadas para a saúde e garantir que sejam ofertados serviços de qualidade à sociedade. Neste contexto, foi também criado, por meio de uma proposta entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Ministério da Educação (MEC), um Programa destinado à promoção da saúde do estudante da educação básica denominado Programa de Saúde na Escola (PSE). O Programa Saúde na Escola foi estabelecido em 2007 e fundamentado no objetivo de proporcionar a formação de sujeitos sociais com capacidade para a crítica e a construção de saberes. Em decorrência disto, a escola torna-se, neste contexto, um ambiente promotor da saúde, no qual as pessoas adquirem conhecimento sobre qualidade de vida e direitos humanos. A promoção da saúde na escola deve ser realizada em conjunto com profissionais de educação, de saúde, pais, estudantes e demais membros da comunidade para que exista integração no esforço de transformar a escola em um ambiente saudável. A escola apresenta importante papel na formação de hábitos saudáveis das crianças e adolescentes devido à sua função social. Sendo assim, a instituição escolar pode ser compreendida como ambiente adequado para a prática da educação alimentar, pois esta, normalmente, representa o primeiro grupo social depois da família e, dessa maneira, contribui para o desenvolvimento integral dos escolares (ROCHA; FACINA, 2017). O tratamento da água e higienização das frutas e verduras são aspectos da saúde ambiental que irão prevenir verminoses e diarreias e consequentemente reduzir os índices de desnutrição e suas complicações (COSTA, 2013). Doenças transmitidas por alimentos (DTA) são doenças provocadas pelo consumo de alimentos que ocorrem quando micróbios prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas estão presentes no alimento. Os sintomas mais comuns de DTA são vômitos e diarréias, podendo também apresentar dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão, olhos inchados, dentre outros. Para adultos sadios, a maioria das DTA dura poucos dias e não deixa sequelas; para as crianças, as grávidas, os idosos e as pessoas doentes, as consequências podem ser mais graves, podendo inclusive levar à morte (ANVISA, Resolução RDC no 216/2014). Segundo Buss, (2000) é enorme o potencial das ações de promoção da saúde na infância e adolescência. O autor afirma que esses são períodos do desenvolvimento humano nos quais se estabelecem o comportamento, caráter, personalidade e estilo de vida, e que o ambiente em que o jovem está inserido é um dos principais fatores influenciadores. É preciso, então, ações generalizadas que provoquem transformações nos sujeitos, para que passem a atuar com gradações crescentes de controle nas situações a que são submetidos, isto é, que atuem como cidadãos. Nesse sentido, a promoção da saúde coloca a educação - institucional ou não - como uma forma de desenvolver o exercício da cidadania, para, desse modo, fortalecer atitudes que melhorem as condições de saúde e vida (BYDLOWSKI; WESTPHAL; PEREIRA, 2004). O ambiente escolar, além de ser um espaço fértil da disseminação de conhecimentos, é o local onde melhor pode-se encontrar espaço para inserir na sociedade novas práticas e novos hábitos. Todo conhecimento disseminado nas escolas tem também por objetivo desenvolver práticas na sociedade, entretanto pouco se vê o ambiente escolar incentivando a cultura dos bons hábitos, tanto pelos métodos ultrapassados que mecanizaram a educação, quanto pela falta de recursos, tempo e preparação ideal fornecida aos profissionais docentes (CARVALHO & WATANABE, 2019, Ramos et al., 2020). O Brasil é um dos que mais registram no mundo a incidência de doenças causadas por parasitas e vermes, e as maiores vítimas são as crianças. A higiene pessoal é um tópico envolvido e estudado na educação não formal, incluindo os cuidados diários que os indivíduos devem realizar com seus próprios corpos. Os hábitos de higiene não se limitam a tomar banho ou escovar os dentes após cada refeição, mas também prestar atenção à dieta, beber água filtrada e outros comportamentos que ajudam a manter a saúde física e mental (CRUZ, 2018). Atualmente, a temática da saúde na escola recebe importante atenção de diversos organismos internacionais, em especial, a Organização Mundial de Saúde e a UNESCO, o que confirma sua relevância em âmbito mundial (CARVALHO, 2015). Nesse contexto, um projeto de extensão promovendo educação em saúde é de grande importância, pois vai além do conteúdo técnico-científico, contemplando fatores relacionados à cidadania e ao empoderamento dos envolvidos, integrando estratégias pedagógicas que propiciam discussão, problematização e reflexão. São necessários programas de promoção à higiene dos alimentos que se afastem da ideia simplista de que o conhecimento sobre microrganismos e doença é suficiente para mudar o comportamento. O projeto atende a diretriz pactuada pelo Forproex, de acordo com o item Impacto na formação do estudante, no qual as atividades de extensão universitária constituem aportes decisivos à formação do estudante, seja pela ampliação do universo de referência que ensejam, seja pelo contato direto com as grandes questões contemporâneas que possibilitam. Os resultados obtidos no projeto permitirão o enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos, ao mesmo tempo em que abrem espaços para a reafirmação e a materialização dos compromissos éticos e solidários da universidade pública brasileira. Nesse sentido, a participação do estudante nas ações de extensão universitária deve estar sustentada em iniciativas que viabilizem a flexibilização curricular e a integralização de créditos. O projeto também atende a diretriz para extensão universitária, indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão, tendo em vista que o suposto é que as ações de extensão adquirem maior efetividade se estiverem vinculadas ao processo de formação de pessoas (ensino) e de geração de conhecimento (pesquisa). As diretrizes de interdisciplinaridade e interação dialógica, também são contempladas no projeto. Diante deste contexto, pretende-se com este projeto proporcionar às crianças do ensino fundamental de uma escola pública de Diamantina, bem como suas famílias oportunidades para fazer escolhas mais saudáveis, estimular atitudes positivas e dinâmicas em relação à sua saúde. A estratégia fundamental adotada neste projeto será a investigação dos conhecimentos prévios desta comunidade sobre hábitos de higiene, enfatizando a higienização dos alimentos, visando à adoção de atitudes e condutas que levem a promoção da saúde e prevenção de doenças por meio da educação em saúde.
Geral Desenvolvimento de ações educativas de incentivo à higienização dos alimentos em crianças do Ensino Fundamental de uma escola Estadual de Diamantina/MG. Específicos Chamar a atenção de alunos do ensino fundamental a respeito do conceito de saúde, utilizando como base o conhecimento das crianças sobre hábitos de higiene dos alimentos e pessoal; Convidar os alunos, de maneira descontraída, a refletirem sobre a necessidade do cuidado com a saúde por meio da promoção de hábitos de higiene; Auxiliar na compreensão e o conhecimento de conceitos básicos de microbiologia e de alguns agentes causadores de doenças gastrointestinais que podem ser prevenidas por meio da adequada higienização dos alimentos; Orientar os alunos sobre as formas adequadas de higienização dos alimentos; Estimular os alunos, por meio de atividades extracurriculares, transmitindo corretamente as informações utilizando-se de uma linguagem acessível à sua compreensão; Permitir que discentes dos cursos da saúde e um técnico de Laboratório da UFVJM conheçam a realidade desta comunidade escolar, foco deste projeto, de forma que possam interagir na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos e saberes.
Como previsão de impacto direto pretende-se incentivar a prática de hábitos de higiene, em especial a higiene dos alimentos, como formas de promoção da saúde e prevenção de doenças; Com a prevenção de doenças como as gastrointestinais e seus principais agentes patogênicos, pretende-se contribuir para a redução da prevalência dessas doenças entre crianças do município de Diamantina/MG. Propiciar a cerca de 280 crianças o acesso à informação de forma a promover mudanças, bem como a oportunidade de fazer escolhas mais saudáveis com base no conhecimento. Promover a divulgação de conhecimento básico de microbiologia, em linguagem simples e acessível aos alunos do ensino fundamental. Como previsão de impacto indireto estas práticas poderão ser estendidas para cerca de 280 famílias, cerca de 20 funcionários e familiares dos funcionários. Entre os seis acadêmicos espera-se que os mesmos aprendam a lidar com as dúvidas mais frequentes sobre noções básicas de microbiologia, higiene dos alimentos e pessoal, de modo a intervir de forma segura, resolutiva e cooperativa diante do público escolar selecionado.
Este projeto será realizado na Escola Estadual Matta Machado, em Diamantina, Minas Gerais, no período de fevereiro de 2024 a dezembro de 2024, beneficiando cerca de 280 alunos de 06 a 12 anos. A escola foi selecionada em função de sua disponibilidade e por buscar a promoção da saúde, uma vez que é composta por uma equipe multidisciplinar, que prontamente se dispôs em participar da execução do projeto. Participarão da execução do projeto seis acadêmicos dos cursos da saúde (por selecionar), dentre eles um bolsista. A participação do aluno no projeto em questão não dependerá de sua carga horária cumprida no curso. Este projeto contará com quatro fases, sendo elas: Primeira Fase: Para iniciar o projeto, serão realizadas reuniões na UFVJM com os acadêmicos selecionados para apresentação do projeto e capacitação dos mesmos. Também na UFVJM os acadêmicos confeccionarão, em conjunto, material educativo (para cada faixa etária) referente aos microrganismos, higiene pessoal, higiene dos alimentos e roteiro para a avaliação da contaminação de alimentos. Segunda Fase: Neste momento, as duplas de discentes realizarão a primeira reunião com os alunos em sala de aula, momento em que irão explicar o objetivo do projeto e certificar do seu interesse e/ou dos responsáveis em participar do “Higiene de Alimentos na Escola”. Neste encontro será enviado um informativo para os responsáveis dos alunos para que haja a autorização dos mesmos na participação do projeto. Terceira Fase: Será agendada Atividade 1, momento em que será utilizado o material educativo confeccionado para a orientação dos alunos e de seus responsáveis. Além disso, serão realizadas atividades interativas (para cada faixa etária) a respeito dos hábitos de higiene, em especial higiene dos alimentos e conceitos básicos de microbiologia. As crianças serão levadas ao laboratório de Microbiologia da UFVJM, após a autorização dos responsáveis e sob a supervisão do Professor coordenador do projeto, discentes bolsista e voluntários e a Profa. Regente. Ainda neste encontro será realizada uma prática, seguindo um roteiro previamente estabelecido para cada faixa etária, para avaliar as condições de higiene e contaminação dos alimentos. Para realizar esta avaliação microbiológica serão utilizadas placas de Petri descartáveis, contendo ágar nutriente esterilizados. Os alunos serão agrupados para a execução da prática. Os grupos receberão placas de ágar nutriente onde realizarão o inóculo de swabs contaminados com alimentos lavados com água e alimentos higienizados com água sanitária. Também serão utilizadas placas de ágar nutriente contendo fragmentos de unhas cortadas, fios de cabelo, swab de nariz e swab de garganta. As placas de ágar nutriente serão incubadas em estufa à 37oC por 48 horas. Todo o material será preparado e incubado no Laboratório de Microbiologia do Campus 1 da UFVJM. Este encontro terá duração máxima de 1 hora e 30 minutos. Quarta Fase: Após o período de incubação do material inoculado nas placas de Petri contendo o ágar nutriente, será agendada Atividade 2. Neste momento será feita a leitura dos resultados salientando a importância da higiene, com ênfase na higiene dos alimentos, como forma de prevenção de doenças gastrointestinais. Também serão abordadas as formas mais adequadas de se realizar a higienização dos alimentos. A prática microbiológica será executada com toda a segurança, no Laboratório de Microbiologia, Campus 1 da UFVJM, com material descartável, de modo que não haja nenhum risco para os alunos do ensino fundamental. Também cabe salientar que a identidade destes alunos será preservada na apresentação dos resultados do projeto em eventos. Este encontro terá duração máxima de 1(uma) hora. Por último, será elaborado um relatório sobre o projeto como um todo. Além das atividades supracitadas, pretende-se expor os resultados desta experiência em eventos locais e nacionais que envolvam ensino, pesquisa e extensão. Todas as etapas mencionadas ocorrerão sob a supervisão do coordenador e colaboradores deste projeto. Este projeto recebeu o aceite da Escola Estadual Matta Machado (Carta de Aceite em Anexo).
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Os estudantes e o Técnico de Laboratório se envolverão em todo o desenvolvimento do projeto, participando da elaboração do material educativo, aplicação do mesmo, análise, bem como da dinâmica com os alunos de ensino fundamental e posteriormente da avaliação dos resultados. Para a condução do referido projeto, é imprescindível a participação de discentes da área da saúde, em função dos conhecimentos que os mesmos têm na área. Por sua vez, este projeto poderá favorecer a formação dos acadêmicos envolvidos, uma vez que será uma oportunidade para que os mesmos reforcem seu conhecimento sobre bons hábitos de higiene, em especial a higiene dos alimentos. Também poderão estudar mais especificamente a respeito de microrganismos patogênicos que podem ser transmitidos pelos alimentos e as implicações dessas contaminações. Os acadêmicos realizarão as seguintes atividades: elaboração de material didático sobre microbiologia básica, higiene pessoal, higiene dos alimentos e roteiro para a avaliação da contaminação dos alimentos, desenvolvimento de atividades interativas, preparo de meios de cultura, culturas de bactérias e fungos e lâminas contendo bactérias e fungos. Para tanto, os discentes envolvidos serão acompanhados e orientados pelo coordenador e colaboradora a cada atividade desenvolvida nas etapas do projeto, sendo ofertado material complementar para o estudo e aprofundamento do tema. Em cada fase do projeto o acadêmico será avaliado em itens específicos como: responsabilidade, cooperação com o grupo, criatividade, engajamento, assiduidade, pontualidade; sendo classificados como suficiente ou insuficiente. Caso o aluno seja considerado insuficiente em três dos itens avaliados ele será alertado quanto à possibilidade de ser excluído do projeto, caso seja classificado pela segunda vez como insuficiente em três dos itens, o mesmo será eliminado, sendo realizada nova seleção entre os alunos dos cursos da Saúde para suprir a vaga ociosa, dando sequência ao projeto. Este projeto poderá favorecer a formação dos acadêmicos envolvidos, uma vez que será uma oportunidade para que os mesmos apliquem a teoria, conheçam e aprendam a lidar com diferentes contextos, entrem em contato com o ensino fundamental, conheçam a importância da educação em saúde na comunidade e aprendam a desenvolver estratégias de enfrentamento para tanto.
O Projeto tem sido executado desde 2019, tendo sido aprovado nos Editais Pibex da PROEXC. Sua execução foi interrompida em 2020, 2021 e 2022 devido à pandemia do Coronavírus e foi aprovado no Edital Pibex 01/2023 e está sendo executado. Tendo em vista a relevância do tema abordado no Projeto e a importância de ações voltadas para a Educação em Saúde, principalmente levando-se em consideração o momento atual em que estamos vivendo, o Projeto tem sido muito bem aceito pelas Escolas Públicas de Diamantina.
Público-alvo
Pretende-se beneficiar, no mínimo, 280 crianças entre 06 e 12 anos, matriculadas na Escola Estadual Matta Machado, em Diamantina/MG. De forma indireta, pretende-se beneficiar os professores e funcionários da escola, tendo em vista que o conhecimento assimilado poderá ser estendido a este novo público. Considerando a Educação em Saúde, as crianças beneficiadas atuarão como promotoras de saúde na divulgação do conhecimento adquirido, de forma que indiretamente serão beneficiadas cerca de 280 famílias. Além disso, os seis acadêmicos de cursos da Saúde da UFVJM, uma vez atuando neste ambiente escolar poderão atuar na prática com os conhecimentos teóricos aprendidos, conhecer diferentes realidades, aprender a identificar e promover a solução das dúvidas mais frequentes com relação a conceitos básicos de microbiologia, à higiene, em especial a higiene dos alimentos.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A Escola Estadual Matta Machado será parceira deste projeto (Anexo A). A Direção e Coordenação pedagógica já estão cientes do projeto e concordam com a implementação do mesmo na instituição, apoiando o projeto e disponibilizando a equipe para participar de todas as etapas do projeto. Esta parceria é muito importante uma vez que principalmente a coordenação pedagógica e os professores, em especial os da área de ciências, são também responsáveis, dentre outras questões, pela manutenção e promoção da saúde, bem como pela prevenção de doenças e agravos à saúde dos alunos da escola, público alvo deste projeto. Esta equipe lida diretamente e frequentemente com esta população, a qual deve ser informada e orientada a respeito de como manter os bons hábitos de higiene, em especial higiene dos alimentos. Este conhecimento poderá contribuir na diminuição da transmissão de doenças gastrointestinais, evitando que os alunos faltem às aulas e/ou sejam internados para tratamento de saúde.
Cronograma de Atividades
Primeira Fase: - Capacitação dos acadêmicos - Confecção de material didático
Segunda Fase: - Primeira reunião com alunos do 1º ano. Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 1º ano. Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 1º ano.
Segunda Fase: - Primeira reunião com alunos do 1º ano. Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 1º ano.
Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 1º ano - Avaliação dos resultados com os alunos do 1º ano.
Segunda Fase: - Primeira reunião com alunos do 2º ano. Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 2º ano.
- Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 2º ano. - Avaliação dos resultados com os alunos do 2º ano.
Segunda Fase: - Primeira reunião com alunos do 2º ano. Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 2º ano. - Elaboração do Relatório Parcial
Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 2º ano. - Avaliação dos resultados com os alunos do 2º ano.
Segunda Fase: - Primeira reunião com alunos do 3º ano. Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 3º ano.
Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 3º ano.
Terceira Fase: - Atividade 1 com alunos do 4º ano.
Quarta Fase: - Atividade 2 com alunos do 4º ano. - Avaliação dos resultados com os alunos do 4º ano. - Avaliação dos resultados do projeto e levantamento de pontos positivos e negativos. - Início da elaboração do relatório final
- Elaboração do relatório final e conclusão do projeto