Visitante
Promoção da Saúde: uma alternativa para construção da equidade no alto Jequitinhonha
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
alex sander dias machado
20241012024329104
faculdade de medicina de diamantina - famed
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
grupos sociais vulneráveis
regional
Não
Membros
gabriel de jesus oliveira fonseca
Voluntário(a)
vitoria de moura moreira
Voluntário(a)
junia tarcila felipe do nascimento
Voluntário(a)
fernanda teixeira vieira
Voluntário(a)
karine raianny santana cardoso
Bolsista
Este projeto está ha 4 anos vinculado à PROEXC UFVJM e desenvolveu ações de Promoção da Saúde no bairro Maria Ormida em Diamantina durante esse tempo gerando maior equidade e consciência social de seus direitos e deveres naquela comunidade. Possui como fundamento as teorias da Determinação Social de Saúde e a Ecossocial do processo saúde-doença, mediante abordagem ecossistêmica da saúde coletiva. Diante das dificuldades encontradas nesse período, fizeram-se presentes fatores que alteram a qualidade de vida local, sobretudo nas condições de saúde daquela população, relatada por moradores. Agora o "Promoção da Saúde" se amplia e faz parte do projeto de pesquisa, extensão e ensino "Igarapé Aranã" que visa o trabalho multidisciplinar em promoção da saúde junto aos moradores de 6 comunidades do Alto curso do rio Jequitinhonha. As comunidades de Quilombo dos Ausentes (Serro), Mendanha, Maria Nunes, Senador Mourão, Baixadão (Diamantina) e Caçaratiba (Turmalina) fazem parte do projeto como populações afetadas direta ou indiretamente pela qualidade da saúde ambiental do curso do rio Jequitinhonha. Desse modo, a intervenção junto a educação e promoção em saúde com a execução de grupos operativos, tendas itinerantes, tendas de triagem, de visitas domiciliares e de atividades recreativas nas mediações nas comunidades é a principal proposta do projeto. Além disso, também é realizada a atuação em mídia social Instagram, de modo a desenvolver conteúdos educativos e informativos que envolvam os DSS e teoria Ecossocial da epidemiologia. Com uma equipe de 30 a 40 estudantes, sendo esses discentes dos cursos da área da saúde ou da área de humanidades (medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição, odontologia e ciências humanas - políticas públicas), espera-se, ao final do projeto, a aproximação das comunidades e dos estudantes com os serviços da atenção primária ao promover saúde e experienciar a troca de saberes. Ademais, acreditamos que a articulação multidisciplinar e o fortalecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade são processos fundamentais para a formação de profissionais compromissados com a saúde integral do ser humano e para a construção da equidade social.
Promoção da Saúde, Educação em Saúde, Alto Jequitinhonha, Cidadania, Equidade
Em 2001, foram criadas as diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Graduação em Medicina (DCN), as primeiras que enfatizam que a formação médica deve ser norteada na promoção de estilos de vidas saudáveis, responsabilidade social e no compromisso com a defesa da dignidade humana, da saúde integral do ser humano, tendo como transversalidade em sua prática, sempre, a determinação social do processo de saúde e doença e a teoria Ecossocial (Krieger, 2001). Desse modo, os Determinantes Sociais em Saúde (DSS) são identificados como instrumentos essenciais para reconhecer problemas, fatores de risco para determinada população e, assim, facilitar uma possível intervenção a fim de amenizar a situação local (BORDE, 2015). Além dos DSS, a Abordagem Ecossistêmica da Saúde (AES) permite a ao discente analisar minuciosamente a relação complexa entre o meio ambiente e a saúde humana, reconhecendo pontos críticos que devem ser alterados (OPAS, 2009). A DCN 2014 reafirma que o acadêmico de medicina deve adquirir habilidade de singularizar os indivíduos e promover cidadania através da oferta de serviços em saúde, bem como reforçar o papel de transformação social da universidade. Desse modo, com intuito de proporcionar interação da universidade com a comunidade, fazendo desta a protagonista do processo de mudança, este projeto visa trabalhar junto à promoção e educação em saúde no alto curso do rio Jequitinhonha, haja vista a forte presença de iniquidades em saúde nessas comunidades. Para Margareth Whitehead (2000), iniquidades são aquelas desigualdades em saúde que além de sistemáticas e relevantes, também são evitáveis, injustas e desnecessárias. Ao analisar a realidade da região, bem como o seu processo de consolidação, a partir da exploração de minerais e agropecuária, percebe-se a forte presença de iniquidades, tendo em vista que estas comunidades se formaram através de um processo desgastante de conquista territorial e, ainda hoje, sofre com negligências assistenciais do Estado em virtude do isolamento social e escassez de politicas publicas. Atualmente algumas destas comunidades tem acesso a Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada normalmente em outra região, que assiste os moradores das comunidades de forma parcial. Portanto, atuar junto a uma comunidade caracterizada por condicionantes passíveis de intervenção com objetivo de promover qualidade de vida em busca da integralidade, equidade, responsabilidade sanitária, participação social, informação, educação, comunicação e sustentabilidade, conforme as diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde, é a proposta deste projeto. Conforme o Ministério da Saúde (MS), a APS é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. Nesse sentido, em continuidade com o trabalho submetido e aprovado em editais Proexc desde 2019, esta proposta busca, através da potencialidade que a Atenção Primária de Saúde (APS) pode oferecer as comunidades, superar barreiras causadas pela desigualdade. Conforme Malta (2016), promover saúde, no âmbito individual e coletivo, visa atender necessidades sociais e garantir melhoria da qualidade de vida. Com o desígnio de adotar uma visão mais reflexiva acerca das problemáticas que envolvem comunidades socialmente vulneraveis, colaboradores discentes e docentes dessa atividade terão a oportunidade de conhecer as tão diferentes realidades e experiências e, ao mesmo tempo, atuar como facilitador para melhoria da condição de saúde dessas populações. Dessa maneira, serão qualificados para atuação profissional concomitantemente ao exercício da cidadania.
A 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), em 1986, trouxe a temática “Democracia é Saúde” e fortaleceu a luta pela descentralização do sistema, assim como a defesa da saúde como direito social irrevogável. Em seguida, a Constituição de 1988, fundamentada na ideia da universalização pelo Art 196, preconiza que o SUS deve transpor a perspectiva hegemônica da saúde somente como ausência de doença e analisar, também, os efeitos dos condicionantes sociais, culturais, econômicos e bioecológicos junto à promoção da saúde para a redução de vulnerabilidades. Conforme Carta de Ottawa (WHO, 1986), a promoção da saúde é compreendida como processo de reorientação das políticas públicas com objetivo de promover a capacidade das pessoas e comunidades de atuarem na melhoria de seu bem-estar físico e psicossocial. Em consonância com orientações apresentadas pelo documento de Ottawa, Buss (2000), afirma que a promoção da saúde está vinculada a uma gama de valores: qualidade de vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, bem como combinações estratégicas de ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do sistema de saúde e de parcerias intersetoriais. Para Stokols (1992), a promoção da saúde está relacionada à preservação e cuidado com o meio ambiente. Nesse sentido,analisar o local em que uma comunidade vive, como o rio que provê a água e o local em que os resíduos são descartados, possibilita um diagnóstico de saúde significativo. Além disso, no SUS, a estratégia de promoção da saúde é vista como uma possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúde-adoecimento: violência, desemprego, subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água ameaçada e deteriorada (POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE, 2010). Por isso, o projeto pedagógico do curso de medicina da FAMED UFVJM fomenta a discussão sobre os DSS, sobre a função social do médico e da faculdade de medicina na comunidade e sobre o papel do estudante na promoção da saúde de forma concomitante a sua qualificação. Nessa perspectiva, ao realizar diagnóstico situacional em atividade extraclasse em bairros de fragilidade social através da disciplina de Desenvolvimento Pessoal II, ofertada pela referida faculdade, fez-se possível compreender determinantes os quais são indicadores de vulnerabilidade social, econômica e bioecológica. Soma-se para a execução deste projeto a presença de redes comunitárias atuantes nas comunidades, fator oportuno e importante. Conforme Buss (2007), a coesão social é fundamental para a promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Outro fator contribuinte para execução desta proposta é a ausência de UBSs em algumas das comunidades que pretendemostrabalhar. Logo, é oportuno a atuação da UFVJM e o fomento da transformação social além dos muros da universidade, incidindo sobre as condições de vida ao mesmo tempo em que oferece educação em saúde. Durante as atuações realizadas de 2019 a 2022, percebeu-se que a comunidade diamantinense do bairro Maria Orminda se beneficou das intervenções, construindo uma relação entre comunidade, discentes, docentes e técnicos envolvidos. E agora a equipe do projeto pretende espandir sua area de atuação e buscar os mesmos resultados. Os discentes atuantes aprimoraram habilidades de escuta, capacidade de auxílio, bem como trocaram conhecimentos com os moradores. Conforme Rocha (2010 apud Figueiredo 2012), a educação em saúde, sustentada no entendimento de potencial agente para o desenvolvimento do indivíduo como um todo, estimulando-o à reflexão, à criticidade, ao exercício da autonomia e cidadania e, assim, possibilitando-o transformar a sua realidade, deve direcionar a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de práticas relativas à saúde com o objetivo de desenvolver a prevenção de doenças e a promoção de saúde. Esse mesmo autor, chama atenção, também, ao apontar que a educação em saúde deve a abranger a participação da população no contexto de sua vida cotidiana e não apenas as pessoas sob risco de adoecer. Ademais, de modo a estimular a concretização da atenção básica, assim como a reorientação do modelo de atenção tendo em vista a priorização das ações de promoção da saúde e prevenção de agravos em detrimento do panorama médico-doença, a Estratégia Saúde da Família (ESF), preconiza a interdisciplinaridade (MARCOLINO. E. C. 2011). Assim, as práticas interdisciplinares, com intuito de exceder as capacidades e recursos de um único profissional, fundamentam-se em princípios de inclusão, com a colaboração de profissionais para, dessa maneira, atender as necessidades complexas relacionadas à saúde das pessoas (BERNADI. L 2017). Por isso, este projeto visa buscar a interdisciplinaridade mediante inclusão da comunidade acadêmica da UFVJM com a colaboração de discentes, técnicos administrativos e docentes do curso de medicina e dos outros cursos da saúde com o propósito de articular ações que atuem nos diversos aspectos que determinam o processo saúde-doença em comunidades selecionadas do alto Jequitinhonha. Além disso, a busca por parceria com centros acadêmicos, ligas acadêmicas de ensino, bem como com as lideranças comunitárias, deve ser feita para a exequibilidade de todas as atividades a serem propostas. Ao trabalhar em grupos, cujo objetivo é proporcionar um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos, consegue-se obter uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações (BASTOS, 2010). Sob essa ótica, ao mesmo tempo em que oferta suporte a sociedade, a extensão proporciona a obtenção de conhecimentos técnicos e culturais, bem como a representação da realidade junto ao âmbito acadêmico, tornando possível o intercâmbio de saberes e a correlação teórica prática. Em concordância com a Política Nacional de Extensão Universitária (PNEU) na qual preconiza o compromisso das instituições públicas de ensino superior (IPES) em atuarem como instrumento de mudança social rumo à justiça, à solidariedade e à democracia, é imprescindível que a extensão universitária da UFVJM, diante dos déficits do Vale do Jequitinhonha, atue de forma a mitigar a desigualdade ao mesmo tempo em que, de acordo com Souza (2018), proporciona pluralidade, diversidade, tolerância, inclusão junto ao fomento do conhecimento. Nunes (2011), também afirma, que a extensão, ao fortalecer o vínculo da comunidade com a universidade, possibilita a superação de barreiras causadas pela desigualdade, já que, diante da criação de oportunidades para comunidade, a universidade consegue cumprir o compromisso com a melhoria da qualidade de vida. Portanto, diante da premissa de indissociabilidade daextensão, ensino e pesquisa, essa proposta possibilita a interação transformadora entre universidade e sociedade. Diante dos resultados já colhidos de 2019 a 2022, conseguiu-se a disseminação e aceitação da proposta na comunidade do bairro Maria Orminda através do contato com lideranças comunitárias, e pretendemos fazer o mesmo em mais comunidades. No meio acadêmico, as redes sociais (Instagram e WhatsAPP) também contribuíram para a consolidação do projeto e para a formalização de membros discentes dos cursos da área da saúde e humanidades para atuação voluntária. A conquista de parceria com Unidades Básicas de Saúde, com a Agentes Comunitários de Saúde e Enfermeira da referida unidade básica para suporte em ações e divulgação de cartilhas informativas também se fez presente. A alta visibilidade e compartilhamento de saberes através de postagens sobre promoção e educação em saúde através das mídias sociais Instagram e WhatsApp também são repercussões importantes. Todos esses resultados contribuirão e tornam exequível e justificável a execução desta proposta. As postagens no Instagram, para o ano de 2023, serão feitas semanalmente, a fim de conferir maior visibilidade ao projeto, visto que em 2022 foram alcançados mais de trezentos (300) perfis nessa rede social.
Objetivo Geral -Realizar ações de promoção da saúde de modo a intervir no processo saúde doença de populações do alto trecho do rio Jequitinhonha. Objetivos Específicos -Identificar os principais determinantes sociais de saúde que predominam em 6 comunidades; - Desenvolver ações que visem atuar junto às comunidadse de forma a promover a participação social, educação, promoção e prevenção em saúde conforme demanda estabelecida; - Propiciar a estudantes a vivência da realidade local de modo a compreender como os determinantes sociais de saúde interferem no processo de saúde doença da comunidade; - Estimular a formação de profissionais que se norteiem mediante responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana e da saúde integral do ser humano; - Buscar parcerias para operacionalização de temáticas as quais visem proporcionar melhores condições de saúde; - Buscar parcerias junto a instituições de ensino, prestadores de serviços e sociedade civil para realização de ações que promovam promoção de saúde e qualidade de vida; - Promover a integração da comunidade universitária com a comunidade externa integrando conhecimentos, saberes e serviços; - Estimular a interdisciplinaridade entre as diferentes áreas do conhecimento de forma a promover ensino, pesquisa e extensão; - Desenvolver conteúdos informativos em plataformas digitais de forma a abordar temáticas que agregam educação em saúde, cultura e diversidade tanto para comunidades ribeirinhas do alto Jequitinhonha, quanto para a comunidade acadêmica.
1 - Realização de ações de promoção da saúde em 6 comunidades ribeirinhas do alto curso do rio Jequitinhonha, através de grupos operativos, tendas itinerantes, atividades recreativas e lúdicas e visitas domiciliares; - Previsão de impacto direto: Os moradores das comunidades, bem como discentes, docentes e técnicos envolvidos, serão impactados. Estima-se que, por atividade, cerca de cem (100) pessoas por comunidade serão diretamente beneficiadas. - Previsão de impacto indireto: Familiares e amigos de pessoas que participam das ações de promoção da saúde são indiretamente impactados por diálogos e ensinamentos compartilhados, estimamos cerca de 600 por ação por comunidade. 2 - Aumento da qualidade de vida e da saúde dos moradores das 6 comunidades, bem como daqueles residentes às regiões adjacentes; - Previsão de impacto direto: os moradores de cada comunidade que participarem das ações, bem como discentes, docentes e técnicos envolvidos serão diretamente impactados. - Previsão de impacto indireto: melhoria no manejamento de doenças e diminuição da sobrecarga do Sistema de Saúde. 3 - Promoção da responsabilidade social e da melhoria da qualidade de vida da população; - Previsão de impacto direto: Expansão do poder popular das comunidades na exigência de direitos. - Previsão de impacto indireto: organização de associações comunitárias e aumento do diálogo entre moradores. 4 - Aquisição de habilidades capazes de singularizar indivíduos e promover cidadania por meio da oferta de serviço à população; - Previsão de impacto direto: Os moradores das comunidades que participarem das ações, junto dos discentes estarão expandindo a visão críticosocial. Cerca de cem (100) pessoas serão impactadas por ação individual. - Previsão de impacto indireto: Aumento do interesse coletivo na solução de problemas da comunidade. 5 - Fortalecimento do vínculo das comunidades com a universidade; - Previsão de impacto direto: viabilizar mais ações de extensão da universidade. - Previsão de impacto indireto: melhoria na qualidade de vida de toda a população das comunidades. 7 - Capacitação de discentes e de docentes colaboradores no que se refere à execução e realização das ações que visam promoção da saúde e da qualidade de vida local; - Previsão de impacto direto: Cerca de quarenta (40) discentes, docentes e técnicos administrativos irão expandir leituras acadêmicas e capacidade de diálogo. - Previsão de impacto indireto: Demais discentes que não estão envolvidos com o projeto poderão se sensibilizar com causas sociais. 8 - Atuação de discentes, centros acadêmicos, ligas acadêmicas e projetos de pesquisa e extensão em prol da promoção da saúde e da melhoria da qualidade de vida de região vulnerável; - Previsão de impacto direto: Cerca de cinquenta (50) discentes, sendo eles do projeto, do centro acadêmico, das ligas acadêmicas e de projetos de pesquisa terão maior visão do processo de promoção da saúde. - Previsão de impacto indireto: Melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas envolvidas. 9 - Desenvolvimento de conteúdos informativos em plataformas virtuais que promovam educação em saúde, cultura e diversidade; - Previsão de impacto direto: mais de trezentos (300) perfis em redes sociais serão atingidos com informações de qualidade. - Previsão de impacto indireto: Aumento da habilidade comunicativa de discentes envolvidos na produção de conteúdos. 10 - Constituição e estreitamento de relações entre os integrantes do projeto e das comunidades; - Previsão de impacto direto: Cerca de cem (100) pessoas serão impactadas por atuação presencial em cada ação de promoção desenvolvida em cada comunidade. - Previsão de impacto indireto: Diminuição das desigualdades sociais, através da troca de saberes. 11 - Promoção da interdisciplinaridade e do intercâmbio de saberes; - Previsão de impacto direto: Expansão da visão críticosocial dos discentes envolvidos, tanto do projeto quanto dos centros acadêmicos, das ligas acadêmicas e de projetos de pesquisa, totalizando cerca de cinquenta (50) pessoas . - Previsão de impacto indireto:Diminuição das desigualdades sociais, através da troca de saberes. . 12 - Constituição de parcerias entre instituições, fornecedores de serviços e sociedade civil para a melhoria da qualidade de vida das populações locais; - Previsão de impacto direto: Estabelecimentos como padarias e mercearias, igrejas, escolas estarão envolvidas, aumentando o intercâmbio de saberes entre diversos atores sociais. - Previsão de impacto indireto: Aumento da visibilidade dos locais impactados. 13 - Incentivo a criação de outros projetos com proposta de promoção, prevenção ou educação em saúde nas comunidades do alto curso do vale do Jequitinhonha. - Previsão de impacto direto: Melhoria da qualidade de vida da população de cada comunidade. - Previsão de impacto indireto: Maior vínculo entre população e universidade. Indicadores - 1 (um) encontro geral inicial com todos os integrantes para apresentação do projeto, objetivos, metas, organização e expectativas; - 11 (doze) encontros gerais (1 por mes), de forma presencial ou remota, de conteúdo teórico da Abordagem Ecossistêmica de Saúde e para organização e planejamento das práticas nos territórios a partir dos dados de saúde ambiental e extratificação de risco realizado pelo projeto Igarapé Aranã. - 11 reuniões com equipe de produção de conteúdo informativo para mídia virtual; - 6 (oito) encontros prévios teóricos, com intuito de abordar a teoria e capacitar colaboradores, voltados para atender as exigências das práticas de promoção da saúde; - 12 (nove) práticas de ação nos territórios, sendo 2 (duas) por comunidade. A primeira prática voltada para territorialização da comunidade, e a segunda prática voltada para ações coletivas que visem a promoção da saúde da comunidade em questão conforme demandas advindas do projeto Igarapé Aranã com intuito de atuar na promoção da qualidade de vida concomitante às ações de promoção da saúde; - 2 (três) reuniões com representantes das Unidades Básicas de Saúde e lideres comunitários de cada comunidade, anteriores ás práticas. Sendo que uma estará voltada para a apresentação do diagnóstico de saúde do ecossistema da comunidade, e a segunda focada na seleção de áreas prioritárias para a reivindicação de melhorias na comunidade e tema da ação de promoção de saúde. - - 1 (um) encontro geral final com toda a equipe para encerramento, compartilhamento de experiências e aprendizados; - 12 encontros de supervisão mensal do discente bolsista com docente coordenador;
População O Projeto Igarapé Aranã possui com área de estudo toda cabeceira e região da nascente e alto curso do rio Jequitinhonha, atuando em uma aréa de extensão de +-200 km de leito do rio desde sua nascente em Serro MG até a cachoeira Barra do Caiçara, em Cacaratiba, distrito de Turmalina, onde começa o médio Jequitinhonha, uma área de +-13.000Km² de bacia hidrográfica. Foram selecionados 8 pontos amostrais a cada 20 a 30km, a partir de parâmetros geográficos, chegada de tributários, proximidade de cidades e possibilidade de acesso. O Igarapé Aranã realiza avaliações em 8 níveis de investigação (ecológicos e tróficos), estudados em triplicatas/ponto, nos 2 períodos sazonais (Bactérias, helmintos e virus na água, protozoários em pequenos mamíferos, e macroinvertebrados bentônicos) buscando elucidar o estado ecológico e sanitário de cada ponto. Posteriormente a esse levantamento é realizado uma estratificação de risco em uma UBS de cada comunidade estuda onde o projeto irá atuar com ações práticas na Promoção e Educação em Saúde utilizando a Abordagem Ecossistêmica de Saúde (OPAS,2007). Comunidades selecionadas para ações ao longo do alto curso do Rio Jequitinhonha: 1- Comunidade Quilombo dos Ausentes distrito de Serro MG: 250 habitantes 2 - Comunidade de Catadinho Mendanha: 608 habitantes 3 - Comunidade Maria Nunes UBS Maria Nunes: 500 habitantes 4 - Comunidade Baixadão adstrito UBS Planalto de Minas: 300 habitantes 5 - Senador Mourão distrito de Diamantina, 2390 6 - Caçaratiba distrito de Turmalina: 1148 habitantes (Fontes: IBGE 2010, Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina, Secretaria Municipal de Saúde de Serro) Organização Metodológica do Projeto Promoção da Saúde PIBEX As ações desse projeto, ao se configurarem em distribuição linear e progressiva, irão ser fundamentadas conforme etapas, simultâneas ou não. Destaca-se a formalização de até 40 parcerias colaborativas com discentes voluntários com discentes do curso de medicina e de outros cursos da área da saúde e humanidades da UFVJM realizadas através do projeto submetido no edital PROEXC 01/2023. Além disso, há parcerias com 3 ligas acadêmicas do curso de Medicina: Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia (LAGO); Liga Acadêmicade Pediatria (LAPED) e Liga Acadêmica de Psiquiatria e Saúde Mental (LAPSAM); com o comitê local da Federação Internacional da Associações de Estudantes de Medicina (IFMSA UFVJM JK); e com o Centro Acadêmico Livre de Medicina Juscelino Kubistcheck (CALMED), uma vez que os discentes que constituem essas duas organizações estudantis irão contribuir para o compartilhamento de conteúdo, de experiências, de habilidades e saberes de temáticas a serem trabalhadas na comunidade através da promoção e educação em saúde, além de participarem das ações presenciais como: gincanas, rodas de conversas, brincadeiras lúdicas e recreativas. A parceria com Unidade Básica de Saúde através da Secretaria Municipal de Saúde de Diamantina, de Serro e Turmalina com as enfermeiras e equipes (ACSs médicos, etc) das Unidades Básicas de Saúde Gruta de Lourdes também se faz presente e, desse modo, estabelece condições de suporte para repasse de informações e execução das atividades nas comunidades.Os moradores das comunidades, diante das ações oferecidas pelo projeto, serão mobilizados através de convites presenciais realizados de forma prévia as datas de ações práticas através das lideranças locais, dos discentes voluntários, das UBSs, bem como via plataformas de comunicação digital (Facebook, Instagram e WhatsApp). Através dessas plataformas também haverá produção de conteúdo voltados para promoção e educação em saúde mediante postagem de textos, imagens, vídeos educativos e cartilhas informativas. As reuniões com a comunidade terão o objetivo de realizar trocas de informações com as pessoas, explanando como o ambiente local interfere na saúde desses indivíduos. Por meio dessa expansão de saberes será possível, posteriormente, encontros com a comunidade, a fim de pensar soluções para os problemas encontrados. A partir disso, a população reconhecerá que quaisquer problemáticas futuras poderão ser resolvidas dessa maneira, evitando qualquer dependência da comunidade com o projeto de extensão. Vale ressaltar que, o presente projeto, compromissado em afirmar o valor inalienável do indivíduo, reconhece o valor inerente da pessoa, bem como seus saberes, habilidades e desafios cotidianos. Dessa forma, todas as ações prezam pela livre escolha do participante e, assim, qualquer pessoa poderá participar das atividades ofertadas sem nenhuma exigência para continuidade. A respeito das questões éticas, cada participante será ativo na escolha das suas informações e estas, por sua vez, adotarão sigilo e não serão divulgadas sem consentimento. Segue a condição metodológica para execução de atividades programadas em etapas: Etapa 1: Divulgação, formalização e capacitação de colaboradores Esse momento consistirá na apresentação do projeto para a comunidade acadêmica via espaços informativos, rede social (Instagram e WhatsApp), via centros acadêmicos e ligas acadêmicas. Também serão realizadas composições em micro grupos na equipe multidisciplinar conforme capacidades oferecidas por colaboradores (divisão de cargos, de comissões de temáticas específicas e atribuições de responsabilidades). Além disso, nesse momento acontecerá capacitações coordenadas por professor orientador mediante estudo e discussão acerca da promoção da saúde. A ideia em si consiste na preparação teórica para a execução das atividades a serem realizadas durante o projeto: grupos operativos, visitas domiciliares, territorialização e mapeamento de DSS, tendas itinerantes e ações de caráter recreativo e educativo. A capacitação prévia diante de toda atividade de prática extensionista deverá ser realizada e seguirá a lógica linear de execução das ações. Etapa 2: Desenvolvimento de conteúdo informativo para plataformas de comunicação social (Instagram e WhatsApp). Esta etapa acontecerá durante toda vigência do projeto. Nesse momento, junto aos discentes colaboradores e auxílio de docente coordenador, haverá mobilização via plataformas virtuais com a criação e compartilhamento de conteúdo informativo sobre educação em saúde conforme especificidade de cada comissão listadas a seguir: 1. Comissão de Promoção da Saúde Física: inclusão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), saúde da mulher e saúde do idoso. 2. Comissão de Promoção da Saúde Socioecológica: saúde das Minorias ÉtnicoRaciais, Conhecimentos Tradicionais, Direitos Sociais e Saúde Ambiental 3. Comissão de Promoção da Saúde Mental: Espiritualidades, Conhecimentos Geras. Cada comissão, além disso, deverá indicar dois (2) membros para a formação de uma equipe de conteúdo que ficará responsável pela confecção de artes e textos para as redes sociais. A partir dessas comissões haverá possibilidade de maximizar atribuições de forma organizada para criação de postagens, além da construção do acervo de conteúdo. Assim, conseguiremos mobilizar material para estudo de revisão, além de apropriar de conhecimentos sobre cada temática para realização de futuras propostas de intervenção. Todo material desenvolvido será adaptado em formatos de fotos e/ou vídeos educativos e/ou textos e/ou cartilhas informativas em mídia social (Instagram e WhatsApp), bem como a produção de material físico para colagem para exposição de conteúdo nas UBSs. Etapa 3: Capacitação prévia de colaboradores, execução de um diagnóstico de saúde do ecossistema da comunidade realizada pelo projeto Igarapé Aranã diante de atuação presencial, haverá a capacitação prévia de colaboradores extensionistas que participarão desta ação por meio de abordagem teórica da temática. A partir disso e do compartilhamento de saberes entre população e discentes, será conduzido um estudo do ecossistema dessa população, levando em conta o levantamento dos DSS já realizado pelo Igarapé Aranã e a partir da territorialização. Etapa 4: Utilização de levantamento de demandas e DSSs organizada pelo Projeto Igarapé Aranã em ações de pesquisa cujo propósito é a realização do diagnóstico de saúde da comunidade, sendo possível a identificação dos principais fatores que acometem a qualidade de vida e de saúde da população. Dessa maneira, poderá ser feita a organização de ações de promoção de saúde conforme demanda local e disponibilidade de colaboradores. O levantamento dos aspectos que influenciam a qualidade de vida e qualidade da saúde da população também será realizado nessa etapa e registrado para direcionar as ações de promoção da saúde. Etapa 5: Realização de ações de promoção e educação em saúde nas 6 comunidades. Conforme levantamento dos fatores que acometem a qualidade da saúde da população local (etapa 4), serão executadas as atividades que visem a promoção, prevenção e educação em saúde. Para isso, serão realizadas atividades junto aos colaboradores da equipe multidisciplinar formada, junto as Ligas Acadêmicas com vínculo na especialidade a ser trabalhada, junto aos discentes do CALMED e da IFMSA UFVJM JK e junto às lideranças comunitárias. Deseja-se realizar: - grupos operativos em ambiente comunitário sobre os principais aspectos demandados; -atividades recreativas com crianças, com adolescentes e com idosos em pontos específicos da comunidade; - tendas itinerantes em ruas e ou praças junto à Liga Acadêmica para a execução de ações de prevenção e educação em saúde; - tendas itinerantes em ruas e ou praças com discentes e docente de medicina para realização de triagem; - visitas domiciliares junto aos discentes e docentes de cursos afins com intuito de abordar pacientes domiciliados ou acamados; - atividades recreativas de forma a ofertar oficinas lúdicas (repasse de filmes e/ou documentários e/ou brincadeiras) para crianças e/ou adolescentes e/ou homens e/ou mulheres e/ou idosos junto ao CALMED e IFMSA UFVJM JK. - visitas ao bairro com vistas a analisar o ecossistema local, levantando possíveis problemáticas e formas de resolução. Obs: todas as atividades práticas voltadas para educação em saúde serão trabalhadas de forma prévia mediante abordagem teórica sobre a temática. O acompanhamento e avaliações periódicas do projeto será feito mediante reuniões periódicas da equipe, de forma a orientar ações, mudanças e dificuldades. Desse modo, ao final de cada prática serão discutidos aspectos que devem ser melhorados, alterados e/ou mantidos. Etapa 6: Avaliação final das ações realizadas pelo projeto considerando todos os membros da equipe. Escritas de relatórios finais e artigos de extensão.
BRASIL. Ministério da educação. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Resolução CNE/CES nº 116/2014. Disponível em: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15514-pces116- 14&category_slug=abril-2014-pdf&Itemid=30192. Acesso: set 2021. BORDE, Elis, Hernández-Álvarez, Mario e Porto, Marcelo Firpo de Souza. Uma análise crítica da abordagem dos Determinantes Sociais da Saúde a partir da medicina social e saúde coletiva latino-americana. Saúde em Debate [online]. 2015, v. 39, n. 106 [Acesso 03 Setembro 2021] , pp. 841-854. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103- 1104201510600030023>. Epub Jul-Sep 2015. ISSN 2358-2898. OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Enfoques ecossistêmicos em saúde - perspectivas para a adoção no Brasil e países da América Latina./ Organização Pan-Americana de Saúde.2009 [ Acessado 15 Julho de 2022] WHITEHEAD, M. The concepts and principles of equity and health. EUR/ ICP/RPD 414, 7734r, Geneva: WHO, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ªedição.Brasília. 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf. Acesso: set 2021. MALTA, Deborah Carvalhoet al. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): capítulos de uma caminhada ainda em construção. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2016, v. 21, n. 6 [Acessado 24 Setembro 2021] , pp. 1683-1694. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232015216.07572016>. ISSN 1678-4561. WORLD HEALTH ORGANIZATION [WHP].The Ottawa charter for health promotion. Geneve: Autor, 1986. STOKOLS, Daniel. Establishing and Maintaining Healthy Environments: Toward a Social Ecology of Health Promotion. American Psychologist, v. 47, n. 1, p. 6–22, 1992 BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 5, n. 1, p. 163- 177, 2000 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232000000100014&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Sept. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ªedição.Brasília. 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf. Acesso: set 2021 BUSS, Paulo M.; PELLEGRINI FILHO, Alberto. Iniqüidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 9, p. 2005-2008, Sept. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2006000900033&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Sept. 2021. FIGUEIREDO, Maria Fernanda Santos; RODRIGUES NETO, João Felício; LEITE, Maisa Tavares de Souza. Educação em saúde no contexto da Saúde da Família na perspectiva do usuário. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 16, n. 41, p. 315- 329, June 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 32832012000200003&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Sept. 2021. MARCOLINO. E. C. 2011. A interdisciplinaridade como ferramenta na promoção à saúde da criança. Universidade Estadual da Paraíba. Paraíba. Disponível em : http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/RE_0578_0575_01.pdf. Acesso em: ago, 2021. BERNARDI, Luana et al . A interdisciplinaridade como estratégia na prevenção da hipertensão arterial sistêmica em crianças: uma revisão sistemática. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 22, n. 12, p. 3987- 4000, dez. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232017021203987&lng=pt&nrm=iso>. acessos em set. 2021. BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf., São Paulo , v. 14, n. 14, p. 160-169, out. 2010 . Disponível em<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141588092010000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em set. 2021. POLÍTICA NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. . Fórum de Pró- Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Maio de 2012. Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3oUniversit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso: set, 2021. SOUZA. F. H. V. Contribuições do Projeto Rondon para a Extensão Universitária: Relatos de experiência nos municípios de Indiara, GO e Nina Rofrigues, MA. 2018. Disponível em: https://bdtd.ucb.br/index.php/RDL/article/viewFile/9109/5473. Acesso em: ago, 2021. NUNES, A. P. F. A extensão universitária no ensino superior e a sociedade. Disponível em: http://revista.uemg.br/index.php/malestar/article/view/60/89. Acesso: set, 2021.] Theories for social epidemiology in the 21st century: an ecosocial perspective. N Krieger - International journal of epidemiology, 2001
Junto à operacionalização das ações a serem desenvolvidas nesta proposta, os discentes colaboradores terão a oportunidade de compartilhar conhecimentos, desenvolver capacidades e fomentar a cidadania. O projeto sustenta a ideia de interdisciplinaridade acadêmica, profissional e comunitária de forma a contribuir para que pessoas com diferentes formações profissionais e de vários estratos da sociedade vivenciem encontros humanos de modo a promover a valorização social em busca da equidade. Diante desta iniciativa, os discentes terão oportunidade de compartilhar uma experiência holística, considerando os aspectos “bio psico espirito socio ambiental” de populações em situação de vulnerabilidade e promovendo, dessa maneira, uma formação norteada na responsabilidade social e no compromisso com a defesa da cidadania. Além disso, esses estudantes poderão vivenciar na prática a teoria estudada, aperfeiçoando a reflexão crítica sobre os aspectos sociais os quais condicionam o processo saúde doença, sobre a função do médico na comunidade e o papel do estudante na promoção da saúde. Logo, discentes atuarão como facilitadores para atender as demandas em saúde e de qualidade de vida da população trabalhada, além de organizar práticas, de trabalhar em equipe, de vivenciar e gerenciar problemas sociais reais e de integrar ensino, serviço e comunidade. O discente bolsista terá responsabilidade de conduzir o desenvolvimento do projeto. Cabe a ele coordenar junto ao docente responsável a execução das atividades de capacitação e de prática, planejar datas, levantar dados e demandas das comunidades, articular parcerias, direcionar as ações de promoção levando em consideração o tipo de abordagem a ser realizada e coordenar as equipes. A organização de relatórios, levantamento das dificuldades e registro das metas alcançadas também deve ser realizada por ela. O estudo e a preparação de forma prévia deverão ser realizados antes de cada capacitação para, assim, o acadêmico corresponder às todas as expectativas esperadas. O processo de capacitação de forma anterior às ações práticas será desenvolvido por colaborador docente conforme convergência da temática a ser abordada e da área de formação do docente. Desse modo, os discentes envolvidos terão propriedade para discutir a temática abordada, aplicar metodologias pertinentes para o público trabalhado e desenvolver habilidades práticas no que se refere a comunicação e a relação médico paciente ao mesmo tempo em que trabalha a pluralidade, diversidade, tolerância e inclusão. Ao final de cada prática, deverá ser elaborado um relatório elucidando o desenvolvimento das atividades realizadas, as metas alcançadas, os facilitadores apresentados e as dificuldades presentes. O acompanhamento do projeto será feito mediante reuniões mensais entre o docente responsável e discente bolsista, de forma a orientar ações, mudanças e dificuldades. Desse modo, ao final de cada prática serão discutidos aspectos que devem ser melhorados, alterados e/ou mantidos. Ademais, o estabelecimento de contato dos discentes com equipes da APS, assim como com a organização e atuação do SUS é uma oportunidade ímpar para a formação de profissionais compromissados com o fortalecimento de vínculo com a comunidade e com a abordagem em saúde de forma holística e centrada na pessoa. Portanto, essa atividade de extensão possibilitará ao estudante a oportunidade de atuar junto à transformação socio-ambiental das comunidades. Dessa forma, pretende-se superar as barreiras causadas pela desigualdade e o cumprir o compromisso da universidade em garantir melhores condições de vida da população do alto Vale do Jequitinhonha.
O projeto Promoção da Saúde: uma alternativa para construção da equidade apresenta proposta de atuação em comunidades caracterizadas por potencialidades. Conforme relatos dos moradores das comunidades, naqueles territórios há escassez da chegada de serviços assistenciais e de políticas públicas, tão pouco ocorre qualquer tipo de intervenção por parte da UFVJM. Desse modo, mediante mobilização comunitária, o projeto Igarapé Aranã surge como uma possibilidade da UFVJM atuar para além dos seus muros, gerando modificações sociais. Além disso, a conquista de parcerias sustenta a exequibilidade da proposta, uma vez que a interdisciplinaridade acadêmica, profissional e comunitária contribuirá para que pessoas com diferentes formações e de vários estratos da sociedade vivenciem encontros humanos de modo a promover a valorização social em busca da equidade. Portanto, essa atividade de extensão possibilitará que a UFVJM cumpra sua função de transformação social, bem como possibilitará que os discentes norteiem sua formação na responsabilidade social, no compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana e da saúde integral do ser humano, mediante reflexões críticas sobre os aspectos sociais os quais condicionam o processo saúde doença, sobre a função do profissional de saúde na comunidade e o sobre o papel do estudante na promoção da saúde.
Público-alvo
Ações de Promoção da Saúde serão realizadas nestas 6 comunidades de modo a gerar a participação direta de pelo menos 150 pessoas diretamente nas ações de cada comunidade, mas que reflita indiretamente em toda a população da comunidade. Nestas comunidades as ações são sempre bem recebidas, com um numero expressivo de participantes e depois da ação as atividades virão assunto em rodas de conversas de moradores o que amplifica muito os efeitos das ações.
Estudantes da medicina, fisioterapia, nutrição, enfermagem, farmácia, odonto e humanidades serão convidados a participar da equipe de execução do projeto, mas visto nosso objetivo de serem modificados em sua formação humanistica pelo projeto,os mesmos também são publico alvo deste projeto.
Municípios Atendidos
Diamantina
Turmalina
Serro
Parcerias
Atuarão de forma conjunta ao oferecer suporte estrutural para ações, divulgação e promoção de discussões de temáticas voltadas para a promoção da saúde, exposição de filmes, documentários, gincanas, rodas de conversa e outras atividades lúdicas e recreativas.
Federação Internacional da Associações de Estudantes de Medina (IFMSA UFVJM JK)
Atuarão de forma conjunta ao oferecer suporte estrutural para ações, divulgação e promoção de discussões de temáticas voltadas para a promoção da saúde, exposição de filmes, documentários, gincanas, rodas de conversa e outras atividades lúdicas e recreativas.
Tais parcerias são fundamentais para mobilização acadêmica e estímulo ao ensino, através da capacitação prévia dos discentes voluntários. Os discentes da Liga também atuarão em de forma conjunta para suporte das ações de promoção da saúde.
Cronograma de Atividades
Esse momento consistirá na apresentação do projeto para a comunidade acadêmica via espaços informativos, rede social (Instagram e WhatsApp), via centros acadêmicos e ligas acadêmicas. Também serão realizadas composições em micro grupos na equipe multidisciplinar conforme capacidades oferecidas por colaboradores (divisão de cargos, de comissões de temáticas específicas e atribuições de responsabilidades). Além disso, nesse momento acontecerá capacitações coordenadas por professor orientador mediante estudo e discussão acerca da promoção da saúde. A ideia em si consiste na preparação teórica para a execução das atividades a serem realizadas durante o projeto: grupos operativos, visitas domiciliares, territorialização e mapeamento de DSS, tendas itinerantes e ações de caráter recreativo e educativo. A capacitação prévia diante de toda atividade de prática extensionista deverá ser realizada e seguirá a lógica linear de execução das ações.
Esta etapa acontecerá durante toda vigência do projeto. Nesse momento, junto aos discentes colaboradores e auxílio de docente coordenador, haverá mobilização via plataformas virtuais com a criação e compartilhamento de conteúdo informativo sobre educação em saúde conforme especificidade de cada comissão listadas a seguir: 1. Comissão de Promoção da Saúde Física: inclusão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), saúde da mulher e saúde do idoso. 2. Comissão de Promoção da Saúde Socioecológica: saúde das Minorias ÉtnicoRaciais, Conhecimentos Tradicionais, Direitos Sociais e Saúde Ambiental 3. Comissão de Promoção da Saúde Mental: Espiritualidades, Conhecimentos Geras. Cada comissão, além disso, deverá indicar dois (2) membros para a formação de uma equipe de conteúdo que ficará responsável pela confecção de artes e textos para as redes sociais. A partir dessas comissões haverá possibilidade de maximizar atribuições de forma organizada para criação de postagens, além da construção do acervo de conteúdo. Assim, conseguiremos mobilizar material para estudo de revisão, além de apropriar de conhecimentos sobre cada temática para realização de futuras propostas de intervenção. Todo material desenvolvido será adaptado em formatos de fotos e/ou vídeos educativos e/ou textos e/ou cartilhas informativas em mídia social (Instagram e WhatsApp), bem como a produção de material físico para colagem para exposição de conteúdo nas UBSs.
diante de atuação presencial, haverá a capacitação prévia de colaboradores extensionistas que participarão desta ação por meio de abordagem teórica da temática. A partir disso e do compartilhamento de saberes entre população e discentes, será conduzido um estudo do ecossistema dessa população, levando em conta o levantamento dos DSS já realizado pelo Igarapé Aranã e a partir da territorialização.
ações de pesquisa cujo propósito é a realização do diagnóstico de saúde da comunidade, sendo possível a identificação dos principais fatores que acometem a qualidade de vida e de saúde da população. Dessa maneira, poderá ser feita a organização de ações de promoção de saúde conforme demanda local e disponibilidade de colaboradores. O levantamento dos aspectos que influenciam a qualidade de vida e qualidade da saúde da população também será realizado nessa etapa e registrado para direcionar as ações de promoção da saúde.
Conforme levantamento dos fatores que acometem a qualidade da saúde da população local (etapa 4), serão executadas as atividades que visem a promoção, prevenção e educação em saúde. Para isso, serão realizadas atividades junto aos colaboradores da equipe multidisciplinar formada, junto as Ligas Acadêmicas com vínculo na especialidade a ser trabalhada, junto aos discentes do CALMED e da IFMSA UFVJM JK e junto às lideranças comunitárias. Deseja-se realizar: - grupos operativos em ambiente comunitário sobre os principais aspectos demandados; -atividades recreativas com crianças, com adolescentes e com idosos em pontos específicos da comunidade; - tendas itinerantes em ruas e ou praças junto à Liga Acadêmica para a execução de ações de prevenção e educação em saúde; - tendas itinerantes em ruas e ou praças com discentes e docente de medicina para realização de triagem; - visitas domiciliares junto aos discentes e docentes de cursos afins com intuito de abordar pacientes domiciliados ou acamados; - atividades recreativas de forma a ofertar oficinas lúdicas (repasse de filmes e/ou documentários e/ou brincadeiras) para crianças e/ou adolescentes e/ou homens e/ou mulheres e/ou idosos junto ao CALMED e IFMSA UFVJM JK. - visitas ao bairro com vistas a analisar o ecossistema local, levantando possíveis problemáticas e formas de resolução. Obs: todas as atividades práticas voltadas para educação em saúde serão trabalhadas de forma prévia mediante abordagem teórica sobre a temática. O acompanhamento e avaliações periódicas do projeto será feito mediante reuniões periódicas da equipe, de forma a orientar ações, mudanças e dificuldades. Desse modo, ao final de cada prática serão discutidos aspectos que devem ser melhorados, alterados e/ou mantidos.
Escritas de relatórios finais e artigos de extensão.