Detalhes da proposta

Para Não Ficar Dengoso

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    paula aryane brito alves

    Número de inscrição:

    202101012021033013

    Unidade de lotação:

    dcb/fcbs

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências da saúde

    Área temática principal:

    saúde

    Área temática secundária:

    educação

    Linha de extensão:

    endemias e epidemias

    Abrangência:

    local

    Vinculado a programa de extensão:

    centro políticas públicas

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

mônica bertho boaventura serejo Bolsista

Resumo

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue constitui um sério problema de saúde pública. No Brasil, as condições socioambientais favoráveis tem possibilitado a dispersão desse vetor que também está associado a outras doenças como febre de chikun


Palavras-chave

Dengue, Educação em Saúde, Epidemiologia


Introdução

Nas últimas décadas, diversas mudanças no sistema de saúde brasileiro tem determinado uma reformulação dos serviços de saúde. O sistema de saúde, que até então era centrado em formas de cuidado curativas passou a estruturar suas práticas em torno da prevenção de doenças e promoção da saúde (Morais, 2010). Esta nova lógica de organização dos serviços incentiva a população à tomada de decisões oferecendo oportunidades de conhecer e controlar os fatores determinantes da sua saúde. Além da mudança na estruturação do sistema de saúde, mudanças conjunturais determinaram mudanças no perfil nosológico de doenças, com mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e causas externas, além do recrudescimento de algumas doenças como a dengue, tuberculose e hanseníase. São problemas complexos que para sua resolução precisam de ações de prevenção e promoção. Diante de muitas discussões sobre a promoção da saúde e prevenção de doenças, pode-se constatar que várias doenças, assim como a dengue podem ser melhor controladas com mudanças de hábitos da população, como a identificação e eliminação de focos do mosquito do ambiente domiciliar. Ações de educação em saúde voltadas para a dengue devem ser desenvolvidas de maneira a mobilizar a população e engajá-la no controle da doença. A educação constitui uma forma eficaz para modificar o comportamento em relação à formação de habitat para o Aedes aegypti. Considerando que, grande parte dos criadouros do mosquito se encontram no interior dos domicílios, estas ações assumem papel de destaque. Entretanto, várias ações educativas sobre dengue não buscam meios de comunicação que abordem aspectos relacionados ao cotidiano dos indivíduos permitindo uma identificação dos mesmos com a situação apresentada de maneira que eles se envolvam mais ativamente no processo de mudança. A interação entre educação e saúde é fundamental para as crianças, pois ajuda a desenvolver nelas a responsabilidade perante seu próprio bem estar, a praticar hábitos saudáveis. Conhecimentos adquiridos na infância são levados para a vida inteira. Podemos constatar que dificilmente adultos modificam hábitos adquiridos na infância. Entretanto, no momento que as crianças estão adquirindo tais conhecimentos, estes podem ser modificados, alguns reforçados e outros aprendidos. Diante desta realidade, torna-se premente a adoção de ações educativas capazes de estimular a prática de hábitos saudáveis. Desta forma, este projeto, adotando uma visão de Educação em Saúde, possui como estratégia principal investigar os conhecimentos prévios de crianças matriculadas no ensino fundamental de uma escola particular de Diamantina sobre a dengue e a partir daí trabalhar o conhecimento sobre a doença, visando a adoção de atitudes e condutas que auxiliem na interrupção da cadeia de transmissão. Além disto, as crianças, público alvo deste projeto, são consideradas como indivíduos pertencentes à sua comunidade, capazes de atuar em suas esferas sociais como promotoras da saúde.


Justificativa

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo (Brasil, 2015). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80 milhões de pessoas se infectem anualmente, em 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue. (Brasil, 2002). O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, encontrou no mundo moderno condições muito favoráveis para uma rápida expansão, espalhando-se por uma área onde vivem cerca de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Nas Américas, está presente desde os Estados Unidos até o Uruguai, com exceção apenas do Canadá e do Chile, por razões climáticas e de altitude. (Brasil, 2002). No Brasil, o Aedes aegypti foi reintroduzido em 1976 e as condições socioambientais favoráveis possibilitaram a dispersão desse vetor. Desde então, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos ou alteração do sorotipo predominante. A maior epidemia no Brasil ocorreu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados (Brasil, 2015). Desde a década de 1980, programas centrados no controle do Aedes aegypti foram desenvolvidos utilizando os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças vetoriais. Programas centrados nas atividades de combate ao vetor com o uso de inseticidas, com pouca ou nenhuma participação da comunidade mostraram-se ineficazes. Estes resultados levaram o Ministério da Saúde, em 1996, a rever a estratégia utilizada com o objetivo de estabelecer um novo programa de controle da dengue que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado (Brasil, 2002). No período compreendido entre 2002 a 2011, a dengue se consolidou como um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. A epidemiologia da doença apresentou alterações importantes, destacando-se o maior número de casos e hospitalizações, com epidemias de grande magnitude, o agravamento do processo de interiorização da transmissão, com registro de casos em municípios de diferentes portes populacionais e a ocorrência de casos graves acometendo pessoas em idades extremas - crianças e idosos (Brasil, 2015). Em 2011, O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Combate à Dengue 2011/2012. Com o slogan “Sempre é hora de Combater a Dengue”, a campanha objetivava reforçar a sensibilização da população sobre a importância da prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, mantendo hábitos simples como limpar calhas, caixas d’água e recolher o lixo. Apesar dos esforços empregados no controle da doença, o maior incremento de casos ocorreu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Atualmente, circulam no país os quatro sorotipos da doença. Em 2014, foram registrados 591.080 casos prováveis de dengue. Em 2015, foram registrados 1.587.080 casos prováveis de dengue no país, sendo que as regiões Centro Oeste e Sudeste apresentam as maiores incidências (Brasil, 2015b). A análise da taxa de incidência de casos prováveis de dengue demonstrou um incremento, em 2016, em todas as regiões (Brasil, 2016). Em 2020, mais de 1,6 milhão de casos de dengue foram registrados nas Américas nos primeiros cinco meses de 2020, chamando a atenção para a necessidade de continuar eliminando os mosquitos vetores de doenças mesmo em meio à pandemia de COVID-19. A maioria dos casos de dengue nas Américas foi registrada no Brasil, com 1.040.481 casos, representando 65% do total (OPAS, 2020). Os casos confirmados de Febre Chikungunya e febre pelo vírus Zika, doenças transmitida pelo mesmo vetor da Dengue, também tem aumentado. Além dos casos de dengue, foram notificados à OPAS, nos primeiros cinco meses de 2020, 37.279 casos de chikungunya e 7.452 casos de zika (OPAS, 2020). A evolução da situação epidemiológica, associada aos resultados das ações desenvolvidas pelo programa brasileiro de controle da dengue, tem revelado baixa efetividade (Dias, 2006;Teixeira et al., 2002). Por não se dispor de medicamentos específicos e nem de vacina eficaz, o controle desta virose, até o presente momento, está centrado no combate ao seu vetor, único elo vulnerável da sua cadeia epidemiológica (Teixeira, 2008). E, apesar do volume de recursos gastos em ações para o combate ao Aedes aegypti, observa-se a contínua dispersão deste mosquito, atualmente presente em mais de 70% dos municípios brasileiros (Teixeira, 2008). Sabe-se que tradicionalmente, o combate ao Aedes aegypti foi desenvolvido seguindo as diretrizes da erradicação vertical, onde a participação comunitária não era considerada como atividade essencial. No entanto, hoje, reconhece-se que a participação comunitária é fundamental e imprescindível. A educação constitui uma forma eficaz para modificar o comportamento em relação à formação de habitat para o Aedes aegypti. Considerando que grande parte dos criadouros do mosquito se encontram no interior dos domicílios e que a taxa de infestação predial é bem superior à recomendada (Brasil, 2015a), as ações educativas têm cada vez mais responsabilidade, tanto no engajamento da população na eliminação dos focos, como no esclarecimento sobre a doença. Mas, observa-se que várias campanhas educativas sobre Dengue não funcionaram em função da abordagem pedagógica adotada, constituindo obstáculo para que a ação educativa pudesse impactar a mudança de comportamento (Santos, 2012) Este fato demonstra que a informação pode gerar prevenção, mas somente se sua mensagem for realmente assimilada pelo sujeito, o que supõe uma integração da informação aos seus esquemas cognitivos. A informação necessária não será assimilada se não for reconstruída pelo indivíduo, daí a necessidade de adotarem-se estratégias educativas em saúde com uma postura metodológica que parta dos conceitos básicos dos indivíduos, conceitos esses que orientam seus comportamentos. Uma estratégia educativa em saúde efetiva deve levar em consideração crenças, atitudes e outros fenômenos culturais, para que, a partir deles, possa se planejar um ensino que promova mudanças desejáveis (Cunha, 1993). À escola cabe transmitir aos alunos conhecimentos, estimular atitudes positivas e dinâmicas em relação à saúde e conscientizar sobre o enfrentamento de situações que interferem na qualidade de vida. Uma criança quando entra na escola já possui conhecimentos, atitudes e práticas de saúde adquiridos no lar. Muitos podem não ter base científica, necessitando modificações, alguns precisam ser reforçados e outros aprendidos. Também não podemos nos esquecer que é principalmente na família que os valores se formam. Os indivíduos e as famílias são afetados pela sociedade onde vivem, mas também influenciam essa sociedade com os valores, hábitos que recebem das famílias (Cunha, 1993). Além disto, qualquer sugestão de ordem sanitária que saia das escolas é favoravelmente acolhida pelos pais dos alunos. Compartilhando pontos de vista semelhantes estão Succi, Wickbold e Succi (2005) que veem a Educação em Saúde como importante meio de possibilitar às crianças a divulgação no ambiente familiar do que se aprendeu em sala de aula, executando práticas de proteção à saúde, transformando-as em promotoras da saúde. Por meio da Educação, constrói-se o conhecimento que permite o exercício pleno da cidadania (Santos, 2012) Diante deste contexto, pretende-se com este projeto proporcionar às crianças do ensino fundamental de uma escola particular de Diamantina, bem como suas famílias e professores oportunidades para fazer escolhas mais saudáveis, estimular atitudes positivas e dinâmicas em relação ao controle da Dengue. A estratégia fundamental adotada neste projeto será a investigação dos conhecimentos prévios desta comunidade sobre a Dengue e orientação sobre o enfrentamento da situação, visando a adoção de atitudes e condutas que levem a promoção da saúde e prevenção da doença por meio da educação em saúde. Considerando que as crianças, público alvo deste projeto, são indivíduos pertencentes à sua comunidade, capazes de atuar em suas esferas sociais como promotoras da saúde, o referido projeto atende à Diretriz Impacto e transformação social pactuada pelo Forproex (2010) “reafirmando a extensão universitária como o mecanismo por meio do qual se estabelece a inter-relação da universidade com os outros setores da sociedade, com vistas a uma atuação transformadora”. Além disso, o projeto permitirá que seis discentes dos cursos da saúde da UFVJM conheçam a realidade desta comunidade escolar, foco deste projeto, de forma que possam interagir na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos e saberes. Assim, o mesmo também atende à Diretriz Impacto na formação do estudante pactuada pelo Forproex (2010), já que os “resultados permitem o enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos, ao mesmo tempo em que abrem espaços para a reafirmação e a materialização dos compromissos éticos e solidários da universidade pública brasileira”.


Objetivos

Geral Desenvolvimento de ações educativas de incentivo à prevenção da Dengue para crianças de sete a doze anos, matriculadas no Colégio Diamantinense de Diamantina/MG. Específicos 1. Despertar alunos do ensino fundamental do Colégio Diamantinense para o sentido do que é doença, partindo da noção das crianças a respeito do assunto; 2. Possibilitar a compreensão e o conhecimento da Dengue, bem como do agente etiológico; vetor; formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e controle; 3. Orientar os alunos sobre as formas adequadas de prevenção, enfatizando o controle da proliferação do mosquito; 4. Convidar as crianças, de forma lúdica e prazerosa, a refletirem sobre a realidade da Dengue e importância de participação da comunidade no enfrentamento do problema através de adoção de práticas adequadas de prevenção; 5. Motivar o aluno, mobilizando a sua atenção sobre o assunto focalizado, transmitindo corretamente as informações utilizando-se de uma linguagem acessível à sua compreensão, provocando mudanças conceituais e permitindo uma assimilação mais duradoura dos novos conhecimentos por meio de atividades extracurriculares. 6. Permitir que seis discentes dos cursos da saúde da UFVJM conheçam a realidade desta comunidade escolar, foco deste projeto, de forma que possam interagir na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos e saberes.


Metas

Como previsão de impacto direto pretende-se incentivar práticas que possam contribuir para o controle da Dengue, enfatizando as ações que possam prevenir a proliferação dos focos do mosquito. Com a redução dos focos pretende-se contribuir para a redução da incidência dessa doença entre os residentes do município de Diamantina/MG. Propiciar a cerca de 150 crianças o acesso à informação de forma a promover mudanças, bem como a oportunidade de fazer escolhas mais saudáveis com base no conhecimento. Promover a divulgação de conhecimento básico sobre a Dengue, em linguagem simples e acessível aos alunos do ensino fundamental. Como previsão de impacto indireto estas práticas poderão ser estendidas para cerca de 150 famílias, 20 funcionários e familiares dos funcionários. Entre os seis acadêmicos espera-se que os mesmos aprendam a lidar com as dúvidas mais frequentes sobre a Dengue, de modo a intervir de forma segura, resolutiva e cooperativa diante do público escolar selecionado. Também terão oportunidade de aplicar a teoria, elaborar materiais didáticos, vídeos e animações, além de testar a eficácia de tais materiais. Com este trabalho, pretende-se colaborar com a redução da incidência da Dengue, tendo em vista que a ação mais simples para prevenção desta doença é evitar a proliferação do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos específicos.


Metodologia

Este projeto será realizado no Colégio Diamantinense localizado em Diamantina, Minas Gerais, no período de janeiro a dezembro de 2021, beneficiando cerca de 150 alunos de 7 a 12 anos matriculados no quarto, quinto e sexto ano do ensino fundamental. A escola foi selecionada em função de sua disponibilidade e por buscar a promoção da saúde, uma vez que é composta por uma equipe multidisciplinar, que prontamente se dispôs em participar da execução do projeto. Participarão da execução do projeto seis acadêmicos dos cursos da saúde (por selecionar), dentre eles um bolsista. A participação do aluno no projeto estará condicionada à um Coeficiente de Rendimento Acadêmico (CRA) acumulado igual ou superior a 60,0 e não estar com a formatura prevista para data anterior ao término do projeto. Este projeto contará com três etapas, sendo que todas foram modificadas visando o atendimento, em caráter temporário e excepcional de Atividades Acadêmicas de forma não presencial, em razão da Situação de Emergência em Saúde decorrente da pandemia da COVID-19. Primeira etapa: Para iniciar o projeto, no início de janeiro de 2021 será realizada uma reunião, através do Google Meet, com os acadêmicos selecionados para apresentação do projeto e capacitação dos mesmos. Após a capacitação, os acadêmicos realizarão revisão de literatura e debate sobre o tema. Na sequência confeccionarão, em conjunto, material educativo referente à dengue, agente, vetor, formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle. Serão elaborados objetos de aprendizagem digitais, como quiz, animações, vídeos e mural digital sobre a doença adequados para cada faixa etária. Os questionários serão elaborados na plataforma Quizziz com recursos de gamificação e as animações e vídeos serão elaborados a partir do programa Powtoon e o mural digital no Padlet. É importante destacar que serão confeccionados objetos de aprendizagem digitais diferentes para cada faixa etária. Segunda Etapa: Nesta mesma fase, as duplas de alunos, juntamente com o coordenador e a professora de ciências da escola, utilizarão as listas de chamada das turmas para enviar aos pais ou responsáveis, por e-mail, um Termo de Consentimento Livre Esclarecido informando sobre os objetivos do projeto e solicitando autorização para participação das crianças. Em seguida realizarão o encontro síncrono I com os alunos de cada turma, através da plataforma Zoom, momento em que explicarão o objetivo do projeto e certificarão do seu interesse e/ou dos responsáveis em participar do “Para Não Ficar Dengoso”. Também será utilizado um quiz, confeccionado na plataforma Quizizz, para realizar uma sondagem dos conhecimentos sobre a dengue. O levantamento dos conhecimentos prévios será imprescindível para adequação dos objetos de aprendizagem digitais elaborados na etapa anterior. Todos os encontros com as turmas serão realizados pela plataforma Zoom, durante as aulas de ciências e contando com a presença da professora responsável. Terceira Etapa: Será agendado um encontro II, com cada turma, momento em que será utilizado o material didático confeccionado para a orientação dos alunos. Todo o material elaborado na primeira etapa será utilizado durante uma aula síncrona pela plataforma Zoom. Serão utilizadas animações (Powtoon), e quiz (Quizzes) e vídeos (para cada faixa etária) abordando sobre o agente etiológico; vetor; formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e controle da Dengue. Este encontro terá duração máxima de 2 horas. No final deste encontro será disponibilizado pela professora do colégio um certificado de agente mirim de controle da dengue. Também será disponibilizado um mural digital de forma que as crianças possam assimilar os conhecimentos adquiridos no encontro II, de forma lúdica e prazerosa. Este material também objetiva difundir os conhecimentos nas respectivas famílias. A cada encontro será realizada uma avaliação por parte da turma e respectivo professor a respeito do conteúdo e ações desenvolvidas buscando aprimorar a metodologia empregada. Também será solicitada uma auto-avaliação dos discentes. Por último, será elaborado um relatório sobre o projeto como um todo. Além das atividades supracitadas, pretende-se expor os resultados desta experiência em eventos locais e nacionais de extensão. Cabe salientar que a identidade destes alunos será preservada na apresentação dos resultados do projeto em eventos. Este projeto recebeu o aceite do Colégio Diamantinense e todas as etapas mencionadas ocorrerão sob a supervisão do coordenador. Toda a comunicação entre coordenador e integrantes da equipe será por meio do Google Meet ou e-mail.


Referências Bibliográficas

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Inserção do estudante

Os estudantes se envolverão em todo o desenvolvimento do projeto, participando da elaboração do material educativo digital, aplicação do mesmo, análise, bem como da dinâmica com os alunos de ensino fundamental e posteriormente da avaliação dos resultados. Para a condução do referido projeto, é imprescindível a participação de discentes da área da saúde, em função dos conhecimentos que os mesmos têm na área. Por sua vez, este poderá favorecer a formação dos acadêmicos envolvidos, uma vez que será uma oportunidade para que os mesmos reforcem seu conhecimento sobre Dengue em especial as formas de prevenção. Também poderão estudar mais especificamente a respeito do agente etiológico, vetor, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção, controle e educação em saúde enfatizando a participação popular. Os acadêmicos realizarão as seguintes atividades: elaboração de objetos de aprendizagem digitais sobre Dengue (agente etiológico, vetor, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle) e atividades síncronas. Para tanto, os discentes envolvidos serão acompanhados e orientados pelo coordenador a cada atividade desenvolvida nas etapas do projeto, sendo ofertado material complementar para o estudo e aprofundamento do tema. Em cada fase do projeto o acadêmico será avaliado em itens específicos como: responsabilidade, cooperação com o grupo, criatividade, engajamento, assiduidade, pontualidade; sendo classificados como suficiente ou insuficiente. Caso o aluno seja considerado insuficiente em três dos itens avaliados ele será alertado quanto à possibilidade de ser excluído do projeto, caso seja classificado pela segunda vez como insuficiente em três dos itens, o mesmo será eliminado, sendo realizada nova seleção entre os alunos dos cursos da saúde para suprir a vaga ociosa, dando sequência ao projeto. Este projeto poderá favorecer a formação dos acadêmicos envolvidos, uma vez que será uma oportunidade para que os mesmos apliquem a teoria, conheçam e aprendam a lidar com diferentes contextos, entrem em contato com o ensino fundamental, conheçam a importância da educação em saúde na comunidade e aprendam a desenvolver estratégias de enfrentamento para tanto.


Observações

Nos últimos anos, o número de casos de dengue tem aumentado no Brasil, apenas nos primeiros cinco meses de 2020 foram registrados 1.040.481 casos. Considerando que não se dispõe de medicamentos específicos e nem de vacina, o controle desta virose está centrado no combate ao seu vetor, sendo imprescindível a participação comunitária no para o seu controle. Diante deste contexto, o referido projeto, sob registro de no. 057.2.066-2015, foi desenvolvido nos anos de 2016, 2017 e 2018 em escolas públicas de Diamantina apresentando resultados bastante positivos. Atualmente, observamos o impacto da pandemia de COVID-19 sobre os sistemas de saúde, sendo de suma importância incentivar a população a prevenir e controlar doenças como a dengue.


Público-alvo

Descrição

Pretende-se beneficiar, no mínimo, 150 crianças entre 07 e 12 anos, matriculadas no Colégio Diamantinense, em Diamantina/MG. De forma indireta, pretende-se beneficiar 20 professores e funcionários da escola, tendo em vista que o conhecimento assimilad

Descrição

Os seis acadêmicos de cursos da Saúde da UFVJM, ao se inserirem no contexto escolar terão a oportunidade de aplicar a teoria, conhecer diferentes realidades, aprender a identificar e promover a solução das dúvidas mais frequentes com relação à Dengue, em

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

O Colégio Diamantinense será parceiro deste projeto. A Direção e Coordenação pedagógica já estão cientes e concordam com a implementação do mesmo na instituição, apoiando e disponibilizando a equipe para participar de todas as etapas do projeto. Esta p

Cronograma de Atividades

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Para iniciar o projeto, em de janeiro de 2021 será realizada uma reunião, pelo Google Meet, com os acadêmicos selecionados para apresentação do projeto e capacitação dos mesmos. Os acadêmicos realizarão uma revisão de literatura e posteriormente o tema será debatido por meio de vídeo conferência.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Após a capacitação, os alunos confeccionarão, em conjunto, material educativo digital referente à dengue, agente, vetor, formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle. Serão elaborados quiz, animações, vídeos e mural digital sobre a doença.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Nesta etapa, as duplas de alunos, juntamente com o coordenador, utilizarão as listas de chamada da escola selecionada para enviar aos pais ou responsáveis, por e-mail, um Termo de Consentimento Livre Esclarecido informando sobre os objetivos do projeto e solicitando autorização para participação das crianças. Em seguida realizarão o encontro síncrono I com os alunos de cada turma, momento em que explicarão o objetivo do projeto e certificar do seu interesse e/ou dos responsáveis em participar do “Para Não Ficar Dengoso”. Também será utilizado um quiz para levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da dengue. O levantamento dos conhecimentos prévios será imprescindível para adequação do material pedagógico elaborado na etapa anterior.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

O levantamento dos conhecimentos prévios será imprescindível para adequação dos objetos de aprendizagem digitais elaborados na etapa anterior.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Serão realizados encontros síncronos nos quais serão utilizados objetos de aprendizagem digitais (para cada faixa etária) abordando sobre o agente etiológico; vetor; formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e controle da Dengue. Para este encontro síncrono, que terá duração máxima de 2 horas, será utilizada a plataforma Zoom.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

. Após o encontro II com as turmas do 4o. ano, será realizada uma análise dos resultados, bem como avaliação do material didático.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Serão realizados encontros síncronos nos quais serão utilizados objetos de aprendizagem digitais (para cada faixa etária) abordando sobre o agente etiológico; vetor; formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e controle da Dengue. Para este encontro síncrono, que terá duração máxima de 2 horas, será utilizada a plataforma Zoom.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Após o encontro II com as turmas do 5o. ano, será realizada uma análise dos resultados, bem como avaliação do material didático.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Serão realizados encontros síncronos nos quais serão utilizados objetos de aprendizagem digitais (para cada faixa etária) abordando sobre o agente etiológico; vetor; formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e controle da Dengue. Para este encontro síncrono, que terá duração máxima de 2 horas, será utilizada a plataforma Zoom.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Após o encontro II com as turmas do 6o. ano, será realizada uma análise dos resultados, bem como avaliação do material didático.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Após a avaliação do projeto será elaborado o relatório final e conclusão.