Visitante
Projeto Caminhando Juntos pela Saúde
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
simone gomes dias de oliveira
20241012024279120
departamento de odontologia
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
saúde
saúde humana
municipal
programa de atenção integral a saúde
Sim
Membros
rute antônia moreira
Voluntário(a)
simone gomes dias de oliveira
Vice-coordenador(a)
jairo evangelista nascimento
Voluntário(a)
ana flávia césar guimarães
Bolsista
loren sousa gomes
Voluntário(a)
O Projeto “Caminhando Juntos pela Saúde” é uma atividade extensionista vinculada à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) do município de Diamantina/MG, com concentração na área da Saúde Coletiva em Odontologia. O Projeto teve início no ano de 2019, com o objetivo de atuar em caráter complementar às atividades desenvolvidas pela organização civil PROCAJ – Projeto Caminhando Juntos, buscando a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais assistidas, sendo elas Maria Nunes, Senador Mourão, Sopa, Algodoeiro, Mão Torta, Extração, Baixadão, Pinheiro, Inhaí e São João da Chapada. Dessa forma, vem desenvolvendo diversas ações de promoção de saúde bucal com foco na educação em saúde da população, com pretensão de atendimento odontológico ao público assistido. O projeto também visa ressignificar a ideia de odontologia para crianças e adolescentes ao demonstrar de forma lúdica e interativa o quanto cuidar da saúde bucal pode ser divertido e agradável.
Educação em Saúde, Saúde bucal, Promoção de saúde
Os Vales do Jequitinhonha e Mucuri são regiões historicamente marcadas por uma grande desigualdade social, quando comparados com as outras regiões de Minas Gerais (PEREIRA N.J & SOUZA K.R., 2018). Dentre o rol de necessidades dessas localidades, é de se esperar que os problemas bucais estejam incluídos. Nesse contexto, surge a necessidade do desenvolvimento de ações e projetos que visem contemplar as principais demandas dessas regiões com foco na melhora da qualidade de vida dessas pessoas. O Projeto de Extensão “Caminhando Juntos pela Saúde” vinculado ao programa de extensão "Atenção Integrada à saúde", busca desenvolver indivíduos autônomos no sentido de cuidar da sua higiene oral e serem capazes de prevenir doenças bucais, além de cidadãos capazes de transmitir os conhecimentos adquiridos a outras pessoas, tal como prega a pedagogia da autonomia” de Paulo Freire- “propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos empíricos junto à sua individualidade.” Para isso, irá atuar em conjunto com o PROCAJ- Projeto Caminhando Juntos, uma ONG que por sua vez mantem parceria com a ChildFund/Brasil, Fundação norte-americana que atua na América Latina desde 1966, por meio de apadrinhamento voluntário de crianças em situações de vulnerabilidade socioeconômica. Seus objetivos também estão associados à melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes, trabalhando em parceria com escolas rurais, municipais e estaduais nos municípios em que atua, de forma direcionada a cada grupo e suas principais necessidades, aspirações e demandas. Nas localidades abrangidas pelo trabalho social da PROCAJ: Maria Nunes, Senador Mourão, Sopa, Algodoeiro, Mão Torta, Extração, Baixadão, Pinheiro, Inhaí e São João da Chapada, o acesso à informação e ao atendimento odontológico não são uma realidade de todos e por isso, o número de crianças e adolescentes com cárie pode ser elevado. Inserindo-se nesta realidade, o projeto busca por meio de conversas, atividades práticas, brincadeiras, palestras e eventos transmitir a esses indivíduos informações sobre prevenção de problemas bucais, para despertar neles próprios e em seus familiares e/ou responsáveis consciência acerca da importância da higiene bucal para a saúde e autoestima dos indivíduos, incluindo o valor dos dentes na alimentação e vida saudável, bem como sua valia estética no aspecto “sorriso” e seu valor social. O projeto propõe, ainda, a realização de um levantamento de risco e necessidade de tratamento nas crianças e adolescentes assistidos pela ONG, a fim de que os dados coletados possam explanar as principais demandas em saúde bucal de cada localidade. Como medida interventiva, propõe-se a realização do Tratamento Restaurador Atraumático (ART) nas crianças e adolescentes - devido à mais fácil execução e possibilidade de realização em locais nos quais a infraestrutura não é totalmente satisfatória.
Atualmente sabe-se que a área da saúde bucal no Brasil, como parte integrante da atenção primária à saúde e das ações de vigilância em saúde, se depara com desafios importantes para responder com efetividade às situações e problemáticas que exigem enfrentamento cotidiano. Tais desafios, de natureza teórico-metodológica, prática e avaliativa, manifestam-se tanto na necessidade de demonstrar resolutividade na assistência clínica (tão necessária à maioria dos brasileiros), como na formulação de políticas intersetoriais sustentáveis, de natureza mais abrangente e que possam impactar positivamente os principais indicadores epidemiológicos de saúde bucal (KUSMA, MOYSÉS e MOYSÉS, 2012). Considerando a grande desigualdade social existente em todo o território brasileiro, e de modo mais evidente a desigualdade enfrentada pelo Vale do Jequitinhonha, região onde o índice de Gini- instrumento usado para medir a concentração de renda, ainda era de 0,540 no ano de 2010 (fonte: PNUD, Ipea e FJP), é possível entender a necessidade de desenvolvimento de projetos que lidem com os principais problemas da região. Como era de se esperar, diante da situação de extrema pobreza em que vive a maior parte da população do Vale do Jequitinhonha, os problemas bucais estão incluídos no rol de necessidades em saúde dessas pessoas. A miscigenação populacional e o caráter desigual da sociedade brasileira criam a necessidade de uma oferta de saúde heterogênea e baseada no princípio de equidade, para ser capaz de abranger e incluir as diversas culturas e realidades existentes no país, ou seja, o enfrentamento desse panorama é um desafio complexo. Ademais, segundo o modelo teórico de Andersen & Davidson (1997), as características do ambiente externo, o sistema de prestação serviços odontológicos e as características pessoais da população, denominados determinantes primários da saúde bucal, influenciam o comportamento com relação a mesma, que inclui o uso de serviços odontológicos e as práticas de higiene bucal e estão diretamente associadas às condições sociais e econômicas e ao nível de informação que os indivíduos possuem acerca desses assuntos. Nesse contexto, levando-se em consideração que o Brasil é o décimo país mais desigual do mundo (Relatório de Desenvolvimento Humano- Nações Unidas, 2018) é possível perceber porque o acesso à saúde bucal ainda não é realidade de grande parte da população. Visando sanar as demandas apresentadas pelas localidades acompanhadas pelo PROCAJ, no que tange saúde bucal, o projeto em questão visa realizar oficinas de educação e promoção de saúde bucal e tratamento das condições apresentadas, onde possa ser utilizado a técnica de intervenção odontológica denominada Tratamento Restaurador Atraumático (ART) - devido à mais fácil execução e possibilidade de realização em locais nos quais a infraestrutura não são totalmente satisfatórias - em crianças e adolescentes inscritos no PROCAJ – Projeto Caminhando Juntos - nos distritos e comunidades rurais de Maria Nunes, Senador Mourão, Sopa, Algodoeiro, Mão Torta, Extração, Baixadão, Pinheiro, Inhaí e São João da Chapada. O Projeto “Caminhando Juntos pela Saúde”, em parceria com o PROCAJ do município de Diamantina vem desde 2019, realizando ações de promoção e prevenção em saúde bucal nas comunidades assistidas pela ONG. Dentre as localidades já abrangidas por essas ações, estão algumas comunidades com resquícios de quilombos, garimpos, produtores artesanais e os bairros de menor condição socioeconômica de Diamantina. Em todos esses locais, foram realizadas oficinas sobre odontologia, que buscaram abordar a importância da manutenção de uma boa saúde bucal, como fazê-la e como passar aos próximos os conhecimentos adquiridos. Os discentes voluntários que compõem a equipe do projeto sob a supervisão da coordenadora, desempenham papel importante em atividades como: a organização de palestras, realização de seminários, reuniões de apreciação para levantar os pontos positivos e que devem ser melhorados nas ações e grupos de discussão que buscam explanar os temas a serem trabalhados nas comunidades, bem como a importância da abordagem multidisciplinar em saúde. Além da elaboração de instrumentos de reforço de aprendizado, que possam fortalecer a assimilação dos conhecimentos transmitidos e servir como estímulo para a agregação do público. Dessa forma, desde 2019 o projeto tem realizado ações com o seu público alvo em comunidades e feiras municipais, com práticas de escovação supervisionada juntamente com a utilização de recursos lúdicos. O contato com as crianças e adolescentes do projeto, proporcionou que os discentes pudessem adaptar a linguagem para a realidade da comunidade local e assim possibilitar o acesso à saúde bucal conforme a realidade deles e assim mitigar os danos causados pela falta de informação quanto a realização de uma higiene bucal efetiva. Atualmente, o projeto é composto por 30 membros, sendo que alguns membros compõe esse grupo desde a primeira aprovação em 2019. Apenas no último ano foram alcançadas mais de 2000 crianças, adolescentes e população local um total de 70 ações desenvolvidas pelo grupo junto ao PROCAJ e mais 20 ações de forma independentes, em escolas e na ocupação Vitória, no bairro Cazuza. Foram distribuídos cerca de 6.000 kits de escovação adquiridos pela ONG PROCAJ. O intuito dessas atividades é criar vínculos com as crianças, adolescentes e cuidadores, para que se estabeleça uma confiança mútua entre as partes, para que posteriormente, possam ser feitos o levantamento de necessidades em saúde bucal das crianças e adolescentes para poderem ser assistidos clinicamente. O ART consiste em uma técnica adotada em locais onde não é possível ou é dificultado ao acesso de equipamentos odontológicos que exigem energia elétrica, além de ser menos invasiva do que as técnicas tradicionais, uma vez que não necessita do uso de anestesia e é realizado com instrumentos manuais como colher de dentina para remoção do tecido cariado, seguida da restauração do dente com cimento ionômero de vidro (NAVARRO et al., 2015). É um procedimento difundido mundialmente, com reconhecimento de sua eficácia no controle da cárie, e recomendado pela OMS como forma de ampliar o acesso da população em situação de vulnerabilidade econômica e social aos cuidados odontológicos. Espera-se a continuidade de ações desse cunho nas comunidades, uma vez que representam a porta de entrada as comunidades para que se tornem receptivas a saúde bucal e futuros tratamentos quando necessário. Isso porque se sabe que os fatores sociodemográficos, socioeconômicos e socioculturais de cada região dificultam e na maioria das vezes impedem o acesso dessas pessoas à saúde bucal pública, gratuita e de qualidade.
3.1 Objetivo geral Desenvolver ações que contribuam para a melhora da qualidade de vida e saúde das comunidades assistidas pelo PROCAJ. 3.2 Objetivos específicos - Repassar às comunidades ensinamentos adquiridos pelos discentes na graduação em Odontologia que incluem orientação de higiene bucal, técnicas de escovação e uso do fio dental, para capacitá-los a cuidar da maneira mais adequada dos seus dentes; - Instruí-los sobre alimentação saudável e seu impacto na saúde, inclusive bucal, buscando recursos que respeitem seus costumes e hábitos alimentares regionais, incentivando-os a ser tornarem mais saudáveis; - Estimular o desenvolvimento da autonomia, pela apropriação do conhecimento no quesito de saúde bucal, que os permita capacitarem outras pessoas; - Realização de procedimentos preventivos em clinica da universidade; - Tratamento de cáries através do método ART (Tratamento Restaurador Atraumático) para que a função e estética dos dentes seja reestabelecida, contribuindo para melhoria do acesso à atenção odontológica e qualidade de vida dos indivíduos, por pessoas sem acesso à atenção básica; - Promover a interação entre os discentes, docentes, comunidades, funcionários do PROCAJ e demais atores envolvidos nas diversas atividades desenvolvidas pelo Projeto; - Despertar no discente, a percepção da importância da abordagem multidisciplinar em saúde.
- Visitar todas as localidades assistidas pela ONG, incluindo distritos e comunidades rurais, somando cerca de duzentas (4.666) crianças e adolescentes; - Realizar o levantamento de necessidades de 100% das crianças e adolescentes das comunidades visitadas; - Realizar oficinas de educação e promoção de Saúde em todas as comunidades; - Distribuir kits de escovação para todas as crianças e adolescentes visitados durante as ações do Projeto, para poderem fazer a manutenção de uma boa saúde bucal; - Realizar o ART em crianças/adolescentes de pelo menos duas (02) comunidades, elencadas conforme escala de prioridades definida após levantamento. - Ressignificar o contato com a odontologia, mostrando que cuidar da saúde bucal pode ser divertido e prazeroso; - Participar de todas as feiras realizadas pelo PROCAJ nas comunidades alvos para divulgação de informações relacionadas a saúde bucal .
O PROCAJ já apresenta uma rotina de visitas semanais às localidades acima referidas. Propõe-se que o Projeto seja complementar às atividades desenvolvidas pela instituição, classificando-se em: - Ações de Planejamento Construção de uma proposta conjunta e de um cronograma de atividades, baseados na logística institucional e disponibilidade dos acadêmicos envolvidos. Essas ações incluem reuniões, visitas às localidades para diagnóstico e planejamento situacional. - Ações educativas: É importante que todos os assuntos sejam transmitidos de forma clara e simples para que todos os indivíduos, mesmo que leigos acerca dos temas, possam compreender o que lhes é passado. - Saúde bucal de bebês (0 a 1 ano): As ações deverão estar direcionadas à gestante, aos pais e/ou responsáveis para incentivar os cuidados com a higiene bucal precocemente, antes mesmo da erupção dos primeiros dentes. Os principais pontos a serem trabalhados são: sensibilização, aleitamento materno, higiene bucal, erupção dentária, afecções bucais, portadores de fissura labial e/ou palatinas e pacientes com necessidades especiais, higiene geral relacionada à saúde bucal, dieta, traumatismo dentário e fluorose dentária. As atividades de educação em saúde bucal serão: demonstração, nos próprios bebês, de como higienizar a cavidade oral corretamente e orientações orais sobre os aspectos acima descritos. - Crianças de 2 a 5 anos: A atenção em saúde bucal nessa faixa etária é essencial, pois é o período de formação de hábitos. Temáticas a serem abordadas, além das já citadas para bebês: - Deglutição atípica; - Postura incorreta: relacionadas à boca ou à face. - Onicofagia e hábitos de morder objetos. É importante abordar a criança juntamente à família, conhecendo e entendendo seus hábitos e condição socioeconômica para que as orientações e informações transmitidas sejam coerentes a essa realidade e possam ser seguidas. As atividades poderão estar associadas à leitura de histórias, desenhos para colorir e macro modelos ou fantoches para demonstração das técnicas de escovação. Visando garantir a assimilação das informações passadas, será adotada a seguinte estratégia: FALE, MOSTRE e FAÇA. FALE – Usar de uma linguagem simples que possa ser compreendida por qualquer faixa etária, para que as crianças assimilem e consigam se lembrar na hora de fazer a escovação. MOSTRE – Durante a explicação das técnicas de escovação os movimentos descritos devem ser ilustrados em macromodelos ou pelúcias. FAÇA – Após a demonstração, deve ser solicitado que as crianças e adolescentes repitam o que foi feito, para garantir a efetividade da técnica. - Crianças de 6 a 12 anos: As atividades devem ser coletivas, por serem idades cujas ações promovem um grande impacto sobre a prevalência de cárie e gengivite. Os dentes permanentes recém-erupcionados são altamente susceptíveis à cárie. Assim sendo, a importância da escovação deve ser reforçada aos pais, além de alertá-los sobre o início da dentição permanente. A partir dos oito anos, a criança já pode assumir a responsabilidade pela sua higiene bucal e, dessa forma, devem aprender a técnica correta de escovação e uso do fio dental. Os pais devem ser orientados, de acordo com seu horário de trabalho, a monitorar a escovação feita pela criança e a quantidade de creme dental utilizado pelo menos uma vez durante o dia. Evidenciadores de placa bacteriana podem ser usados para a motivação à limpeza dos dentes, visto que essa fase é crítica para o desenvolvimento da cárie. O traumatismo dentário deve ser sempre trabalhado nessa faixa etária mediante alerta quanto à prevenção dos acidentes. - Adolescentes (12 a 19 anos): É necessário ser estabelecida uma relação amistosa e pessoal, com diálogos honestos e maduros, sem atuação paternalista ou autoritária, para criação de um vínculo e encorajamento do jovem quanto a realização de perguntas e confiança nas informações recebidas. É muito importante escutar o que o adolescente tem a dizer, valorizar suas qualidades e tentar desenvolver nele a responsabilidade pelo autocuidado. A equipe deve ser capacitada para abordar os principais problemas que afetam essa faixa etária, tais como violência, problemas familiares, depressão, distúrbios alimentares, uso de drogas, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, para atuar de forma multiprofissional e identificar casos que necessitam de encaminhamento para a equipe de saúde ou outros profissionais. Pontos específicos a serem trabalhados: Periodontite juvenil, uso de aparelhos ortodônticos, mau hálito, erupção do terceiro molar, erosão dentária, traumatismo dentário, fumo, álcool e outras drogas lícitas e ilícitas e piercings. Pode-se usar, para esta faixa etária, demonstração de escovação e utilização do fio dental em manequins, realização de “Quiz”, dinâmicas interativas e eventos sociais com rodas de conversa para facilitar a consolidação do conhecimento repassado. - Ações preventivas: Além das ações educativas, que por si integram o elenco de ações de Promoção de Saúde e Prevenção de doenças, algumas ações específicas para a prevenção das doenças bucais deverão ser instituídas, conforme a necessidade de cada comunidade, como a escovação dental supervisionada e o uso racional de fluoretos. Bem como palestras, rodas de conversa e oficinas que abordem os mais diversos assuntos da saúde bucal e como, porque e quando preveni-los. - Ações de intervenção e controle da cárie dental: Aliado as ações educativas, durante as visitas às localidades deverá ser realizado nas crianças e adolescentes um levantamento de risco às doenças bucais e de necessidades de tratamento. Conforme os resultados desse levantamento, serão propostas medidas individuais e coletivas para controle da doença cárie, que incluirão o controle da lesão de cárie pela técnica de ART. Todas as ações previstas serão acompanhadas e monitoradas pela equipe coordenadora do projeto. Os indicadores de resultados, referentes às ações de promoção de saúde e atendimento clínico a serem realizadas, serão levantados e registrados em relatórios do projeto. Nenhuma das ações previstas nesse projeto apresenta qualquer tipo de conflito ético, que demande apreciação prévia do Comitê de Ética.
1. Medronho RA. Epidemioloigia. São Paulo: Editora Atheneu; 2003.1. Medronho RA. Epidemioloigia. São Paulo: Editora Atheneu; 2003. 2. Travassos C, Martins M. Uma revisão sobre os conceitos de acesso e utilização dos serviços de saúde. Cad Saúde Publica 2004; 20(Supl. 2):190-198. 3. PEREIRA, N.J. & SOUZA, K.R. Pobreza no estado de Minas Gerais: uma análise da região norte. Revista Iniciativa Econômica, Araraquara, v.4, n.2, 2018. 4. Travassos C. Viacava F. Acesso e uso de serviços de saúde em idosos residentes em áreas rurais, Brasil, 1998 e 2003. Cad Saúde Publica 2007; 23:2490-2502. 5. Martins AMEBL, Haikal DS, Pereira SM, Barreto SM. Uso de serviços odontológicos por rotina entre idosos brasileiros: Projeto SB Brasil. Cad Saúde Publica 2008; 24:1651-1666. 6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral de Saúde Bucal. Projeto SB2010: resultados principais / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Geral de Saúde Bucal. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 7. Paim J, Travassos C, Almeida C, Bahia L, Macinko J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. Lancet 2011; 6736:11:31. 8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral de Saúde Bucal. Projeto SB2010: resultados principais / Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Geral de Saúde Bucal. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 9. Andersen RM, Davidson PL. Ethinicity, aging, and oral health outcomes: a conceptual framework. Adv Dent Res 1997; 11:203-209. 10. Frencken JoE, HolmgrenCJ. Tratamento Restaurador Atraumático para Cárie Dentária. Livraria Santos Editora: 2001 11. LIMA, D. C.; SALIBA, N. A.; MOIMAZ, S. A. Tratamento restaurador atraumático e sua utilização em saúde pública. RGO, v. 56, n. 1, p. 75-79, 2008. 12. KUSMA, S. Z.; MOYSÉS, S. T.; MOYSÉS, S. J. Promoção da saúde: perspectivas avaliativas para a saúde bucal na atenção primária em saúde. Cad. Saúde Pública, v. 28, p. S9-S19, 2012. 13. NAVARRO, M. F. L. et al. Tratamento Restaurador Atraumático: atualidades e perspectivas. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., v. 69, n. 3, p. 289-301, 2015.
O discente constitui o protagonista do Projeto, ao atuar como promotor e multiplicador dos conhecimentos adquiridos na graduação. O projeto permitirá sua inserção e vivência em realidades locais diversas, e a troca de saberes formais e informais, mediante a interação com comunidades rurais e os desafios que podem proporcionar. Será capacitado pelos professores para realizar os procedimentos de levantamento de necessidades e do ART. Terá a oportunidade de elaborar materiais e técnicas educativas, que possam ser utilizadas nas comunidades envolvidas. Será acompanhado e terá supervisão direta dos professores envolvidos. Os estudantes que farão parte deste projeto de inserção terão possibilidade de conhecer e lidar com realidades culturais e socioeconômicas diferentes das suas, o que ajuda a desenvolver maneiras de lidar com diferentes públicos, habilidades oratórias e a reconhecer o indivíduo como um ser social e pensante e não um mero “paciente”. Além disso, irão expandir seus conhecimentos em saúde pública e atenção primária e desenvolver formas e atividades didáticas. Vale ainda comentar que os estudantes envolvidos terão uma maior aproximação com a área científica por meio da apresentação das ações promovidas nas comunidades pelo projeto em congressos e encontros científicos como o SINTEGRA (Semana da Integração), podendo elaborar trabalhos e outros projetos e dessa maneira, se desenvolver nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Tudo isso irá enriquecer sua formação. Ademais, pode-se dizer que é de extrema importância que os jovens participem de ações sociais para fazerem a diferença na saúde e na existência das pessoas afetadas pela desigualdade social que nem sempre têm acesso às formas dignas de atendimento. É indubitável o crescimento pessoal e a visão crítica adquirida com esse tipo de trabalho, necessárias para a formação de profissionais humanos que trabalhem conforme os princípios do SUS: integralidade, equidade e universalidade.
O Projeto conta com a parceria do PROCAJ (Projeto Caminhando Juntos) de Diamantina, uma organização não governamental (ONG/OSCIP) que atua em parceria com a ChildFund/Brasil. O PROCAJ é a responsável por orientar o bolsista e coordenador na elaboração dos cronogramas e propostas de ações a serem desenvolvidas em cada comunidade, uma vez que representam a ponte entre os graduandos e os moradores dos distritos e comunidades assistidas pela instituição. É ainda a responsável por ceder veículo, material didático, aparelho de som e vídeo para a realização de todas as ações planejadas. Ademais, mobilizar o público alvo com antecedência, para garantir a efetuação e sucesso do que é planejado. A equipe PROCAJ Diamantina, tem se mostrado bastante receptiva e participativa em todos os momentos do projeto, desde seu início. Frequentemente, toda a equipe se reúne com o bolsista para mesas redondas, onde são abordados temas de grande relevância em cada comunidade e como o projeto pode atuar visando a melhoria da qualidade de vida e saúde dos moradores, isso contribui para um intercâmbio de conhecimentos e experiências distintas a respeito de um mesmo tema. Além da ONG PROCAJ, a partir desse ano, o projeto contará também com outras parcerias, como instrutores de percussão para auxiliar os discentes na elaboração das cantigas para abordagens lúdicas em relação à saúde bucal, a Liga acadêmica de Odontopediatria para contribuição na realização do ART e com o apoio de uma discente de humanidades para auxiliar na compreensão social das realidades encontradas pelas crianças e adolescentes.
Público-alvo
As ações irão beneficiar diretamente as crianças e adolescentes dos distritos e comunidades rurais de Maria Nunes, Senador Mourão, Sopa, Algodoeiro, Mão Torta, Extração, Baixadão, Pinheiro, Inhaí e São João da Chapada, assistidas pelo PROCAJ. De forma indireta, serão beneficiadas suas famílias e comunidades onde vivem, uma vez que as ações irão trazer não apenas a melhoria da qualidade de vida e saúde das crianças e adolescentes, como também irá deixá-los aptos a capacitarem outras pessoas. Vale ressaltar ainda o impacto que essas ações possuem na formação dos graduandos, professores e coordenadores do Projeto uma vez que irão se deparar com diferentes realidades, que demandarão estratégias e planejamentos distintos, representando um grande desafio a ser enfrentado.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A ONG PROCAJ, além de é a responsável por orientar o bolsista e coordenador na elaboração dos cronogramas e propostas de ações a serem desenvolvidas em cada comunidade, uma vez que representam a ponte entre os graduandos e os moradores dos distritos e comunidades assistidas pela instituição. É ainda a responsável por ceder veículo, material didático, aparelho de som e vídeo para a realização de todas as ações planejadas. Ademais, mobilizar o público alvo com antecedência, para garantir a efetuação e sucesso do que é planejado.
Parceria na realização de atividades educativas e de atendimento clínico.
Apoio na elaboração e desenvolvimento de atividades lúdicas.
Discente do curso de humanidades, que apoiará o projeto no desenvolvimento de atividades com os discentes que compõem o grupo.
Cronograma de Atividades
- Serão realizadas reuniões com os membros, coordenador e parceiro do Projeto, para elaboração de um cronograma de ações dentro da logística da instituição acadêmica, dos discentes, coordenador e comunidades atendidas pelo PROCAJ
Reunião para acompanhando do andamento das ações e elaboração de propostas de eventos culturais a serem desenvolvidas com o público-alvo.
Reuniões para discussão e acompanhamento das ações realizadas e as que estão agendadas segundo o cronograma elaborado com o PROCAJ, bem como a elaboração de propostas de eventos culturais que visem agregar conhecimento para as comunidades e a equipe do projeto.
Embasamento teórico sobre os temas a serem abordados nas comunidades - Realização de palestras, seminários e grupos de discussão acerca dos assuntos que serão abordados nas comunidades e que afirmem a importância da abordagem multidisciplinar em saúde. X
Confecção de cartilhas em uma linguagem objetiva e de fácil compreensão para servir de apoio para reforçar as informações transmitidas durante as ações e abordar os temas propostos para cada faixa etária.
Elaboração de instrumentos de reforço de aprendizado, que possam reforçar visualmente a assimilação dos temas trabalhados e que possam servir como estímulo para a agregação do público.
Exposição oral dos temas propostos para as diferentes idades por meio de palestras, rodas de conversa, vídeos educativos e demonstração em fantoches e macro modelos.
Coleta dos dados referentes às principais demandas em saúde bucal das crianças e adolescentes.
Realização do Tratamento Restaurador Atraumático naquelas crianças e adolescentes em que a técnica for indicada, como preconiza a OMS.