Visitante
Oficinas Literárias em Espanhol nas Escolas Públicas e Particulares de Diamantina
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
antonia javiera cabrera munoz
20241012024364376
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
linguística, letras e artes
educação
cultura
línguas estrangeiras
municipal
Não
Membros
maria vanderlene costa gonçalves
Voluntário(a)
orlanda miranda santos
Vice-coordenador(a)
tatiane de oliveira
Bolsista
carina de fátima almeida
Voluntário(a)
Realização de oficinas literárias em espanhol para o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio das escolas públicas e particulares de Diamantina. Objetiva-se reintegrar o ensino de língua espanhola nas escolas em horário do contraturno. As oficinas serão ministradas pela equipe do projeto de extensão e poderão ser quinzenais ou mensais. As obras literárias a serem lidas compõem-se de obras clássicas adaptadas em sua maioria, para promover o estudo e a leitura de enredos que levem à reflexão do aluno acerca de temas universais e à resolução de problemas e o enfrentamento de situações adversas do dia-a-dia. Durante a realização do projeto, será organizado um clube de leitura na escola, de forma que a iniciativa do projeto continue mesmo após o seu término. Finalmente, o projeto objetiva realizar discussões com as escolas para promover a volta paulatina do ensino de língua espanhola em horário regular. Estima-se a participação de 200 alunos provenientes das escolas da cidade de Diamantina.
Língua Espanhola, Literatura, Cultura, Hispanofonia
Ofertar, nas escolas públicas e particulares de Diamantina, oficinas literárias em espanhol para fins de introdução de alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio às literaturas de língua espanhola para promoção da língua como componente curricular obrigatório nos currículos escolares. As oficinas serão ministradas pela equipe do projeto de extensão nas escolas públicas e particulares da cidade de Diamantina. Além disso, objetiva-se realizar discussões com as escolas para promover a volta paulatina do ensino de língua espanhola em horário regular. As oficinas serão ofertadas em contraturno conforme disponibilidade e interesse de cada escola e grupo de alunos. Objetiva-se, também, ministrar as oficinas para formação de um clube de leitura, com cronograma próprio de leitura das obras, apresentações dos alunos em eventos escolares e formação de uma biblioteca local para consulta. As oficinas serão ministradas conforme cronograma das escolas, podendo ser quinzenais ou mensais. A metodologia do projeto consistirá em leitura literária e em produções escritas e orais para aquisição da língua estrangeira, baseada principalmente nos seguintes autores que refletem sobre o ensino de línguas e a educação literária na escola: Gabriela Mistral, José Carlos Paes de Almeida Filho, Juana de Ibarbourou, Mortimer J. Adler, Regina Zilberman, Rildo Cosson, Teresa Colomer, entre outros. O projeto se debruçará em autores e obras de ficção que levem à reflexão, por parte do jovem leitor, de temas gerais da Vida, tais como: as virtudes capitais (humildade, paciência, santidade, equilíbrio, generosidade, disposição e contentamento) e os problemas e situações adversas enfrentados no dia-a-dia. Serão lidas obras de escritores hispânicos e obras adaptadas ao espanhol. Citem-se alguns títulos: "Dioses, Héroes y Heroínas: historias de la mitología griega", "El Rey Arturo y los Caballeros de la Tabla Redonda", "Don Quijote de la Mancha", "Rinconete y Cortadillo" (ambas obras de Miguel de Cervantes), contos de fadas "Bella Durmiente del Bosque" e "Las Hadas" (ambos contos de Charles Perrault), a versão de Gabriela Mistral para "Bella Durmiente del Bosque", "Robinson Crusoe" (Daniel Defoe), "La Isla del Tesoro" (Robert Louis Stevenson) e "El Zorro" (Johnston McCulley). Haverá, também, orientações práticas acerca da gramática da língua espanhola para fins de leitura e produção escrita e oral. Para iniciar a leitura das obras, a abordagem a ser adotada será a de gramática e tradução, e, ao longo das oficinas, outras abordagens serão utilizadas para promover a leitura literária e a aquisição da língua espanhola. São elas: a abordagem direta, a abordagem para leitura, a abordagem áudio lingual e a abordagem por tarefas. Por fim, o clube de leitura será a formalização do projeto de extensão na escola, que envolverá os alunos em torno do propósito de se manter as oficinas em atuação nas escolas após o término do projeto.
O ensino de língua espanhola nas escolas de Diamantina é uma das realidades mais precárias das licenciaturas plenas da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da UFVJM. A partir de 2009, quando se iniciam o Bacharelado em Humanidades e a Licenciatura Plena em Letras (Português e Espanhol) na Faculdade, novos professores surgiram no mercado de trabalho com um desafio: manter o ensino de língua espanhola nas escolas públicas e particulares da cidade após a revogação da lei 11.161 de 2005 pela lei 13.415 de 2017, que excluiu a língua espanhola como oferta obrigatória nos currículos escolares do Ensino Médio e facultativa no Ensino Fundamental II. Essa revogação afetou diretamente esses licenciados, que se veem, a partir de 2017, sem perspectivas de inserção no mercado, bem como os discentes que estão em formação. No total, temos 38 alunos matriculados no Curso de Letras (Português e Espanhol) da FIH. Mas, novos ares prometem mudar essa situação calamitosa, com a aprovação, em 2022, do subprojeto interdisciplinar em Português e Espanhol no Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da CAPES, subprojeto este que conseguiu contemplar 24 bolsistas divididos em 3 núcleos: Escola Estadual Professora Isabel Motta, Escola Estadual Joaquim Felício dos Santos e Escola Municipal de Sopa. As 3 professoras supervisoras lecionam língua portuguesa, sendo que 2 delas são ex-alunas do Curso de Letras (Português e Espanhol) da FIH. O PIBID é uma iniciativa que visa promover o acesso à língua espanhola, suas literaturas e culturas, porém irá concluir suas atividades em março de 2024. Para dar continuidade ao trabalho iniciado no PIBID e diminuir o impacto de tal situação nas escolas da cidade em relação ao ensino da língua espanhola, o presente projeto objetiva realizar oficinas literárias em horário do contraturno pela equipe do projeto de forma a conscientizar a comunidade escolar acerca da manutenção ou da volta da língua espanhola em suas instituições de ensino. No Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, o ensino de literatura estrangeira se coloca como um bom problema a ser resolvido: como abordá-la com vistas à formação do leitor literário? Mais: por que deveríamos formar o leitor literário em língua estrangeira já no ambiente escolar? Se o Ensino Fundamental II é a transição da infância para a adolescência, e a adolescência é uma fase que envolve não só questões relacionadas aos estudos, mas também à personalidade do aluno, o Ensino Médio é, então, uma etapa que permite o fortalecimento da personalidade, pois proporciona a ele diversas atividades que envolvem o autoconhecimento. A literatura tem papel decisivo na formação desse aluno desde o Ensino Fundamental II. Ler obras literárias em espanhol em ambiente escolar é possível, mesmo que seja um clássico como o Dom Quixote. Ou melhor, lerá essas obras, porém de forma fragmentada ou adaptada, conforme o filólogo espanhol e acadêmico da língua espanhola Francisco Rico que, no texto “Fragmentos y vínculos” , situa a leitura literária na era do pós-livro, isto é, na era da informática, em que todos nós (professores e alunos) já viemos formando nossa leitura no meio digital. Não fomos educados nem na época em que os livros eram lidos em voz alta por um ou mais leitores para um público maior (como as epopeias gregas e as canções de gesta, a Ilíada e a Odisseia, o Amadis de Gaula, o Dom Quixote, grande parte da poesia e todo o teatro na época em que viveu Cervantes), e nem na época em que o livro físico era prioridade na educação. Rico (2010) considera que exigir dos alunos a leitura cabal de uma obra literária (sobretudo as mais longas) não só se mostra inútil, como contraproducente. Por um simples fato: nossos alunos não estão preparados para ler obras desse porte e, se se forçar essa leitura, ele poderão ficar para sempre longe de ler algum clássico em língua espanhola ou mesmo se interessar por ele. Formado no meio digital, tendo novos hábitos mentais, esse aluno terá de encontrar, no ensino da literatura, práticas similares às que ele já encontrava na Internet: “(…) parece razonable que la enseñanza de la literatura adopte y adapte caminos similares y procedimientos análogos” (RICO, 2010, p. 24). O mundo virtual ampliou-se muito na nossa época, e não nos é mais permitido deixar de fazer uso de toda essa tecnologia a nosso favor, sobretudo em locais onde o acesso a recursos e materiais didáticos é deficiente, como é o caso da nossa região. Em suma: nosso aluno deverá continuar lendo e pesquisando na Internet se quiser ter uma boa introdução à literatura publicada em espanhol. No que se refere ao ensino de literatura, os professores não só temos de continuar adotando a Internet como fonte de recurso didático, mas adaptar a metodologia de ensino aos próprios hábitos de leitura surgidos na era da informática. Nesse momento em que o aluno está apenas começando sua incursão pelo mundo da literatura produzida em língua espanhola, e pela nossa experiência em sala de aula e em projetos de ensino e de extensão já concluídos na UFVJM, além dos vínculos intelectivos mediados pela Informática e pela leitura direta de livros físicos, o que mais importa nessa relação entre o leitor e a obra são os próprios vínculos afetivos. Se lemos a literatura para viver, como dizia Gustave Flaubert (1821-1880), convém nos perguntar: quais seriam os vínculos que realmente deveriam importar para esse aluno? Ele conseguiria fazer com que a leitura de uma obra literária interessasse verdadeiramente a ele, tornando esse vínculo duradouro e positivo em sua vida pessoal e profissional? Para Rico, “los vínculos de veras importantes, los que convierten la literatura en una posesión duradera y adictiva, son los que enlazan los textos con la vida de cada cual, los que la integran en esa vida” (RICO, 2010, p. 26-27). Os valores fundamentais da literatura não são valores literários, mas pessoais, e isso se corrobora ao lermos um clássico da literatura como o Dom Quixote. O trabalho com a leitura literária (mesmo no ensino universitário) vai da discussão do valor intrínseco da obra à sua apreciação artística. Por isso, o escritor argentino Jorge Luís Borges (1889-1986) dizia que “nunca se termina de aprender a ler”. Mais, a melhor literatura a ser lida não é aquela considerada “a mais difícil”, a mais hermética, mas aquela que requer um leitor com formação básica, de forma que possa ser apreciada por qualquer pessoa. As grandes obras de arte foram feitas justamente para o grande público e não para alcançar alguns poucos “iluminados” que precisariam de um adestramento especializado para chegar a elas. Todas as obras artísticas que permanecem no tempo são fundamentais, porque são simples. Em vista da realidade do ensino de língua espanhola em Diamantina e do interesse ocasionado pelo PIBID, o presente projeto justifica-se pois é uma ação processual e contínua de caráter educativo, com um objetivo claro e um prazo pré-determinado de até um ano, podendo ser prorrogado. As duas áreas temáticas da ação extensionista são a Educação e a Cultura, com foco na Educação Básica. O motivo que nos move é o incentivo à leitura literária em língua estrangeira (Espanhol) para a formação de leitores e a volta do ensino da língua espanhola nas escolas públicas e particulares de Diamantina em tempos em que o Espanhol deverá voltar aos currículos escolares muito em breve. De acordo com a linha de extensão "Línguas Estrangeiras", desenvolveremos e colocaremos em prática diversas abordagens metodológicas de ensino de literatura estrangeira com os alunos participantes das oficinas, passando por autores como Vilson José Leffa e José Carlos Paes de Almeida Filho. Autores hispânicos que abordaram a leitura na escola também serão estudados, tais como Gabriela Mistral, Juana de Ibarbourou e Teresa Colomer. E autores como Mortimer J. Adler, Regina Zilberman e Rildo Cosson, que renovaram seu olhar para a educação da imaginação em ambiente escolar. Esse trabalho realizado nas oficinas literárias permitirá, em consequência, a formação, capacitação e qualificação tanto dos ministrantes do Curso de Letras (Português e Espanhol) que participarem do projeto, pois haverá momentos de pesquisa bibliográfica, estudo e preparação das oficinas, aplicação das oficinas em ambiente escolar e avaliação das mesmas. Articulando ensino, pesquisa e extensão, cumpre-se com os objetivos da Política de Extensão da UFVJM (Anexo da Resolução N.º 06-CONSEPE, de 17 de abril de 2009). Destacamos, entre os objetivos específicos, o aprofundamento da relação bidirecional entre a UFVJM e a sociedade, de tal forma que os problemas sociais urgentes recebam atenção produtiva por parte da universidade, e a prioridade que se deve dar às práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes, como as relacionadas com a área de Educação. No momento atual, o ensino do Espanhol na Educação Básica necessita muito do apoio institucional da UFVJM. Corre-se o risco de se perder todo um trabalho da Área de Espanhol do Curso de Letras em prol desse ensino. O ensino de línguas estrangeiras no Vale do Jequitinhonha não pode ser um mero adorno, mas algo que possibilite a ampliação do acesso ao saber disciplinar e interdisciplinar inerente às literaturas e culturas hispânicas, conteúdo tão rico quanto instigante sob várias formas. Se quisermos o desenvolvimento educacional, tecnológico e social do nosso país, a Universidade precisa cuidar daqueles profissionais que trabalham especialmente em condições adversas.
Geral: Realizar oficinas literárias em espanhol nas escolas públicas e particulares de Diamantina em que esse idioma é ensinado ou não, de forma a fortalecer o ensino de língua espanhola no Ensino Fundamental II e Médio e conscientizar da comunidade escolar acerca da manutenção da língua espanhola em suas instituições. Específicos: 1) Selecionar obras literárias adaptadas e originais em língua espanhola para estudo; 2) Promover o estudo teórico-prático de metodologias de ensino de literaturas estrangeiras; 3) Elaborar o material didático (teórico e audiovisual) das oficinas; 4) Planejar as atividades das oficinas literárias em conjunto com os discentes participantes (bolsista e voluntários); 5) Elaborar o Plano de Ensino das oficinas literárias e, de cada uma, o Plano de Aula; 6) Ministrar as oficinas em ambiente escolar e avaliar o processo de ensino e aprendizagem nas escolas; 7) Introduzir conhecimentos linguísticos e culturais hispânicos através dos conteúdos literários, além de outras literaturas adaptadas ao Espanhol; 8) Desenvolver tópicos gramaticais a partir dos textos literários; 9) Exercitar as habilidades de compreensão auditiva e leitora; 10) Exercitar a produção oral e a entonação em língua espanhola; 11) Exercitar a produção escrita através da assimilação do estilo dos autores a serem lidos; 12) Fortalecer o ensino de língua espanhola nas escolas através da formação de leitores literários e a realização de um clube de leitura em cada escola; 13) Conscientizar os gestores educacionais acerca da manutenção, em horário normal, da língua espanhola nas escolas públicas e particulares de Diamantina.
Temos como metas: (1) dar acesso a conteúdos linguísticos, literários e culturais aos alunos participantes das oficinas na área de Espanhol para a reintrodução do ensino de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) em ambiente escolar; (2) possibilitar aos professores das escolas o aprofundamento de diferentes abordagens metodológicas de ensino de literaturas estrangeiras e seu consequente acompanhamento junto aos alunos participantes das oficinas, quando os professores puderem participar das oficinas em horário do contraturno; (3) iniciar um diálogo profícuo com os gestores das escolas sobre a importância do ensino de língua espanhola e sua volta em horário normal no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio; (4) aproximar ex-alunos e alunos do Curso de Letras (Português e Espanhol) da UFVJM das ações do projeto de extensão para reconhecimento de sua área de atuação em ambiente escolar; (5) acompanhar o ensino de língua espanhola nas escolas da cidade de Diamantina através de futuras ações científicas e extensionistas provenientes da UFVJM. Essas são as 5 metas do projeto, e seu impacto direto e indireto beneficiará não só a comunidade universitária, mas, sobretudo, a população de Diamantina. Diretamente, beneficiaremos os professores e alunos das escolas públicas e particulares de Diamantina, pois lhes será permitido fazer uma leitura de mundo mais ampla, rica e responsável através das literaturas hispânicas e suas culturas, além de outras literaturas lidas em versões adaptadas em Espanhol, pois é dever da escola possibilitar o acesso às culturas estrangeiras com foco na formação cidadã de seus alunos. A prática das habilidades (ouvir, ler, falar e escrever) nas oficinas lhes permitirá ampliar o conhecimento do Espanhol, o que pode, indiretamente, ajudá-los a conseguir oportunidades de estudo e trabalho em que seja necessário o conhecimento da língua espanhola. Ademais, indiretamente, espera-se que os professores das escolas formados em Licenciatura Plena em Língua Espanhola e suas Literaturas, sejam mais valorizados em suas instituições de ensino e que os gestores deem sinal positivo para a volta do ensino de Espanhol em horário normal. Os discentes participantes do projeto (bolsista e voluntários) terão impacto direto, uma vez que estarão em constante preparo e orientação para monitorar as oficinas nas escolas. Sua formação na área será beneficiada quando estiverem cursando disciplinas de língua, literatura e ensino do Curso de Letras da UFVJM, o que lhes trará um impacto indireto. Por fim, espera-se que, com a realização deste projeto, outras ações acadêmicas de natureza científica e extensionista se sigam a esta, de forma que o ensino de Espanhol se fortaleça e se coloque no ambiente escolar da cidade de Diamantina como uma das atividades de ensino mais promissoras e atuantes da área de Linguística, Letras e Artes. Em relação aos indicadores numéricos, temos o desafio de inserir, paulatinamente, o Espanhol nas escolas públicas e particulares de Diamantina. O Curso de Letras da UFVJM conta, atualmente, com 38 alunos formandos e vem formando alunos desde 2014, tendo atendido o Município de Diamantina e seus distritos em função de uma parceria assinada entre o Curso e a Secretaria Municipal de Educação de Diamantina em 2020. A parceria continua por meio da atuação do PIBID - Interdisciplinar em Português e Espanhol na Escola Municipal de Sopa. Temos previsão de atender 200 alunos ou mais. Convidaremos outras escolas a participarem do projeto.
O Prof. Dr. Vilson José Leffa, no artigo “Metodologia do Ensino de Línguas”, publicado em Tópicos de Linguística Aplicada: o ensino de línguas estrangeiras, organizado por Hilário Bohn e Paulino Vandresen (1988), p. 211-236, traz as principais abordagens metodológicas a serem utilizadas no projeto de extensão. Essas abordagens são: Gramática e Tradução, Abordagem Direta, Abordagem para Leitura e Abordagem Áudio-Lingual. Resumidamente: 1) Abordagem de Gramática e Tradução (AGT): consiste no ensino da segunda língua pela primeira. Toda a informação necessária para construir uma frase, entender um texto ou apreciar um autor é dada através de explicações na língua materna do aluno. O objetivo final da AGT é levar o aluno a apreciar a cultura e a literatura da LE. 2) Abordagem Direta (AD): o aluno aprende a LE através da LE. Com isso, a língua materna nunca deve ser usada na sala de aula. A transmissão do significado dá-se através de gestos e gravuras, sem jamais recorrer à tradução. O aluno deve aprender a “pensar na língua”. A integração das quatro habilidades (ouvir, ler, falar e escrever) é usada pela primeira vez no ensino de línguas. 3) Abordagem para Leitura (AL): desenvolvimento da habilidade de leitura. Procura-se criar o máximo de condições tanto dentro quanto fora da sala de aula. Como o desenvolvimento do vocabulário é considerado essencial, tenta-se expandi-lo o mais rápido possível. A gramática restringe-se ao necessário para a compreensão da leitura, enfatizando os aspectos morfofonológicos e construções sintáticas mais comuns. Ocasionalmente, exercícios de tradução também são empregados. 4) Abordagem Áudio-Lingual (AAL): ênfase na língua oral. O aluno deve primeiro ouvir e falar, depois ler e escrever, como acontece individualmente na aprendizagem da língua materna e como acontece com os povos em geral, que só aprendem a escrever muito depois de terem aprendido a falar. O aluno só deveria ser exposto à língua escrita quando os padrões da língua oral já estiverem bem automatizados. A forma preferida de apresentação é o diálogo, justamente por representar a língua viva do dia a dia. O laboratório de línguas, pela possibilidade de apresentar gravações de falantes nativos, possibilitando assim uma pronúncia perfeita, tornou-se um importante recurso audiovisual. Além dessas quatro abordagens, temos, também, a Abordagem por Tarefas (AT), que está exposta no artigo “Abordagens por tarefas no ensino de LE: as atividades do Themen Aktuell”, de Carine Haupt, publicado na Revista Odisseia da UFRN, n. 5, jan.-jun. 2010. Resumidamente, essa abordagem é distinta das demais descritas acima: constitui-se de um programa de ensino por processo, e não por produto. Diz a autora: “(…) um programa por processo não apresenta uma especificação prévia do conteúdo de ensino, mas atividades de ensino que visam engajar os alunos na troca e na construção do conhecimento”. As tarefas são um veículo pelo qual se dá a aprendizagem. Eis a abordagem a ser trabalhada preferencialmente pelos ministrantes nas oficinas, uma vez que não realizaremos um curso de espanhol, mas diversas tarefas que são do interesse dos professores e do grupo de alunos das oficinas. Isso não significa que não utilizaremos as demais abordagens; antes, elas serão adaptadas à abordagem por tarefas para cumprirmos com o nosso principal papel de extensionista na cidade de Diamantina: permitir à sociedade acesso ao conhecimento que é produzido na universidade. Daremos, a esse público-alvo, acesso à aprendizagem de uma língua estrangeira através da literatura estrangeira, de forma a contribuir com a sua formação cidadã. As abordagens serão utilizadas conforme a tarefa proposta em cada oficina, não havendo privilégios de uso das mesmas, pois consideramos que todas são importantes por serem fruto de pesquisas e práticas de ensino de línguas estrangeiras. Junto às abordagens metodológicas descritas acima, faremos amplo uso da filosofia de ensino de línguas estrangeiras proposta pelo Prof. Dr. José Carlos Paes de Almeida Filho, que, entre agosto e novembro de 2023, está ministrando aulas remotas e presenciais para o Curso de Formação de Professores "Mar de Línguas em Minas", registrado na PROEXC e coordenado por esta docente. Sua filosofia prioriza a gestão do ensino em uma visão comunicacionai de ensino. Ou seja, as habilidades de ler os textos e falar sobre os textos, em seguida, serão priorizadas para que haja interação, mesmo que inicial, entre os ministrantes e os participantes das oficinas. A abordagem comunicacional está resumida na apostila do Curso, "Reflexão na Ação" (2023). Em um primeiro momento, os discentes participantes terão reuniões semanais com a coordenadora para conhecimento do projeto. Após, farão o planejamento das oficinas, o Plano de Ensino e o Plano de Aula de cada oficina, além do material didático, que será uma apostila em PDF. Nessa etapa, faremos amplo uso da pesquisa exploratória, bibliográfica e audiovisual. A pesquisa será exploratória porque objetiva conhecer as obras das literaturas hispânicas e adaptadas ao Espanhol através da realização do “mapa da ignorância” e da pesquisa em acervos físicos e virtuais para aquisição e leitura das obras selecionadas. Também será exploratória porque objetiva trocar o conhecimento entre toda a equipe do projeto (professores e discentes participantes). A pesquisa será bibliográfica porque objetiva-se estudar obras literárias selecionadas de forma aprofundada. Esse material a ser estudado será selecionado a partir da pesquisa exploratória. Num segundo momento, serão realizadas as oficinas nas escolas, que serão de 1h30 quinzenais ou mensais no horário do contraturno. Os ministrantes aplicarão a técnica de avaliação chamada “diário reflexivo”, exposta em várias pesquisas de professores da área de ensino de línguas. No artigo “O diário reflexivo como instrumento da avaliação formativa”, de Josely Iris Fernandes, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria Inês Vasconcelos Felice, publicado na Revista Intercâmbio, v. XXVI: 129-153, 2012. São Paulo: LAEL/ PUC-SP, o diário reflexivo é um gênero textual, isto é, um texto historicamente datado e localizado, que tem a característica principal de ser pessoal. Solicitaremos os diários ao longo das oficinas. A recepção dos diários dar-se-á mediante a avaliação da coordenadora, dos professores e dos discentes participantes, que farão comentários por escrito em cada diário, mas também em momentos de avaliação conjunta dos diários em debates com os alunos, de forma a avaliar continuamente o processo de ensino e aprendizagem. Da mesma maneira, as questões éticas de participação dos professores e dos alunos das escolas estarão resguardadas: o aluno escolar poderá participar das oficinas e realizar ou não a atividade do diário reflexivo. Da mesma maneira, os professores das escolas serão convidados a participar das oficinas. As técnicas de ensino consistirão em aula expositiva, debates, apresentações orais, fichamentos, estudos dirigidos, dinâmicas de grupo, conversação, painéis, pesquisa individual e em grupo.
ADLER, Mortimer Jerome. Como Falar, como Ouvir. Tradução de Hugo Langone. São Paulo: É Realizações, 2013. ADLER, Mortimer Jerome; VAN DOREN, Charles. Como Ler Livros: o guia clássico para a leitura inteligente. Tradução de Edward Horst Wolff e Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É Realizações, 2011. ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Reflexão na Ação: pequeno manual formador. Brasília, DF: UNB, 2023. BARROS et al. O uso do texto literário em aulas de língua espanhola na perspectiva dos gêneros discursivos. Revista Multitexto, Montes Claros, v. 5, n. 2, p. 35-42, 2017. Disponível em: <http://www.ead.unimontes.br/multitexto/index.php/rmcead/article/view/218>. Acesso em: 03 out. 2019. BARCIA, Roque. Sinónimos Castellanos. Nueva tirada. Madrid: Daniel Jorro Editor, 1921. BECKER, Idel. Manual de Español. 67. ed. São Paulo: Nobel, 1979. BORGES, Jorge Luís. Cinco Visões Pessoais. Tradução de Maria Rosinda R. da Silva. 4. ed. Brasília, DF: Editora da UNB, 2002. 74 p. CERROLAZA Gili, Óscar. 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A inserção dos discentes participantes (bolsista e voluntários) dar-se-á de forma contínua e processual, uma vez que eles são um dos principais sujeitos do projeto. Os discentes da área de Espanhol do Curso de Letras fazem deles sujeitos capazes de acompanhar com autonomia as etapas do projeto, especialmente se já estão cursando as disciplinas de Literaturas Hispânicas do Curso a partir do 6º período do Curso, pois já terão aprovado, no mínimo, a Língua Espanhola IV. Além disso, participações eventuais em outros projetos e eventos na área beneficiará esses discentes, pois eles virão com práticas docentes já finalizadas ou em andamento, como é o caso do PIBID - Interdisciplinar em Português e Espanhol do Curso. Práticas docentes já terão sido feitas e esse discentes poderão dar continuidade a essas práticas em ambiente escolar. Da mesma maneira, o projeto de extensão contribuirá para a sua formação de forma ampla, pois desenvolveremos, a partir do nível básico da língua, diversos conteúdos literários do universo hispânico e conteúdos de outras literaturas nacionais, como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos, lidos em obras clássicas adaptadas ao Espanhol. Os discentes terão de se preparar nas quatro habilidades básicas (ouvir, ler, falar e escrever) para poder monitorar as oficinas e serão capacitados na metodologia exposta mediante orientações semanais (presenciais e remotas) com a coordenadora. Eis as atividades que eles realizarão: estudos semanais das obras literárias e do referencial teórico e metodológico do projeto, participação nas pesquisas exploratória, bibliográfica e audiovisual, participação na elaboração dos planos de ensino e de aula de cada oficina junto à coordenadora e aos professores das oficinas, organização e entrega a professores e alunos das oficinas do material gráfico a ser disponibilizado pela UFVJM (caso seja possível adquirir esse material impresso), monitoramento das oficinas nas escolas, participação nas avaliações das oficinas, por fim, realização de compromissos obrigatórios junto à Diretoria de Extensão da PROEXC (SINTEGRA, reuniões ordinárias e extraordinárias e relatórios parcial e final do bolsista). Eles serão acompanhados semanalmente pela coordenadora do projeto e sua avaliação será contínua e processual (terão de cumprir com suficiência os objetivos e as etapas da metodologia do projeto do início ao fim). O acompanhamento e a avaliação dos discentes se dará da seguinte maneira: 1) Presença às reuniões semanais; 2) Estudo do conteúdo a ser ministrado pela coordenadora; 3) Participação no planejamento das oficinas (plano de ensino e planos de aula); 4) Condução e organização do material didático audiovisual junto a professores e alunos das escolas; 5) Apoio pedagógico durante a monitoria das oficinas nas escolas; 6) Elaboração de diários reflexivos acerca de sua participação nas oficinas (verificação in loco do que podem melhorar, do que estudar e revisar em termos de conteúdo). 7) Acompanhamento da evolução dos participantes das oficinas e propostas de melhoria. A avaliação será verificada semana a semana, mediante observação da atuação de cada discente durante as oficinas e recebimento das atividades avaliativas recebidas (anotações, fichamentos, resumos, tarefas de casa, diários reflexivos, entre outras). Ao final do projeto, os discentes terão de preparar a comunicação oral (relato de experiência) para apresentação no próximo ENID, evento da SINTEGRA.
É um projeto de extensão que vai proporcionar, aos docentes e discentes da Área de Espanhol do Curso de Letras (Português e Espanhol) da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades, a oportunidade de dar continuidade ao trabalho iniciado no PIBID - Interdisciplinar em Português e Espanhol em maio de 2023, com previsão de término em março de 2024. Assim, mais escolas da cidade poderão ter de volta o Espanhol como língua estrangeira obrigatória a ser ensinada no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, além de proporcionar, aos discentes estagiários do Curso, locais de estágio plenamente reconhecidos pela UFVJM, pois este é um dos principais desafios nossos: como formar os nossos alunos em seus locais de trabalho, até o momento quase inexistentes em Diamantina. Já temos o apoio da Prefeitura Municipal de Diamantina no PIBID e gostaríamos de ter maior alcance em outras instituições de ensino parceiras do projeto, tais como o Centro Educacional Nádia Santos Rocha (CENAS), entre outras instituições de ensino da cidade.
Público-alvo
Inicialmente, contaremos com os alunos matriculados nos 4 anos (6º ao 9º anos) do Ensino Fundamental II da Escola Municipal de Sopa. Posteriormente, abriremos oficinas no Centro Educacional Nádia Santos Rocha (CENAS), mas ainda não podemos contar com a carta de anuência desta escola porque não há previsão de início em função da infraestrutura da escola. Outras escolas serão convidadas a participar do projeto. O número aproximado de alunos aguardados durante sua execução é de 200. Eles serão direta e indiretamente beneficiados pelas ações do projeto, além dos professores desses alunos e dos discentes participantes do projeto, que atuarão como monitores das oficinas nas escolas.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A Escola Municipal de Sopa já tem parceria com a coordenadora do projeto de extensão por conta da coordenação de núcleo do PIBID - Interdisciplinar em Português e Espanhol na Escola. O Ensino Fundamental II completo será beneficiado no projeto de extensão, a saber: do 6º ao 9º anos. A experiência no PIBID mostra que a Escola quer continuidade das oficinas literárias, pois a adesão ao Espanhol por parte dos alunos tem sido exitosa. Os próprios alunos dos 4 anos do Ensino Fundamental II querem a continuidade das ações de ensino e extensionistas em seu ambiente escolar.
Cronograma de Atividades
Reuniões semanais com o bolsista e os discentes voluntários para a realização das seguintes atividades: estudo do texto do projeto de extensão, estudo do referencial teórico e metodológico do projeto, estabelecimento de prioridade na realização dos objetivos do projeto em função das metas a serem alcançadas, preparação das oficinas (plano de ensino e plano de aula de cada uma), avaliação contínua e processual do andamento das oficinas, elaboração do relatório parcial e final do projeto.
A equipe do projeto se reunirá para elaborar o material didático das oficinas literárias a serem ministradas em ambiente escolar mediante a realização da pesquisa exploratória, bibliográfica e audiovisual. Serão pesquisados livros literários, sites, dicionários, gramáticas, enciclopédias, manuais de literatura e demais suporte bibliográfico que se fizerem necessários. Os recursos didáticos serão providenciados para o bom andamento das oficinas, tais como papel A4 branco e colorido, lápis, borracha, apontador, canetas, canetinhas hidrocor, pincéis atômicos, quadro branco, giz, apagador, data show, caixas de som e tocador de CD e DVD, entre outros.
Ministraremos, em ambiente escolar, quinzenalmente e/ ou mensalmente, as oficinas literárias nas escolas parceiras do projeto, com vistas ao ensino de língua espanhola por meio da literatura. O material didático prioritário será composto por uma apostila em PDF elaborada pela coordenadora em Espanhol, que será estudada pela equipe do projeto e complementada por outros materiais durante as pesquisas exploratória, bibliográfica e audiovisual para fins de planejamento das oficinas. O bolsista e os discentes voluntários irão monitorar as oficinas no momento de sua realização, isto é, irão ajudar na organização das mesmas e dar apoio pedagógico aos participantes (professores e alunos das escolas). Ademais, durante as oficinas, realizarão a técnica de avaliação "diário reflexivo" para a avaliação contínua e processual de sua participação como monitor e do andamento do projeto de extensão em função das metas a serem alcançadas.
Ao longo do projeto, serão realizadas avaliações mensais acerca do andamento do projeto por parte da equipe. Os diários reflexivos dos discentes (bolsista e voluntários) serão objeto de debate e reflexão para melhoria das oficinas nas escolas. Nessa etapa, haverá reuniões com os gestores das escolas acerca da reintrodução do ensino de Espanhol em cada escola, pensando em sua viabilidade e interesse por parte da comunidade escolar. Também, veremos a possibilidade de deixarmos, em cada escola, um clube de leitura em torno do qual se mantenha a circulação da língua espanhola nas escolas, de forma que o projeto de extensão possibilite a realização de novos projetos a serem realizados pelo Curso de Letras (Português e Espanhol) da UFVJM em Diamantina. A realização de projetos de extensão é uma porta de entrada para que os formandos do Curso possam realizar seus estágios supervisionados obrigatórios, além do que, a própria comunidade escolar irá se beneficiar com o acesso a uma nova língua estrangeira, o Espanhol, tão próximo e necessário para os estudantes brasileiros da Educação Básica. Na etapa de elaboração dos relatórios parcial e final do projeto, o discente bolsista será orientado quanto à documentação necessária e escrita a ser desenvolvida no texto autoral, para que possa entregar os dois relatórios conforme o Edital do PIBEX 01/2024 e publicar, também, produtos educacionais e extensionistas, tais como banner, resumo e relato de experiência em eventos acadêmicos que discutam a Educação Básica, como o ENID e a SINTEGRA.