Visitante
Estratégias para diminuir perdas pós-colheita na cadeia de produção e comercialização de produtos horticiolas
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
tânia pires da silva
20241012024238405
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências agrárias
meio ambiente
0
segurança alimentar e nutricional
municipal
Não
Membros
elaine jacinto sulzbach
Voluntário(a)
luciane da costa barbé
Vice-coordenador(a)
lucélia silva santos de queiroz
Voluntário(a)
thiago ferreira da costa
Voluntário(a)
hellen pinto ferreira deckers
Voluntário(a)
amanda melo sant'anna araújo
Voluntário(a)
joao pedro normando teixeira
Bolsista
matheus josé menezes da silva
Voluntário(a)
fillipe mykael cardoso magalhães
Voluntário(a)
A perda de alimentos é definida como redução não intencional de alimentos disponíveis para o consumo humano que é resultado da ineficiência na cadeia de produção e abastecimento. Decorrente da infraestrutura e logística deficiente, falta de tecnologia, insuficiência nas competências, conhecimentos e capacidade de gerenciamento. Ela ocorre principalmente na produção, pós-colheita e processamento, quando o alimento não é colhido ou é danificado durante o processamento, armazenamento e/ou transporte. Segundo o Relatório Final de Perdas e Desperdícios do Ministério da Agricultura e Pecuária, de outubro de 2022, no Brasil, apenas no segmento de frutas, legumes e verduras, os supermercados desperdiçam anualmente cerca de R$ 1,3 bilhão de reais. Com isso, o objetivo do projeto é fazer uma estimativa do quantitativo de perdas de frutas, legumes e hortaliças do momento da colheita até a comercialização em estabelecimentos na cidade de Unaí, MG. Neste contexto, o conhecimento sobre as práticas, manejo, conservação e o quantitativo do que está sendo perdido na pós-colheita vem de encontro à redução dessas perdas, mantendo a qualidade e aumentando a vida de prateleira dos produtos hortícolas, gerando mais lucro aos produtores e comerciantes. A partir disso, será possível desenvolver estratégias, ações, práticas e/ou metodologias para a diminuição destas perdas e desperdício, melhorias nas práticas de produção, manejo pós-colheita e melhorias na logística, por exemplo. Obviamente essas melhorias podem proporcionar vários benefícios aos produtores e comerciantes, como, atendimento às demandas do mercado, aumento da rentabilidade, economia de recursos naturais, sustentabilidade e a tomada de decisão informada.
Perdas de alimentos, desperdício, pós-colheita, segurança alimentar, produtos hortícolas
Apesar de o Brasil se caracterizar como um país altamente produtor de uma grande variedade de espécies, é também um dos países onde mais se perdem alimentos durante essa etapa. De acordo com o estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 54% do desperdício de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, manipulação pós-colheita e armazenagem e os outros 46% ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo (FAO, 2013). A perda de alimentos é definida como redução não intencional de alimentos disponíveis para o consumo humano que é resultado da ineficiência na cadeia de produção e abastecimento. Decorrente da infraestrutura e logística deficiente, falta de tecnologia, insuficiência nas competências, conhecimentos e capacidade de gerenciamento. Ela ocorre principalmente na produção, pós-colheita e processamento, quando o alimento não é colhido ou é danificado durante o processamento, armazenamento e/ou transporte (FAO, 2013). Neste contexto, o conhecimento sobre as práticas, manejo, conservação e o quantitativo do que está sendo perdido na pós-colheita vem de encontro à redução dessas perdas, mantendo a qualidade e aumentando a vida de prateleira dos produtos hortícolas, gerando mais lucro aos produtores e comerciantes. Assim, podemos citar algumas estratégias que possivelmente poderão ser aplicadas para prevenir as perdas de produtos hortícolas após a colheita, tais como os apresentados a seguir: armazenamento adequado; manuseio cuidadoso; classificação e seleção; uso o de embalagem apropriada; controle de pragas; monitoramento de qualidade; logística eficiente, educação e treinamento; parcerias e doações; redução do desperdício no varejo e rastreabilidade. Diante de todos estes dados, o projeto tem como objetivo fazer uma estimativa do quantitativo de perdas de frutas, legumes e hortaliças do momento da colheita até a comercialização em estabelecimentos na cidade de Unaí, MG. De posse destes dados será possível desenvolver estratégias, ações, práticas e/ou metodologias para a diminuição destas perdas e desperdício, melhorias nas práticas de produção, manejo pós-colheita e melhorias na logística, por exemplo. Obviamente essas melhorias podem proporcionar vários benefícios aos produtores e comerciantes, como, atendimento às demandas do mercado, aumento da rentabilidade, economia de recursos naturais, sustentabilidade e a tomada de decisão informada.
Perdas de alimentos referem-se à diminuição da quantidade ou qualidade dos alimentos ao longo da cadeia de produção, distribuição e consumo, de forma que esses alimentos não atinjam seu potencial total de utilização humana. Segundo a FAO, 2021, acredita-se que aproximadamente 30% da produção global de alimentos seja desperdiçada ou perdida anualmente, o que equivale a 1,3 bilhão de toneladas, cerca de 77 milhões de delas apenas na América Latina. Dessa quantidade total, 28% são perdidos durante a fase final do processo de produção, 22% durante o manuseio e armazenamento, 17% durante a distribuição e 28% pelos consumidores finais. Em 2019, do total disponível para consumo, avaliando somente as duas últimas etapas da cadeia, varejo e consumo, um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que cerca de 931 milhões de toneladas de alimentos (17% naquele ano), foram desperdiçados em residências, restaurantes, supermercados e outros serviços de alimentação. Volume este equivalente a 23 milhões de caminhões com capacidade de 40 toneladas, que, se alinhados em fila, dariam sete voltas ao redor da Terra. Segundo o Relatório Final de Perdas e Desperdícios do Ministério da Agricultura e Pecuária, de outubro de 2022, no Brasil, apenas no segmento de frutas, legumes e verduras, os supermercados desperdiçam anualmente cerca de R$ 1,3 bilhão de reais, sendo os alimentos mais descartados, em termos de volume, em ordem, tomates, bananas, laranjas, hortaliças folhosas e cebolas (Ministério da Agricultura e Pecuária, 2022). Nota-se que frutas e hortaliças, devido à sua natureza mais delicada, registram as maiores taxas de perdas, estimadas em cerca de 22% antes de chegarem aos estabelecimentos varejistas. A média global de desperdício nas fases de varejo e consumo é de aproximadamente 121 kg por pessoa/ano. Fatores que contribuem para as perdas no Brasil: grande dimensão territorial, dispersão na produção, distância dos centros de consumo e exportação, deficiência da rede de armazenamento, excesso de oferta, manuseio inadequado, entre tantos outros fatores. O Brasil ocupa o 10º lugar no ranking mundial, com 23,6 toneladas por ano jogados no lixo. A perda e o desperdício de alimentos também estão contribuindo para a crise climática, elas representam até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa. A cadeia de abastecimento de alimentos, em alguns países, já está a ponto de ultrapassar a agricultura e o uso da terra como os contribuintes principais para essas emissões, aumentando a instabilidade climática e eventos climáticos extremos, como secas e tempestades (Nações Unidas Brasil, 2022). Por outro lado, a Meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, mostra o aumento da conscientização global sobre o assunto, estipulando a redução pela metade do desperdício alimentar global per capita no varejo e no consumidor até 2030, bem como a redução das perdas de alimentos ao longo de cadeias produtivas e de abastecimento (Nações Unidas Brasil, 2015). Lembrando que a maioria dos vegetais e frutos comercializados in natura são altamente perecíveis pela própria natureza de suas constituições. Muitas frutas, legumes e hortaliças folhosas, por exemplo, devido ao seu alto teor de água na sua constituição, são altamente susceptíveis à perda de água causada por sua transpiração, ocasionando perdas consideráveis. Danos sucessivos e cumulativos que os vegetais, frutos e hortaliças sofrem em função do manuseio inadequado durante a colheita, transporte e comercialização, torna-os ainda mais perecíveis e geram grandes perdas na produção, reduzindo significativamente a qualidade e quantidade dos produtos que chegam aos consumidores. Assim, o conhecimento e a utilização de práticas adequadas no manuseio desses alimentos durante as fases de colheita, armazenamento, comercialização e consumo são fundamentais para prolongar o tempo de conservação e reduzir as perdas pós-colheita dos produtos (Luengo et al., 2007). Para aumentar o tempo de conservação e reduzir as perdas pós-colheita, é necessário que se conheçam e se utilizem práticas adequadas de manuseio durante as fases de colheita, transporte, armazenamento, comercialização e consumo (Rinaldi, 2011). As universidades públicas ao assumirem um comprometimento com a transformação da sociedade brasileira em direção à justiça, solidariedade e democracia deve apoiar e incentivar projetos que visem reduzir as perdas de alimentos, uma vez que o Brasil tem consideráveis déficits alimentares. Neste contexto, atenção deve ser dada aos pequenos produtores e comerciantes, pois estes em sua maioria não têm acesso às inovações tecnológicas, treinamentos e cursos de reciclagem. Entretanto, deve-se considerar que estes realizam práticas e técnicas que há anos os seus familiares os repassaram e que geralmente tem suas peculiaridades regionais, o que para eles consiste em saberes valiosos (Da Silva, 2014), que devem ser considerados, mas podem ser adaptados ou melhorados. Este projeto se inspira na Política de Extensão da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que tem como um dos seus princípios a responsabilidade para com as prioridades locais, regionais e nacionais, especialmente da comunidade do entorno (Brasil, 2009). De acordo com o Ministério da Educação (Brasil, 2009): “Pesquisa e extensão se relacionam quando a produção do conhecimento é capaz de contribuir para a transformação da sociedade; ensino e extensão, quando compreende-se que o aprendizado se constrói na experiência, tendo discentes como sujeitos do ato de aprender; e a extensão, enquanto tal, propõe-se a interagir com a sociedade, sendo elemento essencial para operacionalizar a relação teoria e prática.” Tendo em vista que a ação cidadã das universidades não pode prescindir da efetiva difusão dos saberes nelas produzidos, sendo que as populações cujos problemas tornam-se objeto da pesquisa acadêmica, devem ser consideradas sujeito desse conhecimento (Brasil, 2009). Com isso, pode se dizer que a extensão é uma via de mão dupla, em que a comunidade acadêmica elabora na práxis um saber e, no retorno, a universidade, submetida à reflexão teórica, será acrescida do conhecimento acadêmico. Esta dinâmica de troca de saberes acadêmico e popular tem como consequência a produção de conhecimento científico, tecnológico, artístico e filosófico, emanada com a realidade brasileira e regional, portanto, contextualizada. Portanto, este projeto garante a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pois o conhecimento produzido através das pesquisas provavelmente contribuirá para a diminuição das perdas tanto por parte dos produtores como dos comerciantes, consequentemente terá também benefícios para a sociedade no geral, pois as pessoas terão acesso aos dados, levando-as a conscientização sobre o assunto. E ainda, ao diminuir as perdas de produtos sem aumentar a produção agrícola, indiretamente, contribuirá para a preservação do meio ambiente. Além disso, o aprendizado que o bolsista, técnico e toda a equipe, terão em função da interação com os produtores e comerciantes, certamente contribuirá muito com o processo de ensino aprendizagem de todos que estarão envolvidos com o projeto. Além disso, precisamos buscar constantemente novos conhecimentos, novas informações, pois, de nada adianta todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos na Universidade se não transmitirmos as informações à quem realmente precisa. Assim, é preciso que o alunos, técnicos e professores, além de ter um bom desempenho na teoria, saibam colocar em prática, vivenciar e demonstrar o que aprendeu e passar a ter ciência de qual a utilidade de tudo o que estudou em teoria. Construímos, com isso, o conhecimento dentro de um contexto significativo, e só conseguimos avaliar o aprendizado no momento em que se aplica o que foi aprendido. De acordo Freire Júnior e Soares (2014), as perdas de alimentos podem, e deveriam, ser significativamente reduzidas através da capacitação de agricultores em boas práticas agrícolas, manuseio pós-colheita e/ou com a implementação de ações nas diferentes etapas da produção como as que seguem. - Boas práticas agrícolas: implementar em todas as etapas da produção agrícola, desde o plantio até a colheita. Isso inclui o uso adequado de sementes, manejo de pragas e doenças, manejo da irrigação e da colheita. - Agilidade: nos processos de colheita e transporte para o galpão de beneficiamento e embalagens; - Armazenamento adequado: utilizar instalações de armazenamento apropriadas, como celeiros, silos e câmaras frias, para garantir que os alimentos sejam armazenados em condições ideais. Isso ajuda a prevenir a deterioração devido a fatores como umidade, temperatura e pragas. - Manuseio cuidadoso: treinar os trabalhadores da fazenda no manuseio adequado dos alimentos durante a colheita e o transporte. Danos físicos durante o manuseio podem resultar em perdas. - Classificação e seleção: classificar os alimentos de acordo com sua qualidade e maturidade. Isso permite que os produtos de menor qualidade sejam direcionados para processamento ou vendidos a preços mais baixos, reduzindo as perdas. - Embalagem apropriada: utilizar embalagens adequadas que protejam os alimentos contra danos e deterioração durante o transporte e armazenamento. As embalagens devem ser escolhidas com base nas necessidades específicas de cada tipo de alimento. - Controle de pragas: implementar estratégias de controle de pragas para proteger os alimentos contra danos de insetos, roedores e micro-organismos. - Monitoramento de qualidade: realizar inspeções regulares para identificar alimentos em condições inadequadas. Isso permite a remoção rápida de produtos defeituosos para evitar que afetem outros alimentos. - Logística eficiente: otimize o planejamento e a logística de transporte e distribuição para evitar atrasos e danos aos alimentos. - Educação e treinamento: educar, instruir os produtores, trabalhadores e partes envolvidas na cadeia de suprimentos sobre a importância de prevenir perdas de alimentos e forneça treinamento sobre as melhores práticas. - Parcerias e doações: estabelecer parcerias com organizações locais e instituições de caridade para doar alimentos que não possam ser vendidos devido a defeitos estéticos ou proximidade da data de validade. - Redução do desperdício no varejo: colaborar com varejistas para implementar estratégias de redução de desperdício, como descontos em produtos próximos à data de vencimento ou doações para bancos de alimentos. - Rastreabilidade: Garantir que haja um sistema eficiente de rastreabilidade para identificar a origem dos produtos e facilitar recalls quando necessário. Prevenir perdas de alimentos é essencial para garantir a segurança alimentar, reduzir o desperdício e maximizar a eficiência na produção agrícola e na cadeia de suprimentos de alimentos. Agricultores, processadores, distribuidores, comerciantes e consumidores desempenham papéis importantes na redução das perdas de alimentos (Freire Júnior e Soares, 2014). Portanto, não basta produzir e querer aumentar a produção, é de suma importância mudanças nas práticas em todos os elos da cadeia de abastecimento para combater as perdas e o desperdício de alimentos, contribuindo para a segurança alimentar, combate a fome e enfrentamento às crises climáticas. Isso é essencial para uma agricultura mais sustentável e para atender às crescentes demandas por alimentos.
Objetivo geral: Fazer o levantamento da quantidade de frutas de banana perdidas da colheita até a comercialização, identificar as áreas da cadeia de suprimentos onde ocorrem as maiores perdas, para na sequência desenvolver estratégias visando reduzir estas perdas. Objetivos específicos: Ao público alvo, produtores e comerciantes: - Aumentar a interação entre comunidade e a Universidade, visando a troca de saberes; - Acesso à informação e a conscientização, visando a diminuição de perdas e desperdícios; - Melhoria do manejo do produto comercializado e na logística; - Minimizar perdas e aumentar a renda. - Economia de recursos naturais; - Conscientizar sobre a necessidade da melhorias do manuseio durante a colheita, transporte e comercialização. - Tomada de decisão informada em relação à produção, distribuição e gestão de estoques. - Capacitação apresentar metodologias para a melhoria do manuseio, armazenamento, transporte, comercialização e conservação da banana. Ao discente e técnicos: - Aumentar os conhecimentos teóricos e práticos relacionados às disciplinas de Pós-colheita, Fisiologia Vegetal, Extensão Rural, Fruticultura e Fitopatologia, Entomologia entre outras. - Proporcionar maior interação entre o discente, técnico e a comunidade; - Despertar o senso crítico, a curiosidade, autonomia, criatividade e o interesse; - Melhorar a formação acadêmica do futuro profissional de Agronomia. À comunidade: - Conscientização sobre a importância de se evitar perdas e desperdício; - Ao cidadão divulgar informações práticas sobre como comprar, manusear, acondicionar as frutas; - Um futuro profissional melhor preparado, consciente de seu papel na sociedade, não sé como profissional mas como cidadão também.
1) Fazer um levantamento do quantitativo de perdas da banana prata do momento da colheita até a comercialização. 2) Fazer um levantamento de dados do quantitativo de perdas da banana prata nos maiores comércios de Unaí. 3) Conscientizar os produtores e comerciantes da importância da aplicação de boas práticas, em toda a cadeia produtiva, que possam prolongar a vida pós-colheita da banana por eles produzidas e comercializadas. 4) Diminuir as perdas da banana por parte dos produtores e comerciantes. 5) Inserir o discente e técnicos na comunidade, para que possa colocar em prática o que já foi aprendido na teoria. 6) Instigar o discente a buscar o conhecimento, pesquisando, buscando soluções para os problemas e dificuldades encontradas, desenvolver autonomia. 7) Colocar o discente em contato direto com produtores e comerciantes para o entendimento da cadeia de produção. 8) Proporcionar ao discente e técnicos o aprendizado sobre o funcionamento de uma cooperativa e a montar um dia de campo. 9) Acesso, do produtor e comerciantes aos dados para conscientização do problema. 10) Capacitação através de palestras e cursos para os envolvidos nas diferentes etapas da colheita à comercialização. 11) A conscientização de consumidores, população em geral. 12) Preservar e colaborar com o meio ambiente
Primeira etapa do projeto – capacitação da equipe A capacitação da equipe é de extrema importância para o sucesso do levantamento de dados do projeto. Desta forma, a coordenadora se reunirá com os membros e fará a explanação do projeto enfatizando os principais pontos que nortearão a coleta de dados e na sequência as ações para melhoria do sistema. Segunda etapa do projeto – Levantamento de dados (pesquisa-ação participativa) Esta etapa será baseada na Pesquisa-ação, que segundo Barbier (2007) existem três tipos. Aqui será utilizado a Pesquisa-ação participativa, onde se envolve os participantes no processo investigativo. Para iniciar o projeto será realizado um levantamento de dados da cadeia de produção e comercialização de produtos hortícolas utilizando técnicas de diagnóstico participativo. Assim, iniciaremos com uma ou mais reuniões com os sócios da Cooperativa COOPERAGRO para coletivamente buscar informações da colheita até comercialização. Dados serão coletados em relação ao manuseio, uso de embalagens corretas, se o produto é armazenado de forma refrigerada (se sim quais as temperaturas utilizadas), se esse produto está armazenado em contato com outros de outra espécie (quais), quanto tempo fica armazenado, como é o transporte entre vários outras informações. Buscando encontrar os possíveis problemas na cadeia de produção e comercialização. Terceira etapa do projeto – Visitas às propriedades rurais para quantificação das perdas De posse destas informações da etapa anterior, iremos montar uma agenda para realizar a visita nas propriedades em dias de colheita para a quantificação das perdas e levantamento de dados sobre o manuseio do(s) produto(s) em específico daquela propriedade e também uma análise sobre as possíveis melhorias. As visitas serão realizadas de acordo com um cronograma montado a partir do agendamento e a disponibilidade de cada produtor. Durante a visita a equipe fará a pesagem do que foi colhido e do que foi descartado, após o beneficiamento e embalamento dos produtos, ou seja das perdas. Na etapa de armazenamento, se for o caso, da mesma forma, quanto entrou de produto na câmara fria e quanto foi perdido após a retirada desse lote. O mesmo é válido para a etapa de transporte, após o transporte de um lote, ao chegar no destino (comércio local) será feita a quantificação de quanto foi perdido durante o transporte. No comércio local a quantificação será um pouco mais complexa, pois nessa etapa terá que ser realizado pelo quantitativo de produto que foi exposto e não pelo montante que entrou no estabelecimento, pois, parte dos produtos, em muitos locais, fica em câmaras frias para ser exposto em outro dia. Todos os dados serão expressos em porcentagem. Quarta etapa: Capacitação e conscientização Nesta etapa a equipe irá promover ações com o objetivo da diminuição das perdas e desperdício em todos os pontos da cadeia. Para isso, serão organizadas palestras e/ou treinamento com produtores cooperados e comerciantes na sede da COOPERAGRO. Durante a palestra haverá a realização de práticas (Oficinas) simples que visam prolongar o tempo de vida útil dos produtos de origem vegetal, de embalagens apropriadas para cada produto, além da demonstração de produtos perdidos devido a diferentes causas dentre elas os estresses. Para conscientizar o comércio local, serão produzidos folders informativos que serão distribuídos aos comerciantes. Nos estabelecimentos comerciais, para tentar conscientizar a população, com vamos sugerir colocar placas de aviso e falas nos alto-falantes. Além da distribuição aos produtores, comerciantes e população, de cartilhas e/ou panfletos com os resultados do projeto e com instruções/estratégias/ações específicas para cada público, para a redução das perdas. Na Universidade, uso de mídias sociais para a divulgação dos dados e conscientização. Quinta etapa: finalização do projeto Elaboração de resumos, para publicação em eventos, e do relatório final.
- BARBIER, R. A Pesquisa-Ação. Brasília: Liber, 2007. Tradução de Lucie Didio - BRASIL. Ministério Da Educação. Universidade Federal Dos Vales Do Jequitinhonha e Mucuri. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE, Diamantina, MG: Ministério Da Educação, 2009. 9p. - DA SILVA, F.E.S. A “Pedagogia” da Feira Livre de São Bento: Narrativas, Saberes e práticas educativas na cidade de Cascavel-Ce. Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira. Mestrado Em Educação. Universidade Federal Do Ceará Faculdade De Educação, Ceará, 2014, 100f. - FAO, 2011. https://www.fao.org/3/i2697e/i2697e.pdf - FREIRE JÚNIOR, M.; SOARES, A.G. Orientações Quanto ao Manuseio Pré e Pós-Colheita de Frutas e Hortaliças Visando à Redução de suas Perdas. Comunicado Técnico 205. EMBRAPA. ISSN 0103 5231. Setembro, 2014. - LUENGO, R. F. A.; HENZ, G. P.; MORETTI, C. L.; CALBO, A. G. Pós-colheita de hortaliças. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, v. 1. 2007.100 p. Ministério da Agricultura e Pecuária, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/perdas-e-desperdicio-de-alimentos/publicacoes-em-destaque/relatorio-final-perdas-e-desperdicio/view. Acesso em: 26 de outubro de 2023. - NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/91863-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustent%C3%A1vel. Acesso: 25 de outubro de 2023. - NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2022. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/201527-fao-combate-desperd%C3%ADcio-de-frutas-e-hortali%C3%A7as#:~:text=Todos%20os%20anos%2C%20cerca%20de,consumidores%20acabam%20desperdi%C3%A7ando%20outros%2017%25. Acesso: 25 de outubro de 2023. - RINALDI, M. M. Perdas pós-colheita devem ser consideradas. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2011.
A universidade é o lugar onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos, teorias; desenvolver capacidades e habilidades; formar atitudes e valores, e consequentemente se realizar como profissionais-cidadãos. Assim, a função da universidade é também aprimorar-lhes a consciência e a cidadania. Pois, é na sociedade que ele irá colocar em prática tudo o que foi aprendido, assim é extremamente importante que o discente tenha contato com a sociedade enquanto aluno. Conscientizar o aluno sobre perdas que ocorrem durante a pós-colheita será extremamente relevante no sentido de sua formação como profissional e como cidadão também. Pois ele verá na prática a intensidade disso e as causas das perdas, consequentemente poderá pensar em possíveis estratégias para evitar ou minimizá-las. A importância de ter o discente como agente protagonista ultrapassa as atividades pedagógicas e ganha força na medida em que o estudante começa a interagir em sociedade nas suas diversas formas até chegar à vida adulta. É uma necessidade importante do desenvolvimento completo do aluno como cidadão responsável e atuante. Assim, podemos citar: Aplicação do Conhecimento Teórico: A teoria ensinada em sala de aula (como na disciplina de pós-colheita, AGRU010 e na de fruticultura AGRU023) se torna mais significativa quando o aluno têm a oportunidade de aplicá-la na prática. Vivenciar a realidade agrícola permite que os estudantes entendam como os conceitos acadêmicos se traduzem em situações reais. Aprendizado Experiencial: A experiência prática é uma das melhores formas de aprendizado. O aluno terá a chance de enfrentar desafios reais, resolver problemas e aprender com os erros. Isso contribui para um aprendizado mais profundo e duradouro. Desenvolvimento de Habilidades Profissionais: A inserção na sociedade durante a realização do projeto permite que o estudante desenvolva habilidades práticas, como o manejo da cultura na pós-colheita, uso de tecnologias, metodologias, manejo pós-colheita, gestão de recursos naturais e resolução de problemas. Estratégias que direcionadas ao protagonismo do discente também incentivam o mesmo a manter o foco em seu aprendizado, contribuindo para um maior entusiasmo pelos estudos e engajamento com a sociedade. Conexões e Networking: Ao interagir com agricultores, agrônomos profissionais e outros membros da comunidade agrícola, como os da Cooperativa, o aluno tem a oportunidade de estabelecer conexões valiosas que podem beneficiar sua futura carreira profissional. Compreensão dos Desafios Locais: Cada propriedade/local/comércio tem suas próprias particularidades em termos de produção, armazenamento, transporte, comercialização e desafios. Vivenciar a realidade local permite que o aluno entenda e aborde os problemas específicos da área em questão. Desenvolvimento de Consciência Social e Ambiental: A interação com a sociedade ajuda o aluno a desenvolver uma maior consciência dos desafios sociais e ambientais relacionados à agricultura, produção, transporte e comercialização. Isso pode inspirá-lo a se tornar agente de mudança e a promover práticas produtivas mais sustentáveis. Preparação para o Mercado de Trabalho: A experiência prática pode tornar o aluno mais atraente para potenciais empregadores, pois ele já terá experiência real em determinadaa área. Contribuição para a Sociedade: Ao se envolver na comunidade e na agricultura local, o estudante pode contribuir para o desenvolvimento econômico e sustentável da região, ajudando a resolver problemas agrícolas e a promover práticas responsáveis. O discente será primeiramente capacitado pela equipe, ensinando-o, conscientizando-o sobre as metodologias adotadas para o desenvolvimento do projeto. A capacitação irá ser realizada através de forma prática e teórica, através de visitas aos locais acompanhada das observações e procedimentos que devem ser realizados, bem como através da leitura de artigos científicos para se inteirar do assunto. O projeto será orientado e supervisionado pelo coordenador do mesmo, o qual ficará responsável pela avaliação final do projeto. A equipe de apoio pedagógico acompanhará o bolsista durante o desenvolvimento das atividades e estará sempre à disposição para auxiliá-lo. O bolsista será constantemente avaliado pelo coordenador quanto a sua responsabilidade, pontualidade, assiduidade, criatividade, autonomia, eficiência, eficácia e capacidade de iniciativa. O mesmo também confeccionará um portfólio, para registro de todas as atividades realizadas, o qual será avaliado.
Pequenos produtores e comerciantes, na maioria dos casos não utilizam práticas ou estratégias para conservar produtos de origem vegetal, associado ao clima local (Unaí, MG) que não colabora muito, esses produtos se deterioram mais rapidamente, levando à perdas que poderiam gerar lucros. Estas ações simples muitas vezes não são aplicadas pois eles não tem acesso a tantas informações, então o intuito do projeto é este, auxiliá-los neste sentido, além de fazer um alerta à população também, sobre o desperdício de alimentos e incentivando-a a diminuir isso. A proposta com a ajuda da cooperativa Cooperagro que facilitará muito a condução do projeto, auxiliando no acesso aos produtores e comerciantes, com o transporte e com o material gráfico para a orientação e conscientização destes.
Público-alvo
O projeto beneficiará diretamente os produtores rurais e comerciantes locais de Unaí, MG. Pois, quanto menos frutas perderem durante a colheita, armazenamento, transporte e comercialização, maiores são os lucros. Quanto mais tempo o produto hortícola ficar disponível em condições comercializáveis, maiores vão ser as chances de venda desse produto, assim os produtores e comerciantes minimizam as perdas, e podem consequentemente aumentar seus lucros. Para isso, metodologias e boas práticas, tanto de manuseio como de higiene, devem ser adotadas em toda a cadeia desde a colheita até o consumo deste produto.
Beneficiará também o discente e técnicos que atuarão em todas as atividades desenvolvidas, agregando aprendizado, despertando interesse, curiosidade e o senso crítico dos mesmos, e com isso formando um profissional cidadão melhor preparado para o mercado de trabalho e um profissional mais consciente. O projeto poderá contar com discentes voluntários, além do bolsista. O intuito também é a divulgação desses dados em mídias e banners pelo campus, assim estima-se um número aproximado de 600 estudantes que se tornarão um pouco mais conscientes em relação ao assunto.
O projeto favorecerá também os consumidores e a população como um todo, os quais terão disponíveis para compra produtos com melhor qualidade, além de conscientizá-los sobre a importância de ter mais cuidado com o manuseio destes produtos nos estabelecimentos comerciais. Portanto, este número é indefinido.
Municípios Atendidos
Unaí
Parcerias
As parcerias entre Universidade e empresas ou cooperativas são relações que visam a colaboração, criando um laço de cooperação mútua onde os dois lados saem ganhando. O intuito de uma parceria é agregar valores em comum, troca de conhecimento e experiências, independente da área de atuação, garantindo mais sucesso para ambas as instituições, além de facilitar o acesso e transporte aos produtores. Desta forma o projeto conta com a parceria da cooperativa local a Cooperagro - Cooperativa Mista Dos Agricultores Familiares de Unaí e Noroeste de Minas Gerais, que também se mostrou preocupada com o assunto (carta de anuência – Anexo II). A cooperativa tem como objetivo principal organizar a produção advinda da agricultura familiar e comercializar tais produtos, sejam eles in natura e/ou industrializados, tendo sua sede localizada na zona urbana da cidade de Unaí, MG, atualmente são 70 cooperados, sendo a maioria produtores de frutas, hortaliças e legumes. A cooperativa apoia o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar do município de Unaí, MG, assegurado a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Destaca-se a importância da mesma, uma vez que possui contato direto com agricultores da região, sendo que muitos destes não são feirantes, diante disso, a mesma poderá fazer a extensão do projeto para proporcionar conhecimento para estes também. De forma geral uma parceria traz vários benefícios para ambos os lados: para a Universidade a parceria traz benefícios pois é uma oportunidade que pode surgir para o aluno quer seja de estágio ou até mesmo emprego. Uma parceria pode ajudar a desenvolver programas de ensino que estejam alinhados com as necessidades do setor cooperativo, garantindo que os graduados estejam bem preparados para atender a essas demandas. Além disso há o intercâmbio de conhecimento, já que a colaboração com a cooperativa permite que a universidade acesse conhecimentos práticos do setor e insights sobre as necessidades reais do mercado. Já a cooperativa pode se beneficiar das pesquisas e inovações desenvolvidas pela universidade, incorporando tecnologias avançadas em suas operações para aumentar a eficiência e a qualidade dos produtos. A cooperação pode permitir à cooperativa acessar recursos acadêmicos, como laboratórios, bibliotecas e instalações de pesquisa da universidade. A universidade pode oferecer treinamento sob medida para os funcionários da cooperativa, aprimorando suas habilidades e conhecimentos. Além disso, a universidade pode ajudar a cooperativa a resolver desafios complexos, como questões de sustentabilidade, regulamentações ambientais ou problemas de gestão e manejo. A cooperação com a universidade pode proporcionar à cooperativa acesso a uma rede de acadêmicos, pesquisadores e profissionais de diversas áreas, pode contribuir para o desenvolvimento econômico da comunidade local, criando oportunidades de emprego e promovendo a educação, a pesquisa e a extensão do conhecimento da universidade para a região.
Cronograma de Atividades
Reuniões, visitas aos locais e discussão de artigos com a equipe executora do projeto, para capacitação.
Início das pesagens nos locais estabelecidos (época de alta umidade relativa).
Tabulação dos dados. E divulgação dos resultados aos produtores e comerciantes.
Ações para melhorar o manejo das bananas durante a pós-colheita com o intuito de diminuir as perdas na propriedade rural.
Divulgação dos trabalhos desenvolvidos ao longo do projeto e seus impactos no processo de ensino e aprendizagem.
Confecção do relatório final.
Divulgação dos resultados, ações em mídias da Universidade, cartilhas/ panfletos com instruções específicas aos respectivos públicos-alvo.