Visitante
Ambulatório interdisciplinar de planejamento reprodutivo
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
helisamara mota guedes
2024101202411896
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
saúde da família
estadual
Não
Membros
juliana augusta dias
Voluntário(a)
fabiana angélica de paula
Vice-coordenador(a)
lília cristina peçanha
Voluntário(a)
isabela guedes paiva
Voluntário(a)
emily emanuelly souza figueredo
Voluntário(a)
joão vitor cruz
Voluntário(a)
lady daiane ribeiro da silva
Voluntário(a)
krystina elizabeth miranda dumont
Bolsista
O planejamento reprodutivo é um serviço essencial e deve ser garantido para toda a população. Esse projeto tem como objetivo oferecer uma assistência integral e de qualidade no Ambulatório Interdisciplinar de Planejamento Reprodutivo com uma abordagem interdisciplinar à saúde sexual e reprodutiva às mulheres e suas parcerias residentes na região ampliada de saúde de Diamantina - MG. Trata-se de um projeto de extensão com foco na intervenção que faz interface com a pesquisa e com o ensino. No ano de 2021 através do edital do Pibex 01/2021 o ambulatório foi estruturado e inaugurado desde então vem ofertando assistência integral e de qualidade acerca do planejamento reprodutivo com foco na inserção do dispositivo intrauterino (DIU) para as mulheres de Diamantina e região. O Ambulatório funciona na Policlínica Regional, situado na rua da Glória, ao lado do Hemominas. As consultas clínicas à mulher e suas parcerias são realizadas pelos professores do Curso de Enfermagem, Medicina, Residentes de Medicina, além do suporte dos acadêmicos dos Cursos de Enfermagem e Medicina. Antes do ambulatório funcionar, o município de Diamantina realizava, pelo SUS, uma média de 11 inserções de DIU por ano. Com dois anos de funcionamento (PIBEX 2022 E pibex 2023) o ambulatório atendeu uma média de 695 consultas com inserção de DIU, 560 retornos de revisão, além das consultas ginecológicas que acontecem semanalmente. As mulheres que são atendidas no ambulatório são acompanhadas pelo período de um ano, onde é realizado uma consulta de revisão após 45 dias da inserção para verificar se o DIU está normoinserido. As consultas subsequentes são realizadas por telemonitoramento no período de 3, 6 e 12 meses após a inserção, com o intuito de verificar a adesão ao método contraceptivo, dúvidas, queixas ginecológicas, dentre outros. Este projeto está promovendo a interação da universidade com a comunidade, além de oferecer aos discentes membros do projeto e das disciplinas de saúde da mulher da enfermagem e da medicina uma oportunidade de expandir o conhecimento sobre saúde sexual e planejamento reprodutivo na teoria e na prática clínica.
Planejamento Familiar, DIU, métodos contraceptivos
O planejamento reprodutivo é definido pela Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, como um conjunto de ações que regulamenta a fecundidade, garantindo os direitos iguais previstos na constituição, limitação ou aumento dos filhos pela mulher, pelo homem ou pelo casal. Tendo como finalidade um atendimento global e integral à saúde, sendo orientado por ações de prevenção, educação e pela garantia ao acesso a informações, meios e métodos disponíveis para o controle da fecundidade (BRASIL, 1996). O Ambulatório Interdisciplinar de Planejamento Reprodutivo funciona desde junho de 2021 promovendo uma assistência integral às mulheres e suas parcerias nas áreas de educação sexual e reprodutiva no município de Diamantina- MG. As atividades são desenvolvidas através da parceria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM através do edital do PIBEX 01/2021, 01/2022 e 01/2023 da Prefeitura Municipal de Diamantina e o Conselho Regional de Enfermagem-COREN-MG. A parceria com o COREN são para capacitação de enfermeiros e definição de fluxos de atendimento, não estão previstos repasse financeiro ao Ambulatório. A parceria com a prefeitura de Diamantina é para ceder espaço físico e logística de uma rede de saúde. O projeto atende as mulheres e sua (s) parceria (s) que estão na listagem da especialidade de ginecologia no setor da saúde da secretaria municipal, encaminhadas pela central de regulação. Além dessas mulheres o Ambulatório tem como diferencial de outras do Brasil o atendimento de mulheres em situações de vulnerabilidade referenciadas pelos Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Conselho Tutelar. Essas mulheres em situações de vulnerabilidade, além da consulta de enfermagem com foco no planejamento reprodutivo e inserção do DIU, participam de um grupo de educação em saúde, as quais são orientadas sobre os métodos contraceptivos disponíveis e as formas de evitar as ISTs. O ambulatório vem desempenhando um papel importante na informatização das mulheres e suas parcerias sobre seus direitos, sobre a prevenção e concepção da prole e oferecendo uma assistência integral e de qualidade para essas mulheres na consulta clínica em saúde reprodutiva e realizando a inserção do Dispositivos Intrauterino (DIU) naquelas mulheres que optarem por esse método. Trata-se de um projeto que contempla as diretrizes que orientam a formulação e implementação das ações de Extensão Universitária, pactuados no FORPROEX (NOGUEIRA, 2000), sendo que alunos do mestrado, residência e da graduação, juntamente com o coordenador, planejam suas ações em parceria com as mulheres e o serviço.
O município de Diamantina é sede da Macrorregião de Saúde, é uma base territorial de planejamento da atenção secundária e terciária à saúde que engloba uma microrregião de saúde. No município apenas 13,2% das mulheres planejaram sua gravidez segundo estudo realizado nos cartões de pré-natal (REIS et al., 2021), dado bem inferior ao encontrado na Pesquisa Nascer no Brasil com amostra de 23.894 mulheres em que 55,4% não planejaram a gestação (BRANDÃO; CABRAL, 2017). A gravidez não planejada representa um problema de saúde pública importante tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento (MACHADO et al., 2017). Embora a redução das taxas dessas gestações requeira abordagens multifatoriais, ampliar o acesso aos métodos contraceptivos de longa duração contribui de forma expressiva para reverter este contexto (MACHADO et al., 2017). De acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) nos últimos 10 anos, as mulheres estão começando a ter relações sexuais cada vez mais cedo e consequentemente a prática contraceptiva. Essa pesquisa mostrou que em 2006, 66% das jovens (15 a 19 anos) que são sexualmente ativas já haviam usado algum método anticoncepcional, sendo que os mais usados eram 33% preservativo, 27% pílulas e 5% os injetáveis. Já para as mulheres que estavam vivendo alguma forma de união, 88% usavam contraceptivos, sendo que a esterilização (29%) era o método mais frequente, seguido pela pílula (25%) e pelo preservativo (12%), em seguida a vasectomia (5%) e o DIU (2%) (BRASIL, 2006) Segundo a Organização Mundial de Saúde, o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é hoje o método contraceptivo reversível mais usado no mundo, sendo a escolha de 15% das mulheres. São mais de 170 milhões de usuárias (OMS, 2017). A taxa de utilização no Brasil do DIU é de apenas 1,9%, sendo mais utilizados a anticoncepção oral e a ligadura tubária (CARRENO et. al., 2006). Pesquisa realizada com 668 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, usuárias de 38 unidades básicas de saúde da cidade de São Paulo, encontrou que a maior satisfação quanto ao método contraceptivo foi observada entre usuárias do DIU (94,7%), da laqueadura (93,5%) e vasectomia (91,7%) (BORGES et al., 2017). Antes da inauguração do Ambulatório, no mês de março de 2021, foram tabulados os dados de encaminhamento feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para o serviço secundário. No sistema da central de regulação do município de Diamantina - MG, é possível fazer dois tipos de encaminhamento: inserção de DIU e consulta ginecológica. Na variável consulta ginecológica haviam 826 mulheres aguardando consultas. Na variável inserção de DIU havia 251 mulheres que aguardavam atendimento há dois anos. Os dados desta pesquisa reforçam a dificuldade de acesso ao planejamento reprodutivo. Além dessas mulheres que estavam na fila de espera da prefeitura do município de Diamantina, havia uma demanda também de mulheres referidas pelos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e conselho tutelar, que estavam esperando pelas ações de educação em saúde na área reprodutiva e sexual e para a consulta de planejamento reprodutivo com foco no DIU. Justifica-se a renovação deste projeto por mais um ano considerando que a ampliação do acesso ao DIU é uma meta da OMS e do Ministério da Saúde já que a mulher pode evitar um procedimento cirúrgico e fazer uso de um método de longa duração (BRASIL, 2018; OMS, 2017). Importante destacar que o município de Diamantina- MG no ano de 2020 colocou pelo Sistema Único de Saúde (SUS) 11 inserções de DIU. O ambulatório com um ano de funcionamento realizou uma média de 357 consultas com inserção de DIU e 248 consultas de retornos. Além disso, o ambulatório está realizando a capacitação dos profissionais de enfermagem de Diamantina e região para a consulta clínica em planejamento reprodutivo com inserção do DIU. Para o edital PIBEX 01/2024 iremos reforçar a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão com prioridade na publicação dos dados, manutenção dos atendimentos no ambulatório e concomitantemente capacitaremos profissionais de saúde de outros municípios do Vale do Jequitinhonha. Portanto esse trabalho justifica-se devido ao impacto social que produz ao permitir um planejamento reprodutivo às mulheres e suas parcerias.
Objetivo geral: Oferecer assistência integral e de qualidade no Ambulatório Interdisciplinar de Planejamento Reprodutivo com uma abordagem interdisciplinar à saúde sexual e reprodutiva às mulheres e suas parcerias residentes na região ampliada de saúde de Diamantina - MG. Objetivos específicos: Realizar consultas clínicas individuais sobre os métodos contraceptivos e concepção; Integrar docentes, discentes, residentes e técnico-administrativos na gestão do ambulatório interdisciplinar de planejamento reprodutivo; Ofertar o método contraceptivo escolhido pela mulher e no caso do DIU ofertar a inserção e o acompanhamento; Expandir o conhecimento dos discentes dos Cursos de Enfermagem e Medicina sobre saúde sexual e planejamento reprodutivo na teoria e na prática; Produzir conteúdo informativo sobre a temática do planejamento reprodutivo e temas afins à saúde da mulher para a mídia digital (Instagram); Produzir conhecimento científico através da publicação de guias, resumos e artigos científicos.
Metas a curto prazo: Realizar consultas individuais com as mulheres e sua (s) parceria (s) com foco na saúde sexual e reprodutiva tendo uma média de 10 consultas/semanais. Prescrever métodos contraceptivos e acompanhar a adaptação das mulheres a este método, por um período de um ano. Direcionar a consulta clínica para os métodos disponibilizados pelo SUS. Promover práticas educativas, possibilitando a interação entre o conhecimento técnico e o popular através do diálogo, respeitando a cultura e as crenças de cada indivíduo; Capacitar profissionais de saúde que atendem na atenção primária para consulta clínica com inserção do DIU para enfermeiros de diferentes municípios do Vale do Jequitinhonha. Metas a longo prazo: Expandir o conhecimento sobre os meios e método de concepção e contracepção; Aumentar a cobertura de utilização do Dispositivo Intra uterino (DIU). Melhorar a qualidade de vida das usuárias; Diminuir a lista de espera para inserção de DIU do município por meio da melhoria no acesso. Ter profissionais de saúde que realizam consulta clínica em saúde reprodutiva e inserção do DIU nas estratégias de saúde da família e maternidade dos municípios próximos da região de Diamantina. Como previsão de impactos diretos, visa a implantação de métodos contraceptivos que se adequem a realidade de cada mulher e o envolvimento da comunidade com os projetos da universidade. Em relação a impactos indiretos, destaca-se a informatização e o conhecimento de um maior número de pessoas, maior empoderamento e autonomia das usuárias em relação a questões de saúde que a atinge diretamente, o que permite questionar e decidir sobre as propostas apresentadas pelos profissionais de saúde. Além da redução da taxa de gestações não planejadas. Pretende-se atender 480 consultas clínicas em planejamento reprodutivo em um ano.
Trata-se de um projeto de extensão com foco na intervenção que faz interface entre a extensão, pesquisa e ensino. O projeto foi inaugurado no mês de junho de 2021, intitulado Ambulatório Interdisciplinar de Planejamento Reprodutivo. As ações são desenvolvidas na Policlínica de Diamantina/MG, na rua da Glória, n.469, ao lado do Hemominas, em Diamantina. Neste espaço, são realizados os acolhimentos, consultas clínicas, realização de procedimentos e esterilização dos instrumentos. As consultas clínicas à mulher são realizadas pelos professores do curso de Enfermagem, Medicina e Residentes Ginecologia e Obstetrícia, sempre acompanhados por estudantes de graduação. Os acadêmicos do curso de enfermagem e medicina também realizam atividades práticas das disciplinas da graduação no Ambulatório. O atendimento acontece semanalmente às terça-feiras de manhã, de 07:00 às 12:00 horas, quando é a equipe de medicina que atende e nas terça-feira no período da tarde, de 13:00 às 17:00 quando a assistência é realizada pela equipe de enfermagem. O projeto atende as mulheres e sua (s) parceria (s) que estão na listagem da prefeitura, dos CAPS e aquelas que procuram o atendimento por livre demanda. Os atendimentos são agendados pelo setor da regulação da secretaria municipal de saúde de Diamantina-MG, após isso, a bolsista confirma a consulta entrando em contato com as mulheres por telefone para orientá-las sobre o atendimento e tirar qualquer dúvida existente. Quando a bolsista não consegue esse contato a responsável pela Atenção Primária de Saúde (APS) realiza esse contato. Além disso, dispomos de uma técnica administrativa do Curso de Enfermagem, integrante do projeto, que tem divulgado o fluxo correto para o atendimento no Ambulatório dentro da UFVJM e nas demandas encaminhadas para a chefia do Departamento de Enfermagem. Para ser atendida no ambulatório, o fluxo de encaminhamento é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro onde a usuária está cadastrada ou a unidade mais perto. Após isso, o nome da usuária vai para a central de marcação da secretaria municipal de saúde de Diamantina-MG. Assim que a consulta é agendada a bolsista faz o contato, orientando sobre a rotina do ambulatório. As mulheres atendidas pelo ambulatório são acompanhadas durante o período de um ano. O primeiro retorno acontece de forma presencial, e o acompanhamento durante um ano por telemonitoramento para verificar adesão ao método contraceptivo, dúvidas, queixas ginecológicas, dentre outros. Sendo que, o retorno acontece 45 dias após a inserção do DIU, de forma presencial onde é realizado o ultrassom para avaliar o posicionamento do DIU, caso esse não esteja normoinserido no mesmo dia é realizado a reinserção de um novo dispositivo. As consultas de telemonitoramento acontecem em um período de 3, 6 e 12 meses. Instrumentos foram criados como roteiro para consulta clínica interdisciplinar, termo de consentimento, impresso de retorno, termo de uso da imagem dentre outros. O projeto de pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa -CEP da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM sob o número 52594621.8.0000.5108. A pesquisa está na etapa de coleta de dados e analise dos dados, considerando que trata-se de um estudo longitudinal e as mulheres serão acompanhadas por um ano. Para direcionar o telemonitoramento foi criado um check list que é seguido pela bolsista do projeto e/ou os estudantes voluntários. Sempre que tem dúvidas, os alunos procuram os professores e posteriormente retornam para as mulheres, se houver necessidade é feito o agendamento presencial. Todos os dados coletados servirão de base para avaliação do projeto e futuras pesquisas. Para a parte da pesquisa (etapa em andamento) os dados serão coletados por meio de ficha utilizada no ambulatório no momento da inserção, sendo as variáveis: escolaridade, data da inserção, idade, número de gestações, ciclo menstrual, fluxo, dismenorreia, cirurgias ginecológicas, profissional, coleta citopatológica, histerometria, dor (EVA), diagnóstico de enfermagem, método contraceptivo anterior ao DIU, causa de abandono, história familiar e consulta ginecológica. Para as consultas subsequentes serão utilizadas as seguintes variáveis: se houve expulsão, extração, falha contraceptiva, continuação, causas de descontinuação, momento de descontinuação, dados da ultrassonografia, queixas e satisfação com o método. Os dados coletados serão tabulados e analisados com o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 23.0. Serão realizadas análises de estatística descritiva para obtenção de média, desvio padrão, frequência absoluta e relativa dos dados. A normalidade dos dados será verificada pelo teste Kolmogorov-Smirnov, seguido dos testes estatísticos correspondentes. A associação de dados categóricos será verificada pelo teste Qui-quadrado. Será adotado o nível de significância de 95% (p<0,05). Em relação aos cuidados éticos com a pesquisa, previamente os sujeitos são esclarecidos sobre objetivos da pesquisa e podem sanar dúvidas em relação à mesma. Será livre a participação na pesquisa, e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) deverá ser previamente assinado em caso de concordância em participar com a assinatura em duas vias, ficando uma com a pesquisadora e a outra entregue ao participante. Será garantido o atendimento de qualidade às mulheres que não quiserem participar do estudo. Para facilitar a divulgação das ações do projeto e levar informações sobre saúde sexual e reprodutiva criamos o Instagram @ambulatoriorep.
BRANDÃO E.R.; CABRAL, C.S. Da gravidez imprevista à contracepção: aportes para um debate. Perspectivas. Caderno de Saúde Pública, v.33, n.2, 2017. Disponível em: . BORGES, Ana Luiza Vilela et al . Satisfação com o uso de métodos contraceptivos entre usuárias de unidades básicas de saúde da cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Saúde Materna e Infantil, Recife , v. 17, n. 4, p. 749-756, Dec. 2017 . Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/jWvcKjjwSH7MHKYTGMKVcZb/abstract/?lang=pt BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 300 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução n.466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília (DF): 2012 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Carteira de serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS) : versão profissionais de saúde e gestores [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Saúde da Família. –Brasília: Ministério da Saúde, 2020. BRASIL. Ministério da Saúde; CEBRAP – Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), Atividade Sexual, 2006. Relatório final. Brasília CARRENO, I et al . Uso de métodos contraceptivos entre mulheres com vida sexual ativa em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 5, p. 1101-1109, May 2006 . Disponível em: MACHADO, R.B. et al. Long-Acting Reversible Contraception, Contracepção reversível de longa ação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.39, n. 06, p.294–308, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/WQxWKxrQ4k6GpfTwbMWv3yc/?lang=en#ModalArticles. OMS. Centers for Disease ControlPrevention Internet. US Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use, 2017. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr6205a1.htm
Os discentes dos cursos de enfermagem e medicina têm participado das ações do projeto, desde o planejamento, realização, consultas, prescrição e demais ações. A formação de ambos os cursos dispõem na grade curricular a disciplina de saúde da mulher e do recém-nascido que visa oferecer conhecimento técnico-científico referente a ginecologia, obstetrícia, neonatologia, direitos sexuais e reprodutivos. Sendo assim o projeto oferecerá para os alunos a oportunidade de realizar ações de educação em saúde da mulher, consultas de planejamento reprodutivo com a supervisão dos professores, proporcionando um conhecimento mais amplo na atuação dos profissionais na prática. A carga horária de atividades do bolsista será de 12 à 20 horas semanais distribuídas em atividades como: confirmação de consultas e retornos das usuárias, acompanhamento por telemonitoramento com 3, 6 e 12 meses após a inserção do DIU, esclarecimento de dúvidas através do whatsapp, confecção de material educativo para as educação em saúde nos grupos e para o Instagram, confecção de impressos quando necessario, pesquisa de referências bibliográficas, outras atividades a depender da demanda. A escolha dos discentes que participarão do projeto/2024 levará em consideração a sua formação e experiência acadêmica, que proporcionarão ao projeto incremento técnico e científico. Os residentes da obstetrícia fazem parte do projeto. Durante o projeto, os estudantes são capacitados pelos coordenadores sobre as temáticas que serão desenvolvidas através de encontros para estudo do tema, além da participação na prática, onde esses alunos desenvolvem as atividades aprendidas em salas de aulas, supervisionadas pelos professores. A capacitação e a supervisão dos estudantes serão realizadas pelas docentes coordenadoras do projeto, que estarão a disposição dos alunos para apoiar e auxiliar nas atividades que os membros tiverem dificuldades. Essa participação dos discentes é de extrema importância, pois proporciona que os discentes tenham contato com a comunidade externa em ambientes acadêmicos, além de aprofundar o conhecimento aprendido nas disciplinas. Diante desses dados destaca a importância do projeto no município que além de oferecer essa assistência integral e de qualidade para as mulheres de Diamantina, proporciona aos discentes uma oportunidade de lidar de forma direta com o planejamento reprodutivo, com a prevenção, saúde da mulher e com a população.
A assistência em relação a contracepção permite que as gravidezes não planejadas sejam evitadas e que a fecundidade seja planejada levando em consideração o social, econômico e cultural. Sabe-se que o conhecimento é fundamental para respaldar as decisões de cada indivíduo e possibilitar que as escolhas sejam feitas de forma consciente promovendo a melhor condição de vida e de saúde. Sendo assim, esse projeto é de extrema relevância na expansão do conhecimento, empoderamento feminino, na assistência de qualidade e integral às mulheres e sua (s) parceria (s). O projeto é uma interface de pesquisa, extensão e ensino, em que as ações integradas visam aumentar a qualidade de vida das mulheres e suas parcerias. À medida que a equipe de extensionistas realizam as consultas clínicas estamos aumentando a cobertura de utilização do Dispositivo Intrauterino (DIU) no município de Diamantina e região. Além disso, produzimos dados para pesquisa e estamos capacitando profissionais que auxiliarão na consolidação da prática de inserção do DIU pelo enfermeiro, algo pouco praticado no Brasil, apesar da legalidade. Estamos fortalendo a medicina para inserção dos DIU's na atenção primária. Para o ensino permite a ampliação do conhecimento nesta temática para os alunos da medicina e da enfermagem. As ações de planejamento reprodutivo estavam quase inexistentes no município de Diamantina antes da inauguração do projeto. O Ambulatório aumentou em 32 vezes o acesso das mulheres ao DIU, além disso capacitou enfermeiros que trabalham na atenção primária e na maternidade para a inserção do DIU. Diante disso, reforça-se a importância de manter as atividades realizadas através deste projeto que tem recebido demandas de expansão.
Público-alvo
O projeto atende as mulheres e sua (s) parceria (s) que estão na listagem da especialidade de ginecologia no setor da saúde da secretaria municipal, encaminhadas pela central de regulação. A mulher vai até a unidade de saúde e pede para ser encaminhada via central de regulação para consulta de inserção do DIU. Além dessas mulheres o Ambulatório tem como diferencial de outras do Brasil o atendimento de mulheres em situações de vulnerabilidade referenciadas pelos Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Conselho Tutelar. Considerando que são uma média de 10 atendimentos por semana em um ano temos o aproximado de 480 mulheres.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A parceria com a prefeitura de Diamantina é para ceder espaço físico e logística de uma rede de saúde.
A parceria com o COREN são para capacitação de enfermeiros e definição de fluxos de atendimento, não estão previstos repasse financeiro ao Ambulatório. Existe convênio firmado, aprovado e vigente com o COREN (processo SEI 23086.012102/2022-94).
Cronograma de Atividades
Durante todo o projeto será realizada a busca de referência teórico para ampliar o conhecimento sobre a temática e dúvidas que venham a surgir, além de auxiliar em futuras pesquisas.
Será realizado reuniões com a equipe para discutir sobre os atendimentos, sobre casos clínicos que possam surgir dúvidas dentro do ambulatório e demandas que venham a surgir
As consultas ambulatorial acontece toda semana sendo todas as terças pela equipe de enfermagem 9tarde) e de manha pela equipe de medicina, podendo sofre mudanças nos dias devido a demanda da grade curricular dos cursos
O telemonitoramento acontecerá todos semana através do atendimento das demandas e das dúvidas apresentadas pelas mulheres através do WhatsApp, além das consultas realizadas por ligações com 3, 6 e 12 meses após a inserção do DIU.
Os dados serão digitados no Excell e discutidos no grupo de pesquisa do projeto.
Confecção do relatório parcial, contendo descrições do projeto conforme solicitado pelo PIBEX
Será realizado o relatório final do projeto, contendo informações sobre as atividades realizadas durante o ano de 2024.