Este projeto dará continuidade ao desenvolvimento de ações de educação em saúde executadas pelo Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) de Diamantina sob o apoio do CRDE da Santa Casa de Belo Horizonte (BH), do CRDE de Teixeira de Freitas/UFSB-BA, de escolas em Diamantina e região. O CRDE de Diamantina é constituído por uma equipe interdisciplinar composta por docentes e discentes de cursos de graduação e de pós-graduação que apoia os funcionários das escolas de Diamantina e de outros municípios da região em relação à assistência escolar do aluno que convive com diabetes, assim como de seus familiares. Suas ações educativas continuarão sendo desenvolvidas de forma híbrida, pela internet, nas escolas e/ou no CRDE de Diamantina. Tais ações têm a finalidade de capacitar os profissionais de saúde e de escolas de ensino médio, fundamental e/ou creches, em relação aos cuidados necessários ao aluno com diabetes, para que pais e alunos tenham segurança com o tratamento durante o período escolar. As ações buscam desmistificar o diabetes, dando apoio necessário para prevenir o bullying contra estudantes com Diabetes Tipo 1, além de orientar os alunos sem diabetes e seus pais sobre prevenção do Diabetes Tipo 2, combater o sedentarismo, estimular a alimentação saudável e o controle do diabetes. Outro compromisso do projeto é alertar e qualificar os profissionais de saúde e de educação quanto às necessidades do aluno com diabetes nas escolas. O CRDE de Diamantina conta com o apoio de um Centro de Referência em diabetes de Belo Horizonte vinculado ao Sistema Único de Saúde, de um CRDE da UFSB, de uma Revista especializada em educar pessoas com diabetes de veiculação nacional, docentes e discentes de graduação e de programa de pós-graduação da UFVJM.

Diabetes, Educação, Saúde, Escola, Criança, Adolescente.

A presente proposta visa dar continuidade às ações exitosas de educação em diabetes realizadas pelo Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) de Diamantina desde o ano 2017. Desde agosto de 2020 o projeto atua na modalidade remota on-line em função da pandemia de COVID-19. Ele tem atingido suas metas e continua com demanda crescente para continuação em 2023. Em 2017 o Grupo de Estudo do Diabetes (GED) da UFVJM estabeleceu uma parceria com o CRDE da Santa Casa BH (CRDE de BH) para trabalhar com o Projeto Diabetes nas Escolas em Diamantina. O referido projeto é um modelo de intervenção educativa que recebe apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e de outras instituições de saúde. O CRDE de Diamantina trata-se de uma referência ou apoio com que os funcionários de escolas de Diamantina e região podem contar para cuidar do aluno com diabetes mellitus (DM). As ações extensionistas poderão continuar exclusivamente de forma remota on-line até o fim da pandemia de COVID-19 e/ou de forma presencial na UFVJM ou nas escolas parceiras. O curso gratuito de capacitação em diabetes na modalidade EAD, resultante da parceria com o CRDE de BH continuará disponível aos funcionários de qualquer escola interessada, aos profissionais e estudantes das áreas de saúde e de educação, de forma permanente em 2023. Faremos 02 lives e 02 treinamentos em diabetes on-line (1 por semestre, respectivamente), com especialistas das áreas de saúde e educação, produção de 10 podcasts e de 08 conteúdos educativos digitais, os quais poderão ser regularmente nas redes sociais do projeto e de escolas que já foram treinadas pelo CRDE de Diamantina nos últimos anos, bem como de novas escolas que possam se interessar no projeto e estabelecer novas parcerias em 2024. As ações educativas continuarão sendo disponibilizadas às escolas interessadas no projeto, a fim de capacitar os profissionais de escolas de ensino médio, fundamental e/ou creches, em relação aos cuidados necessários ao aluno com DM. Com esse apoio, pais e alunos passam a ter segurança em relação ao tratamento do DM durante o período escolar. O projeto busca ainda desmistificar o diabetes, dando apoio necessário para prevenir o bullying contra estudantes que possuem DM Tipo 1 (DM1). O projeto também orienta os demais alunos que não possuem DM e seus familiares sobre o conhecimento e a prevenção do Diabetes Tipo 2 (DM2), desenvolvendo conteúdos educativos digitais para promoção de hábitos saudáveis de alimentação, prática de atividade física e melhor qualidade de vida, além de alertar profissionais de saúde e de educação em relação às necessidades do aluno com DM nas escolas. As principais atividades que têm sido desenvolvidas junto à PROEXC nos seis primeiros anos deste projeto incluem um curso sobre diabetes (presencial e EAD), oficinas com alunos escolares, participação em eventos e feiras nas escolas, elaboração e distribuição de materiais educativos impressos e digitais, e uma comunicação mensal com um texto educativo para os pais/familiares e outro para os funcionários das escolas. Durante a pandemia, o material educativo foi oferecido via WhatsApp, e-mails, redes sociais das escolas parceiras e do CRDE de Diamantina (Facebook e Instagram), de outros CRDEs espalhados em três regiões do Brasil e no Blog do Projeto criado em 2021. O CRDE de Diamantina conta com uma equipe interdisciplinar qualificada na oferta de treinamento em diabetes e na produção de material educativo impresso e digital, constituída por docentes da FCBS e FIH, discentes de graduação e de pós-graduação, bolsistas e voluntários internos e externos à UFVJM. Nesta proposta para 2024 o projeto trabalhará com a produção de conteúdos educativos digitais para escolas, secretarias de Educação e Saúde de municípios interessados no tema. Futuramente, a médio e longo prazo, o desejo é expandir ainda mais a abrangência das ações para toda a rede de ensino do município e de instituições da microrregião além de oferecer o material produzido a outros CRDEs distribuídos nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. Na presente data, existem cerca de vinte e cinco (25) CRDEs com seus coordenadores treinados e qualificados em diabetes com apoio do coordenador desta proposta, e que estão aptos para desenvolver suas ações ou implantá-las em seus municípios a partir de janeiro de 2024.

O DM é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos resultantes de defeitos na ação e/ou secreção de insulina, que culminam em um estado de hiperglicemia. O DM pode ser classificado em quatro tipos principais, baseado na sua etiologia: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2, DM Gestacional e outros tipos específicos de diabetes (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2020). Tanto o DM quanto a obesidade são consideradas pandemias que podem dizimar a saúde da população, a produtividade econômica e a capacidade do sistema de saúde em todo o mundo, se medidas de prevenção e controle não forem adotadas (MOZAFFARIAN, 2020). Segundo o IDF Diabetes Atlas 2021, mais de meio milhão de pessoas viviam com diabetes em todo o mundo no ano de 2021. Foi estimado que 537 milhões de pessoas tinham diabetes, mas o número pode alcançar 643 milhões em 2030 e 783 milhões até 2045. Outro dado alarmante é a alta porcentagem (45%) de pessoas com DM não diagnosticado. Atualmente, o Brasil ocupa o 6° lugar em prevalência de DM nos adultos (20-79 anos), somando 15,7 milhões de pessoas, com uma tendência ainda crescente. Quanto à prevalência de casos anuais de DM1 entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, o Brasil ocupa o 3° lugar no ranking mundial. Diante desse cenário, ressalta-se a urgência e a necessidade de melhorar a capacidade de diagnosticar as pessoas com DM e proporcioná-las uma assistência apropriada (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). A prevalência e a incidência mundial DM1 estão aumentando (MOBASSERI et al., 2020) e a obesidade de crianças e adolescentes é um dos mais sérios desafios globais em saúde pública do século XXI. Essa crescente exposição à obesidade contribuirá para o desenvolvimento precoce de DM2 (CAPRIO, 2020). Assim, para obter sucesso no manejo do DM é necessário desenvolver parcerias sólidas entre órgãos governamentais, diversos setores da sociedade, além de envolver a família de pessoas que possuem DM. Para mudanças a médio e longo prazo, é urgente atuar hoje com o compromisso de toda a sociedade e de políticas públicas que criem ambientes propícios à atividade física e promovam uma alimentação saudável na escola e na mesa das famílias. Nesse contexto, a escola é o espaço promissor para realizar a educação em diabetes, uma vez que essa instituição precisa estar ciente da importância de um estilo de vida saudável para a prevenção da obesidade, do DM2 e de suas complicações. Diante disso, o ‘Projeto Diabetes nas Escolas’ oferecido pelo CRDE realiza atividades educativas no ambiente escolar, com foco no treinamento dos funcionários, e se estende a todos os alunos, com ou sem diabetes, seus pais, familiares e a comunidade onde a escola está inserida. Embora o DM1 seja uma das doenças crônicas mais comuns em crianças, funcionários e alunos das escolas sabem pouco sobre a doença (DE OLIVEIRA et al., 2015). É muito comum conceitos errôneos como: “a pessoa que o possui não pode comer açúcar” ou “é uma doença dos idosos”. Devido à falta de conhecimento, muitas escolas se recusam a aceitar alunos com DM, a ajudá-los em sua rotina de autocuidado, ou ainda, são incapazes de ajudar em uma emergência (DE OLIVEIRA et al., 2015). Nesse contexto, a educação em diabetes é a principal ferramenta para a garantia do autocuidado, permitindo o autocontrole por parte do paciente, e deve se estender a toda sociedade. É, portanto, o processo de facilitação de conhecimentos, habilidades e capacidades necessárias para este autocuidado (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2019). Nesse cenário, as atividades educativas do presente projeto são imprescindíveis para desmistificar a doença e colaborar para que a escola seja um ambiente mais seguro para crianças e adolescentes com DM. Considerando que a escola é um lugar no qual o aluno passa grande parte do seu tempo, torna-se necessário que os funcionários estejam devidamente capacitados em diabetes (ALOTAIBI et al., 2016; REIS et al., 2018; AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES EDUCATORS, 2019). Muitos pais de crianças com DM se sentem inseguros em levar seus filhos à escola devido à falta de preparo de grande parte dos funcionários para lidar com alguma emergência que seu filho possa apresentar (REIS et al., 2018). Assim, instituições e pesquisadores, incluindo os do CRDE de Diamantina, têm buscado estratégias de intervenção educativa em DM junto aos profissionais das escolas, para que estes saibam como se proceder nessas situações (ABRAHAM et al., 2018; BECHARA et al., 2018; CHINNICI et al., 2019; DE CARVALHO TORRES et al., 2016; GONÇALVES, 2019; GOSS et al., 2018; SILVA JUNIOR, et al., 2020; SILVA et al., 2022; DA SILVA et al., 2022; DA SILVA et al., 2022b; NOBRE et al., 2022). O Brasil tem contribuído ativamente nesse processo e na expansão de programas de educação em DM para auxiliar os profissionais das escolas (BECHARA et al., 2018; CHINNICI et al., 2019; REIS et al., 2018). Destaca-se a criação do CRDE da Santa Casa BH, em Belo Horizonte, MG (REIS et al., 2017; REIS et al., 2018). O CRDE foi criado no Sistema Público de Saúde para treinamento em diabetes das escolas públicas e privadas de Minas Gerais. Com o apoio da SBD, de universidades e de outros parceiros, o CRDE encontra-se em fase de expansão para outras instituições, cidades e regiões do Brasil. Em 2017, a UFVJM tornou-se a primeira instituição brasileira a firmar parceria com o CRDE da Santa Casa BH, marcando o início da expansão e interiorização do Projeto Diabetes nas Escolas (SBD, 2019). O CRDE de Diamantina foi implantado na UFVJM em 2017, por meio de um projeto de extensão universitária com interface com a pesquisa. As ações educativas têm sido desenvolvidas por equipe interdisciplinar, constituída por enfermeiros, nutricionistas, cirurgião dentista, fisioterapeuta e discentes desses cursos, uma bióloga e uma psicóloga dentre outros colaboradores (SILVA JUNIOR, et al., 2020). A psicóloga afastou-se do projeto, mas a atual equipe recebeu outros membros da UFVJM, entre eles uma docente do curso de Letras com formação e atuação em Linguística, um discente da FAMED, dois discentes da Nutrição e quatro doutorandos do PPGCS. Além disso, ao todo existem 25 CRDE atuantes em três regiões do Brasil e há estimativa de criação de novos CRDEs ao longo de 2024. Nesse contexto, o CRDE de Diamantina tem sido uma referência para os novos CRDEs em expansão no país. O coordenador desta proposta é um dos três membros da diretoria nacional da expansão dos CRDEs, juntamente com a coordenadora do CRDE da UFSB e com a idealizadora e coordenadora geral dos CRDEs, que é endocrinologista e educadora em diabetes na Santa Casa de Belo Horizonte e ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. O suporte à pessoa que possui DM e os programas de educação que contribuam com o autocuidado em diabetes são essenciais para o enfrentamento dos desafios impostos por essa condição (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2019). Ao considerarmos a escola como o local destinado à construção de conhecimentos, faz-se necessário que sejam desenvolvidas ações educativas para estimular a inclusão do aluno com diabetes e/ou obesidade, combatendo o bullying e promovendo saúde (BECHARA et al., 2018; MOURÃO et al., 2020). Diante do exposto, este projeto está em consonância com a Política Nacional de Extensão Universitária e suas diretrizes, incluindo: “Interação Dialógica, Interdisciplinaridade e interprofissionalidade, Indissociabilidade entre Ensino‐Pesquisa‐Extensão, Impacto na Formação do Estudante e, finalmente, Impacto e Transformação Social” (UFVJM, 2009), visto que a política de Extensão da UFVJM prevê “A ação cidadã das universidades não pode prescindir da efetiva difusão dos saberes nelas produzido,…”. Nesse sentido, os saberes construídos por discentes e docentes de vários cursos da UFVJM junto à comunidade têm atendido essa política. Continuar com as ações do CRDE de Diamantina é dar continuidade à construção desse valioso saber. Consideremos ainda que essa política prevê “A prestação de serviço deve ser produto de interesse acadêmico, científico, filosófico, tecnológico e artístico do ensino, pesquisa e extensão, devendo ser encarada como um trabalho social, ou seja, ação deliberada que constitui a partir da realidade e sobre a realidade objetiva, produzindo conhecimentos que visem à transformação social”. Destacamos que, antes da escrita deste projeto, a equipe de docentes discutiu com o Secretário Municipal de Educação e com diretorias de escolas do município. Foi-lhes apresentado o projeto Diabetes nas Escolas do CRDE de Diamantina e sua importância para garantia dos direitos da criança e do adolescente com DM. Portanto, esse projeto parte de uma realidade objetiva, ou seja, a comunidade escolar foi parceira na sua construção. Esta anseia-se compartilhar o conhecimento com a comunidade acadêmica da UFVJM, na busca de educar com segurança seus alunos acometidos por esta doença tão debilitante, além de melhor atender a todos os membros da comunidade escolar com DM. Além disso, não só a comunidade escolar tem se beneficiado do CRDE, mas o aluno com DM e seus familiares, além dos acadêmicos extensionistas e a equipe de pesquisadores e profissionais, uma vez que terão melhor conhecimento sobre prevenção e manejo do DM e a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos, com propósito de transformação social. Fortalece‐se, então, o outro pilar da tríade da Educação Universitária, o ensino. Ter a oportunidade de praticar os ensinamentos apreendidos em sala de aula enriquece não apenas o currículo dos discentes de graduação e de pós-graduação, mas desenvolve aptidões, de uma maneira que não seria possível apenas com o conteúdo visto em sala de aula. Além disso, um TCC da fisioterapia e uma dissertação do PGCN já foi concluídas e uma tese do PPGCS e uma Iniciação Científica de discente da FAMED estão em desenvolvimento junto ao projeto. As referidas pesquisas são estudos metodológicos de construção e validação científica de material educativo digital que já estão em uso ou serão utilizadas por outros CRDEs. O coordenador desta proposta também tem parceria de apoio técnico científico em projetos de extensão e de pesquisa com a equipe do CRDE da UFSB. As parcerias têm fortalecido e solidificado as ações extensionistas de ambos CRDEs. Considerando os aspectos apresentados, este projeto de extensão dará continuidade às ações do CRDE de Diamantina, construindo saberes interdisciplinares com a responsabilidade de dar suporte às escolas às interessadas em receber o apoio de equipes de CRDEs, quanto aos cuidados necessários ao aluno com DM durante o período escolar, bem como qualificar profissionais de saúde e de educação que atuem ou desejam atuar com intervenções de educação em saúde com foco no diabetes mellitus.

Objetivos Gerais: Continuar as ações extensionistas do CRDE de Diamantina junto aos profissionais de saúde e de educação em prol do aluno com diabetes vinculado à educação básica. Objetivos Específicos: a) Dar continuidade às ações do CRDE de Diamantina e à estruturação continuada de sua equipe interprofissional composta por docentes, discentes e profissionais de saúde e de educação para desenvolver ações integradas de educação em diabetes e de promoção da saúde. b) Disponibilizar capacitações para profissionais de escolas da educação básica das redes pública e privada em relação aos cuidados necessários ao aluno com diabetes. c) Empoderar os profissionais das escolas interessadas no projeto para atuarem como membros da equipe de tratamento do diabetes em suas respectivas escolas; d) Disponibilizar treinamento para desmistificar o DM e combater o bullying nas escolas; e) Criar material educativo digital para orientar os alunos em geral e os seus pais sobre importância da prevenção do diabetes tipo 2 e da obesidade, e estimular a adoção de um estilo de vida mais saudável; f) Treinar profissionais de saúde e de educação em relação às dificuldades do aluno com diabetes durante sua permanência na escola; g) Utilizar a internet, especialmente as redes sociais, como ferramentas complementares de informação, comunicação e educação em diabetes para a comunidade escolar e público geral interessado no tema; h) Divulgar ações do CRDE de Diamantina nas redes sociais para estimular a expansão de CRDEs no Brasil, na microrregião e em Diamantina. i) Produzir 02 lives para compartilhar as vivências no projeto, sendo 01 por semestre, com especialistas das áreas de saúde e educação, inclusive experts dos CRDEs de BH e Teixeira de Freitas-BA; j) Ofertar 02 treinamentos em diabetes para candidatos a coordenadores de novos CRDEs, sendo 01 por semestre. Os treinamentos serão ofertados on-line como têm disso realizados em 2023, sendo conduzidos por especialistas das áreas de saúde e de educação membros dos CRDEs da UFVJM, da UFSB e da Santa Casa de BH; l) Produzir pelo menos 10 podcasts e 12 postagens com textos educativos digitais, os quais deverão ser liberados mensalmente nas redes sociais do projeto, bem como de outros CRDEs e de escolas interessados em orientações sobre o tema diabetes nas escolas.

1) Manter as atividades do CRDE de Diamantina e o vínculo com o público-alvo em 2024; 2) Oferecer suporte à capacitação em diabetes, na modalidade EAD (Via Plataforma da Santa Casa de Belo Horizonte), aos funcionários de escolas que não receberam o treinado presencial pelo CRDE de Diamantina nem o EAD da Santa Casa de Belo Horizonte. 3) Elaborar e ofertar 01 texto educativo digital por mês letivo para promover saúde e estimular comportamentos que contribuem com o autocuidado e a qualidade de vida do aluno com diabetes. 4) Elaborar e postar quinzenalmente nas redes sociais e sites vinculados ao projeto, 01 conteúdo educativo digital (texto, vídeo, ilustrações e/ou podcasts etc.) para a comunidade escolar e o público interessado no tema. 5) Sob demanda das escolas e/ou secretarias de educação e de saúde, o CRDE de Diamantina avaliará a viabilidade de ofertar treinamento em diabetes para os funcionários de escolas do município ou da microrregião, na modalidade on-line, híbrido e/ou presencial (para escolas de Diamantina ou de municípios vizinhos que tenham condições de trazer seus funcionários na UFVJM, tal como já fizemos recentemente com uma escola de Presidente Kubitschek -MG). 6) Produzir pelo menos dois resumos para apresentação em eventos de extensão/pesquisa/ensino, e 01 artigo científico, capítulo de livro ou livro sobre as ações do projeto. 7) Realizar duas lives com participação de convidados representantes de outros CRDEs, de escolas interessadas e de outros possíveis parceiros ou profissionais com expertise no tema: Diabetes nas Escolas. Ao final do projeto espera-se que a manutenção de apoio da PROEXC ao CRDE de Diamantina estimule todos as escolas envolvidos direta ou indiretamente (e.x: escolas parceiras dos demais CRDEs que utilizarem nossos conteúdos) a não se desvencilhar de sua função social e política, exercendo seu papel transformador da sociedade, especialmente neste momento de pandemia, de trabalho remoto na educação básica e superior.

Antes de iniciar a produção das mídias educativas e/ou ações junto às escolas, novos membros da equipe de extensionistas deverão realizar treinamento para nivelamento do conhecimento em DM entre membros da equipe executora do projeto. Será utilizada a metodologia do CRDE de Belo Horizonte, a qual inclui treinamentos on-line gratuitos e de acesso ao curso oferecido via plataforma EAD desenvolvida para o Projeto Diabetes nas Escolas. O treinamento on-line e EAD têm apresentado seus conteúdos com linguagem de fácil entendimento, uso de vídeos, apostilas on-line, gibis, teleaulas e recursos do programa de educativo Kids Diabetes nas Escolas da International Diabetes Federation, o qual foi devidamente traduzido e validado para a cultura brasileira, além de conteúdos complementares validados pelo CRDE de BH e de Diamantina (SILVA, 2021), e diretrizes do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Diabetes, entre outros (REBERTE et al., 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2023). Assim, as ações serão desenvolvidas inicialmente no primeiro mês com a preparação dos novos extensionistas e levantamento de demandas (dos demais CRDEs, dos profissionais de saúde, de educação e de possíveis escolas parceiras) atualizadas para 2024 por meio de reuniões on-line com os responsáveis de cada segmento envolvido, seguidas por agendamento de treinamentos dos profissionais de saúde coordenadores de CRDEs e/ou de funcionários escolares, divulgação suporte ao público-alvo. Tais cursos são extensivos a todos os funcionários escolares (cozinheiras, motorista, vigilantes, monitores, diretoria e outros) e não apenas aos professores e a equipe pedagógica, pois todos são protagonistas na vivência escolar do aluno com diabetes. Poderão ser ofertadas ações presenciais e remotas (híbridas ou não) com utilização de recursos on-line mediados por tecnologias educacionais digitais em Ambientes Virtuais de Aprendizagem e plataformas digitais como: Google Meet, Google Classroom, Moodle, YouTube, Wordwall, Canva, Padlet, entre outras (SILVA, 2021b). Os recursos utilizados para os treinamentos incluirão oficinas on-line e/ou presenciais, jogos educativos, vídeos, dinâmicas em grupos e “roda de conversa on-line”. Textos educativos digitais mensais serão elaborados e enviados para a direção escolar encaminhar aos funcionários e outros aos pais dos alunos como forma de estimular vínculo e levar informação sobre o DM à família. Além disso, os conteúdos educativos digitais serão compartilhados nas redes sociais do projeto (Fanpage e Instagram do CRDE) e dos demais CRDEs. Os textos abordarão os seguintes conteúdos: a). Conceitos gerais em diabetes e obesidade: técnica de monitorização glicêmica; orientações sobre insulinas e aplicações de insulinas; conduta nas hipoglicemias (glicemia < 70 mg/dL, risco de morte da criança) e hiperglicemias (glicemia alta, uma situação de descontrole glicêmico que coloca em risco o bem-estar da criança); b). Alimentação: dieta saudável, desmistificação da alimentação para quem tem diabetes, importância do controle do peso; não exclusão de quem tem diabetes das atividades escolares como festas de aniversário, excursões etc.; c). Atividade física: importância na prevenção e no tratamento do diabetes; cuidados na prática de exercício com o aluno com diabetes; estímulo à prática de esportes como parte do tratamento. d). Direitos e deveres das escolas em relação ao diabetes. ORGANIZAÇÃO E FUNÇÕES DO CENTRO DE REFERÊNCIA DIABETES NAS ESCOLAS E DAS PARCERIAS NESTE PROJETO: a) Centro de Referência Diabetes nas Escolas da Santa Casa de BH: Manutenção ou novo cadastro de escolas para treinamento presencial na UFVJM; Avaliação do conhecimento prévio através de postagens, lives e vídeos; Orientações e treinamento on-line para os funcionários das escolas, professores e estudantes membros do GED-UFVJM; Disponibilização gratuita de acesso à plataforma de EAD com curso e materiais educativos para o GED se estruturar para o treinamento permanente dos membros do projeto e dos funcionários das escolas parceiras; Contato bimestral do centro com o GED e as escolas para esclarecimento de dúvidas e envio de atualizações, e feedback sobre o projeto; b). Centro de Referência Diabetes nas Escolas de Diamantina Manutenção e busca ativa por parcerias com novas escolas, recebimento e envio de cadastros das escolas para o CRDE de BH; Acolhimento dos funcionários das escolas para treinamento on-line nas escolas; Feedback dos treinamentos realizados pelo CRDE de Diamantina; Contato com o CRDE de BH sempre que necessário; Solicitação de material educativo do Centro de BH sobre bullying, alimentação, atividade física, etc; Elaboração de novos treinamentos para universitários, pais, professores, alunos e funcionários na escola, pelo menos uma vez ao ano e sempre que necessário; Produção e compartilhamento de material educativo digital nas redes sociais vinculadas ao projeto e materiais impressos para as escolas. Apoio aos treinamentos específicos para coordenadores de CRDEs do Brasil. Escolas Parceiras (se houver novas escolas interessadas no projeto após busca ativa ao longo de 2024): Atualização ou cadastro das escolas junto ao CRDE; Convite e cadastro dos funcionários para treinamento EAD (www.diabetesnasescolas.com.br) e/ou remoto pelo CRDE de Diamantina (Google Meet e WhatsApp); Feedback semestral do treinamento; Contato com o CRDE de Diamantina sempre que necessário; Solicitação de material educativo digital, notificação de suspeita de bullying ou cyberbullying e etc; Agendamento para treinamento remoto on-line de professores e demais funcionários da escola, pelo menos uma vez ao ano e sempre que necessário. Pais de crianças e adolescentes com diabetes: Estimular o contato com a escola solicitando treinamento de funcionários; Incentivo ao feedback aos CRDE de Diamantina e BH sobre ambiente escolar após capacitação das escolas; Relatar aos CRDE de Diamantina e de BH eventuais situações desfavoráveis à saúde da criança. Secretarias Municipais de Educação e de Saúde (Se houver demanda em 2024); - Autorizar e/ou mediar contato com as escolas solicitando treinamento de funcionários; - Autorizar e/ou mediar contato com os servidores públicos da educação e da saúde do município de Serro para treinamento e promoção do projeto junto às escolas deste municío; - Incentivar o feedback ao CRDE de Diamantina sobre ambiente escolar após capacitação das escolas; - Relatar aos CRDE de Diamantina e de BH eventuais situações desfavoráveis à escola, aos pais ou à criança, se houver. Além disso, serão promovidas discussões mensais no Grupo de Estudo do Diabetes (GED) para estreitar as relações e o vínculo entre os extensionistas e outros professores que trabalham com DM em ações de extensão, ensino e/ou pesquisa na graduação e na pós-graduação, além de profissionais externos à UFVJM. Ao longo do projeto, os extensionistas serão estimulados quanto ao potencial para publicação em livros e periódicos científicos nacionais e/ou internacionais para divulgação dos resultados e fortalecimento das suas habilidades científicas. Serão motivados à participação em eventos técnico-científicos locais, nacionais e/ou internacionais e a realização de relatórios semestral e final do projeto, bem como identificar as demandas de pesquisas na área e incentivar a integração da iniciação científica e da pós-graduação em futuras ações do CRDE. Serão respeitados todos os aspectos éticos, incluindo a prévia aprovação de projetos de pesquisa em interface com a extensão pelo CEP/UFVJM e a obtenção do Termo de Cessão de Imagem do público-alvo quando pertinente.

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Para a execução deste projeto serão necessários estudantes regularmente matriculados em qualquer um dos cursos de graduação e de pós-graduação da UFVJM nas áreas de saúde, educação, tecnologia da informação e áreas a fins, uma vez que esses cursos oferecem formação acadêmica no contexto da utilização de estratégias de educação em saúde e uso das tecnologias digitais na comunicação. Os estudantes extensionistas (bolsistas e voluntários) deverão buscar em livros, artigos, diretrizes da SBD, manuais do Ministério da Saúde e sites técnico-científicos da área, toda a fundamentação necessária para produção e utilização do material educativo do CRDE de Diamantina. Na sequência, os estudantes serão capacitados por docentes membros da equipe executora do projeto e especialistas em educação em diabetes, tecnologia e inovação na educação e em diferentes áreas de assistência à pessoa com DM (nutrição, enfermagem, atenção primária à saúde, odontologia, endocrinologia, farmácia etc.). Além disso, serão realizadas reuniões científicas mensais on-line com discussões de artigos, vídeos e relatos de experiência de profissionais para atualização, nivelamento do conhecimento e integração da equipe de extensionistas. Algumas reuniões terão a participação de coordenadores e membros de outros CRDEs para promover a integração e compartilhamento de vivências com o Projeto Diabetes nas Escolas. Ao final do projeto, os estudantes terão a oportunidade de elaborar resumos para apresentação em eventos da área e pelo menos um artigo científico e/ou capítulo de livro para publicação. Dessa forma, poderão aprender ou aprimorar a linguagem científica e acadêmica no contexto da Educação em Saúde com foco no DM. Os estudantes serão corresponsáveis pela preparação das atividades educativas digitais, treinamentos on-line e/ou presenciais que seguirão as diretrizes do CRDE de BH, juntamente com outros estudantes já inseridos em trabalhos de educação em DM no projeto vigente em 2023 e demais projetos executados pelos extensionistas docentes. Além disso, serão responsáveis pela elaboração de relatórios parcial e final, relatório de imagens do projeto exigidos pelo edital, podendo ainda, colaborar em pesquisa integradas ao CRDE de Diamantina. Os estudantes terão a oportunidade de enviar trabalhos e/ou participar de eventos, além de colaborar com o treinamento de futuros extensionistas a serem inseridos em outros projetos dessa linha de trabalho do GED ao longo do período de vigência das ações referentes ao Edital Pibex 01/2024 UFVJM. A avaliação dos extensionistas será realizada continuamente pelos coordenadores e demais docentes do projeto, pelos diretores das escolas parceiras e demais profissionais colaboradores. Para isso, serão realizadas reuniões com a diretoria de cada escola, discussões individuais e em grupo com a equipe executora, apresentações de resultados parciais e discussões nas reuniões científicas do GED, apresentação de resultados trimestrais do projeto, reavaliação das ações e propostas de melhorias para as etapas subsequentes até a conclusão do trabalho e elaboração do relatório final. Por fim, utilização de um formulário on-line com questões de autoavaliação.

1) Este projeto é vinculado ao Programa de Extensão 'Programa de atendimento nutricional – PROAN'. Registro Proexc nº: 050.1.088-2011. Diante da fundamental importância do plano alimentar e do estímulo às práticas alimentares de hábitos saudáveis no tratamento da pessoa com diabetes, a presente proposta inclui diretamente ações de educação alimentar para prevenção e controle do diabetes. Por isso justifica-se a vinculação deste projeto ao referido Programa de Extensão que é coordenado por um membro do presente projeto. 2) A presente proposta tem potencial para beneficiar diretamente mais de 500 funcionários e mais de cinco mil estudantes escolares e seus respectivos familiares vinculados às 07 escolas previamente parceiras ao CRDE de Diamantina. O público poderá atingir mais de 11 mil pessoas, considerando as escolas parceiras e os seguidores de suas redes sociais e daquelas usadas pelo projeto: CRDE de Diamantina (Facebook e Instagram). Serão beneficiados ainda, cerca de 10 discentes (bolsistas Pibex/Integração PROACE, Bolsistas CAPES de pós-graduação e voluntários) de diferentes cursos de graduação (FCBS e FAMED) e de pós-graduação (PPGCN, SaSA, PPGCS) da UFVJM. Eles serão qualificados e terão a oportunidade de aprimorar habilidades para o desenvolvimento de ações de extensão, ensino e aprendizagem em saúde, e pesquisa em interface com a extensão focadas no manejo do diabetes e na promoção da saúde. Alguns discentes estiveram e continuarão envolvidos com a interface de pesquisa do projeto de extensão, dando continuidade às publicações de produtos de uma dissertação de mestrado do PPGCN-UFVJM (SILVA, 2021) e às atividades de uma tese de doutorado no PPGCS-UFVJM e de uma Iniciação Científica FAPEMIG, todas com a finalidade de construção, adaptação cultural e validação de conteúdos educativos para utilização pela comunidade escolar do CRDE de Diamantina e de outras regiões do país. Os discentes estarão envolvidos em ações junto aos professores, funcionários internos e externos à UFVJM e receberão treinamento contínuo para elaboração de material educativo sobre saúde e DM. Isso poderá resultar diversos trabalhos técnico-científicos para divulgação em eventos locais, nacionais e/ou internacionais que enriquecerão a formação acadêmica e profissional dos extensionistas. Sete docentes da UFVJM, 01 da Santa Casa BH e 01 do CRDE da UFSB poderão ser beneficiados, visto que, ao orientarem os acadêmicos nas ações extensionistas, manter-se-ão atualizados no tema diabetes. Além disso, a experiência vivida nas ações poderá auxiliar quando eles estiverem lecionando conteúdos associados à interdisciplinaridade e ao tema em questão, uma vez que o DM é uma doença complexa e de causa multifatorial que envolve vários órgãos e sistemas do corpo humano, com impactos negativos em aspectos biopsicossociais, os quais são alvos de múltiplas abordagens profissionais nos cursos da saúde. A Universidade será beneficiada por ser mediadora de ações extensionistas que integram a educação básica, o ensino superior e a pós-graduação que ultrapassam as fronteiras locais na busca de soluções para o manejo de uma epidemia que é um problema mundial de saúde, o DM. Esta proposta tem estimulado e continuará o incentivo ao desenvolvimento de trabalhos em conjunto com prestadores de serviços em saúde e educação ao divulgar informações que poderão contribuir para minimizar o agravamento do estado de saúde de pessoas com diabetes dependentes dos serviços públicos de educação e de saúde. O CRDE da Santa Casa de BH, integrado a um hospital do SUS que é referência estadual, vinculado ao Instituto de Ensino e Pesquisa e parceiro da Sociedade Brasileira de Diabetes também será beneficiado, uma vez que representamos o marco da expansão do Projeto Diabetes nas Escolas para o Interior do país. Nosso trabalho tem sido compartilhado em revistas científicas, sites e eventos nacionais e internacionais. Com isso, outras instituições de ensino estão se espelhando na UFVJM para firmar novas parceiras com o CRDE de BH e com a SBD. Outro público indireto do projeto trata-se de milhares de internautas seguidores da ‘Momento Diabetes’, uma revista educativa de veiculação nacional , com publicação bimestral impressa e on-line. A revista tornou-se parceira do CRDE de Diamantina desde 2020, renovou sua parceria para 2024 e vem atuando em prol da educação em saúde da pessoa com diabetes no Brasil. Em suas redes sociais é frequente a divulgação do CRDE de Diamantina, ampliando nosso público e dando mais visibilidade ao projeto. Todas os nossos conteúdos educativos apresentam a logomarca da revista e reforça o apoio e credibilidade na pareceria. Os conteúdos educativos digitais produzidos pelo presente projeto serão cedidos gratuitamente a para as escolas e para todos os CRDEs do Brasil, estimulando a interação entre eles e contribuindo com a promoção e criação de novos CRDEs. Atualmente, os 25 CRDEs estão localizados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. O apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes com a honraria 'Selo Escola Amiga do Aluno com Diabetes' para as escolas que treinam seus funcionários dá visibilidade, credibilidade e torna a presente proposta inovadora e de credibilidade local, regional e nacional. Pelos motivos supracitados, justifica-se a continuidade do apoio da PROEXC concedendo aprovação a esta proposta submetida ao Edital Pibex 01/2024. Assim esperamos e agradecemos o apoio desde a criação da implantação do projeto na UFVJM em 2017.