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PREVENÇÃO DE SUICÍDIOS - TAREFA PARA MUITAS MÃOS
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
bruno henrique ribeiro
2024101202422370
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
grupos sociais vulneráveis
regional
Não
Membros
natalia caversani lemos arruda
Bolsista
lucas daniel cibolli roso
Voluntário(a)
salatiel oliveira batista
Voluntário(a)
luiza gomes pereira
Voluntário(a)
gabriel costa ribeiro
Voluntário(a)
thalis henriques andrade
Voluntário(a)
Divulgação de conhecimentos científicos, de forma ética, importantes para a prevenção de suicídios e de comportamentos autolesivos, através de capacitações, rodas de conversas e distribuição de cartilhas.
Prevenção, Suicídio, Autolesão
O suicídio é um importante problema de saúde pública global. Estima-se que cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, superando número de mortes por malária, HIV/AIDS, câncer de mama, guerra e homicídio (OMS, 2019). A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) aponta que o comportamento suicida é influenciado por questões multifacetadas como aspectos biológicos, psicológicos, ambientais e culturais. No entanto, o tema ainda é tratado como tabu em muitos lugares, sendo a prática inclusive ilegal em alguns países, o que leva a crer que esse número seja ainda maior, considerando-se a subnotificação e a classificação errônea das mortes por suicídio como acidentais (MINAYO; CAVALCANTE; SOUZA, 2006). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde de 2019, 97.339 pessoas morreram por suicídio nas Américas e as estimativa é de que as tentativas podem superar em 20 vezes este número (OPAS, 2021). O Brasil está entre os dez países com os maiores números absolutos de suicídio. Enquanto houve registro 36% na queda no número de casos de suicídio no mundo, na América do Sul foi registrado aumento de 17% entre 2000 a 2019, sendo o Brasil com o maior incremento. De 2010 a 2019 a taxa de crescimento de suicídios no Brasil cresceu 43%, alcançando a taxa de 6,7 por 100 mil habitantes (SOARES; STAHNKE; LAVANDOWSKI, 2022. Apesar dos números expressivos, é importante deixar claro que suicídios podem ser prevenidos (OMS, 2014). Já o comportamento autolesivo é relacionado ao ato deliberado de autolesão com consequências físicas e psicológicas para a pessoa (SANTOS; FARO, 2018). Apesar de subnotificado, há uma tendência crescente de notificação de casos desta conduta no ambiente escolar, indicando necessidade de articulação intersetorial para fortalecer a prevenção(ARAGÃO; MASCARENHAS, 2022). Um dos principais grupos de atuação nestes contextos são os profissionais de saúde, especialmente os ligados à atenção primária, que precisam estar preparados para lidar com indivíduos em risco, posto que são acessíveis à população e podem oferecer apoio continuado. No caso de pessoas que tentam o suicídio, a maioria é atendida em serviços de emergência, o que demonstra um grande potencial de intervenção para os profissionais dessa área. Porém, por falta de treinamento, o acolhimento adequado nem sempre acontece, permitindo a manutenção e até o aumento de casos (BOTEGA, 2014; MELLO-SANTOS; BERTOLOTE; WANG, 2005; OMS, 2014; VIDAL; GONTIJO, 2013). O contexto escolar e universitário são outros locais onde a prevenção ao suicídio e de comportamento autolesivo é imperativa, pois os alunos passam grande parte do tempo nestes ambientes. Crianças e adolescentes que passaram por situação de bullying ou cyberbullying sofrem traumas com reflexos psíquicos que podem aparecer até cinco anos após a violência sofrida (Ferreira, 2022). Daí, a importância em averiguar os dados e disponibilizar profissionais capacitados, que podem identificar diversos comportamentos de risco e intervir precocemente (PINHEIRO, 2015). Os cursos darão enfoque primordial em temas como a prevenção do suicídio e de condutas autolesivas, e suas representações na mídia e cultura. Tais atividades perpetuam e desenvolvem o debate sobre o tema, relacionando-o à atualidade e à história.
As várias definições da palavra suicídio contêm a ideia central relacionada ao ato de terminar com a própria vida (BOTEGA, 2015). A taxa global de mortalidade entre 2000 e 2019 caiu, alcançando uma diminuição de 36%, porém nas Américas, houve acréscimo de 17% no referido intervalo de tempo (OPAS, 2021). O índices de suicídio são maiores entre os homens (12,6 para cada 100 mil), do que entre as mulheres (5,4 para cada 100 mil), com destaque para pessoas idosas em quase todas as regiões do mundo, que tem se apresentado como um importante grupo etário com vulneralibidades no campo da saúde mental (GOMES DE MELO SANTOS, 2019; OPAS, 2021). Há também uma tendência de aumento de tentativas de suicídio por parte de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), tornando-se a quarta principal causa de morte entre eles (OPAS, 2021). Além disso, para cada suicídio consumado, há muitas outras pessoas que o tentam e são impactadas, além do fato de tentativas anteriores serem os fatores de risco mais importantes para a realização propriamente do ato na população geral (OMS, 2018). Estima-se que o quantitativo de tentativas de suicídio supere cerca de dez vezes o número de mortes por suicídio (BOTEGA, 2015). Apesar de sua relevância, o tema ainda é um tabu, sendo um assunto no qual as pessoas preferem não falar (TRIGUEIRO, 2018). Diante disto é importante haver não apenas a divulgação e debate abordando as várias áreas da suicidologia, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000) para a Mídia, mas também capacitar os profissionais juntamente com os demais atores sociais, para que possam contribuir e impactar na detecção e prevenção de novas ocorrências destes comportamentos. Entre os profissionais podemos citar especialmente profissionais e estudantes da área da saúde, bombeiros militares, policiais civis e militares, por serem profissionais que prestam o primeiro atendimento a indivíduos que tentaram suicídio, podendo assim impedir de forma segura a consumação deste ato, e apresentaram maior probabilidade de exercer contato com populações de risco. Outros grupos de importância são o de educadores, que estão em contato direto com jovens e adolescentes, grupo também de risco para suicídio, além de crianças, possibilitando atuar na prevenção primária destes, e também os de líderes espirituais e assistentes sociais. Espera- se que com a comunidade em geral capacitada haja mais possibilidade de mais indivíduos poderem atuar na promoção da saúde mental e na na prevenção de comportamentos suicidas e autolesivos. Ainda é necessário inferir que “a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) é a maior emergência de saúde pública que a comunidade internacional enfrenta em décadas” (SCHMIDT et al., 2020, p.1). Dessa maneira, o estado pandêmico pode promove impactos na vida daqueles que são afetados direta ou indiretamente, principalmente quanto a saúde mental, podendo agravar os quadros relacionados a tentativas de suicídio e autolesão (CRUZ et al., 2020). Os aspectos aos quais poderiam ser notados possíveis aumentos aos casos e tentativas seriam principalmente vinculados ao isolamento social, este que dificulta a interação dos indivíduos. Outros possíveis de estimulação são: a insegurança social e econômica aumentada durante a crise epidemiológica; ansiedade; preocupação e maior ingestão de bebidas alcoólicas ligadas ao distanciamento social; diminuição do acesso a consultas e serviços de saúde mental; e o estresse, juntamente a insegurança dos profissionais de saúde atuantes nas linhas de combate ao COVID-19 (CRUZ et al., 2020). Os cursos de Prevenção de Suicídios vêm sendo oferecidos há alguns anos em Diamantina e municípios vizinhos. No entanto, existe ainda uma grande parcela de indivíduos que ainda não participaram destes, uma vez que é importante considerar que a população universitária na cidade é rotativa. E, no caso daqueles que participaram de atividades ligadas à suicidologia, são necessárias oportunidades de reforço e atualização dos conceitos e discussões de situações vivenciadas na prática. Os profissionais atuantes na atenção primária e no serviço de emergência da cidade e região são um público cujo acesso contínuo às capacitações é de importância crucial, posto que estão em contato direto com a comunidade e com casos de tentativa de suicídios, bem como comportamentos autolesivos em indivíduos em risco. Da mesma forma, profissionais da segurança pública são um público chave; que igualmente podem ser beneficiados pelas capacitações. Embora a carga horária de cada curso seja pequena, estimada em oito horas, a promoção dessa atividade pode ser literalmente a diferença entre a vida e a morte, possibilitando a redução dos índices de suicídio que só não são mais alarmantes devido à grande subnotificação deste fenômeno, tema referido anteriormente e tratado, especialmente em capacitações que envolvem profissionais médicos. Além dos cursos de prevenção, pretende-se ampliar as ações desenvolvidas pelo grupo. Rodas de conversas breves tratando do suicídio e suas representações na mídia, cultura e sociedade serão promovidas como forma de continuar o debate sobre o tema, relacionando-o à atualidade e à história. Exemplos de temas que serão debatidos nessas reuniões com a comunidade, de acordo com o grupo, são a série televisiva de grande audiência 13 Reasons why (2017-2020) e o livro O Suicídio, Durkheim (2002). Ainda, serão promovidos cursos relacionados especificamente à autolesão sem intenção suicida, que podem aumentar o risco de desenvolvimento de comportamento suicida (GUERREIRO e SAMPAIO, 2013). As atividades envolvem conceitos discutidos nas aulas de Psicologia no módulo de Desenvolvimento Pessoal (referente ao curso de Medicina) e possibilitará o crescimento, reflexão e ampliação de conhecimentos específicos e direcionados à suicidologia em geral, com enfoque nas áreas de autolesão e comportamento suicida a todos os estudantes e demais sujeitos envolvidos nesta. Caso haja discentes voluntários de outras áreas de conhecimento, os mesmos receberão as informações necessárias para o desenvolvimento das práticas propostas e assim será trabalhado o olhar interdisciplinar sobre a temática. Ressalta-se ainda, em consonância com a Política de Extensão da UFVJM (2009), a promoção das diretrizes como a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pilares fundamentais para a formação profissional e que serão incentivados aos discentes participantes. Além disso, sem dúvidas, este projeto causa impacto e transformação social, pois pessoas com as mais diversas vulnerabilidades serão atendidas direta e indiretamente pelos participantes. E há promoção de interação social, uma vez que a troca de saberes será sistematizada pelo grupo abordando o conhecimento acadêmico/científico e valorizando o conhecimento popular sobre temas da suicidologia. Em decorrência das novas ferramentas virtuais adquiridas após a pandemia de COVID-19, os encontros poderão ocorrer de forma online e remota, uma vez que implica em facilidade para acesso dos participantes, podendo alcançar público diverso e de outras regiões do Vale Jequitinhonha e do estado de Minas Gerais.
Gerais 1. Capacitar, por meio de cursos, profissionais e estudantes da saúde, educadores, bombeiros militares, policiais civis e militares, líderes espirituais, e demais grupos de pessoas interessadas para que possam lidar e conciliar, direta ou indiretamente, situações com indivíduos que apresentam comportamentos e/ou intenções suicida e autolesiva para a prevenção e remediação desses fenômenos. 2. Realizar palestras, rodas de conversa e eventos que tenham o suicídio e/ou a autolesão como focos da abordagem multidisciplinar. 3. Conscientizar a população do município de Diamantina e Região à respeito da necessidade de discutir e prevenir ações e comportamentos suicidas e autolesivos. 4. Permitir a multidisciplinaridade dentro da comunidade acadêmica, de diversas áreas e cursos de graduação, do Vale do Jequitinhonha para discutir, conhecer a suicidologia e repercutir ações de proteção àqueles que precisam. Específicos 1. Promover discussões abertas às comunidade acadêmica e externa abordando o suicídio e autolesão, bem como maneiras de lidar e prevenir, contextualizando-os de acordo com tempos históricos e atuais nas sociedades em geral; 2. Orientar os participantes dos cursos de prevenção ao suícidio especialmente a respeito de: Fatores de risco (como reconhecê-los e modificá-los) e protetores; Grupos de maior ocorrência; Mitos; Como reconhecer e agir diante de alguém em risco de suicídio ou de um sobrevivente. 3. Orientar os participantes dos cursos de autolesão a respeito de: Fatores desencadeantes e preventivos; Público de maior ocorrência; Identificação do comportamento; Abordagem holística e humanizada aos indivíduos com tais práticas; 4. Oferecer atividades de posvenção (prevenção direcionada a grupos em que se ocorreu algum suicídio), especialmente na forma de rodas de conversa. 5. Permitir aos discentes envolvidos a oportunidade de estudar sobre os temas ligados à suicidologia e promover a interdisciplinaridade e interação social dos mesmos com outros membros da comunidade acadêmica. 6. Desenvolver nos discentes habilidades e competências profissionais como liderança, tomada de decisão, trabalho em equipe e outras.
Oferecer o curso para, ao menos, representantes de quatro instituições diferentes, além de um curso aberto à comunidade em geral. Espera-se capacitar diretamente um número igual ou superior a 300 pessoas, o que possibilita estimar que o público atingido, indiretamente (ou seja, estudantes, pacientes, cidadãos atendidos pelas forças de segurança, membros de diferentes grupos religiosos, bem como as demais pessoas que interagem com os cursistas) seja superior a 1000 pessoas no total. Além disso, haverá distribuição de cartilhas de prevenção de suicídios, no formato impresso e/ou digital.
As oficinas de capacitação vêm sendo oferecidas há vários anos, com boa receptividade entre os participantes. Tem duração média de oito horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. Costumam ser abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng, Autolesão e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes e moderadores. As temáticas são trabalhadas da seguinte forma: Dinâmicas, as quais têm a finalidade de integração e interação entre os participantes e palestrantes visto que há certo grau de tabu em torno do tema ao ser discutido em âmbito social; Apresentações teóricas e interativas sobre os comportamentos suicidas em geral, o tratamento dado às pessoas antes ou mesmo depois de realizar uma tentativa, caso ela ocorra, tal e qual identificar sinais, grupos de risco e agir sobre eles; Discussões a respeito dos temas, de acordo com a demanda de cada grupo. Também serão promovidos outros eventos sobre o mesmo tema em perspectivas diferentes, a fim de convidar novos profissionais para compartilharem suas ideias e experiências, ampliando e enriquecendo a discussão sobre suicídio e conduta autolesiva. Será incentivada a participação de discentes voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM a fim de promover a interação social e possibilitar uma perspectiva interdisciplinar em consonância com os eixos da extensão universitária. Ademais, é incentivado que os mesmos interajam constantemente entre si, bem como com docentes e servidores técnico-administrativos, pois todos os membros da comunidade acadêmica podem contribuir na formação desse estudante. Ao final das atividades realizadas será distribuído um formulário, que deve ser preenchido anonimamente a fim de avaliar a condução dos trabalhos e temática e sobre o nível de conhecimento adquirido, permitindo deste modo, a reorganização dos temas e abordagens, quando necessário. Após cada evento/atividade haverá emissão de certificados aos participantes. Semanalmente os participantes realizarão reuniões para planejamento, avaliação, estudo e discussão de casos referente aos temas trabalhados. Os discentes participantes escreverão, ao final do período do projeto, um relato de experiência para publicação em revista/anais de extensão/eventos de divulgação científica, buscando contribuir com os demais interessados em realizar e participar de projetos de extensão universitária pautados nas áreas de saúde mental e suicidologia, bem como promover e divulgar a disseminação do conhecimento acadêmico. Vale ressaltar ainda, que os aspectos éticos serão observados durante toda a execução do projeto. Em virtude do retorno após a pandemia da Covid-19, as atividades propostas serão adaptadas para ocorrerem de forma remota, através de plataformas virtuais, ou de forma presencial, caso as condições sanitárias e de disponibilidade de espaço físico sejam favoráveis.
ARAGÃO, C. de M. C. de e MASCARENHAS, M. D. M. Tendência temporal das notificações de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar, Brasil, 2011-2018. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. v .31, n.1, 2022. BOTEGA, N. J. Crise Suicida: Avaliação e Manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015. 302p. BOTEGA, N. J. Suicidal behavior: Epidemiology. Psicol. USP, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 231-236, Dez. 2014. CRUZ, R. M. et al. COVID-19: emergência e impactos na saúde e no trabalho. Rev. Psicol., Organ. Trab., Brasília, v. 20, n. 2, p. I-III, 2020. DURKHEIM, Émile. O Suicídio. São Paulo: Martim Claret, 2002. FERREIRA, H. M. A geração do Quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar. Rio de Janeiro: Record, 2022. 152 p. ISBN 978-65-5587-394-8. FIGUEIREDO, A. E. B. et al. Impacto do suicídio da pessoa idosa em suas famílias. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 1993-2002, 2012. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800010&lng=pt&nrm=iso. GOMES DE MELO SANTOS, Erick Daniel et al. Suicídio entre idosos no Brasil: uma revisão da literatura nos últimos 10 anos. Psicologia, Conhecimento e Sociedade , [Sl], v. 9, n. 1 pág. 258-282, maio de 2019. ISSN 1688-7026. Disponível em: https://revista.psico.edu.uy/index.php/revpsicologia/article/view/486/386. GUERREIRO, Diogo Frasquilho; SAMPAIO, Daniel. Comportamentos autolesivos em adolescentes: uma revisão da literatura com foco na investigação em língua portuguesa. Rev. Port. Sau. Pub., Lisboa, v. 31, n. 2, p. 204-213, dez. 2013. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-90252013000200009&lng=pt&nrm=iso MELLO-SANTOS, C. de; BERTOLOTE, J. M.; WANG, Y. Epidemiology of suicide in Brazil (1980 - 2000): characterization of age and gender rates of suicide. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 27, n. 2, p. 131-134, 2005. MINAYO, M. C. de S.; CAVALCANTE, F. G.; SOUZA, E. R. de. Methodological proposal for studying suicide as a complex phenomenon. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 8, pág. 1587-1596, 2006. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Informe mundial sobre salud mental: transformar la salud mental para todos. Panorama general. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2022. 28 p. Disponível em: https://www.who.int/es/publications/i/item/9789240050860. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Organização Pan-Americana de Saúde. Folha informativa - Suicídio, 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:folha-informativasuicidio&Itemid=839. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Organização Pan-Americana de Saúde. Uma pessoa morre por suicídio a cada 40 segundos, afirma OMS, 2019. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6017:suicidio-uma-pessoamorre-a-cada-40-segundos-afirma-oms&Itemid=839. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia. Genebra, 2000. 10 p. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Preventing suicide: A global imperative. Geneva, 2014. 92 p. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/preventing-suicide-a-global-imperative. OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Suicide worldwide in 2019: global health estimates. Genebra: World Health Organization, 2021. 35 p. ISBN 9789240026643. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643. OPAS - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Após 18 meses de pandemia de COVID-19, OPAS pede prioridade para prevenção ao suicídio, 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-9-2021-apos-18-meses-pandemia-covid-19-opas-pede-prioridade-paraprevencao-ao-suicidio. OPAS - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. 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Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/56863/v46e2122022.pdf?sequence=5&isAllowed=y. TRIGUEIRO, A. Viver é a melhor opção: a prevenção do suicídio no Brasil e no mundo. 4. ed. São Bernardo do Campo: Correio Fraterno, 2018. VIDAL, C. E. L.; GONTIJO, E. D. Tentativas de suicídio e o acolhimento nos serviços de urgência: a percepção de quem tenta. Cad. saúde colet., Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 108-114, 2013. 13 REASONS WHY. Produção de Joseph Incaprera. Realização de Netflix. EUA, July Moon Productions 2017. 49 episódios com 45-98 min, son., cor. Série exibida pelo Netflix.
Os estudantes engajados no projeto terão a função de preparar e auxiliar no desenvolvimento das oficinas, devendo sempre buscar atualizações científicas na literatura sobre os temas e assuntos trabalhados. Eles também poderão entrar em contato com os grupos que serão capacitados, além de procurar os locais para a realização das oficinas e providenciar os materiais e certificados de conclusão dos eventos realizados. Será incentivada a participação de discentes voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM para que possa haver interação e integração, ampliando a visão interdisciplinar sobre a temática. A equipe de coordenação supervisionará e discutirá todas as atividades com os estudantes envolvidos (bolsista e voluntários), buscando o alinhamento do conhecimento e promovendo as competências e habilidades como comunicação, liderança e tomada de decisão. Assim, tanto as metodologias como os conteúdos serão trabalhados com todos, permitindo que possam, futuramente, atuar em conjunto na prevenção de suicídios, bem como tenham um olhar integral e humanizado sobre o paciente e saibam conduzir atividades com grupos. Os estudantes, no caso da saúde, como futuros profissionais, terão a possibilidade de, ao longo da graduação, uma preparação adequada ao realizar intervenções que possam proporcionar a superação de eventos traumáticos e evitar o comportamento suicida (FIGUEIREDO et al., 2012). O bolsista será acompanhado quanto ao seu interesse, iniciativa, pontualidade, organização e atuação nas oficinas em acordo com as datas acordadas com os grupos. O projeto será avaliado por meio de uma ficha de avaliação, preenchida anonimamente pelos participantes, o que permitirá a manutenção e reestruturação das diretrizes estabelecidas, quando necessárias. Este instrumento será consolidado, organizado e analisado por toda equipe e permitirá aos discentes conhecimento nas áreas de criação de banco de dados e análises estatísticas. Ao final de todos os 12 meses, será apresentado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura uma produção audiovisual em vídeo e documentário, demonstrando as atividades promovidas pelo projeto, juntamente com os depoimentos do bolsista, do coordenador e dos beneficiários. Além de um relato digital com fotos.
Como colocado na justificativa deste projeto, há uma expectativa de uma maior risco ao suicídio e comportamentos de autolesão devido à pandemia do Covid-19 e a Organização Mundial de Saúde aponta que sejam priorizadas ações para minimizar mortes por esta causa. Os currículos acadêmicos tem pouca abordagem sobre esse tema e sentimos necessidade de ampliação de conhecimento nesta área. O Grupo de trabalho, realiza atividades na área de prevenção de suicídios desde 2006, sendo diversas vezes contemplado em editais PIBEX, os quais financiam a disseminação de conhecimento adequado sobre os temas da suicidologia, não só em Diamantina, mas em diversas cidades da região e até mesmo em outros estados da federação. É com este recurso que imprimimos nossas cartilhas, sendo que quando não contamos com este, os participantes ficam sem o material impresso, o que restringe as informações passadas somente `aqueles que participaram das atividades, não oportunizando aos familiares, amigos e outros que tenham acesso ao nosso material.
Público-alvo
Profissionais e estudantes da saúde, educadores, bombeiros militares, policiais civis e militares, líderes espirituais e outros grupos de pessoas que possam lidar com indivíduos que apresentam comportamentos e/ou intenção suicida ou de autolesão.
Familiares, amigos, colegas de trabalho e outros que possam ser informados pelos participantes sobre a temática abordada nas atividades.
Municípios Atendidos
Diamantina
Unaí
Janaúba
Teófilo Otoni
Carbonita
Parcerias
:Divulgação de ações entre profissionais da área de saúde do município, articulação para execução de atividades presenciais no município com oferecimento de transporte e local de realização.
Cronograma de Atividades
A equipe se reunirá semanalmente para realizar planejamento e avaliação das ações
Atualização de cartilhas e materiais a serem utilizados nas oficinas e capacitações.
A capacitação tem duração média de 8 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. São abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada ao uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer nos meses de Abril, Junho e Novembro de 2024.
Elaboração de materiais a serem utilizados nas oficinas, como slides, dinâmicas, modelos de convites.
A capacitação tem duração média de 4 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 2 horas. São abordados temas relacionados à autolesão sem intenção suicida e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada para uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer no mês de Maio de 2024.
O planejamento e organização das ações do Setembro Amarelo ocorrerá nos meses de julho e agosto de 2024. Em Setembro os integrantes do Grupo participarão de eventos relacionados ao mês de prevenção ao suicídio e realizarão atividades afins ao tema como roda de conversa, Lives Virtuais, Curso, e outras. No mês de outubro haverá avaliação das atividades realizadas e encaminhamento dos certificados.
O bolsista elaborará o relatório no mês de julho de 2024 e no mês de janeiro de 2025, conforme edital.
Em atendimento ao item 16.5 do EDITAL PROEXC Nº 01/2024- PIBEX haverá produção de um documentário em vídeo do projeto