Visitante
Longeviver
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
priscila regina lopes
2024101202444724
departamento de educação física
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
cultura
grupos sociais vulneráveis
local
Sim
Membros
sandra regina garijo de oliveira
Vice-coordenador(a)
claudia mara niquini
Voluntário(a)
juliana nogueira pontes nobre
Voluntário(a)
gustavo alves de macedo
Bolsista
giovana vitoria otoni batista
Voluntário(a)
O projeto de extensão “Longeviver” tem como proposta desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). O principal objetivo é contribuir para que o cotidiano dos sujeitos que lá habitam seja mais ativo por meio da prática gímnica, promovendo atividades corporais que estimulem a autonomia e independência, a melhoria das condições físicas, o divertimento, emoções positivas, o aumento da autoestima e boas interações sociais. Pretendemos atender cerca 80 idosos com atividades que serão desenvolvidas nos espaços das ILPIs Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio.
Ginástica para Todos, ILPIs, idosos, saúde.
O projeto de extensão “Longeviver” tem como proposta desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para a idosos residentes nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) da cidade de Diamantina, MG. Em atuação desde o ano de 2022, cerca de 80 idosos residentes nas ILPIs Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio já foram atendidos, envolvendo a participação de mais de 50 estudantes dos cursos de Educação Física, Odontologia e Fisioterapia da UFVJM que atuaram como monitores e voluntários das ações de extensão, pesquisa e ensino. O Estatuto do Idoso do Ministério da Saúde brasileiro considera idoso as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2013). Uma das principais conclusões do Censo Demográfico de 2022 é de que o Brasil está envelhecendo (IBGE, 2023). Segundo o instituto, o país chegou a 203,1 milhões de habitantes; em números absolutos, de 2012 a 2021, o número de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 22,3 milhões para 31,2 milhões. O processo de envelhecimento decorre no declínio das funções orgânicas com possíveis consequências para uma ou mais dimensões da vida – relacionais, comunicacionais, emocionais, de mobilidade, econômicas, culturais, fisiológicas – (MARTINS, 2016). Trata-se de um caminho contínuo acompanhado de alterações naturais, um processo orgânico da vida humana (OMS, 2005). Nesse sentido, deve-se considerar natural que alguns idosos percam a dependência para realizar atividades básicas do cotidiano e autocuidado, fato que acarreta a no aumento da carga de cuidados por parte da família (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019). Muitas famílias, por diferentes motivos, não dão conta de arcar com todos os cuidados e atenção que idosos com níveis avançados de fragilidade e vulnerabilidade necessitam devido a alterações patológicas, nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Logo, em tais contextos, as ILPIs são uma alternativa para o acolhimento de idosos com diferentes tipos de comprometimentos (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019; SILVA et al., 2021). As ILPIs são instituições governamentais ou não, popularmente conhecidas como asilos, destinadas ao domicílio coletivo de idosos que são mais dependentes, para fornecer cuidados com ou sem suporte familiar (ANVISA, 2021; SILVA et al., 2021). A falta de interação com o mundo externo em idosos institucionalizados limita as relações com amigos e familiares, fato que pode fazer com que os sujeitos percam sua identidade social. Assim, faz-se necessário um suporte multiprofissional que ofereça não só diagnósticos e tratamentos adequados para esses idosos, mas também, e, em especial, atividades que estimulem aspectos cognitivos, motores e emocionais que promovam a autonomia, a relação interpessoal e a qualidade de vida (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019). A GPT é uma ginástica que possibilita aos praticantes trabalharem com a simplicidade de movimentos, favorecendo a ludicidade, a inclusão, a participação irrestrita e o prazer pela prática (AYOUB, 2007), se apresentando como uma prática corporal que se adapta às especificidades dos idosos residentes em ILPIs. Diante dos resultados obtidos durante o período em que o projeto “Longeviver” tem sido desenvolvido em Diamantina, acreditamos ser pertinente a continuidade das ações no sentido de contribuir com a qualidade de vida do público participante.
Diferentes pesquisas sobre ILPIs ressaltam suas condições precárias no Brasil e denunciam a influência de aspectos negativos nos idosos institucionalizados, devendo ser a última opção a ser considerada, pois o isolamento e a inatividade dos sujeitos são quase inevitáveis nesses espaços (FAGUNDES et al., 2017; POLLO; ASSIS, 2019; STROPARO; EIDAM; CZAIKOVSKI, 2020; STUCCHI, 2023). Inúmeras regras caracterizam a rotina das ILPIs que, embora necessárias para seu funcionamento adequado, são determinadas por relações hierarquizadas e, muitas vezes, são consideradas opressivas, pois estabelecem uma rede que reforça a dependência e limita a autonomia dos idosos (FURTADO; VELLOSO; GALDINO, 2021). Antes de ser institucionalizado, o idoso construía sua vida em diálogo com a família e a sociedade, de forma independente e com dinâmicas próprias. Ao ingressar na ILPI, é necessário reinventar o seu viver, associado, agora, ao afastamento familiar e social e dentro das regras institucionais, o que limita ainda mais a sua produtividade e o faz dependente dos profissionais (GOFFMAN, 2003). Corroboramos os pressupostos de autores que defendem a ideia de que “[...] a institucionalização pode ser mais humanizada e funcionar de forma menos rígida, a fim de que esses locais percam o estereótipo de sombrios depósitos de velhos” (STROPARO; EIDAM; CZAIKOVSKI, 2020; p. 47958). Faz-se necessário um suporte multiprofissional que ofereça diagnósticos e tratamentos adequados para os idosos residentes em ILPIs e, em especial, atividades que auxiliem o desenvolvimento de aspectos sociais e de saúde, contribuindo para o estímulo à autonomia, relações interpessoais e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida (COSTA; SOUZA; AMPARO, 2018; GONÇALVES; SOUSA; FERREIRA, 2019; PARISI; LIMA; HERINGER, 2019; SILVA et al., 2021). Dentre as possibilidades de práticas corporais que podem ser desenvolvidas em ILPIs, destacamos a GPT devido a sua característica de adaptação para os diferentes públicos abordando uma diversidade de conteúdos. Sua base é o movimento gímnico: todos os movimentos com ou sem a utilização de aparelhos/equipamentos, característicos dos diferentes tipos de ginásticas. No entanto, elementos de outras manifestações são incorporados na prática, tais como os da cultura corporal (jogos, esportes, lutas, etc.), artística (dança, teatro, artes plásticas, etc.) e popular (contos, festas, costumes, etc.). O diálogo entre a ginástica e as demais manifestações presentes nas relações humanas é proporcionado a partir das características e desejos do grupo social que pratica a GPT, ressaltando a identidade do coletivo e dando um novo significado aos elementos culturais utilizados (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Os movimentos trabalhados são diversos e podem ser transformados em gestos adaptados a partir das características dos praticantes. Não há regras pré-estabelecidas para desenvolver a GPT, tais como tipos de movimentos, de materiais (que podem ser equipamentos oficiais ou materiais alternativos construídos), estilos musicais, quantidade de participantes, níveis de habilidade, etc. Todo seu conteúdo pode ser planejado para se adequar às demandas do grupo social que a pratica (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). A coletividade é essencial, não há prática sem interação interpessoal, colaboração, comunicação e compartilhamento de saberes (MENEGALDO; BORTOLETO, 2020). Tais aspectos contribuem para que os praticantes se tornem protagonistas de sua própria prática (AYOUB, 2007). Inúmeras experiências com a GPT para idosos são desenvolvidas em diferentes partes do Brasil: Centro Educacional Unificado Alvarenga – São Paulo/SP, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Prefeitura Municipal de Araraquara – São Paulo/SP, Serviço Social do Comércio – SESC/SP (diversas unidades), Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Goiás e na própria UFVJM (SILVA, 2020). Tais experiências, analisadas em pesquisas, apontam aspectos que fomentam, sobremaneira, uma melhor experiência na velhice como, por exemplo, o aumento da socialização, a constituições de novas amizades, a melhora no relacionamento familiar, a sensação de pertencimento a um grupo, o estímulo à diversão, ao bom humor, ao autocuidado, à autonomia, etc. (BONFIM et al., 2020; LIMA; NASCIMENTO; LEMOS, 2018; LOPES et al., 2020; LOPES; SANTOS, 2021; MORENO; TSUKAMOTO, 2018; SILVA, 2020; SIMÕES; CARBINATTO, 2016). No entanto, as publicações que dissertam sobre a GPT no contexto de ILPIs correspondem à pesquisas realizadas pela UFVJM (BATISTA et al., 2022; MACEDO et al., 2023), o que torna nossa universidade pioneira nesse campo de conhecimento. Em 2022, o projeto “Longeviver” foi realizado com o título “Ginasticando na maturidade”, vinculado como subprojeto do projeto “Melhor Idade”, desenvolvendo a prática da GPT nas ILPIs de Diamantina Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanam. No início das ações, muitos idosos resistiram à participação nas atividades propostas pela necessidade de sair da cama e/ou se levantar da cadeira. Nos pareceu que a ideia de “ser incapaz”, “não ter idade” ou “não dar conta desse tipo de prática” era o motivo da recusa. Isso fez com que a equipe fosse adequando as atividades às necessidades e limitações de cada idoso a partir da observação e dos relatos deles sobre o que conseguiam ou não fazer, os tipos de movimentos e músicas que mais gostavam, materiais que tinham interesse etc. Nos atentamos para inclusão daqueles que se comunicam de forma limitada, não andam ou não movimentam certos membros e priorizamos atividades lúdicas que provocavam o riso e a interação pessoal. Zelamos para atitudes carinhosas, como o olhar nos olhos, conversar sobre diversos assuntos, entre outras formas de promover a relação afetiva tão importante para idosos que residem em ILPIs (BATISTA et al., 2022). Em 2023, vinculado ao edital PIBEX, o projeto deu continuidade as ações nas ILPIs com uma metodologia mais consolidada, agora com foco maior para atividades que estimulem a autonomia dos residentes para que possam desenvolver maior independência em seu cotidiano (MACEDO et al., 2023) Diante do exposto, acreditamos que o projeto de extensão “Longeviver” está construindo ações viáveis perante as especificidades das instituições e características dos idosos residentes nas ILPIs. Os desafios enfrentados no cotidiano dos encontros estão auxiliando o desenvolvimento de uma proposta metodológica viva e dinâmica, tornando possível a GPT no contexto das ILPIs. Ademais, para além dos aprendizados acadêmicos sobre o trabalho com os saberes gímnicos, estamos ampliando nossa visão sobre o envelhecimento, quebrando preconceitos e nos tornando pessoas mais sensíveis em relação à importância do cuidado e carinho com os idosos, pois, afinal, envelhecer é um processo natural e espera-se que todos nós passemos por isso.
O projeto de extensão “Longeviver” tem como objetivo principal contribuir para melhoria da qualidade de vida de idosos residentes em ILPIs de Diamantina por meio da prática da GPT, promovendo atividades que estimulem a autonomia e independência dos sujeitos. Como objetivos específicos, pretendemos: Propor ações de GPT que promovam a melhoria da qualidade de vida dos idosos residentes nas ILPIs; Desenvolver atividades que estimulem autonomia dos extensionistas; Valorizar os saberes que os extensionistas possuem, envolvendo-os na criação de movimentos inspirados nas atividades presentes no seu cotidiano, assim como em suas histórias de vida; Contribuir para a formação continuada de docentes e discentes da UFVJM para desenvolverem a GPT para pessoas residentes em ILPIs; Divulgar pesquisas produzidas pela equipe executora nos campos de conhecimento envolvidos no projeto de extensão.
Promover a participação de 80 idosos (cerca de 40 idosos em cada ILPI – Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio) como extensionistas do projeto; Desenvolver 80 aulas-encontro (com periodicidade semanal ao longo do ano) para a prática de GPT; Aprimorar o conhecimento pedagógico e filosófico da equipe executora do projeto em relação ao desenvolvimento da GPT para o público residente em ILPI; Produzir pelo menos duas pesquisas relacionadas ao projeto; Participar de eventos científicos para apresentar as pesquisas produzidas durante o projeto; Realizar parcerias com outros projetos de extensão da UFVJM e de outras universidades brasileiras; Realizar parcerias com instituições e profissionais que desenvolvem atividades em ILPIs na região de abrangência da UFVJM; Promover e participar de ações de extensão relacionadas ao projeto para a comunidade em geral (cursos de curta duração, oficinas, palestras, apresentação de coreografia etc.).
O projeto “Longeviver” compreenderá o desenvolvimento de aulas-encontros semanais, uma vez por semana em cada uma das ILPIs – Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanam. O planejamento das aulas-encontros ocorrerá em reuniões semanais, na qual discentes bolsistas e voluntários realizarão estudos sobre temáticas relacionadas ao projeto em conjunto com a docente coordenadora e colaboradores do projeto. Também será realizada avaliação processual com o intuito de verificar se os objetivos estabelecidos para cada aula-encontro estarão sendo atingidos no decorrer do projeto. Antes de iniciar o projeto, a equipe de planejamento (coordenadora, colaboradores e monitores) passará por uma oficina de formação sobre o desenvolvimento da GPT em ILPIs com a participação de estudantes e professores que atuaram no projeto realizado na UFVJM em 2022 e 2023, na qual serão abordados temas essenciais para a efetivação das ações. Também faremos uma visita às ILPIs para conhecer os idosos institucionalizados e os funcionários que lá trabalham no intuito de entender a realidade dos espaços, diagnosticar as condições de saúde dos participantes e quais são os conhecimentos prévios dos sujeitos sobre as práticas corporais, identificando seus gostos e predileções. A Federação Internacional de Ginástica (FIG), órgão que regulamenta a modalidade em nível mundial, compreende a GPT na esfera do lazer, sugerindo que sejam considerados quatro princípios para o seu desenvolvimento: os movimentos básicos que são comuns a todas as práticas gímnicas, o condicionamento físico, a diversão e a interação entre os praticantes, o que potencializa o relacionamento social (FIG, 2019). Ademais, a modalidade também se caracteriza pelo desenvolvimento de 11 fundamentos, quais sejam: a base na ginástica, a composição coreográfica, o estímulo à criatividade, o numero indefinido de participantes, a liberdade de vestimentas, a possibilidade de uso de materiais, a diversidade musical, inserção de elementos da cultura, a não competitividade e favorecimento da inclusão, o prazer pela prática, a formação humana (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Sendo assim, tal referencial será utilizado como base para a organização da estrutura das aulas-encontro, sendo os conteúdos determinados de acordo com os interesses e desejos dos extensionistas, respeitando as potencialidades e limitações individuais de cada um. O projeto será desenvolvido nas dependências das ILPIs, com uma dinâmica divida em cinco momentos: 1o momento: todos os idosos serão convidados para participarem das atividades. Com o material selecionado para o dia em mãos e muita animação, monitores e docentes abordarão todos os idosos que estiverem acordados e, aqueles que aceitarem participar, serão direcionados para uma área reservada para o projeto, organizados, geralmente, sentados de forma que todos consigam se observar. 2o momento: iniciaremos a preparação corporal com um aquecimento que, embora envolva exercícios leves, deverá ser bem ativo para que os idosos se sintam animados para as próximas propostas. Trabalhamos com “A diversidade musical” estimulando a escolha das canções preferidas, indicadas pelos idosos em todas as atividades no decorrer do encontro. 3o momento: com todos aquecidos, entregaremos o material do dia e estimularemos sua identificação por meio de perguntas geradoras: “Vocês conhecem esse material? Já viram algo parecido? Sabem o nome dele? Onde e como é utilizado?”. A partir das respostas dos idosos, introduziremos a apresentação do material explanando sobre suas funções nas ginásticas ou em outras práticas corporais. Nesse momento, também trabalharemos com “A inserção de elementos da cultura” ao incentivar a imaginação dos idosos em relacionar o material com suas vivências anteriores. Esse exercício é de suma importância para todos os envolvidos, pois a troca de experiências proporciona o (re)conhecimento das histórias de vida dos sujeitos, estimula a socialização e amplia as ideias para a criação de gestos expressivos. 4o momento: trabalharemos com o “estímulo à criatividade” articulado à “Base na ginástica” solicitando que os idosos sugiram formas de manejo para o material. A partir da sugestão de alguém que, imediatamente será reproduzida pelos monitores, incentivaremos que todos executem o gesto criado até que outro idoso faça uma proposição nova. Quando as sugestões se esgotarem, o monitor que está mediando o encontro indicará outras possibilidades de manejo utilizando diferentes estímulos e desafiando a realização de tarefas mais complexas, como, por exemplo: “Quem está com a cor azul, levante o material o mais alto que conseguir. Será que conseguimos fazer algum som com esse material? É possível segurá-lo somente com a sola do pé? Dá para equilibrar em alguma parte do corpo? Dá para passar embaixo das duas pernas? Conseguimos enrolar esse material na mão (uma fita ou faixa elástica, por exemplo)? Alguém sugere um desafio?”. 5o momento: terminaremos com uma atividade de relaxamento com foco na respiração. Finalizaremos perguntando sobre as sensações durante o encontro, o que aprendemos no dia e pedindo sugestões de músicas e materiais para a próxima semana. A estrutura das aulas-encontro poderá ser modificada de acordo com as condições físicas dos participantes, respeitando as características do grupo e individualidades de cada um. Utilizaremos todos os materiais disponíveis no Laboratório de Ginástica da UFVJM e que podem ser levados para as ILPIs. Vale ressaltar que a GPT incentiva a confecção de materiais pelos próprios praticantes para que sejam utilizados durante as atividades, estimulando a autonomia e criatividade dos sujeitos, além de valorizar a reutilização de materiais recicláveis, propiciando o desenvolvimento atitudes conscientes sobre o mundo.
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O monitor bolsista selecionado para participar do projeto deverá ser aluno dos cursos de Educação Física da UFVJM (licenciatura ou bacharelado) que já tenha concluído pelo menos a unidade curricular “Fundamentos da Ginástica”, pois acreditamos que há uma série de conhecimentos mínimos necessários para desempenhar tal função. Também selecionaremos um ou mais monitores voluntários que poderão ser, preferivelmente, alunos de diferentes cursos da universidade (inclusive da pós-graduação) com o intuito de dialogar com as diferentes áreas de conhecimento. Para capacitar os estudantes para atuarem como monitores, realizaremos encontros com a coordenação antes do início do projeto para orientar estudos de referências bibliográficas específicas que embasam a estrutura do “Longeviver”. A equipe de planejamento (coordenadora, colaboradores e monitores) passará por uma oficina de formação sobre a GPT para idosos residentes em ILPIs, na qual serão abordados temas essenciais para o desenvolvimento das ações, com a participação de estudantes e professores que atuaram em projetos de ginástica realizados em anos anteriores na UFVJM. Também será solicitado que os monitores participem dos encontros do Grupo de Estudos e Práticas das Ginásticas (GEPG – UFVJM/CNPq) durante todo o período em que o projeto for desenvolvido, o qual desenvolve pesquisas no campo da Ginástica. Pretendemos, com isso, estimular a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com a formação ampliada do estudante. A avaliação do desempenho dos monitores (bolsista e voluntários) será feita de forma processual em consonância com a avaliação periódico do projeto. Serão avaliados os conhecimentos construídos, assim como as condutas de mediação das atividades, identificando necessidades de aprimoramento ao longo do processo. Serão funções dos monitores: Participar das reuniões de planejamento; Participar auxiliando e/ou conduzindo a mediação das aulas-encontros semanais; Promover estudos e pesquisas no campo da GPT, e de questões referentes ao processo de envelhecimento e ILPIs por meio da participação no GEPG; Participar de eventos científicos apresentando os resultados dos estudos acerca do projeto; Participar das atividades extras (oficinas, visitas etc.); Divulgar o projeto na comunidade acadêmica e local.
Diante do exposto até o momento, acreditamos que o desenvolvimento do projeto de extensão “Longeviver” é de suma relevância, uma vez que é evidente a necessidade de realização de atividades lúdicas e prazerosas no ambiente das ILPIs para que haja uma melhor qualidade de vida para os idosos. Ademais, ressaltamos que a literatura comprova que a prática da GPT para idosos auxilia no estímulo da autonomia dos sujeitos a partir de atividades criativas, contribuindo para o envelhecimento ativo dos participantes. Trata-se de uma proposta que dará continuidade às ações de extensão com a ginástica já desenvolvidas pelo GEPG na UFVJM, as quais obtiveram resultados positivos tanto na comunidade diamantinense (para diferentes faixas etárias) quanto na formação de discentes e divulgação científica. Vale ressaltar que a UFVJM tem se destacado em âmbito nacional no que tange práticas e pesquisas no campo da GPT, sendo reconhecida em instituições renomadas a partir de convites para apresentar a proposta de trabalho do GEPG em diferentes eventos. Defendemos a ideia de consolidar os projetos de extensão já desenvolvidos na UFVJM para que a universidade possa cumprir seu papel na comunidade em que está inserida, no sentido de promover a interação transformadora entre a instituição e outros setores da sociedade (FORPROEX, 2012).
Público-alvo
Homens e mulheres residentes nas ILPIs Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
Participação no projeto cedendo o local para a prática da GPT.
Participação no projeto cedendo o local para a prática da GPT.
Cronograma de Atividades
Estudo sobre a proposta do projeto; Estudo sobre a GPT, processo de envelhecimento humano e ILPIs; Estruturação do plano de trabalho (quantidade de encontros nos dois semestres letivos; conteúdos que poderão ser abordados; atividades que poderão ser planejadas a partir das demandas do grupo participante etc.); Preparação da divulgação do projeto nas ILPIs; Inscrição das ILPIs para participarem do projeto com preenchimento das fichas de inscrição e TCLE. Observação: Esta atividade ocorrerá semestralmente nos meses de Janeiro e Julho de 2024, pois a entrada de novos extensionistas participantes no projeto acontece no início de cada semestre letivo, nesse caso Fevereiro de 2024 e Agosto de 2024.
Realização de reuniões de planejamento e avaliação semanais com a participação da coordenadora, vice-coordenadora, colaboradores e monitores (bolsista e voluntários) do projeto; Discussão sobre os conteúdos que serão abordados nas aulas-encontro de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Avaliação periódica sobre o andamento das atividades do projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC.
Desenvolvimento de aulas-encontro nas ILPIs Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio para prática da GPT em interação com diversas manifestações corporais, culturais e artísticas.
Participação em oficinas, visitas, eventos científicos, artísticos e culturais de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto (utilização de transporte da UFVJM); Oferecimento de cursos, oficinas, vivências etc., em diferentes locais e para públicos diversos, de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Apresentação de trabalhos científicos no XI Fórum Internacional de GPT, no Encontro de Educação Física e na SINTEGRA da UFVJM.
Participação da equipe de planejamento (coordenadora, vice-coordenadora, colaboradores, voluntários e monitores) e de demais interessados (integrantes do projeto) em reuniões do Grupo de Estudos e Práticas das Ginásticas (GEPG); Estudo e aprofundamento sobre as temáticas que envolvem o projeto; Produção de pesquisas científicas sobre o projeto; Planejamento sobre a publicação das pesquisas e participação em eventos científicos.
Participação da equipe de planejamento (coordenadora, vice-coordenadora, colaboradores, voluntários e monitores) em reuniões para avaliação final do projeto; Revisão de todas as atividades realizadas, cumprimento de objetivos e metas; Discussão sobre pontos positivos e negativos ocorridos no projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC; Reestruturação da proposta para dar continuidade ao projeto no ano seguinte.