Visitante
Popcorn: a medicina na sétima arte
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Procarte
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
camila de lima
20241022024426135
faculdade de medicina do mucuri - fammuc
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
artes integradas
municipal
Não
Membros
vitor da silva gazzinelli
Voluntário(a)
isabela rodrigues lima
Voluntário(a)
karoline lopes emerick silva
Voluntário(a)
cristiane moreira da cruz
Voluntário(a)
alexandre augusto de assis dutra
Voluntário(a)
ana carolina rocha e silva
Bolsista
luanna batista ferreira
Voluntário(a)
O Projeto “Popcorn: a medicina na sétima arte” trata-se de uma atividade da Faculdade de Medicina do Mucuri (FAMMUC) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) cujo objetivo é fomentar a aprendizagem e a afiliação acadêmica dos alunos por meio da exibição de películas com temas pertinentes à vivência médica.
ética, saúde, medicina, cinema
Expondo os alunos aos filmes e aos debates, espera-se contribuir para sua permanência na faculdade, ampliar seu capital cultural e seu repertório de habilidades sociais, capacitando-os para identificar e lidar habilmente com situações médicas e sociais em seu cotidiano de estudante e de futuro profissional. Além disso, o contato com a comunidade externa e a oportunidade de promover discussões de temas em saúde, sociais e éticos possibilita a promoção de pertencimento também dessa comunidade com relação à Universidade. Deve-se ressaltar que o projeto foi elaborado em observância ao que preconiza a Política Nacional de Extensão Universitária (2012) e a Política de Extensão da UFVJM em suas Diretrizes, por meio de ações de Impacto e Transformação Social, visando à diminuição das desigualdades e reafirmando o papel dessa Universidade nas comunidades em que está inserida. A educação em saúde pode ser apontada como uma das ações implementadas nesse sentido pelas atividades do projeto. Além disso, usar o cinema como meio para as ações do projeto possibilita à comunidade acadêmica e externa a fruição cultural, algo de extrema importância para a construção e expansão de um repertório comportamental rico e amplo.
O curso de medicina apresenta, antes mesmo de seu início, diversos desafios ao aluno. A alta concorrência e a dificuldade de adaptação ao curso, à Instituição de Ensino Superior e à cidade onde é sediado, podem ser fatores estressores que influenciam diretamente a saúde mental e a permanência do aluno no curso. Essas características do curso, somadas a algumas características dos alunos fazem com que a prevalência de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, sejam maiores em alunos do curso de medicina (LISELOTTE et al., 2006; PACHECO et al., 2017). Assim, somando-se as dificuldades intrínsecas ao curso de graduação (elevada carga horária, ambiente competitivo, postura crítica e reflexiva, responsabilização sobre seu aprendizado etc.) com os problemas psicológicos pregressos ou ocasionados pelo meio acadêmico, tem-se como resultado a elevada dificuldade de afiliação ao curso e à instituição e maiores prevalências de ansiedade e depressão (LISELOTTE et al., 2006; PACHECO et al., 2017). De acordo com Coulan (2008), a maior permanência do estudante nas dependências da universidade é um fator que auxilia em sua afiliação. Ou seja, o aluno que passa mais tempo na universidade possui maior identificação e sentimento de pertencimento do que aquele que a percebe como um local apenas de transferência de conhecimentos, nos moldes de uma educação bancária, retrógrada e passiva (FREIRE, 1987). Para além de sua permanência, é importante também o contato com questões humanistas e que o façam refletir sobre sua futura atuação profissional. Segundo Blasco et al. (2005, p. 120): “humanismo e antropologia não são para o médico um simples apêndice cultural ou um complemento interessante na sua formação, mas uma dimensão necessária de quem pretende cuidar com eficácia enquanto constrói também sua identidade como médico”. Para além de trabalhar as questões de afiliação e cultura para o estudante de medicina, identifica-se nesse projeto a oportunidade de trabalhar de modo conjunto a educação popular em saúde, posto a facilidade das produções cinematográficas de abordar temas médicos de modo pedagógico e interessante. Através da exibição dos filmes, pode-se discutir questões de promoção, prevenção e recuperação de saúde com a população geral. E essa discussão faz-se proveitosa pois gera a troca de saberes entre os participantes.
Geral: Fomentar a aprendizagem e a introdução de valores humanísticos através da discussão de temas médicos, de saúde, sociais e/ou éticos a partir da exibição de filmes e da análise realizada por professores e profissionais convidados. Específicos: - Incentivar a participação dos alunos em atividades extraclasse; - Incentivar a participação popular nas atividades de extensão; - Ilustrar a ocorrência de situações médicas, sociais e éticas através de filmes; - Promover fruição cultural; - Estimular a reflexão e a discussão entre comunidade acadêmica, população e professores/profissionais sobre os temas apresentados.
- Impactos diretos: promover afiliação/pertencimento dos estudantes com a universidade; aproximar a comunidade externa da universidade, tendo o cinema, a arte como meio; ampliar o repertório cultural dos estudantes e da comunidade externa, por meio de sessões presenciais; promover fruição cultural. - Impactos indiretos: promover educação popular em saúde, uma vez que a abordagem de temas relevantes em saúde a partir de filmes pode ser mais simples e interessante, facilitando o debate posterior. Partindo do número de alunos matriculados na Fammuc atualmente, que são mais de 300 e do número de seguidores da página do Instagram do projeto, 324, potencialmente, pode-se ter o alcance de, pelo menos, 600 pessoas.
O projeto possui duas fases: preparação e execução. Na fase de preparação, serão escolhidos os filmes a serem exibidos e o profissional e/ou professor que fará o debate ao final da apresentação. Os filmes são escolhidos por sugestões dos participantes e/ou levantamento bibliográfico como os filmes sugeridos por Mendonça (2012) e Blatos et al. (2005). Para a escolha dos filmes levar-se-á em consideração aspectos relacionados a temas médicos, de saúde e temas sociais e/ou éticos que envolvam a prática médica (diversidade, direitos humanos, conflitos de interesses etc.). A fase de execução diz respeito à apresentação do filme e ao debate a ser conduzido pelo professor/profissional escolhido. Após a exibição presencial do filme, nos ambientes da UFVJ M ou em escolas do município de Teófilo Otoni/MG, um professor(a) ou profissional com experiência na área de conhecimento abordada pela película incitará um debate sobre as situações abordadas no filme. O professor ou o profissional poderá ser vinculado à UFVJM, a outras Instituições de Ensino Superior ou ao mercado de trabalho público ou privado. A escolha do palestrante será realizada de acordo com a temática exposta no filme. A escolha e o convite para a palestra serão realizados com antecedência pela coordenadora do projeto em conjunto com os demais colaboradores. O tempo de realização de cada evento no Popcorn dependerá da duração de cada filme. O debatedor terá cerca de 01h00 para conduzir o debate. Para a fase de execução, será determinada uma data para a transmissão presencial da película. O endereço do local da sessão será divulgado via Instagram do projeto (já existente, sob registro de @popcorn.fammuc), bem como por meio de anúncios informativos enviados nos grupos discentes da Fammuc dispostos no WhatsApp, contendo informação sobre o filme a ser exibido, horário e informação do convidado da sessão. O acompanhamento e a avaliação do projeto serão realizados pela coordenadora e pelos colaboradores através da participação no evento e das opiniões e sugestões dos participantes. Em cada reunião de preparação também será feita uma breve discussão sobre o evento anterior, levantando pontos a serem melhorados e aperfeiçoados.
A abordagem de temas médicos no cinema é bastante comum e produz forte apelo emocional no público, além de aproximar as Humanidades à formação médica, bem como valorizar as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2014). Grosso modo, aborda-se nas películas a relação médico-paciente, biografias de médicos notáveis, doenças de diversos tipos e ocorrências e os desafios da profissão seja em hospitais ou ambientes inóspitos. Naturalmente, esses filmes despertam o interesse não somente do público especializado, mas também do público em geral. O uso de temas médicos exibidos em filmes já ocorre comumente no Brasil e no mundo como instrumento de educação acadêmica e científica (BLASCO et. al. 2011; SÁ e TORRES, 2013). No Brasil, são pioneiros os projetos Cinepsiquiatria, da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA); o Medcine do Centro Universitário Positivo (Curitiba) e o MedCine da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (MENDONÇA, 2012; ARANTES, CARVALHO e RIBEIRO, 2019). Em vasta revisão bibliográfica nacional e internacional, Sá e Torres (2013) citam diversas práticas de utilização de filmes na graduação em medicina e na residência. Concluíram que a exibição de filmes para esse público é uma forma positiva para o processo de ensino/aprendizagem. Promover a reflexão da prática médica sob o aspecto da ficção, auxilia o estudante de medicina a compreender o paciente em seu adoecer, obtendo assim uma perspectiva antropológica da doença (BLASCO et al., 2005). Os filmes proporcionam um enfoque que muitas vezes é negligenciado no cotidiano profissional. Nas atuações, os estudantes podem observar e sentir, indiretamente, como o médico produz no paciente emoções, alívios e sofrimentos ao mesmo tempo que observa e sente como o próprio paciente se manifesta. Há um estímulo à empatia, a colocar-se no lugar de quem cuida e de quem é cuidado. Especificamente para o estudante de medicina e para outros estudantes e profissionais de saúde, a exibição de filmes possui um valor instrucional e humanístico. Sob o aspecto da aprendizagem, Blasco (2010) afirma: "As histórias de vida e a discussão do caso concreto propiciam ao aluno uma integração dos conhecimentos adquiridos na faculdade e, não poucas vezes, conferem motivação necessária para abordar matérias cuja aplicação não tinha sido descoberta." Assim, pode-se concluir que a explicação teórica em sala de aula pode ser complementada pela encenação fictícia. O aluno aprende como determinada doença manifesta-se, evolui e é cuidada. É importante salientar que no projeto "Popcorn: a medicina na sétima arte", sempre há um profissional ou professor convidado que ao final do filme pode explanar e dirimir dúvidas dos ouvintes. Adicionalmente ao valor instrucional (aprendizagem), promove-se através da sétima arte a discussão ética sob a qual reside o valor humanístico. O estudante é estimulado a refletir sobre os impactos pessoais, familiares e sociais sobre os temas médicos apresentados. Utiliza-se a arte, portanto, para restabelecer o equilíbrio entre a formação técnica e a humanística. Algo que historicamente já ocorria na medicina e esmaeceu-se com o avanço tecnológico que, a despeito dos inúmeros benefícios à saúde do paciente, quando ensinado isoladamente dos valores humanísticos, não estimula o médico à reflexão ou ao aprofundamento de sua prática. Tornando-o, como critica Blasco (2010, p. 358), na melhor das hipóteses, um “mecânico de pessoas”. Acredita-se, portanto, que haja a necessidade de estimular a formação e não somente a profissionalização, evitando que o estudante transforme-se em um “Fachmensch ohne Geist” (especialista sem espírito) (WAIZBORT, 2015). Para além dos benefícios para os acadêmicos de medicina e profissionais de saúde, o projeto visa utilizar a exibição e a discussão sobre filmes para também realizar a educação popular em saúde com o público em geral. A mesma arte que pode exemplificar atuações técnicas e éticas para estudantes e profissionais, pode também promover sensibilização sobre doenças e combate a estigmas e preconceitos. E, uma vez que após as sessões há um profissional para discutir os temas expostos, o público em geral também possui a oportunidade de perguntar e obter informações. Complementarmente, convidando a população para as sessões, o projeto contribui para trazer a população para dentro da universidade, estimulando vínculos e estreitando laços. Lima, Santos e Silvestre (2018) em recente relato de experiência, utilizaram filmes para realizar a educação popular. As sessões foram realizadas com a comunidade local e organizadas e mediadas por estudantes do curso de enfermagem. A experiência mostrou-se exitosa em facilitar a abordagem dos temas abordados nos filmes, transmitir conhecimentos sobre as patologias retratadas e estreitar os laços entre comunidade e universidade. A proposta de convidar a população para participar das sessões, embasa-se sob os princípios da construção compartilhada do conhecimento e da emancipação, entendendo-se o primeiro como um processo comunicacional entre pessoas e grupos para compreender e transformar de modo coletivo as ações de saúde desde suas dimensões teóricas, políticas e práticas e o último como um processo coletivo no qual pessoas e grupos superam e libertam-se de todas as formas de opressão, exploração, discriminação e violência que produzem a desumanização e a determinação social do adoecimento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Como os filmes provocam uma discussão, gera-se o intercâmbio entre saberes populares e acadêmicos. Resultando em um conhecimento que liberta, o qual segundo Paulo Freire (FREIRE, 1967), nasce a partir do diálogo e não da polêmica e incita a discussão corajosa da problemática onde todos estão inseridos. Referências bibliográficas: ARANTES, J.; CARVALHO, M. B.; RIBEIRO, M. M. F. O cinema como estratégia de formação crítica e lazer: A experiência do MedCine. Disponível em:. Acesso em: 27, out. 2023. BLASCO, P. G.; GALLIAN, D. M. C.; RONCOLETTA, A. F. T.; MORETO, G. Cinema para o Estudante de Medicina: um Recurso Afetivo/Efetivo na Educação Humanística. Revista Brasileira de Educação Médica. Rio de Janeiro, v .29, nº 2, maio/ago. 2005. BLASCO, P. G. É possível humanizar a Medicina? Reflexões a propósito do uso do Cinema na Educação Médica. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2010;34(3):357-367. BLASCO, P. G.; BLASCO, M. G.; LEVITES, M. R.; MORETO, G.; TYSINGER, J. W. Educating through Movies: How Hollywood Fosters Reflection. Creative Education, 2011. Vol.2, No.3, 174-180. COULAN, A. A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Tradução: SANTOS, G. G; SAMPAIO, S.M.R. Salvador: Editora EDUFBA, 2008. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, P. Educação Como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967. LIMA, C. M. de; SANTOS, S. dos; OLIVEIRA, G. C. S. B. Cinema e promoção da saúde: experiência com cine-debate. Revista Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas. Agosto de 2018, Vol.8, no 22, p. 1-9. LISELOTTE, N. D.; THOMAS, M. R.; SHANAFELT, T. D. Systematic Review of Depression, Anxiety, and Other Indicators of Psychological Distress Among U.S and Canadian Medical Students. Academic Medicine, Vol. 81, No. 4 / April 2006. MENDONÇA, F. de. Medicina e Cinema: aproximações para filmografia. Intersemiose. Revista Digital. Ano I, vol. 01, n. 01. Jan/Jul 2012. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução Nº 3, de 20 de junho de 2014. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Disponível em: . Acesso em: 20, out. 2023. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS). Disponível em<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html>. Acesso em 20, out. 2023. PACHECO, J. P.; GIACOMIN, H. T.; TAM, W. W.; RIBEIRO, T. B.; ARAB, C.; BEZERRA, I. M.; PINASCO, G. C. Mental health problems among medical students in Brazil: a systematic review and metaanalysis. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2017; 39: 369–378. SÁ, E. C.; TORRES, R. A. T. Cinema como recurso de educação em promoção da saúde. Rev Med (São Paulo). 2013 abr.-jun.;92(2):104-8. WAIZBORT, L. Formação, especialização, diplomação: da universidade à instituição de ensino superior. Tempo soc., São Paulo , v. 27, n. 2, p. 45-74, Dec. 2015.
O projeto contribui para a formação dos estudantes, uma vez que os coloca em contato com temas de relevância em saúde, sociais e éticos que serão fundamentais para sua futura prática, a partir de filmes, que encenam situações que eles podem vivenciar em seu cotidiano. Ao ser conduzida uma discussão por um profissional capacitado da área abordada, dúvidas poderão ser dirimidas e experiências trocadas. Os discentes envolvidos na equipe participarão de todas as etapas do projeto, sendo divididos em tarefas, a saber: - escolha dos filmes e possíveis debatedores; - planejamento, exibição e divulgação de filmes com temas de saúde e debates com professores, pesquisadores e/ou profissionais especialistas nos temas; - organização prévia da sessão: decisão sobre plataforma de streaming, disponibilização da película a ser exibida, elaboração de mídia digital para divulgação do evento em plataformas do Instagram, e-mail e WhatsApp; - moderação de comentários e recepção de feedbacks das sessões; - análise de feedback e avaliação das sessões realizadas e planejamento para as próximas sessões; - confecção de relatório mensal, semestral e final. A avaliação dos alunos será feita a partir de feedback realizado com a coordenadora e com os colegas, de forma que cada pessoa se torne mais consciente de sua participação no projeto, e identifique pontos que podem ser melhorados para a garantir a fluidez e maior sucesso deste. Os alunos serão também avaliados em relação à frequência nas reuniões do projeto, sendo necessária presença em 75% destas para a certificação, ao final. É importante ressaltar a participação do aluno bolsista, que participará da organização do cronograma do projeto, estabelecendo prazos para as etapas do trabalho da equipe.
O projeto já foi executado anteriormente, inicialmente como projeto de ensino, e como extensão, desde 2018, alcançou sucesso junto à comunidade acadêmica, contudo, foi abordado de forma presencial, tendo suas atividades executadas no espaço dos auditórios da UFVJM e locais públicos, como praças, no município de Teófilo Otoni. Ao longo de 2021, com a persistência da pandemia da COVID-19, os moldes anteriores se tornaram inviáveis, sendo o projeto então executado de modo remoto, fazendo uso de ferramentas online, como plataformas de streaming e mídias sociais. Apesar da experiência positiva que tivemos com tal formato de exibição e produção, com a retomada das atividades presenciais do projeto após a pandemia de Covid-19, tem sido possível promover diálogos significativos com a comunidade em que a universidade está inserida, incluindo sessões de exibição e debates nas escolas locais. Tais ações não apenas contribuem para a transformação e o progresso social, mas também têm um impacto positivo na formação dos estudantes de medicina, fazendo-os perceberem a importância de seu papel como cidadãos e futuros profissionais, com compromissos e responsabilidades políticas e sociais. Sendo assim, o projeto pretende adotar novamente sessões exclusivamente presenciais no próximo ano. Além disso, já houve apresentação de relato de experiência desse projeto em eventos científicos, tendo sido muito bem avaliado. No ano de 2019 realizou-se uma sessão pública na Praça Tiradentes em Teófilo Otoni, em parceria com a Coordenação de Saúde Mental do Município, abordando o tema do Setembro Amarelo (prevenção do suicídio) e o feedback do evento foi muito positivo.
Público-alvo
O público-alvo que se pretende atingir com as ações do projeto são os discentes, docentes e técnicos-administrativos da Fammuc e de toda a comunidade acadêmica da UFVJM do campus do Mucuri; alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e privadas de Teófilo Otoni.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Parcerias
A Cia Experimental de Artes Os Barriguinhas, sediada no município de Teófilo Otoni, será parceira do projeto e irá colaborar na curadoria dos filmes, bem como na divulgação e discussões pertinentes às exibições.
Cronograma de Atividades
A equipe e o parceiro irão se reunir para elencar os temas a serem discutidos, selecionando, para isso, possíveis filmes que o abordam e profissionais da área que podem conduzir a discussão.
A equipe e o parceiro se reunirão mensalmente para tratar do planejamento de cada sessão, bem como definir os responsáveis por todas as atividades envolvidas nestas sessões.
A equipe e o parceiro irão se reunir para definir todos os aspectos envolvidos na realização das sessões, desde a escolha e curadoria dos filmes, passando pelo convite aos debatedores, divulgação da atividade prevista, bem como confecção dos relatórios de feedback.
A cada sessão, dois membros da equipe ficarão responsáveis por moderar os comentários e selecionar as perguntas direcionadas aos debatedores, bem como receber os formulários de feedback entregues pelo público.
Após cada sessão, a equipe irá se reunir para avaliar a sessão realizada, além de analisar os relatórios de feedback entregues pelo público, com vistas a fazer ajustes para as próximas sessões, com o intuito de melhorar a cada ação.
A confecção dos relatórios será uma atividade sob responsabilidade do aluno bolsista, mas todos os membros da equipe irão contribuir para essa construção.