Detalhes da proposta

COLORINDO IDENTIDADES

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Procarte

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    rosana baptista dos santos

    Número de inscrição:

    20241022024485221

    Unidade de lotação:

    faculdade interdisciplinar em humanidades

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    linguística, letras e artes

    Área temática principal:

    cultura

    Área temática secundária:

    educação

    Linha de extensão:

    artes visuais

    Abrangência:

    regional

    Vinculado a programa de extensão:

    encontro de saberes: construindo pontes e ações entre os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares com a produção do conhecimento científico

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

giselle de sousa moura Bolsista

ofélia ortega fraile Voluntário(a)

pablo bedmar soria Voluntário(a)

Resumo

O projeto Colorindo Identidades é um projeto de extensão e cultura da UFVJM (editais PROCARTE 2022 e 2023) voltado para a valorização da arte em dialogo com comunidades tradicionais no contexto do campo, porém não se limita apenas ao meio rural, o projeto também abrange partes periféricas do meio urbano. A atividade central deste projeto é a pintura participativa de muros. O projeto se localiza inicialmente no Vale do Jequitinhonha, porém atualmente tem a proposta e expansão para o vale de Mucuri e Norte de Minas. Trata-se de uma construção coletiva de pinturas visuais em muros no intuído de transmitir e valorizar a identidade cultural das pessoas das comunidades envolvidas no projeto, podendo assim ser possível visualizar como as pessoas desses determinados locais se veem através da arte e transmitem seus gostos, costumes e sabores. A metodologia da criação coletiva de murais se realiza através de um diálogo coletivo, em formato de oficinas nas comunidades tradicionais e no meio urbano. O objetivo é que as pessoas das comunidades, sejam elas tradicionais ou periféricas, se apropriem do processo de construção das pinturas, tendo como ponto de partida que os participantes se sintam livres para pintar o que desejam expressar escolhendo representações simbólicas dos elementos identitários do patrimônio material e imaterial, para que a essência das identidades seja transmitida de forma genuína. Colorindo Identidades vem se consolidando na construção de articulações entre o projeto e entidades públicas como escolas, ou entidades sem fins lucrativos que trabalham com infância, adolescência e adultos, como associações culturais e associações de moradores. O envolvimento do público infantil e juvenil nos murais coletivos tem favorecido interações sociais e também tem despertado o interesse em conhecer a UFVJM, estabelecendo assim um vinculo muito importante tanto para esse público infantil e juvenil que poderá abranger seus conhecimentos, quanto para a universidade que pode receber mais valores culturais através das vivencias dessas pessoas.


Palavras-chave

Muralismo, arte pública, arte urbana, patrimônio imaterial, patrimônio material, memôria ambiental


Introdução

A proposta consiste na articulação com comunidades tradicionais, quilombolas e municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale de Mucuri, Norte de Minas e com bairros periféricos da cidade de Diamantina para a construção coletiva de pinturas de murais que apresentem narrativas visuais sobre as identidades culturais em paredes e muros de escolas, associações comunitárias e outras instituições públicas ou privadas interessadas em fazer parte do projeto. A partir de um processo de diálogo coletivo, em formato de oficinas de arte urbana nas comunidades, pretende-se criar de forma participativa murais com representações simbólicas de elementos identitários, do patrimônio material e do patrimônio imaterial das comunidades rurais e urbanas. O projeto busca utilizar a linguagem artística da arte urbana e pública para reforçar as identidades e a memória ambiental, histórica e cultural das comunidades. Partindo da premissa que a arte é transformadora de espaços e sujeitos esperamos promover com o projeto uma intersecção entre a cultura tradicional e a contemporânea numa construção coletiva, pois os moradores crianças, jovens e adultos das comunidades contribuirão com as memórias socioambientais e culturais do lugar, com narrativas visuais sobre o patrimônio cultural imaterial, com as vivências do território e com personagens emblemáticas como, por exemplo, mestres e mestras da cultura tradicional, trazendo dessa maneira os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares. O projeto está em andamento desde janeiro de 2022 e vem construindo parcerias e murais coletivos com diferentes instituições entre as quais destacam o PIBID-UFVJM, a Superintendência Regional de Ensino de Diamantina, a Escola Estadual Professor Leopoldo Pereira (Diamantina), CRAS Maria Natividade de Araçuaí, Associação de Catadores de Recicláveis de Diamantina, APAE-Araçuaí, ONG ASSOCIAR-Araçuaí, Associação de moradores Vila Arraiolo de Diamantina, Mostra em Cena UnB, Encontro de Saberes, Curso de Turismo-UFVJM, Licenciatura em Educação do Campo-UFVJM e PROEXC-UFVJM. Nesta próxima edição além de realizar alguns murais queremos organizar uma publicação com as histórias, memórias e imagens dos murais


Justificativa

Colorindo Identidades pretende gerar uma interação entre saberes e linguagens trazendo os conhecimentos tradicionais e ancestrais dos moradores das comunidades em interação com a equipe do projeto. A interação entre o tradicional e o contemporâneo se dão com a linguagem dos murais. O projeto foi aprovado no edital PROCARTE em 2021 (20221022022295221) com a meta de realizar 4 murais em articulação com outros projetos e instituições em comunidades do Vale do Jequitinhonha, meta que foi comprida e superada com apenas 7 meses de execução do projeto. Durante os dois anos do projeto foram realizados 13 murais e tem mais 4 murais já agendados até o final do ano. Atingindo e superando nossas metas. O processo de criação dos murais coletivos tem envolvido discussões muito relevantes sobre elementos da cultura local, patrimônio imaterial e patrimônio material, profissões, modos de vida local e memória dos lugares. Alguns exemplos são a representação de patrimônio tombado com a Igreja do Rosário em Milho Verde e em Araçuaí, elementos da cultura popular como a folia de reis, os caboclinhos, a guarda do rosário; profissões como o bordadeiras, garimpeiros, canoeiros, tamborzeiros, lavadeiras e benzedeiras; modos de vida como o transporte de mercadoria com cavalos e apanha de lenha; e por último elementos da natureza como o Rio Jequitinhonha, as sempre-vivas, os mandacarus, siriemas, palmas e espadas de São Jorge. A riqueza e diversidade da região tem sido representada e a reação do público que contempla os murais é de pertencimento e reconhecimento da riqueza e diversidade cultural. A repercussão do público infantil e juvenil que participa dor murais coletivos tem sido muito positiva favorecendo interações sociais, interesse em conhecer a UFVJM, a melhora da autoestima e que inclusive tem motivado, no caso de um jovem de Araçuaí, o reingresso na escola. Murais realizados até o momento: 1. COLCHA DA IDENTIDADE: Mural coletivo no muro externo na E.E. Professor Leopoldo Pereira em Milho Verde (Serro) em articulação com a escola e o PIBID-Educação do Campo-UFVJM com estudantes do ensino médio em tempo integral e a professora. 2023 2. COLORINDO BRINCADEIRAS: Pintura do pátio interno com jogos na E.E. Professor Leopoldo Pereira em Milho Verde (Serro) em articulação com a escola e o PIBID-Educação do Campo-UFVJM com a consulta da comunidade escolar. 2023 3. FESTA DA SIRIEMA: Mural coletivo na Associação de Catadores de Material Reciclável de Diamantina em parceria com a Prefeitura de Diamantina. 2023 4. IDENTIDADES RIBEIRINHAS: Mural coletivo no muro externo no CRAS Maria Natividade em Araçuaí em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Araçuaí com crianças e jovens do CRAS. 2023 5. MARIA FUMASA NO PEDAL: Mural coletivo no muro externo da E.E. Arthur Berganholi, junto a antiga estação de trem e na Rota Bahia-Minas (cicloturismo na estrada de ferro) junto a em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Araçuaí com crianças e jovens do CRAS. 2023 6. PAISAGENS URBANAS NO KIAU: EM Mural coletivo no muro externo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Araçuaí em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social de Araçuaí com crianças e jovens do CRAS. 2023 7. SIRIEMA: Participação no Encontro Cultural de Milho Verde com elemento da cenografia em parceria com o Instituto Milho Verde. 2023 8. BORDANDO RESISTÊNCIAS QUILOMBOLAS: Mural coletivo no Festival de Ecologia de Saberes da Paraúna, na comunidade quilombola de Capão. 2023 9. ABRAÇANDO O MUNDO, IDENTIDADES JUVENIS: Mural coletivo no espaço socioeducativo da AMAE Araçuaí. 2024. 10. DIVERSIDADES NA PLURIUNIVERSIDADE: Mural coletivo com estudantes da Educação do Campo na Faculdade Interdisciplinar de Humanidades da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 2024. 11. DIVERSIDADE E DIVERSÃO: Mural coletivo com educandos da APAE-Araçuaí (MG) comemorando 30 anos. 2024. 12. TERRA E ACOLHIMENTO: Mural coletivo realizado com geotintas em parceria com projeto de extensão e com a comunidade universitária da UFVJM na semana de acolhimento aos estudantes no Pavilhão de aulas 2 do Campus JK da UFVJM em Diamantina. v 13. MEMÓRIAS DA TAPEÇARIA: Pintura de mural, pista de skate e muros do campo society realizado a partir de diálogos com moradores do bairro e com as mulheres tapeceiras. A Associação de moradores Vila Arraiolo realizou uma campanha de financiamento coletivo para pintar a Praça Santa Luzia, no bairro da Tapeçaria em Diamantina. 2024. Murais articulados até o momento para serem feito ainda em 2023: 14. ANCESTRALIDADE PATAXÓ E PANCARARU (a ser realizado nos dias 2, 3 e 4 de Novembro de 2023) Mural coletivo com grafismos dos povos originários Pataxó e Pancararu da aldeia Cinta Vermelha Jundiba em Araçuaí, com a parceria do Encontro de Saberes e do curso de Turismo da UFVJM. 2024. 15. TERRA EM CENA: (a ser realizado nos dias 13,14 e15 de Novembro de 2023) Mural coletivo com os participantes da Mostra Terra em Cena no Campus de Planaltina da UnB, organizada pelo grupo de pesquisa, ensino e extensão Terra em Cena da UnB. 2024. 16. CONECTANDO PESSOAS E CONHECIMENTOS: (a ser realizado nos dias 5, 6, E 7 de dezembro de 2023): Mural coletivo durante o SINTEGRA – 2024 no Pavilhão de Auditórios do Campus JK da UFVJM, em Diamantina. 2024. 17. RAIZES SEMPRE VIVAS: (a ser realizado sem data definida em 2023) Mural em parceria com a associação de artesãos de Sempre Viva da comunidade quilombola de Raiz. Em relação ao público direto e indireto atendido também estamos atingindo as metas previstas no primeiro e segundo ano de projeto, uma vez que os locais nos quais estão localizados os murais, são muito visitados por público local e externo. A divulgação das ações do projeto nas redes sociais tem sido beneficiada pelas parcerias, pois cada parceiro tem divulgado as ações nas suas redes sociais ampliando assim o impacto e divulgação. Estamos abrindo contas específicas do projeto nas redes sociais para centralizar a divulgação, nesse sentido a bolsista do projeto irá assumir a dinamização das publicações. A partir da divulgação do projeto nas redes sociais, na página da UFVJM e em eventos acadêmicos tem surgido muito interesse e demanda de realizar murais em outras comunidades em parceria com instituições locais como escolas e associações culturais ou de interesse social. Algumas dessas demandas estão formalizadas em cartas de anuência e outras estão em construção e diálogo para efetivar a continuidade. Todos esses impactos justificam a pertinência da submissão do projeto para dar continuidade com o projeto possibilitando diálogos entre arte contemporânea e arte popular, valorizando o patrimônio imaterial do Vale do Jequitinhonha e a melhora das relações sociais e de autoestima de jovens da área de abrangência da UFVJM.


Objetivos

GERAL: Valorizar elementos da identidade em comunidades tradicionais e quilombolas com muralismo como forma de arte pública e urbana. 1. Construir parcerias com instituições públicas e privadas. 2. Realizar 6 oficinas-murais 3. Elaborar e publicar um caderno com registros e textos dos murais realizados até o momento


Metas

Impacto direto: O projeto visa realizar 6 oficinas-murais em comunidades tradicionais e quilombolas nos municípios de Diamantina, Araçuaí e São Francisco. Também temos o objetivo de elaborar uma publicação com o registro fotográfico dos murais e com as memórias do processo de construção. Dessa maneira o projeto conseguiria impactar diretamente com o público alvo das oficinas-murais com um total de 80 pessoas (uma média de 20 participantes por oficina). Por outro lado, o projeto impactaria com o público que interage com a arte pública e com os leitores da publicação, uma vez que está exposta para todos os que circulam pelas ruas, podendo atingir aproximadamente a mais de 86.000 pessoas, contando entre esses os moradores das cidades de Diamantina e Araçuaí que transitam pelas ruas, das comunidades rurais e dos turistas da região. Impacto indireto: A través de redes sócias como Instagram, Youtube, espaços digitais alternativos e apresentação de trabalhos em eventos académicos pretendemos chegar a um número elevado de público difícil de calcular. Nossa meta é atingir 1000 visualizações das ações em seu conjunto.


Metodologia

A metodologia do projeto é de caráter participativo desde a etapa de produção cultural até a divulgação dos resultados envolvendo diversos públicos. Durante a produção o envolvimento do público se faz com os parceiros que participam da definição da proposta, duração das oficinas, público alvo, escolha do muro e busca de recursos complementares para a realização dos murais. Posteriormente, durante a realização dos murais são realizadas oficinas com a participação dos educadores, professores ou responsáveis do público alvo que pinta os murais. Cada oficina é adaptada ao público alvo, à faixa etária e ao contexto sociocultural. O coletivo que pinta os murais participa do processo de concepção, pintura e proteção num diálogo contínuo que busca sempre trazer as identidades do coletivo e da comunidade. Os diálogos buscam trazer as referências do patrimônio imaterial, a arquitetura patrimonial, mestres e mestras da cultura popular e saberes e fazeres da região, e a diversidade de paisagens e personagens. Finalmente, o registro visual acontece também de forma participativa de maneira que a equipe local e a do projeto vão realizando diversos registros audiovisuais que depois são compartilhados e editados para a divulgação do projeto no site institucional da UFVJM e nas redes sociais dos membros da equipe. Está previsto abrir um canal do Youtube e no Instagram para poder divulgar as ações e resultados do projeto. As etapas da execução do projeto são organizadas em subprojetos pois cada conjunto de oficinas-mural exige um processo específico adaptado à realidade local. As etapas de produção podem ser simultâneas, porém a execução da oficina-mural acontece de forma organizada em uma agenda anual. 1. PARCERIAS: Construir parcerias com organizações comunitárias e instituições de comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas. Para realizar esta etapa entraremos em contato com estudantes da Licenciatura em Educação do Campo que moram em comunidades e realizaram essa articulação fazendo parte do projeto de forma voluntária. 2. ARTICULAÇÃO: O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações. 3. OFICINAS-MURAIS: Elas são iminentemente práticas e se organizam em três momentos: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (Instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos. 4. DIVULGAÇÃO: São recolhidos os registros fotográficos e audiovisuais, editados e divulgados nas redes sociais e no site oficial da UFVJM, sempre com o consentimento e autorização dos envolvidos. O estudante bolsista e a equipe do projeto criam conteúdos para redes sociais e textos para a divulgação do projeto na UFVJM, no curso da LEC e nas comunidades locais. Também é elaborado um portfólio do projeto com esses registros. A partir desses materiais de registro e com leituras de aprofundamento teórico se elaboram trabalhos acadêmicos como relato de experiência e artigo acadêmico. 5. AVALIAÇÃO: O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. 6. PUBLICAÇÃO: Buscamos realizar uma publicação a partir dos registros fotográficos e memórias de cada mural. A viabilidade do projeto parte da construção de parcerias universidade-comunidade nas quais a UFVJM apoia as ações com a experiência e capacitação da equipe interna do projeto (coordenadora, bolsista e voluntários), com o transporte para as comunidades, com material impresso e com a certificação e reconhecimento social institucional. A parceria e participação de um membro externo da comunidade, artista plástico muralista que coordena as oficinas e o trabalho artístico, é fundamental para o desenvolvimento do projeto. As parcerias com as instituições são fundamentais para a realização dos murais por serem murais coletivos e participativos, proporcionando o contato com o público alvo, por outro lado também são fundamentais para a complementação dos recursos e para a divulgação do projeto. Por tudo isso, o projeto é viável nessa perspectiva extensionista do diálogo e construção coletiva.


Referências Bibliográficas

PALLAMIN, Vera M. Arte Urbana: São Paulo Região Central (1945-1998): Obras de caráter temporário e permanente. São Paulo, Fapesp: 2000


Inserção do estudante

Participação na gestão e articulação, divulgação e comunicação, oficinas de arte e cultura popular, leitura de textos, escrita de textos acadêmicos e organização de uma publicação.


Observações

O projeto vem se tornando cada vez mais relevante, uma vez que escolas, associações e outras entidades ficam muito interessadas em realizar os murais. É notório que o projeto Colorindo Identidades, como o nome sugere, promove a consolidação da identidade e eleva a voz dos povos tradicionais e periféricos através da arte, proporcionando uma reflexão a esses povos, para que não sejam moldados de acordo com o sistema, mantendo suas identidades de forma sólida estampando-as em muros registrando a cultura e críticas sociais de determinadas comunidades.


Público-alvo

Descrição

Crianças e jovens de comunidades tradicionais e quilombolas da região que frequentam espaços socioeducativos.

Descrição

Pessoas que frequentam os espaços nos quais estão localizados os murais e pessoas que visualizam os trabalhos nas redes sociais.

Descrição

Profissionais que trabalham nos espaços sócio-educativos que interagem com o processo de construção coletiva dos murais

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Município

Veredinha

Município

Berilo

Município

São Francisco

Município

Araçuaí

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A escola desenvolve trabalhos com a cultura imaterial e as identidades locais quilombolas de forma articulada com a comunidade. A parceria com esta escola é muito importante para o projeto pois a construção do mural daria uma continuidade e visibilidade ao trabalho de resgate do patrimônio imaterial e às memórias socioambientais que vem sendo realizadas.

Participação da Instituição Parceira

Escola Família Agrícola é uma escola comunitária situada no Médio Vale do Jequitinhonha que trabalha com pedagogia contextualizada para o ensino médio técnico fazendo uma interlocução teórica e prática entre conhecimentos tradicionais e científicos. A escola trabalha com elementos da identidade cultural material e imaterial na região de Veredinha. A Escola tem interesse na parceria com o projeto para fazer uma intervenção artística no espaço escolar com a participação dos estudantes trazendo elementos identitários abordados nas diferentes disciplinas que cursam.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Reuniões de coordenação entre a equipe do projeto com estudante bolsista e voluntários para a organização e acompanhamento das atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações.


Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

São atividades iminentemente práticas e se organizam em momentos diferenciados: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade


Descrição da atividade:São recolhidos os registros fotográficos e áudio-visuais, editados e divulgados nas redes sociais e no site oficial da UFVJM, sempre com o consentimento e autorização dos envolvidos. O estudante bolsista e a equipe do projeto criam conteúdos para redes sociais e textos para a divulgação do projeto na UFVJM, no curso da LEC e nas comunidades locais. Também é elaborado um portfólio do projeto com esses registros. A partir desses materiais de registro e com leituras de aprofundamento teórico se elaboram trabalhos acadêmicos como relato de experiência e artigo acadêmico.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade


Descrição da atividade:Visualização de arte urbana em redes sociais, documentários, etc. e leitura e discussão de textos acadêmicos relacionados com o muralismo

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Durante a segunda parte do projeto, depois de um acúmulo de experiências e leituras o estudante bolsista elaborará trabalhos acadêmicos: relato de experiência e artigo para apresentação em eventos e com a possibilidade de publicação

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Organização dos registros dos murais, elaboração de textos, organização de textos de colaboradores, edição e revisão de livro Colorindo Identidades para publicação.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. Também tem um seguimento da participação do bolsista e dos voluntários em reuniões. Existe um acompanhamento mensal das atividades e uma avaliação mais aprimorada na metade do projeto e no final que auxiliam no desenvolvimento dos relatórios de avaliação do bolsista.