Detalhes da proposta

Física de instrumentos musicais: ciência divertida para crianças e adolescentes

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Procarte

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    thiago henrique lara pinto

    Número de inscrição:

    2024102202440602

    Unidade de lotação:

    instituto de ciência e tecnologia

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências exatas e da terra

    Área temática principal:

    cultura

    Área temática secundária:

    tecnologia e produção

    Linha de extensão:

    música

    Abrangência:

    regional

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

ana carolina amorim mascarenhas Bolsista

renata do carmo almeida Voluntário(a)

ulisses barros de abreu maia Vice-coordenador(a)

gislaine alves lima Voluntário(a)

lucas lima rodrigues Voluntário(a)

Resumo

O presente projeto visa continuar os trabalhos de um grupo de universitários e multiplicadores capazes de ministrar oficinas de física, para crianças e adolescentes, baseada em experimentos lúdicos onde se utiliza música e luthieria para se aprender física. Os instrumentos musicais serão estudados com um enfoque técnicos com a participação de físicos e engenheiros, visando o desenvolvimento de modelos didáticos e lúdicos para divulgação da ciência para crianças e adolescentes da região. Propõe-se o desenvolvimento de oficinas e material didático a serem levados para escolas e mídias sociais. Por exemplo, através da construção de um simples eletroímã, pode-se explicar noções de eletromagnetismo e o funcionamento de um captador magnético de uma guitarra.


Palavras-chave

Acústica, Vibrações, Física, Exposição lúdica/didática, Luthieria


Introdução

A história e a física dos instrumentos musicais podem ser acompanhadas ao longo da evolução humana. O uso de ossos, chifres de animais e de madeiras, sejam elas europeias ou tropicais, acompanhou as civilizações humanas e está presente até os dias de hoje. “Está é a história de colas e vernizes, de diferentes ligas metálicas, diferentes tubos e palhetas, e os sons que eles nos oferecem quando soprados” JENKINS,L.[ET AL]. Ao longo da evolução humana se faz possível acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a evolução dos produtos manufaturados, incluindo os instrumentos musicais que, apesar de se manterem bastante avessos a modificações em seus projetos clássicos, observam-se diversas propostas de construção não convencional como nos trabalhos de MOTTOLA (2021). A luthieria, nome dado ao ofício da construção de instrumentos, será aqui estudada com um enfoque acadêmico. Propõe-se, neste trabalho, estudar instrumentos musicais com um olhar de físicos e/ou engenheiros, aprimorando tanto o conhecimento teórico quanto o prático. Pretende-se assim, em um primeiro momento, através do estudo dos princípios físicos do funcionamento de cada instrumento estudado, desenvolver modelos didáticos e lúdicos objetivando-se a exposição com foco na divulgação da ciência para crianças e adolescentes da região. Vale ressaltar ainda que, além da formação em engenharia do coordenador e em física do vice-coordenador deste projeto, ambos professores do Instituto de Ciências e Tecnologia da UFVJM, o coordenador possui formação em básica em luthieria pelo Centro Cultural Vicentina Aranha (CCVA, São José dos Campos, SP), ambos sendo ainda alunos do Conservatório Estadual Lobo de Mesquita.


Justificativa

Diferentes modelos, experimentos e sistemas dinâmicos podem ser utilizados para estudos de física na área de acústica e vibrações. Devido ao fato de o professor proponente possuir uma formação básica em luthieria (CCVA, São José dos Campos, SP), ao interesse que a música desperta nos alunos, e à facilidade de obtenção de espécimes, instrumentos musicais foram escolhidos como principal objeto de estudo e divulgação por meio de oficinas, no intuito de se aprender e ensinar física de uma forma lúdica e divertida. Propõe-se então a construção de oficinas de física básica, voltadas a problemas que envolvam música e instrumentos musicais, assim como oficinas de construção de instrumentos de baixo custo. Observa-se que, mesmo fora do contexto atual, este tipo de iniciativa produz grande enriquecimento para os envolvidos, como pode ser observado em relatos publicados por PEIXOTO (2018) e VIEIRA (2010), aumentando o engajamento de alunos.


Objetivos

De forma a propiciar a máxima interação de todos os entes do projeto e leva-lo à condição de programa. Foram construídos objetivos gerais e específicos que promovem o impacto social, a troca de saberes e a interdisciplinaridade. Gerais: Criar um grupo de universitários e multiplicadores aptos a atuarem nas comunidades dos Vales do Jequitinhonha levando oficinas de luthieria e física na modalidade remota e/ou presencial. Específicos: Promover a interação dos parceiros do projeto e todos os componentes do público alvo e estudantes; Criação e execução de um banco digital de seminários sobre os princípios físicos da música e dos instrumentos musicais; Criação e execução de oficinas de luthieria básica, com foco na produção violões de baixo custo, voltados para estudo, do tipo silent, visando atender principalmente alunos carentes do Conservatório Estadual Lobo de Mesquita que muitas vezes não possuem instrumento para estudo, ou que simplesmente se interessem pela luthieria; Visitas ou conversas online com luthiers da região.


Metas

Fomentar equipe de estudantes aptos a levarem oficinas a todo público beneficiário e fortalecer os laços com as parcerias formadas; Desenvolvimento de um banco de seminários e experimentos sobre física de instrumentos musicais; Aproximação entre a universidade e os luthiers da região; Desenvolvimento de uma série de experimentos didáticos para fomentar o interesse em ciência nas crianças e adolescentes da região.


Metodologia

O presente projeto terá 3 fases de trabalho bem definidas: Preparação, Execução e Relatório. Na fase de Preparação, a proposta de trabalho inicia-se com uma revisão bibliográfica acerca das diferentes famílias de instrumentos musicais com base em levantamentos como os apresentados por Olson e por Berkley [et al.], definindo-se para cada instrumento, ou família de instrumentos, suas características construtivas e formas de geração, amplificação de ondas sonoras, e tentando-se desenvolver experimentos didáticos simples que possam ajudar a entender os fenômenos estudados. Propõe-se também um estudo das características de timbre, levando em conta composições de frequências naturais e formas modais que produzem o som daquele instrumento. Na Execução, faremos as interações dos membros do grupo com as diversas parcerias e público alvo, onde faremos o desenvolvimento e execução dos experimentos, seminários e oficinas. Como fechamento do projeto, faremos relatórios e a divulgação gratuita do material desenvolvido através dos canais e nos espaços físicos do Parque da Ciência de Diamantina; além de apresentar os resultados no evento institucional SINTEGRA e a produção do Relatório Final do Projeto.


Referências Bibliográficas

BERKLEY, R [etal.] Random Data analysis and measurement procedures. NewYork: Wiley - Interscience, 1971. CEMLobo – Conservatório Estadual de Música “Lobo de Mesquita”. Disponível em: <http://cemlobodemesquita.comunidades.net/historico>. Acesso em 16 de out. 2020. JENKINS, L.[et al.] Manual Ilustrado dos Instrumentos Musicais. São Paulo: Irmãos Vitale, 2009. MOTTOLA, L. – Luterie information website for builders of stringed musical instruments. Disponível em: < https://www.liutaiomottola.com/>. Acesso em 16 de set. 2021. MSB – Ministério da Saúde Brasil. Disponível em: <https://coronavirus.saude.gov.br/so bre-a-doenca>. Acesso em 16 de set. 2021. OLSON, H. F. Music, Physics and Engineering. Princeton: Dover Publications Inc, 1967. PARQUE – Parque da Ciência de Diamantina. Disponível em: < https://parque-da-ciencia.webnode.com/sobre-o-parque>. Acesso em 16 de set. 2021. PEIXOTO, F. W. S. A Contribuição de instrumentos musicais alternativos/recicláveis para as aulas de música: experiências e descobertas com os discentes de música e pedagogia em Sobral/Ce. 2018. 55f. Monografia (Graduação em Música - Licenciatura) - Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2018. VIEIRA, Niágara da Cruz. A Construção de Instrumentos Alternativos e os recursos formadores de um ambiente educacional integrado para a Educação Musical: uma pesquisa participativa com uma turma de quarto ano do ensino regular fundamental em uma escola pública do Rio de Janeiro. 2010. Dissertação


Inserção do estudante

Os alunos da universidade serão inseridos em todas as etapas do projeto, tendo como principal ganho a oportunidade de aprender física e engenharia por meio de aplicações que despertam interesse geral. A participação destes estudantes, sejam eles bolsista ou voluntários, se dará, em um primeiro momento, pelo estudo da teoria e dos métodos construtivos. De posse desta bagagem, tais alunos serão capazes de disseminar o conhecimento. Durante a execução das oficinas e palestras serão aplicados questionários estruturados para avaliação do desempenho dos oficineiros e do impacto gerado pela nossa intervenção. Serão gerados pelo grupo, relatórios parciais para comporem o relatório final e para estruturar possíveis adaptações do projeto. A participação de estudantes do Conservatório Estadual de Música “Lobo de Mesquita” e demais escolas da região, se dará, além da participação nas palestras e oficinas promovidas pelo projeto, através do relato sobre a qualidade das atividades.


Observações

A participação dos estudantes do conservatório, e possíveis demais interessados da região, se dará, além da participação nas palestras e oficinas promovidas pelo projeto, através do relato sobre a qualidade das atividades. O Conservatório Estadual de Música “Lobo de Mesquita”, atende hoje a 1620 alunos com idade a partir de 6 anos e conta com 48 professores, 1 supervisora e 12 funcionários, oferecendo cursos em diversos instrumentos além de canto e Artes Plásticas e Teatro (CEMLobo 2020). Espera-se então uma considerável demanda para as atividades aqui propostas. O presente projeto visa contribuir para a popularização e educação em ciência, que esta seja compreendida enquanto um processo que vise promover a exploração ativa, o envolvimento pessoal, a curiosidade, o uso dos sentidos e o esforço intelectual na formulação de questões e na busca de soluções; oferecendo respostas, mas, sobretudo, gerar a indagação e o interesse pela ciência (PARQUE 2021). Serão realizadas trocas de saberes por meio de oficinas entre os estudantes de projetos e escolas parceiras. O conservatório e/ou escolas parceiras farão intermédio entre o projeto e os diversos estudantes e professores, colaborando na divulgação e incentivo à participação.


Público-alvo

Descrição

Alunos de primeiro e segundo grau, nos quais se pretende fomentar o interesse pela ciência.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Município

Gouveia

Município

Serro

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Na presente parceria ocorrerão trocas de saberes por meios de oficinas e eventos conjuntos, onde acontecerá interação dos públicos alvos de ambos os projetos.

Participação da Instituição Parceira

Na presente parceria ocorrerão trocas de saberes por meios de oficinas e eventos conjuntos, onde acontecerá interação dos públicos alvos de ambos os projetos.

Participação da Instituição Parceira

Na presente parceria ocorrerão trocas de saberes por meios de oficinas e eventos conjuntos, onde acontecerá interação dos públicos alvos de ambos os projetos.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Estudos preliminares e desenvolvimento de material para as oficinas.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Interações dos membros do grupo com as diversas parcerias e público alvo, onde faremos o desenvolvimento e execução dos experimentos, seminários e oficinas.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Como fechamento do projeto, faremos relatórios e a divulgação gratuita do material desenvolvido através dos canais e nos espaços físicos do Parque da Ciência de Diamantina; além de apresentar os resultados no evento institucional SINTEGRA e a produção do Relatório Final do Projeto.