Visitante
MED informativo: educação em saúde para a comunidade.
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
alexandre oliver fiuza
202410120244141037
universidade federal dos vales do jequitinhonha e mucuri
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
saúde humana
regional
Sim
Membros
amanda soares gama
Bolsista
o presente projeto é uma proposta de intervenção na comunidade que tem como objetivo levar educação em saúde, por meio do rádio. Em parceria com duas rádios, uma localizada na cidade de Teófilo Otoni- MG e outra localizada na cidade de Poté-MG, o projeto levará temas relevantes em saúde para a comunidade, de modo a proporcionar momentos de reflexão e de trocas de conhecimento entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa. Além disso, os informativos produzidos pelos acadêmicos integrantes do projeto serão também veiculados no instagram, de modo a diversificar o público alcançado. Desse modo, o projeto impactará positivamente na sociedade à medida em que propiciará a disseminação de informações em saúde para a população, possibilitando a promoção e prevenção em saúde, bem como melhorias na qualidade de vida.
educação em saúde, promoção de saúde, prevenção, comunidade,
A história da saúde no Brasil perpassa por vários nuances, dentre os quais, a desigualdade no acesso. É sabido que, antes da aprovação da lei 8080 de 1990, que regulamenta o SUS, o acesso à saúde não era um direito de todos, mas um privilégio de seletos grupos que podiam custear os gastos. Ao final do século XIX, o Brasil passou por uma intensa mudança em várias das suas esferas, o que impactou diretamente as condições sanitárias do país. A abolição da escravatura, a chegada maciça de imigrantes no território brasileiro, o desenvolvimento do setor industrial e, consequentemente do comércio, tudo isso culminou em impactos significativos no contexto da saúde pública, com o desencadeamento de surtos epidêmicos. No intuito de combater tais surtos para reduzir os prejuízos causados à economia local, foram adotadas medidas sanitaristas, as quais tinham objetivo único de cessar os surtos, não sendo notadas melhorias contínuas na qualidade de vida e saúde da população, uma vez que tais ações se davam apenas em atenção às epidemias, sendo abandonadas assim que a situação fosse controlada. Um exemplo de ação proposta pelos sanitaristas para a redução das mazelas sanitárias da época foi a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, sem no entanto haver uma preocupação acerca da formação da população a esse respeito, desconsiderando completamente a soberania de cada indivíduo sobre o seu próprio corpo, de forma violenta e autoritária. Tais atitudes geraram na população um sentimento de revolta, culminando no evento histórico que ficou conhecido como "Revolta da Vacina". Com o avançar da história, houve propostas de melhorias no acesso à saúde, e junto a isso, as ações de educação em saúde, aliadas à concepção de educação popular, ganharam forças no cenário nacional. No entanto, a comunidade continuava a ser vista como passiva e incapaz de decisões sobre a sua própria saúde e, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que o conceito de participação popular ganhou notoriedade no cenário brasileiro. Todavia, somente com a criação do SUS em 1980 é que a participação popular foi fortalecida de fato a partir das ações de educação em saúde. Apesar dos avanços obtidos, sabe-se que, ainda hoje, em pleno século XXI, vários indivíduos continuam à margem de direitos sociais básicos, dentre os quais se citam a saúde e o acesso à informação em saúde. Nesse sentido, o projeto de extensão "MED informativo: educação em saúde para a comunidade", em parceria com a Rádio Comunitária Impacto FM 87.9, localizada na cidade de Teófilo Otoni-MG e a Rádio Liberdade FM, localizada na cidade de Poté-MG, visa levar educação em saúde para a população, sobretudo àqueles que não possuem amplo acesso às informações, de modo a promover autonomia e equidade na busca do cuidado. O projeto contará com a veiculação de informações relevantes em saúde, por meio do rádio, seja por programas ao vivo ou gravados, de modo a elucidar a população acerca dos vários aspectos da prevenção em saúde, bem como dos seus direitos e deveres dentro do sistema. Além disso, esses mesmos temas serão veiculados em um perfil no Instagram, com vistas a diversificar o público alcançado, vide que a Internet é hoje um dos principais meios de pesquisa utilizados para se obter informações sobre saúde. Desse modo, o projeto impactará positivamente a saúde da comunidade, haja vista que permitirá uma aproximação entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa, bem como possibilitará aos discentes uma formação centrada nas necessidades da população, bem como na realidade local.
Educação em saúde é um processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população, ou seja, um conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção à saúde de acordo com as suas necessidades (MINISTÉRIO DA SAÚDE). A partir da Constituição Federal de 1988, complementada e aperfeiçoada pela Lei Orgânica da Saúde, a assistência à saúde deve abranger não somente às ações assistenciais ou curativas, mas prioritariamente as atividades que proporcionem a promoção à saúde e a prevenção de doenças e agravos (ROGES, et al. 2013). Nesse sentido, a educação em saúde é um processo pedagógico que concebe o homem como sujeito, principal responsável por sua realidade (FRANÇA et al. 2003). Desse modo, os seus anseios em termos de saúde e qualidade de vida são alcançados a partir de uma ação consciente e participativa. A educação em saúde instrumentaliza as populações para a identificação dos problemas de saúde, análise das suas causas e consequências, de modo a lhes permitir autonomia para mobilizar e gerenciar os recursos necessários para as soluções dos problemas na saúde. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o principal problema de saúde enfrentado pelos países são os elevados custos (39%), seguido da desigualdade no acesso (29%). A partir desses dados, entende-se que a desigualdade no acesso à saúde, seja ele assistencial ou informativo, é um grande impasse a ser enfrentado na busca por equidade. No entanto, se por um lado, parcela da população vive escassa de informações em saúde, por outro, uma parte expressiva vive imersa em uma onda de excessos de informações, sendo que essa segunda situação também é prejudicial, haja vista as informações falsas que são veiculadas e que colocam em risco a saúde da população. Uma comprovação disso foi a pandemia de Covid-19, na qual se viveu o que alguns autores denominaram "infodemia", ou seja, um excesso de informações, algumas verdadeiras e outras não, e que dificultaram o enfrentamento à pandemia. Todos os meses, milhões de brasileiros acessam sites relacionados à saúde (KHECHINE; PASCOT; PRÉMONT, 2008). No entanto, muitas das vezes as informações acessadas por essas pessoas na Internet são incompletas ou contraditórias, incorretas e até mesmo fraudulentas, o que incorre aos profissionais e futuros profissionais da saúde o dever de levar informações corretas à população, uma vez que o cidadão comum tem dificuldade para distinguir o certo do enganoso ou o inédito do tradicional ( ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, 2009). Diante disso, entendem-se o papel dos meios de comunicação, sobretudo os de massa, nas ações de promoção à saúde, haja vista que tais ferramentas possibilitam a inovação e permitem que se alcancem mais pessoas. A Radiodifusão surgiu no território brasileiro com função cultural e educativa, por meio do estabelecimento da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Naquela época, viu-se no rádio um potencial para a promoção da cultura e da educação, já que apenas uma pequena parte da população tinha acesso à educação formal (PINTO et al., 2011). Nesse sentido, o rádio passou a ser utilizado como uma estratégia pedagógica, já que permite uma dinâmica de diálogo, troca de experiências, compartilhamento de conhecimentos e fortalecimento da identidade individual e coletiva dos indivíduos (ROGES et al. , 2013; PRADO, 2007). Falando especificamente das rádios comunitárias, a lei que as instituiu no Brasil data de 19 de fevereiro de 1998. Para Meliane (1995), os objetivos de uma rádio comunitária é democratizar as informações que estão concentradas apenas em determinados segmentos da sociedade. É importante esclarecer que uma rádio Comunitária difere da comercial apenas no quesito de não possuir um dono ou visar retorno financeiro, sendo organizada pela comunidade e permite espaço de fala a uma variedade de pessoas. Os objetivos de uma rádio Comunitária incluem: dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade; oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social[...] permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão, da forma mais acessível possível (Brasil, Portaria n. 191/1998). Nesse contexto, visto que as rádios comunitárias são uma realidade em todo o Brasil, é adequado que elas sejam vistas como uma estratégia da promoção e prevenção de saúde na comunidade, a partir da veiculação de informações fidedignas, de modo a alcançar a parcela mais pobre da população, que geralmente são os indivíduos que permanecem alienados com relação à própria saúde. Nesse sentido, considerando-se a importância da promoção de educação em saúde de modo a atenuar as desigualdades no acesso, bem como garantir a promoção e a prevenção em saúde, é pertinente que se promovam intervenções nesse sentido, de modo a possibilitar transmutação da qualidade de vida da população, bem como estimular o diálogo entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa.
Objetivo Geral: Promover educação em saúde para a comunidade, de modo a levar à reflexão a respeito de temas relevantes em saúde e, assim, modificar comportamentos e hábitos, o que impactará em melhorias na saúde integral, bem como na qualidade de vida da população das cidades de Teófilo Otoni e de Poté, ambas situadas no estado de Minas Gerais. Objetivos específicos: 1. Promover educação em saúde para a comunidade; 2. Permitir o diálogo entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa; 3. Promover a prevenção de doenças por meio da disseminação de informações em saúde; 4.Estimular a comunidade a desenvolver a sua autonomia na busca por uma melhor qualidade de vida; 5. Possibilitar que os acadêmicos de medicina participantes do projeto se formem educadores em saúde; 6. Orientar a busca pelo serviço de saúde de acordo com as queixas; 7. Promover a troca de saberes sobre saúde, levando-se em conta as diferenças culturais e socioeconômicas; 8. Contribuir para a promoção da qualidade de vida na comunidade; 9. Contribuir para a saúde biopsicossocial das comunidades; 10. Levar conhecimentos em saúde para a população; 11. Disseminar informações verídicas em saúde; 12. Atuação dos acadêmicos de medicina na educação em saúde da comunidade, de modo a lhes permitir aplicar os conhecimentos adquiridos na graduação em prol da população, bem como adquirir novos conhecimentos e desenvolver habilidades; 13. Ressaltar a importância da equipe multidisciplinar em saúde; 14. Aproximar a Universidade da comunidade e permitir que essa seja beneficiada com as atividades desenvolvidas pelos discentes; 15. Desenvolvimento, pelos acadêmicos, de um olhar sensível acerca dos processos saúde-doença mais prevalentes na comunidade; 16. Formar profissionais numa perspectiva humanizadora.
● Levantar dados acerca da influência das ações de educação em saúde na qualidade de vida da população; ● Estimar o desejo da comunidade em participar de ações de educação em saúde; ● Aproximar a comunidade acadêmica da comunidade externa, de modo a propiciar a troca de experiências, vivências e saberes; ● Divulgação de informações relevantes em saúde por meio do rádio e do instagram; ● Reduzir a disseminação de informações falsas sobre temas da saúde, a partir da divulgação de informações verídicas e pautadas em evidências científicas; ● Compreender o papel da equipe multidisciplinar na educação em saúde; ● Promover uma discussão sobre a educação em saúde tanto no meio acadêmico, quanto na comunidade, a fim de se extinguir possíveis posturas de verticalização do acesso à saúde existentes na área de abrangência; ● Agregar conhecimento acerca das doenças mais prevalentes nas cidades em que o projeto ocorrerá; ● Promover discussões dentro do espaço acadêmico sobre o projeto, a fim de que mais projetos possam ser criados com o objetivo de se promover mais educação em saúde.
O projeto de extensão proposto será realizado a partir de uma parceria com a Rádio Comunitária Impacto FM 87.9, a Rádio Comunitária Liberdade FM, e a Rádio Comunitária Metropolitana FM. As atividades propostas ocorrerão por meio da veiculação de quadros informativos nessas instituições radiofônicas, com duração de aproximadamente 15 minutos, com transmissão ao vivo ou de programas gravados anteriormente, de modo a levar informações relevantes em saúde para a comunidade a partir de uma linguagem simples e objetiva. Além disso, essas mesmas informações serão adaptadas e publicadas em um perfil na plataforma digital Instagram, por meio da realização de enquetes interativas e postagens rápidas, de modo a permitir o compartilhamento de tais informações entre os indivíduos. A equipe que produzirá os roteiros para os programas de rádio, bem como os materiais a serem divulgados nas redes sociais, contará com a participação de estudantes de medicina da FAMMUC, um médico, técnicos administrativos, bem como outros profissionais da saúde que serão eventualmente convidados para colaborar com o projeto. A veiculação dos programas seguirão a seguinte lógica: uma vez por semana teremos a transmissão de programas via rádio, às segundas-feiras, no horário de 10 horas da manhã. O horário de veiculação do programa na rádio foi escolhido a partir da perspectiva de que durante a parte da manhã as pessoas ouvem mais o rádio com vistas a se informar ou até mesmo com o intuito de terem uma distração enquanto cuidam dos seus afazeres. Na rádio Impacto FM, localizada na cidade de Teófilo Otoni, os programas ocorrerão sempre de forma ao vivo, de modo a permitir a participação da comunidade para o envio de dúvidas e outras contribuições. Por questões de logística, nas rádios localizadas na cidade de Poté os encontros ao vivo ocorrerão duas vezes por mês, na segunda e quarta semana do mês, de modo a também permitir e incentivar a participação da população em tais programas. Os programas de rádio sempre terão um formato de diálogo, sendo que eventualmente serão convidadas pessoas da própria comunidade para compor a conversa, de modo a dar voz à população por meio dos seus representantes. Já as postagens no instagram ocorrerão também de forma semanal, sendo que serão utilizados os mais diversos recursos: posts em informativos no feed, reels com uma abordagem lúdica, stories com enquetes interativas, dentre outros, tudo isso visando a promoção da educação em saúde. Os temas a serem explorados nas nossas atividades serão escolhidos a partir de um levantamento a ser feito tanto por meio da rádio, quanto por meio do instagram, no qual o público alvo poderá opinar acerca de quais assuntos que mais lhes interessam. Pretende-se, ainda, estreitar laços com os PSF’s localizados nas imediações da Universidade na cidade de Teófilo Otoni, bem como com as lideranças comunitárias locais, com o intuito de entender quais têm sido as queixas mais prevalentes da população nos últimos meses, com vistas a nos auxiliar na escolha dos temas que serão abordados. O mesmo será feito para a cidade de Poté. A partir desse diálogo, será possível dimensionar de forma mais precisa quais são as principais dúvidas da população e direcionar as ações, de modo a atender tais anseios. Assim, o primeiro mês de execução do projeto “MEDinformativo: educação em saúde para a comunidade, será voltado para a análise e organização dos dados obtidos a partir do levantamento realizado junto à comunidade. Ademais, no primeiro mês do projeto também serão realizadas capacitações e serão dadas orientações gerais aos discentes integrantes do projeto pelo coordenador. As orientações aos discentes serão a respeito da adequação da fala ao público ouvinte, do comportamento ético para com a comunidade e também para com os colaboradores da rádio. Após essas capacitações, os estudantes estarão aptos a realizar os programas de educação em saúde. Com o cronograma e divisão de pessoal já estabelecidos, a equipe do projeto iniciará a sua capacitação a partir da busca na literatura por artigos científicos e livros que esclareçam os temas. Além disso, os profissionais da área da saúde também prestarão auxílio no estudo e entendimento dos temas por parte dos alunos. Assim, a partir desse estudo prévio, será possível a construção dos roteiros dos programas e dos informativos a serem veiculados nas redes sociais do projeto. Ademais, a cada programa será estabelecida uma abordagem que melhor transmita a mensagem aos ouvintes: simulação de diálogo entre duas pessoas da comunidade, simulação de diálogo entre uma pessoa da comunidade e um médico, entrevista, esclarecimento de mitos e verdades, dentre outras. Durante cada transmissão ao vivo, haverão momentos de elucidação de dúvidas, relatos de experiências e compartilhamento de opiniões, de modo a realizar um intercâmbio de saberes. Todos os meses as atividades realizadas serão registradas a partir de um relatório, a ser escrito por um dos discentes integrantes. No sexto mês de vigência do projeto, será realizado um relatório com os resultados parciais. No último mês, além dos programas no rádio e dos posts no instagram, serão realizadas as atividades burocráticas do projeto, como a escrita do relatório final, com exposição e análise dos resultados do projeto. Além disso, pretende-se, a partir desse projeto de extensão, fomentar a pesquisa a partir do levantamento de dados realizado no início do projeto.
BRASIL. Constituição (1988). Portaria nº 191, de 3 de junho de 1998. Portaria Nº 191, de 6 de Agosto de 1998.. Disponível em: <http://www.teleflash.com.br/lei9.htm>. Acesso em: 30 out. 2023 Chehuen Neto JA, Teixeira Soares GM, Delgado Áureo A de A, Lima JV, Beligoli D de A, Mello CS de. Informações em saúde e a população: a relação médico-paciente e as repercussões no tratamento. HU Rev [Internet]. 28º de julho de 2010 [citado 1º de novembro de 2023];36(1). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/907 ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA. Paciente informado pela ‘web’: fenômeno que altera a relação médicopaciente. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/>. Acesso em: 30 out. 2023. KOVALSKI, A. P.; LOPES, J. ; HILDEBRANDT, L. M. ; LEITE, M. T. Dialogando com a comunidade: a rádio como ferramenta de educação em saúde. 7° congresso brasileiro de extensão universitária. Disponível em: https://www.cbeu.ufop.br>anais_files. Acesso em: 31/10/2023. NAKAYAMA, E. H. A biblioteca científica e o processo de busca de informação por pacientes. 2004. Dissertação (Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde)––Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2004. PINTO, Bruno Ítalo Sousa et al. O rádio como instrumento para a educação em saúde: potencialidades e desafios. Educação e Informação em Saúde: Caderno de textos acadêmicos, [internet], p.213-222, 2011. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. SANTOS, Shirleíze Mariane Pereira; SILVA, Flávia Rayonara Santana da; ALMEIDA JÚNIOR, José Jailson de. Construção crítico-reflexiva de graduandos da área da saúde: relatando experiências. 2014. Artigo apresentado no III Congresso Online - Gestão, Educação e Promoção da Saúde - 19 a 22 de novembro de 2014. Disponível em: <http://www.convibra.com.br/upload/paper/2014/58/2014_58_9736.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2014.Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/62bafe80492de2f4b04bb314d16287af/Caderno_textos_academicos_completo_BAIXA_cs4.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 2 dez. 2014. 8- SILVA, F. R. S.; ARAÚJO R. L. S.; SANTOS S. M. P. et AL. Espaço saúde e cidadania: um experimento radiofônica em educação em saúde no município de Santa Cruz. Convibra, Santa Cruz, RN, 2015. Disponível em: HTTP://www.convibra.com.br/upload/paper/2015/58/2015 58 11307. pdf acesso em: 31/10/2023.
A Faculdade de Medicina do Mucuri (Fammuc) funciona em período integral e apresenta um novo modelo de Projeto Pedagógico que busca formar um profissional com perfil adequado para atuar na região, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais. O projeto de curso tem como finalidade a formação integral e adequada dos estudantes através da articulação entre ensino, pesquisa, extensão e assistência. As ações integrativas contribuem para auxiliar os estudantes a construírem um quadro teórico-prático global mais significativo e mais próximo dos desafios que enfrentarão na realidade profissional dinâmica em que atuarão, concluída a graduação. A faculdade de Medicina do Mucuri, FAMMUC, objetiva formar um profissional com perfil “generalista, humanista, crítico e reflexivo; capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano” (Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN para o curso de Graduação em Medicina MEC, 2001). O projeto curricular do curso visa a formação integral e adequada dos estudantes através da articulação entre ensino, pesquisa e extensão, sendo que as ações de caráter integrativo contribuem para auxiliar os estudantes na construção de um cenário de atuação mais significativo e mais próximo dos desafios que enfrentarão na atuação profissional ao ingressraem no mercado de trabalho. Diante disso, a partir da participação no projeto "MEDinformativo: educação em saúde para a comunidade ", os discentes terão a possibilidade de praticar o projeto pedagógico do curso, haja vista que atuarão de modo a promover saúde para a população, a partir da produção de conteúdos informativos os quais serão veiculados nas rádios parceiras, bem como no Instagram, no usuário @med.informativo. Tais ações estarão respaldadas pelo docente vice coordenador do curso de Medicina do Mucuri, bem como pelos técnicos administrativos da unidade acadêmica, os quais são profissionais da área da saúde e muito têm a contribuir para a realização das atividades. Além disso, serão estabelecidas parcerias com outros projetos e ligas acadêmicas da universidade, com vistas a promover a integração de conhecimentos e favorecer a multidisciplinaridade. Nesse sentido, entende-se que, ao participarem do projeto supracitado, os acadêmicos serão capacitados profissionalmente, haja vista que os conhecimentos adquiridos em sala de aula serão somados aos conhecimentos adquiridos a partir da preparação dos conteúdos a serem veiculados para a população, bem como por meio das formações que serão oferecidas para que se capacitem cada vez mais. Ademais, ressalta-se a relevância do projeto para a formação humanista desses futuros médicos, já que ao promoverem educação em saúde terão a oportunidade de compreender genuinamente as necessidades dos seus pacientes, sobretudo da população mais pobre, o que lhes permitirá a construção de uma boa relação médico-paciente tanto na prática acadêmica, quanto na futura prática profissional. Portanto, caberão aos discentes envolvidos com o projeto: 1. Organizar, por ordem de prioridade, os temas que serão abordados nos programas de rádio e também no instagram, bem como a divulgação dos conteúdos produzidos e demais demandas eventuais; 2. Produzir os roteiros referentes aos programas a serem veiculados no rádio, assim como produzir o material informativo a ser divulgado no Instagram; 3. Capacitar-se, por meio de embasamento teórico, para preparar os materiais com conteúdo científico, relevante e de forma acessível; 4. Ser interlocutor nos programas no rádio, levando em consideração a transmissão clara e objetiva do conhecimento, por meio de uma linguagem simples e compreensível, inclusive por pessoas que não possuem nível de escolaridade; 5. Apresentar sugestões de inovação para o projeto; 6. Administrar a rede social (Instagram) do projeto, de modo a dispor as informações de maneira objetiva e organizada, respeitando a identidade visual do projeto. As atividades serão assistidas pelo coordenador e/ou colaborador, que auxiliarão e avaliarão os alunos desde a preparação do conteúdo dos roteiros e posts- sugerindo bibliografias a serem consultadas, por exemplo - à versão final de tais materiais.
projeto levará temas relevantes em saúde para a comunidade, de modo a proporcionar momentos de reflexão e de trocas de conhecimento entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa
Público-alvo
O público alvo da intervenção é a comunidade, urbana e rural, das cidades de Teófilo Otoni-MG e de Poté-MG, sobretudo a parcela mais pobre da população. A Rádio Comunitária Impacto FM 87.9 é uma rádio que abrange toda a cidade de Teófilo Otoni, sobretudo a região Sul da cidade, a qual é predominantemente ocupada por moradores de baixa escolaridade e socioeconomicamente frágeis. Do mesmo modo, a Rádio Comunitária Liberdade FM e a Rádio Comunitária Metropolitana FM, ambas localizadas na cidade de Poté, abrangem toda a região, inclusive a população rural. Dessa forma, a partir da veiculação dos programas por meio das três rádios parceiras, bem como a partir da publicação dos conteúdos no Instagram, a comunidade poderá obter conhecimentos e, a partir deles, criar as suas próprias reflexões acerca da sua própria saúde e da qualidade de vida, além de poder entender e adequar os seus comportamentos e hábitos, a partir dos dados veiculados, com o objetivo de se alcançar benefícios à saúde integral da população. Indiretamente, a partir da realização de tais ações, espera-se obter um estreitamento de laços entre a universidade e a comunidade externa, bem como a divulgação da existência da universidade em toda a cidade e região. O fato de a rádio comunitária Impacto FM estar localizada em uma região adjacente à faculdade, a veiculação dos programas no rádio podem contribuir para a atração de novas estudantes para o campus, uma vez que a realização de um projeto voltado para a comunidade, por jovens universitários, pode ser um incentivo para que os jovens dessa mesma comunidade queiram ingressar no ambiente acadêmico. O mesmo raciocínio se aplica às demais rádios parceiras.
Municípios Atendidos
Poté
Teófilo Otoni
Parcerias
A parceria com as rádios é de extremo valor para a boa execução do projeto, já que os programas serão veiculados por meio delas, sendo assim possível atingir o nosso público alvo. Além disso, por meio da parceria com as rádios, o projeto será amplamente difundido, bem como o nome da universidade, o que ajudará tanto nas ações de educação em saúde, bem como no estreitamento de vínculos entre a universidade e a comunidade. A rádio Impacto, por exemplo, tem uma forte audiência na região Sul da cidade, região onde está localizado também o campus do Mucuri. No entanto, o que se percebe é que as relações entre a comunidade da zona Sul e a universidade ainda é bastante tímida, sendo que boa parte dos indivíduos, sobretudo jovens, não têm perspectivas de ingresso no ambiente universitário. Sendo assim, a transmissão desse projeto via rádio é uma oportunidade de levar a universidade para o povo, com o intuito de convidá-los a ocupar esse espaço.
A parceria com as rádios é de extremo valor para a boa execução do projeto, já que os programas serão veiculados por meio delas, sendo assim possível atingir o nosso público alvo. Além disso, por meio da parceria com as rádios, o projeto será amplamente difundido, bem como o nome da universidade, o que ajudará tanto nas ações de educação em saúde, bem como no estreitamento de vínculos entre a universidade e a comunidade. A rádio Liberdade, por exemplo, tem uma forte audiência na zona rural da cidade, região extremamente carente de informações solidas de prevenção e promoção de saúde, além do desconhecimento acerca da existência de uma instituição de ensino da área de saúde na região. Sendo assim, a transmissão desse projeto via rádio é uma oportunidade de levar a universidade para o povo, com o intuito de convidá-los a ocupar esse espaço.
Cronograma de Atividades
Organizar, por ordem de prioridade, os temas que serão abordados nos programas de rádio e também no instagram, bem como a divulgação dos conteúdos produzidos e demais demandas eventuais, e apresentar o projeto para a comunidade acadêmica e população em geral.
Capacitar-se, por meio de embasamento teórico, para preparar os materiais com conteúdo científico, relevante e de forma acessível
Será feito levantamento dos dados acerca dos temas de maior interesse da população.
Definir a ordem de prioridade dos temas, a partir da analise dos dados obtidos da população.
Preparar os programas a serem veiculados tanto no Instagram quanto nas rádios (estudo prévio do tema e elaboração do material de divulgação);
Realização dos programas na rádio e divulgação dos informativos no instagram;
Confecção e apresentação de relatórios das atividades realizadas.