Detalhes da proposta

Terapia Assistida por Animais em idosos residentes em Instituição de Longa Permanência para Idosos de Unaí/MG: “Zooterapia: Bicho Amigo”

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    jeanne broch siqueira

    Número de inscrição:

    202110120214593

    Unidade de lotação:

    instituto de ciências agrárias

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências da saúde

    Área temática principal:

    saúde

    Área temática secundária:

    educação

    Linha de extensão:

    terceira idade

    Abrangência:

    municipal

    Vinculado a programa de extensão:

    núcleo de desenvolvimento rural do instituto de ciências agrárias

    Gera propriedade intelectual:

    Sim

Membros

paulo fernandes marcusso Vice-coordenador(a)

alessandra boy isidoro vasconcelos Voluntário(a)

ana carolina nacif amaral Voluntário(a)

ana karina ribeiro Voluntário(a)

ana luiza ferreira patrocínio Voluntário(a)

camila vieira nobre Voluntário(a)

claudinete da assunção ramos penha Voluntário(a)

jéssica del nero Bolsista

matheus ribeiro coelho Voluntário(a)

mayara vanessa nogueira Voluntário(a)

Resumo

A Terapia Assistida por Animais (TAA), também chamada Pet Therapy ou Zooterapia é uma modalidade de terapia que utiliza animais para promoção do bem-estar humano e animal. A TAA é uma prática com critérios específicos onde o animal é a parte principal do


Palavras-chave

cão, idoso, terapia


Introdução

A Terapia Assistida por Animais (TAA), também chamada Pet Therapy ou Zooterapia é uma modalidade de terapia que utiliza animais para promoção do bem-estar humano e animal [1]. A TAA é uma prática com critérios específicos onde o animal é a parte principal do tratamento, objetivando promover a melhora social, emocional, física e/ou cognitiva de pacientes humanos [2]. O relacionamento entre homens e animais é uma entidade complexa iniciada nos primórdios da história da humanidade com a domesticação dos animais e mantida até hoje graças a sentimentos muito peculiares [3]. Historicamente a TAA foi utilizada de forma pioneira e intuitiva em 1792 no tratamento de doentes mentais [4]. Posteriormente, pesquisadores constataram que a terapia proporciona vários benefícios aos indivíduos que a recebem. A TAA tem sido utilizada como um instrumento que auxilie no tratamento de algumas doenças, mostrando uma série de efeitos benéficos em pacientes psiquiátricos, adultos, crianças hospitalizadas, idosos, entre outros [5]. A utilização de animais como forma de tratamento ou terapia, envolve questões caraterísticas do relacionamento homem-animal, levando ao resgate e/ou intensificação de sentimentos e sensações que somente esse contato pode proporcionar. A TAA é indicada para qualquer pessoa, seja idosa, adulta ou criança, com problemas psiquiátricos, portadores de deficiência física ou mental, com câncer ou qualquer outro tipo de enfermidade, estando o paciente domiciliado ou institucionalizado [1]. Globalmente, há um aumento da proporção de idosos, à exceção de alguns países africanos, todo o mundo encontra-se e em algum estágio deste processo [6]. É sabido que o processo de envelhecimento acarreta ao indivíduo um declínio significativo no funcionamento do organismo, assim, a senilidade e suas consequências debilitam o indivíduo, trazendo consigo alguns prejuízos sejam eles: fisiológicos, psíquicos e sociais. Dentro do contexto que envolve os prejuízos oriundos do envelhecimento, em 1986, foi comprovada a eficácia da TAA em pessoas idosas ao ser verificado que pacientes acima de 78 anos de idade e com doença de Alzheimer, a princípio socialmente isolados, interagiram de forma positiva com um cão de terapia. As sessões amenizam os problemas emocionais, físicos e mentais vivenciados pelos pacientes idosos [1]. Esta intervenção, a Terapia Assistida por Animais, deve ser aplicada e supervisionada por profissionais da saúde, devidamente habilitados, sendo todo o processo documentado e avaliado periodicamente, objetivando promover a melhora da função física, social, emocional e/ou cognitiva dos pacientes [4]. A TAA, quando realizada de forma sistematizada e acompanhada por uma equipe multiprofissional, consegue englobar a extensão biopsicossocial relativa ao indivíduo. No município de Unaí, em Minas Gerais, para atender ao crescimento do quantitativo de idosos que não possuem no seio familiar o suporte adequado para o atendimento às suas necessidades humanas básicas, foi criada a instituição, hoje caracterizada como Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), Abrigo Frei Anselmo da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária define as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) como instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. O Abrigo Frei Anselmo da SSVP foi fundado em 12 de dezembro de 1989, é uma associação civil de direito privado, beneficente, caritativa e de assistência social, sem fins econômicos (Estatuto Social). Apesar do caráter social, o Abrigo Frei Anselmo da SSVP possui uma unidade ambulatorial, atendendo não apenas às necessidades humanas básicas, mas são observados e atendidos de maneira holística. Para assistir aos residentes da instituição, entendendo que são pessoas inseridas em contextos sociais, culturais e político-religiosos diferentes, contam com a colaboração de uma equipe multidisciplinar ampla. O projeto em questão será executado dentro das dependências da instituição Abrigo Frei Anselmo da SSVP, no município de Unaí-MG, que são amplas e proporcionam local adequado para a sua execução. O projeto será realizado em parceria com a instituição, que disponibiliza os profissionais para auxiliar no desenvolvimento do projeto, respeitando a disponibilidade de tempo dos mesmos.


Justificativa

Assim como outros países, o Brasil tem vivenciado nas últimas décadas uma dinâmica demográfica em que se combina o aumento da expectativa de vida com uma redução da taxa de natalidade. Como consequência natural desse fato há uma elevação da participação dos idosos na população total, também chamado de envelhecimento da população [7]. Nesse contexto uma série de dificuldades surge em relação à população idosa no Brasil. O envelhecimento populacional está ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas, institucionais, no sistema de valores e na configuração dos arranjos familiares [8]. Por um lado, há uma redução no número de descendentes, o que passa a ser um limitante no processo de cuidar dos idosos, tendo em vista que, conforme legislação brasileira, prioriza-se que a família se responsabilize pelos cuidados aos idosos. Por outro, há um aumento no quantitativo de idosos no país, com menos pessoas disponíveis e pessoas sem condições de cuidar desses idosos. Outra mudança na conformação das famílias que interferem nesse processo, é a saída da mulher que, de forma cultural, assumia a responsabilidade pelos cuidados com os mais velhos, para o mercado de trabalho [9]. Toda essa situação leva à necessidade da criação de instituições com finalidades direcionadas ao cuidado intermitente desses idosos. Para atender a essa demanda, que era crescente, foram criados os chamados asilos, que em sua formação inicial eram instituições de assistência social onde se abrigavam para sustento, cuidado e/ou educação crianças, mendigos, doentes mentais, idosos, etc, que atualmente estão sendo substituídas pelas chamadas Instituições de Longa Permanência para Idosos [7]. A criação das ILPI’s corrobora com a legislação que, conforme o art. 3º da Lei 10.741 de 01/10/ 2003 [10]: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. Pensando nos direitos necessariamente assegurados aos idosos e nos deveres atribuídos à comunidade, à sociedade e ao poder público, a realização de um trabalho de extensão que proporcione a idosos institucionalizados, atividades que cumpram com algumas dessas obrigações, é de suma importância, de extrema necessidade, com benefícios para todos os envolvidos. O município de Unaí-MG conta com uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, o Abrigo Frei Anselmo da SSVP, atende a idosos e pacientes com outras características, mas que permaneciam na instituição no período de transição do caráter asilar para ILPI. O atendimento direcionado a essas pessoas englobam toda a extensão biopsicossocial, sendo assistidos durante 24h por dia durante todos os dias do ano, contando com um quadro de funcionário extenso e uma equipe multiprofissional qualificada e com uma visão direcionada à assistência holística aos residentes. Sabe-se que todas as alterações decorrentes do processo fisiológico do envelhecimento terão repercussão nos mecanismos homeostáticos da pessoa idosa e em sua resposta orgânica, diminuindo sua capacidade de reserva, de defesa e de adaptação, o que a torna mais vulnerável a quaisquer estímulos (traumático, infeccioso ou psicológico) [11]. A Terapia Assistida por Animais proporcionará benefícios aos idosos institucionalizados como: melhorias no processo saúde-doença, intensificação da convivência e do contato com a comunidade, o lazer relacionado ao momento de distração que a metodologia proporciona, dentre outros. Em contrapartida, além dos benefícios acadêmicos, os desenvolvedores do projeto terão a oportunidade de conviver com as pessoas que se encontram na última fase da vida, os idosos, esse contato pode trazer experiências que dificilmente poderiam ser quantificadas e explicadas. A Terapia Assistida por Animais visa alcançar benefícios físicos, psíquicos, sociais e educativos, tais como: melhoria de destrezas motoras finas; destrezas no manejo da cadeira de rodas; melhoria da postura do paciente; estimulação de atividades físicas; aumento da interação verbal entre os membros da equipe de saúde; melhoria da capacidade de atenção; diminuição da ansiedade; diminuição da sensação de solidão; melhoria da imagem corporal; participação em atividades recreativas; estimulação da disposição e interação a participar em atividades de grupo; melhoria das relações da equipe de saúde; aumento do vocabulário; estimulação da memória imediata e de longo prazo [12]. Os programas de TAA em asilos enriquecem a vida dos idosos de muitas formas. Acariciar um animal responsivo leva sorrisos àqueles que raramente sorriem, leva amor àqueles que acreditam que não são mais dignos dele e leva uma razão para acordar pela manhã àqueles cuja vida se tornou vazia e solitária. Uma pesquisa empírica criada por O’Malley [13] avaliou o efeito de oito sessões de TAA em 31 idosos. Os participantes interagiam com os cães duas vezes por semana e o encontro tinha a duração de sessenta minutos. As atividades propostas incluíam acariciar, brincar, pentear, ou simplesmente olhar o animal, dependendo das habilidades físicas e nível de energia do indivíduo. A pressão arterial dos idosos também foi mensurada e ao final de quatro semanas, respostas significativas puderam ser atribuídas à interação dos participantes com os cães terapeutas. Algumas reações foram observadas quase que imediatamente, como a presença de mais sorrisos, maior mobilidade e maior socialização entre eles. Alguns possuíam dores e restrição de movimentos, porém apesar desta dificuldade e da presença da dor constante, eles ainda assim estendiam os braços para alcançar e acariciar o cão. Do ponto de vista científico, houve redução da ansiedade e da depressão dos participantes, onde todos eles apresentaram uma redução na pressão arterial no teste pós-terapia assistida, que permaneceu em 116/64 como média. Constatou-se que, quanto mais tempo o idoso interagia com o animal, maior o período de permanência desta queda de pressão arterial34. Portanto, a Terapia Assistida por animais se torna um poderoso agente motivador para alcançar objetivos na locomoção, linguística, socialização, independência e aumento de autoestima, da qualidade e do significado da vida e diminui a depressão21,40. Além de que, o contato físico com o animal traduz-se num decréscimo da tensão arterial, do batimento cardíaco e do ritmo respiratório e no aumento da temperatura das extremidades do corpo. Além disso, comprovou-se que os indivíduos que constatam diariamente com cães têm menores níveis de triglicerídeos e de colesterol, assim como fazem menos visitas aos médicos e consomem menos medicamentos [14]. O processo de cuidados direcionado aos indivíduos idosos necessita de atenção especial devido aos declínios fisiológicos que o organismo apresenta como processo de envelhecimento. Para atender a todos os cuidados imprescindíveis ao assistir idosos, faz-se necessário que profissionais capacitados a realizar a avaliação, tanto dos indivíduos humanos quanto dos animais, estejam presentes na execução de um projeto dessa magnitude, assegurando que não haja riscos adicionais relacionados à utilização dessa metodologia. Para tanto, o trabalho ser coordenado por médicos veterinários e possuir o apoio de outros profissionais da área saúde, disponibilizados pela instituição envolvida, consiste em uma segurança e facilitador do êxito do projeto. É de grande importância ressaltar que estudos sobre infecção hospitalar mostraram ser mais comum um visitante humano transmitir infecções aos pacientes do que os animais, quando devidamente limpos e imunizados. Ainda, estudos realizados após cinco anos de TAA em ambiente hospitalar, concluíram que o número de infecções não alterou durante o período que os animais estiveram presentes [4]. Para colocar em prática a Terapia Assistida por Animais, existem recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC) [15,16], que são subdivididas em três partes: recomendações quanto ao animal, ao paciente e à coordenação do programa de TAA [4]. Essas recomendações norteiam e direcionam a forma como técnica deve ser realizada, sem oferecer riscos aos envolvidos. Os aspectos mais importantes que um animal deve apresentar para integrar o programa são: ter comportamento amigável com estranhos e estar habituado com sessões de TAA em ambiente hospitalar. Um animal de terapia deverá ser calmo e inspirar confiança em que o irá manejar, deverá sustentar o olhar das pessoas, gostar que lhe façam festas, o abracem e toquem, mantendo-se calmo perante movimentos burscos e barulhos altos. Todo o animal de terapia será treinado para a atividade prevista. Os animais devem ter acompanhamento médico veterinário, garantindo o bom estado sanitário do animal e minimizando o potencial zoonótico. É imperativo zelar pelo bem-estar do animal com respeito e muito carinho, pois, o bom funcionamento da TAA depende da qualidade de vida desses terapeutas animais [17]. No Brasil existem vários projetos em andamento, que utilizam animais como terapeutas ou coadjuvantes terapêuticos. A utilização deste recurso terapêutico vem garantindo melhor qualidade de vida para pessoas de todas as idades. A explicação para o sucesso dos projetos de intervenções assistidas por animais é a aprovação das duas partes interessadas: os participantes (crianças, idosos, pacientes) e os coordenadores dos projetos com seus animais especiais [12]. A TAA pode ser aplicada em tratamentos diversos e tem apresentando resultados positivos em todas as áreas onde é utilizada, atuando como um estímulo para o tratamento dos pacientes. Ressaltando que a TAA por si só não apresentada características nem capacidade para curar uma enfermidade, mas os efeitos apresentados por sua utilização colaboram significativamente na melhora dos pacientes [1]. A necessidade de melhorar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados, visto que estes são, em sua maioria, sujeitos à carência de afeto e de apresentarem sentimentos de solidão, abandono, depressão e isolamento, justificando a aplicação desse projeto. O Projeto vem sendo desenvolvido pela UFVJM em parceria com o Abrigo Frei Anselmo desde 2016, por meio de projeto de extensão (PIBEX). Desde então, devido ao sucesso e grandes resultados verificados na vida dos residentes envolvidos, vem sendo solicitada a renovação. Até agora, foram diversas atividades foram executadas, entre elas: 1. Criação do logo do projeto para ser utilizado nos materiais e uniformes da equipe de trabalho e roupinhas dos animais, com objetivo principal de construir uma identidade ao projeto; 2. Criação das fichas de anotação com as informações que devem ser observadas durante as sessões terapêuticas. Uma para acompanhamento da terapia contendo informações sobre o cão, o residente e sobre a interação de ambos e a outra contendo identificação do idoso; 3. Divulgação do projeto perante a comunidade acadêmica para agregar discentes voluntários. Entre os envolvidos diretamente, além da discente bolsista do projeto, são mais 06 (seis) discentes do curso de medicina veterinária participando das atividades do projeto; 4. Divulgação do projeto perante comunidade acadêmica e municipal para conseguir proprietários voluntários e seus cães, candidatos a participar das terapias. Foram criadas comunidades em redes sociais (http://www.facebook.com/ZooterapiaBichoAmigo/ e Instagram) para entrar em contato com os proprietários. Durante esse período, todos os cães voluntários foram submetidos a exame clínico geral, anamnese para verificar se tinham todas as vacinas e vermífugos em dia, além de avaliação comportamental compatível para participar do projeto e interagir com os idosos (residentes do Abrigo Frei Anselmo). Até o momento foram selecionadas 4 (quatro) cadelas, duas da raça Golden Retrivier, 01 yorkshire e 01 pug, todas qualificadas a participar das terapias; 5. São realizadas reuniões regulares no Abrigo Frei Anselmo envolvendo a Coordenadora do Projeto, os discentes envolvidos, juntamente com a diretora do Abrigo e toda equipe multidisciplinar de psicólogas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiras e fonoaudiólogas para tirar todas as dúvidas do projeto e para que fossem definidos quais os residentes que tinham potencial de participar do projeto com perspectiva de melhora. Os residentes foram avaliados pela equipe do Abrigo e suas fichas clínicas e psicológicas foram avaliadas. 6. Os grupos de residentes foram arranjados de acordo com suas limitações sociais, físicas, psíquicas e cognitivas e com interesse em participar do projeto para se dar inicio as terapias. 7. Foram desenvolvidos juntamente com as atividades do projeto 1 PIBIC intitulado: CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA E COMPORTAMENTAL DE CÃES TERAPEUTAS DURANTE ATIVIDADES DE TERAPIA ASSISTIDA; 01 TCC com mesmo título; 01 PIBIC/EM (AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE CÃES E EVOLUÇÃO DE IDOSOS EM SESSÕES DE TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS). 8. Foram publicados 8 resumos (entre simples e expandidos) em eventos locais, regionais e nacionais, com as informações coletadas durante todo o período em que o projeto vem sendo desenvolvido. 9. Está em fase de confecção, capítulo para um E-book: OS DESAFIOS DA PRODUÇÃO E SAÚDE ANIMAL: SUSTENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE NO NOROESTE DE MINAS GERAIS, com projeção de ser publicado em maio de 2021. As sessões terapêuticas iniciaram em Outubro de 2016 com sessões semanais, salvo algum imprevisto de participação das cadelas, da equipe de profissionais ou algum feriado. De outubro a Dezembro de 2016 foram realizadas 10 (dez) sessões, sempre às terças-feiras com duração de 1 hora. O mês de Dezembro/2016 ocorreu uma pausa das sessões terapêuticas devido ao recesso de Natal e Ano Novo. Durante esse período, os estagiários organizaram as fichas de anotações e foram criados novos materiais (como cones, bolas, roupinhas para os animais, busca de patrocínio para banhos, petiscos e brinquedos) que são utilizadas durante as terapias pelos cães, além da ação contínua de divulgação do projeto para conseguirmos mais cães voluntários e proprietários comprometidos. Em Janeiro/2017 foi realizada uma nova reunião com toda a equipe da UFVJM e do Abrigo Frei Anselmo para avaliação da evolução dos idosos nas sessões anteriores com objetivo de ajustes e melhorias dos trabalhos e, introdução de novos residentes. Atualmente já participaram das terapias uma média de 20 residentes. Cabe ressaltar que durante todo o processo os residentes que por algum motivo não queiram participar das sessões foram afastados. A partir de fevereiro/2017 as sessões terapêuticas reiniciaram com atividades individualizadas e direcionadas a cada limitação pessoal do residente. Neste ano, foram realizadas cerca de 31 terapias semanais. Os resultados individuais de melhorias das capacidades físicas, emocionais, cognitivas e psíquicas serão avaliados e apresentados ao final de Julho/2017, quando o relatório final do projeto será entregue. No mês de Junho/2017 foi realizada uma matéria pela TV Rio Preto, intitulada: Zooterapia alegra pacientes do Abrigo Frei Anselmo, divulgando nosso projeto para toda a sociedade. No link abaixo se pode assistir a reportagem, onde nossa aluna Ana Paula Luiz de Oliveira apresenta o projeto: https://www.youtube.com/watch?v=x6LTyhuV5zE Também, no Portal Universitário Unaí, foi descrito e divulgado nosso projeto. A matéria está divulgada no link: http://www.portalunaiversitariounai.com.br/projeto-zooterapia-bicho-amigo/ Ainda, por meio do nosso projeto, outras ações vêm sendo desenvolvidas pelos nossos alunos. Fomos convidados pela Diretoria do abrigo a ministrar uma palestra da III Semana de Educação Permanente do Abrigo Frei Anselmo da SSVP, realizada no mês de Maio/2017. A palestra foi intitulada: Terapia Assistida por Animais (TAA): uma prática interdisciplinar em benefício da saúde humana. Também, fomos convidados a ministrar palestra na Mostra Científica Interdisciplinar – Semana de Enfermagem da FACTU com palestra intitulada: Terapia Assistida por Animais (TAA) como instrumento para a humanização da assistência à saúde humana. As duas palestras ministradas pela nossa discente Ana Paula Luiz de Oliveira. Este último evento foi divulgado pelo COREN disponíveis nos links abaixo: https://www.corenmg.gov.br/mais-noticias/-/asset_publisher/oJL9Y5ehvOIQ/content/a-arte-foi-o-ponto-alto-da-semana-de-enfermagem-da-factu Em parceria com a Professora coordenadora do Projeto: um novo olhar sobre quatro patas - Equoterapia UFVJM, organizamos o I workshop sobre terapias assistidas por animais (evento gratuito), realizado no dia 01 de Julho/2017 no Instituto de Ciências Agrárias. O projeto foi renovado em 2018, ano em que foram realizadas mais de 30 sessões terapêuticas. Considerando a grande mobilização multidisciplinar, interinstitucional, e os fantásticos resultados clínicos e comportamentais verificados e ainda, considerando que o Abrigo Frei Anselmo abriga 106 idosos com todas as suas limitações, acreditamos que a continuação do projeto sempre traz benefícios sociais, acadêmicos e profissionais. A comunidade Unaiense reconhece e divulga os benefícios desta parceria. Em continuidade às atividades desenvolvidas, no ano de 2019 (Fevereiro de 2019 a Fevereiro de 2020) foram realizadas 40 sessões com duração de 50 minutos. Em 2020, a partir do mês de março, infelizmente o projeto foi obrigado a dar uma pausa devido a pandemia do Covid-19. Por trabalharmos com uma categoria de pessoas vulneráveis, e por ação do próprio Abrigo Frei Anselmo, TODAS as atividades que envolviam pessoas de fora da Instituição foram canceladas provisoriamente. Estamos ansiosos e esperançosos de que, em 2021, as atividades possam ser retomadas.


Objetivos

O objetivo geral deste projeto é realizar Terapia Assistida por Animais em idosos da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Abrigo Frei Anselmo da SSVP, do município de Unaí/MG. Para tanto, este projeto tem os seguintes objetivos específicos: (1) buscar melhorias no estado geral de saúde dos idosos; (2) realizar conscientização, de todos os envolvidos no processo de idealização do projeto, quanto à importância e aos benefícios do mesmo; (3) desenvolver instrumentos de mensuração das características que envolvam o idoso no aspecto biopsicossocial e acompanhamento das melhorias a serem avaliados; (4) acompanhar o processo saúde-doença dos idosos participantes do projeto e as influências da Terapia Assistida por Animais; (5) associar a Terapia Assistida por Animais aos trabalhos realizados pelos demais profissionais da equipe multiprofissional da instituição, tais como: enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, médico, dentre outros; (6) avaliação de animais com características clínicas e comportamentais para participarem de atividades terapêuticas.


Metas

O projeto em questão engloba, além do impacto direto na saúde dos idosos envolvidos no projeto, o impacto social, uma vez que a instituição envolvida é de natureza privada sem fins lucrativos com cunho filantrópico e mantida, em grande maioria, pela sociedade. A instituição apresenta 106 idosos residentes integralmente, dentre eles, alguns que não apresentam condições de participar diretamente do trabalho, mas, receberão as influências indiretas das ações desse projeto, através dos resultados alcançados por seus colegas de instituição, que apresentarão, provavelmente, melhora no quadro geral de saúde, na execução das Atividades da Vida Diária (AVD), ficarão mais alegres e mais dispostos. Espera-se, com as atividades do TAA que:  Dar nomes aos filhotes ou chamar os animais pelo nome serão excelentes exercícios fonoaudiólogos a pacientes que possuem dificuldade de falar;  Aqueles que não falam serão estimulados a produzir expressões vocais;  Fazer o paciente acariciar, pentear e jogar bola para o cão e um ótimo exercício de coordenação de movimentos, além de ajudar a controlar o estresse, diminuir a pressão arterial e reduzir os riscos de problemas cardíacos, como comprovado pelo estudo onde sugere que a criação dos animais pode causar efeitos relaxantes, evidenciado pela redução da pressão sanguínea e aumento da temperatura corporal;  Diminuir a percepção da dor e a ansiedade;  Redução na utilização de medicamentos;  O contato com animais aumenta as células de defesa e deixa o organismo mais tolerante a bactérias e ácaros, diminuindo a probabilidade das pessoas desenvolverem alergias e problemas respiratórios;  O estimulo do animal faz com que aumente o nível de endorfina, ajudando a minimizar os efeitos da depressão;  Diminui a solidão e a inibição dos pacientes melhorando consideravelmente o comportamento social;  Ajudar a descontrair o clima pesado do ambiente;  Aumentar o desejo de lutar pela vida;  Melhorar as relações interpessoais; e finalmente, mas não menos importante;  Melhorar a comunicação entre o profissional e o paciente com a ajuda do animal. Existe o impacto indireto, que engloba todos os funcionários, média de 79, que atendem os idosos durante 24h por dia em toda a sua dimensão biopsicossocial e a sociedade como um todo que frequentemente visita as dependências da instituição. A introdução desse projeto na instituição leva todos os envolvidos a considerar as mais amplas interações dos idosos com o mundo e suas contribuições positivas no estado de saúde dos mesmos. O projeto amplia e garante a oportunidade da Universidade em interagir com a comunidade local em prol do desenvolvimento social, da construção de valores que possam contribuir com o crescimento e no desenvolver de uma cultura no contexto local e no contato dos acadêmicos com a prática, além de oferecer práticas veterinárias diretas aos discentes envolvidos.


Metodologia

O Projeto será desenvolvido dentro das dependências da instituição Abrigo Frei Anselmo da SSVP, no município de Unaí-MG, durante o período de janeiro de 2021 a janeiro de 2022. Para a seleção do animal, dos pacientes e da equipe profissional envolvida, serão consideradas as recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC), como segue abaixo: Quanto ao animal, todos os candidatos serão avaliados por médico veterinário. Para participar do projeto deverão apresentar certificado de saúde atualizado; realizar tratamento antiparasitário intestinal periodicamente; não ser portador de Salmonella SP, Campylobacter SP ou Giárdia intestinal, ou até que estejam tratados e tenham teste negativo para as mesmas; ser selecionado e treinado por profissionais; tomar banho previamente às visitas (menos de 24 horas); deve ter tosas periódicas (conforme o tipo e a raça do animal) e não pode ter contato com outros animais de rua. Desta forma, para seleção dos animais que serão utilizados nas terapias, uma equipe de veterinários da UFVJM realizará o exame clínico necessário para ser candidato a participar do programa. O animal deve apresentar carteirinha com todas as vacinas e vermifugações em dia. O proprietário se responsabilizará por dar banho no seu animal sempre no dia anterior às visitas e manter a tosa em dia de acordo com a raça. Adicionalmente, o cão participante será selecionado após avaliação de seu temperamento e adequação para este tipo de pesquisa, e será treinado semanalmente para participação do projeto. Neste treino, será utilizado o método de reforçamento das atividades adequadas, com ausência de punições. Para seleção dos idosos que participarão do projeto, será realizada reunião com a equipe multidisciplinar do Abrigo, para identificar através da avaliação do histórico clínico de cada um, àqueles que apresentam características que possam ser melhoradas com a TAA, definindo quais atividades seriam mais bem aproveitadas e que beneficiem ao máximo os idosos, aproveitando o tempo e o trabalho de todos. Neste sentido, serão consideradas as seguintes questões: o idoso deve concordar em receber a visita do animal; não será recomendada a participação de pacientes que apresentarem fobia por animais, além dos que forem imunocomprometidos, esplenectomizados, neutropênicos, ou apresentarem alergias e problemas respiratórios; ainda, será evitado a participação de idosos que tenham comportamentos rudes e de mal tratos aos animais, o que pode induzi-lo a uma resposta violenta durante a sessão terapêutica. A Sessão Terapêutica: Inicialmente, para toda a equipe de alunos, proprietários de animais e profissionais médicos veterinários que não trabalhem diretamente no abrigo, será realizada reunião, para que recebam informações necessárias de convivência com os idosos e profissionais, bem como o respeito ao espaço, respeito às regras institucionais, como se portar e identificar, além de tirar todas as dúvidas acerca do Abrigo. Posteriormente, toda a equipe do projeto se reunirá com a equipe multidisciplinar do abrigo para que sejam definidas à contribuição de cada um dentro do projeto e sua disponibilidade de tempo para tal. Ficará a cargo da equipe multidisciplinar do Abrigo, indicar os idosos que apresentam características terapêuticas e comportamentais que se enquadrem no projeto. A cargo desta equipe também ficará a responsabilidade de avaliar clinicamente e fazer relatório da evolução do idoso no decorrer da terapia, redigindo formulário com as características clínicas que serão avaliadas e observadas antes, durante e após cada sessão. Após definição da equipe, seleção dos animais e pacientes, se iniciarão as sessões terapêuticas que serão realizadas semanais com duração de 50 minutos a 01 hora e meia, a depender das condições de estresse do cão, com a presença de 01 cão para cada 05 idosos. Em todas as sessões o animal será acompanhado pelo seu proprietário e por profissional médico veterinário responsável. Sempre, após cada reunião, será avaliada o interesse individual do idoso em continuar participando do projeto. Durante a sessão, todas as pessoas que participem da interação com os animais, sejam pacientes, acompanhantes, enfermeiros ou médicos deverão lavar as mãos antes e depois do contato com o animal. É necessário evitar que o animal entre em contato com secreções como urina, saliva, vômito e feridas dos pacientes, além disso, o animal não pode se alimentar com os utensílios do paciente. Deve-se evitar o contato com saliva, urina e fezes dos animais. O cão será supervisionado o tempo inteiro pelo seu condutor e além disso, devem-se evitar estímulos que levem o cão a morder, e em caso de mordidas, o enfermeiro será comunicado imediatamente, ou a qualquer outra pessoa responsável para avaliar a gravidade da mordida e prestar o socorro necessário. Nesses casos, o cão será reavaliado para saber se ainda pode permanecer fazendo visitas. As atividades que serão realizadas com os animais durante as sessões incluirão fazer o paciente acariciar, massagear os cães com os pés, pentear, jogar e chutar a bola para o cão. Adicionalmente, serão criadas atividades baseadas nas limitações nos residentes, como por exemplo: caminhada com obstáculos, falar e repetir o nome do cão para estímulo da memória, associar cores e formas com a ajuda do cão, entre outras. Será realizado o registro da visita, das atividades realizadas e dos avanços alcançados, permitindo avaliar a eficiência do tratamento. Serão definidas, quais características serão utilizadas para identificar as melhorias apresentadas com a utilização da terapia, individualmente por idoso, a depender do seu caso clínico. A cada dois meses, ou a depender da demanda e evolução do projeto, juntamente com a equipe multidisciplinar do abrigo, serão avaliadas a evolução dos idosos, bem como a necessidade de exclusão ou inclusão de novos pacientes. Ainda, será avaliada disponibilidade dos animais e de seus proprietários, bem como a possibilidade de aquisição de novos animais, nesse caso, procedendo com todos os critérios de seleção de animais e exames já descritos acima. Todas as sessões terapêuticas serão registradas por meio de fotos para que possam ser confeccionados materiais gráficos para divulgação do projeto na comunidade Unaiense, além de promover o estímulo e motivação para os idosos.


Referências Bibliográficas

1. CARVALHO, N.; COSTA, M. P.; VIADANNA, P. H. O.; ARAÚJO, C. N. P.; SANTOS, J. B. F.; OLIVEIRA, P. R.; Importância da relação cão-idoso para aprimoramento da qualidade de vida em instituições de Longa Permanência para Idosos na cidade de Uberlândia-MG. Rev. Em Extensão, v.10, n. 1, p. 128-138, jan/jun, 2011. 2. MACHADO, J. D. A.; ROCHA, J. R.; SANTOS, L. M.; Terapia Assistida por Animais (TAA). Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano VI, n. 10, jan, 2008. 3. IMPROTA, Clovis Thadeu Rabello; Normas De Bem-estar Animal: Da Academia Aos Agentes Sanitaristas. Dissertação Mestrado em Agroecossistemas, Florianópolis, 2007. 4. KOBAYASHI, C. T.; USHIYAMA, S. T.; FAKIH, F. T.; ROBLES, R. A. M.; CARNEIRO, I. A.; CARMAGNANI, M. I. S.; Desenvolvimento e implantação de Terapia Assistida por Animais em hospital universitário. Rev. Brasileira de Enfermagem. v. 62, n. 4: 632-6, 2009. 5. PEREIRA, M. J. F.; PEREIRA, L.; FERREIRA, M. L.; Os benefícios da Terapia Assistida por Animais: uma revisão bibliográfica. Rev. Saúde Coletiva. vol. 4. n. 14: 62-66, 2007. 6. CHAIMOWICZ, F.; Saúde do Idoso. 2ª ed., Belo Horizonte: NESCON UFMG, 2013. 7. INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Instituições de Longa Permanência para Idosos: caracterização e condições de atendimento/Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Curitiba: IPARDES, 109p. 2008. 8. CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; As Instituições de Longa Permanência para Idosos no Brasil. Rev. Brasileira de Estudos Populacionais. v. 27, n. 1, p. 233-235, jan/jun, 2010. 9. WATANABE, H. A. W.; DI GIOVANNI, V. M.; Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Rev. Bis – Envelhecimento e Saúde. n. 47, abr., 2009. 10. Brasil. [Estatuto do idoso (2003)]. Legislação sobre o idoso: Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do idoso) e legislação correlata. 3 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 124p. 2013. 11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 12. MALAKOSKI, V. M.; DIAS, D. C.; Atividade Assistida por Animais (AAA): uma nova forma de intervenção de Enfermagem. 3ª Mostra de Trabalhos em Saúde Pública. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2009. 13. O’MALLEY, K. Preparing for the graying of America. Interactions – the human-animal health connection, v.25, n.2, p.3-8, 2007. 14. Sachs-Ericsson, N., Hansen, N.K., FITZGERALD, S. “ Benefits of Assistance Dogs: A review’. Rehabilitation Psychology, v.47, n.3, p. 251-277, 2002. 15. Guidelines for environmental Infection Control in Healthcare Facilities. Recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Pratics Advisory Committee (HICPAC). U.S. Department of Health and Human Service Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Atlanta: Centers for Disease Control; 2003. 16. Guidelines for Environmental Infection Control in Health-Care Facilities. MMWR /CDC Recomm Reports 2003; 6/52(RR10): 1-42 [citado 15 jun 2008]. Disponível em: URL: www.cdc.gov/ mmwR/preview/mmwrhtml/rr5210a1.htm 17. Terapia com animais. Disponível em: http://www.equogenfidelis.org.br/files/artigos/TERAPIA_COM_ANIMAIS.pdf. Acessado em 10/06/2016.


Inserção do estudante

Os discentes envolvidos no projeto participarão ativamente das atividades realizadas na ILPI, juntamente com o coordenador do projeto e os profissionais da instituição. Este projeto proporcionará diversas oportunidades aos discentes, tais como: (a) aprimoramento das suas habilidades de trabalho em grupo e de interação com o público; (b) participação ativa em um trabalho que envolve a comunidade, havendo uma permuta entre ambas as partes; (c) oportunidade aos discentes de associarem a teoria à prática; trata-se de uma oportunidade de extrema importância à formação acadêmica dos discentes envolvidos. O projeto abre espaço para que os acadêmicos tenham contato com o público, podendo desenvolver habilidades inerentes à sua atuação profissional, contribuindo para gerar profissionais de sucesso. Os mesmos desenvolverão, juntamente com profissionais da área de medicina veterinária, exames clínicos, parasitológicos, e avaliações de comportamento e temperamento. Atuando assim nas três vertentes da Universidade: o ensino, a pesquisa e extensão, pois estarão diretamente envolvidos no processo de formação de pessoas e geração de conhecimento.


Observações

O Abrigo Frei Anselmo, neste ano de 2020, foi marcado com muitas perdas de residentes infectados pelo covid-19. Quatro residentes que acompanhavam as sessões desde 2016 faleceram. O Abrigo fechou as portas, precisou de ajuda da comunidade. Muitos funcionários foram infectados, cerca de 70% dos idosos também. Todas as atividades desenvolvidas pela sociedade, como a nossa, foram paralisadas. Vem sendo um ano de muito sofrimento para todos que trabalham diretamente com o Abrigo. Acreditamos que a continuidade de nosso projeto, que leva tantos benefícios aos residentes, professores, alunos e profissionais envolvidos, assim que a pandemia acabar, será com certeza importante para todos. Cabe ressaltar que as ações deste projeto beneficiaram diretamente os 106 idosos que residem atualmente na Instituição de Longa Permanência para Idosos, Abrigo Frei Anselmo da SSVP, através da Terapia Assistida por Animais, especialmente àqueles que forem selecionados para participar diretamente das sessões terapêuticas. Assim como os discentes (07 voluntários e 01 bolsista) e docentes (02 médicos veterinários) engajados no trabalho, que participaram do processo de idealização e irão agregar conhecimento técnico-científicos sobre o assunto e colocá-los em prática. Os profissionais da equipe multidisciplinar da instituição que participarão das atividades realizadas com os idosos: 01 enfermeiro, 02 fisioterapeutas, 01 nutricionista, 01 psicólogo, 02 fonoaudiólogos, 01 terapeuta ocupacional e 03 médicos. Todos tem e terão a oportunidade de vivenciar e aprender juntamente com a equipe do projeto os benefícios que as terapias com animais propiciam aos pacientes. Conseguimos ainda beneficiar tecnicamente os alunos de medicina veterinária que atuam diretamente com os animais voluntários do projeto que irão realizar as terapias, socializar com outras pessoas, contribuir com a saúde dos idosos e terão assistência à sua saúde. Ainda, são beneficiados os proprietários dos animais, que tem acompanhamento clínico periódico gratuito ao seu animal.


Público-alvo

Descrição

Os residentes (idosos) serão beneficiados por meio das sessões da Terapia Assistida por Animais, realizadas semanalmente. São idosos que residem no Abrigo e lá vivem. Uma grande maioria apresenta também, além da idade, alguma necessidade especial. O Abr

Municípios Atendidos

Município

Unaí

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

É no Abrigo que serão realizadas as atividades principais do projeto. Os cães são levados diretamente pra lá toda semana para as sessões terapêuticas. O Abrigo é localizado na cidade de Unaí e conta com uma equipe multidisciplinar responsável por ajudar n

Cronograma de Atividades

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Estudos sobre o tema para buscar sempre atualizações e novas atividades para serem propostas para os idosos

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Verificar junto à equipe multidisciplinar do Abrigo se os idosos selecionados ao início do projeto evoluíram com as terapias e se há necessidade de troca de exercício. Adicionalmente, avaliar se os mesmos estão satisfeitos e se gostariam de continuar nas sessões.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Verificar junto à equipe multidisciplinar do Abrigo se os idosos selecionados ao início do projeto evoluíram com as terapias e se há necessidade de troca de exercício. Adicionalmente, avaliar se os mesmos estão satisfeitos e se gostariam de continuar nas sessões.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Redação de resumos para participação em eventos

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Sessões de 50 minutos com os cães e os residentes no abrigo para desenvolvimento das atividades selecionadas

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Seleção e avaliação por equipe de veterinários da UFVJM se os animais estão sadios clinicamente para comporem os animais que são levados para o Abrigo. Adicionalmente são treinados e avaliados quanto ao comportamento.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Identificar quais os residentes que apresentam condições de serem melhoradas nas sessões terapêuticas com os cães para que possam iniciar as atividades