Considerando necessidades educacionais da comunidade em que o campus Janaúba da UFVJM está inserido, o objetivo principal do projeto Feiras de Saberes da UFVJM é implementar eventos ao longo do ano que envolvam as escolas do ensino fundamental e médio de Janaúba e região. O Projeto dos eventos reunirá olimpíadas, apresentações, palestras e oficinas em formatos variados, com espaço para perguntas e debates com os apresentadores. As ações poderão ocorrer na UFVJM Campus Janaúba, como nas mais diferentes comunidades e escolas que englobam a região da Serra Geral. Poderão participar da Feira de Saberes da UFVJM alunos de escolas do ensino público e privado, devidamente registradas no MEC, que estejam matriculados da 6° série do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. Além disso, o projeto constitui-se em instrumento pedagógico importante para desenvolvendo educacional regional e deseja intervir de maneira ativa em escolas de ensino médio de Janaúba e região, com a finalidade de auxiliar as escolas a buscarem melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, a proposta de implementação de feiras que estimulem a busca por conhecimento e valorize os saberes pode aproximar a universidade da comunidade, contribuindo com alternativas de transformação da realidade, no sentido da melhoria das condições de vida e do fortalecimento da cidadania de todos os participantes do evento.

STEM, Regionalização, Tecnologia, Entretenimento, Empreendedorismo

A região, na qual a cidade de Janaúba está inserida, a Serra Geral do Norte de Minas Gerais, engloba uma região com mais de 200 mil habitantes, excluindo a região da cidade de Montes Claros, na qual seriam mais de 500 mil de habitantes (IBGE, 2018). Além disso, envolve um comércio local bastante intensificado e uma região com mais de 40 indústrias fortes, além de uma forte agroindústria local. Muitas dessas indústrias sendo de alta ponta, como a Rima, de condutores e refratários, a Minaspuma, indústria de colchões, a Lafarge, indústria mineradora e cimenteira, Norvodisk, indústria farmacêutica, entre outras com alto potencial. Esse mercado necessita de uma mão de obra qualificada, que muitas vezes não pode ser encontrada na região e sendo requisitada em outros locais. Nesse sentido, considerando o potencial da UFVJM, Campus Janaúba, com a presença de cursos inovadores e com formação de mão de obra qualificada, a presença da universidade no local pode proporcionar a esse comércio e indústria a captação de mão obra local, reduzindo custos e melhorando o desenvolvimento regional. No entanto, o incentivo a formação dessa mão de obra qualificada deve começar desde o ensino básico, no qual estão incluídos o ensino fundamental e o ensino médio, para que esse público insira em suas pretensões futuras a vontade de ingressar no ensino superior e possa aperfeiçoar conhecimentos, previamente adquiridos, na universidade. A curiosidade pelo desconhecido e o incentivo pela pesquisa do novo deve começar muito antes, nas etapas iniciais e se aprimorando durante o ensino básico e médio e concluindo, com grande êxito na universidade. Nessa conjuntura, diversas inciativas por parte das universidades têm sido implementadas com o intuito de aumentar o interesse dos estudantes do ensino básico a ingressarem no ensino superior para aprimorar os seus conhecimentos. Nesse contexto, a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) é uma universidade com 70 anos de história, embora sua realidade como universidade conte com apenas 18 anos. Além disso, é uma universidade que engloba uma grande região do norte de Minas Gerais, tendo sua sede na cidade de Diamantina, contando com cinco campus em quatro cidades (Teófilo Otoni, Janaúba, Unaí e Diamantina). Nessa realidade, o Campus Janaúba começou sua história em 2013, iniciando suas atividades numa sede provisória no CAIC, prédio cedido pela Prefeitura local. Esse Campus apresenta um grande potencial em relação a região local, pois mesmo havendo existência de outros núcleos universitários, como a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) e a Faculdade Vale do Gorotuba (FAVAG), a UFVJM proporciona a região cursos inovadores e com grande potencial de mercado, como os cursos de Ciência e Tecnologia, Engenharia de Materiais, Engenharia Física, Engenharia Elétrica e Engenharia de Minas, os quais podem agregar um conhecimento amplo e de inovação para os alunos da região, possibilitando a formação de uma mão de obra qualificada que poderá servir a um polo industrial regional em expansão. Importante considerar também que segundo o INEP, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007, que reúne em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações, em 2017 (Menestrina et al, 2011), o Brasil avançou apenas 0,1 pontos quando comparado as últimas três edições. Nesse contexto, incluindo a redes estadual e privada de ensino, Minas Gerais obteve uma média de 3,8 no Ideb, média menor do que a estabelecida como meta para o ano, que era de 5,1 (Menestrina et al, 2011). Além disso, em Minas Gerais o desempenho da rede estadual de ensino foi pior que da rede privada, com nota de 3,6 pontos. E, considerando a cidade de Janaúba e região em que há um campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) – o Ideb registrado em 2017 foi de 3,5. Além disso, consequências da formação deficiente dos discentes no ensino médio têm sido notadas nos primeiros anos dos alunos do campus Janaúba da UFVJM. O que pode levar a impactos negativos, como múltiplas reprovações e, consequentemente evasão, a qual pode influenciar nos números de mão de obra qualificada formada na região e levar a déficits de fornecimento dessa mão de obra para a indústria, proporcionando saída dessa da região e, consequente, crise econômica na área. Ressalta-se ainda que a carência de uma boa formação em português, matemática e ciência nos níveis básicos também prejudica a absorção desses alunos para áreas de ciência e engenharia, área que vem se expandindo cada vez mais na região com o aparecimento de mais polos industriais e mineração (Damásio e Steffani, 2008). Diante de tal realidade, nas quais mudanças sociais, econômicas e políticas vêm ocorrendo, as universidades vivenciam um clima de crise e expectativa. Além disso, como as universidades públicas brasileiras foram criadas para atender às necessidades do país, elas estão distribuídas em todo o território nacional e em toda a sua existência sempre estiveram associadas ao desenvolvimento econômico, social, cultural e político da nação, constituindo-se em espaços privilegiados para a produção e acumulação do conhecimento e a formação de profissionais cidadãos. Portanto, é importante para o campus Janaúba da UFVJM considerar os desafios postos para universidade com relação ao desenvolvimento social, científico, educacional, tecnológico e artístico-cultural do Norte de Minas Gerais. Nesse sentido, a proposta de implementação de feiras de saberes na região, em parceria com a Superintendência Regional de Ensino do Estado (SRE), tornaria o reconhecimento da universidade pela comunidade da região muito maior aproximando a universidade da comunidade, aliando parcerias industriais e comerciais importantes para consolidação do Campus. A presença dos alunos já egressos na universidade demonstrando sua pesquisa a comunidade, seus conhecimentos e dialogando com a comunidade, levaria a formação de parcerias benéficas para o futuro da instituição e com melhorias na universidade. Segundo Cecirs (1970), a Feira de Saberes é uma atividade científico-cultural realizada por estudantes buscando divulgar seus trabalhos, envolvendo o conhecimento nos mais diversos campos, técnico, científico, cultural e artístico. Nesse projeto, a comunidade é estimulada a participar de forma ativa, ajudando a motivar o aprendizado, o envolvimento escolar e o pensamento científico. Desta maneira, poderia intervir de maneira ativa em escolas de ensino fundamental e médio de Janaúba e região, com a finalidade de auxiliar as escolas a buscarem melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, a proposta de implementação de feiras que estimulem a busca por conhecimento e valorize os saberes pode aproximar a universidade da comunidade, contribuindo com alternativas de transformação da realidade, no sentido da melhoria das condições de vida e do fortalecimento da cidadania de todos os participantes dos eventos.

A escola deve ser um espaço de inovação e experimentação para a construção do conhecimento. Nesse contexto, se integrada às políticas educacionais das escolas, as instituições de ensino superior podem contribuir grandemente para a melhoria do ensino básico. Isso porque a nova perspectiva das universidades federais se fundamenta nos pilares do ensino, pesquisa e extensão, que é decorrente da reorganização da sociedade, em busca de maior protagonismo no cenário nacional. De acordo com Tauchen et al. (2014), a interação entre os níveis e modalidades que integram o Sistema Nacional de Educação vem sendo destacada como uma ação fundamental, tanto pelas políticas públicas quanto pelos setores da sociedade, pois se vincula aos processos de democratização, acesso, permanência e qualidade do ensino. Em busca desse protagonismo, o processo de ensino-aprendizagem vem sofrendo modificações nos anos recentes (Santana et al., 2016; Nonaka, 2018). Essas mudanças decorrem da universalização da informação e do desenvolvimento tecnológico que vem ocorrendo, os quais trazem novos desafios e acentua a necessidade de buscar novas metodologias de ensino e de aprendizado. Atualmente, busca-se empreender no ensino, por meio de métodos dinâmicos e não convencionais, tais como o uso da aula invertida e do ensino híbrido (Dolabela, 2004; Nonaka, 2018). Segundo Freire (2005), o conhecimento contextualizado deve ser buscado de forma solidária e colaborativa, sendo a problematização da realidade o ponto de partida para a obtenção de uma educação libertadora. Sendo assim, destaca-se a contribuição das universidades públicas na inserção da comunidade no ambiente acadêmico. Diversas universidades federais desenvolvem projetos de extensão que, além da inserção da comunidade no ambiente acadêmico, visam a divulgação das universidades e o melhoramento do ensino e do aprendizado no ensino médio. A Universidade Federal do Pampa (Unipampa, 2019) busca divulgar os cursos de graduação que oferecem, por meio da “Mostra das Profissões”, projeto no qual oferecem palestras sobre os cursos e visitações dos alunos das escolas ao campus. A “Mostra SUA UFMG” da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2019), apresenta aos estudantes do ensino médio a estrutura dos cursos de graduação e as perspectivas do mercado de trabalho para cada um deles, onde os visitantes têm a oportunidade de conhecer, por meio de palestras e salas interativas, as inúmeras oportunidades que a universidade oferece. Outros projetos tais como o “Universidade na Escola/ Escola na Universidade” e o “Um Dia no Campus” das universidades federais de Goiás (campus Catalão) e Tocantins, respectivamente, visam levar alunos de escolas estaduais para fazer um tour na universidade, no qual, os alunos conhecem os laboratórios de pesquisas, contam com mini palestras sobre os cursos oferecidos, informações sobre os programas e bolsas de auxílio a estudantes de baixa renda e verificam a real possibilidade do ingresso de estudantes da rede pública de ensino nas universidades federais (Portal Catalão, 2019; UFT, 2018). Outra modalidade, igualmente eficaz na divulgação científica e na aproximação com a comunidade, são as feiras de saberes, muitas vezes denominadas feiras de ciências, pois são geralmente direcionadas para um grande público (Garcia,2013). Segundo Cecirs (1970), a Feira de Saberes é uma atividade científico-cultural realizada por estudantes, que, por meio de demonstrações por ele planejadas e executadas, buscam proporcionar uma amostra de seu trabalho, envolvendo o conhecimento das realizações humanas no campo técnico, científico, cultural e artístico. Desse modo, nesse tipo de evento, a comunidade é estimulada a participar de forma ativa, ajudando a motivar o aprendizado, o envolvimento escolar e o pensamento científico. Além disso, durante todo o processo, desde a escolha da atividade a ser desenvolvida até a exposição na feira, os alunos desenvolvem várias habilidades, tais como organização do pensamento, comunicação oral, comunicação escrita e a pesquisa científica. Nessa perspectiva, por serem instrumentos consolidados de divulgação dos conhecimentos desenvolvidos na comunidade escolar, as feiras de saberes constituem uma estratégia interessante para auxiliar na interação entre universidade, escolas e comunidade, incentivando a busca pelo conhecimento dos alunos, os quais acabam por se interessar no ingresso no ensino superior e passam a formar uma valiosa mão de obra para o mercado.

OBJETIVO GERAL: Implementar eventos ao longo do ano, na UFVJM Campus Janaúba ou na comunidade externa, como escolas da região da Serra Geral, as Feiras de Saberes da UFVJM, que promova aproximação, integração e envolvimento das escolas do ensino médio de Janaúba e região com esta universidade, levando a perspectiva do regional ao nacional, na busca de um desenvolvimento social da região. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1) Divulgar a UFVJM; 2) Desenvolver ações cognitivas voltadas para os saberes nas áreas de matemática, tecnologia, linguagem, ciências, arte e cultura; 3) Promover e estimular a troca de conhecimento científico e cultural; 4) Promover a interação entre os alunos do ensino médio e fundamental com a UFVJM; 5) Estimular os alunos na busca do desenvolvimento de suas aptidões; 6) Incentivar a formação cidadã dos envolvidos nos eventos através da vivência do mesmo por meio das atividades interdisciplinares propostas; 7) Proporcionar a busca pelo novo e pelo conhecimento, incentivando a continuação dos estudos ao ingresso no ensino superior, levando a formação de obra mais qualificada para a região.

A Constituição Brasileira, em seu artigo 207, estabelece algo chamado de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Isso significa que as instituições de ensino superior devem trabalhar esses três eixos de forma equivalente. Sendo assim, o projeto extensão Feiras de Saberes foi dimensionado para o desenvolvimento de ações cognitivas voltadas para os saberes nas áreas de matemática, linguagem, ciências, tecnologias, arte e cultura. Além disso, a extensão está presente na origem do projeto, sendo ele uma tentativa de encurtar as distâncias entre a comunidade acadêmica e a comunidade local. Durante o desenrolar das metodologias propostas, o corpo técnico, docente e discente da UFVJM, interagirá com os profissionais das escolas do ensino médio e seus alunos. A UFVJM dará suporte e auxiliará no cumprimento das diretrizes que servirão como guia para o desenvolver das atividades do projeto a serem realizadas nas escolas, culminando em sua apresentação nas Feiras de Saberes, a serem realizadas na UFVJM – Campus Janaúba e em outros locais, designados e acordados com a parceria SRE-JAN. A proposta inicial é que mais de 2000 alunos das redes de ensino participem nas feiras. No entanto, para atingir tal fim, diversas interações, divulgações e planejamento das atividades serão realizadas, considerando um planejamento de feiras, inicial, de 6 feiras durante a execução do projeto no ano, ocorrendo em locais diversos. Outra questão importante, é o contato do professor do ensino médio com a universidade onde as diferentes maneiras de ensinar e de aprender permitirão uma maior aproximação entre a Universidade e a comunidade, colaborando para uma educação de qualidade, a qual é possibilitada durante o envolvimento do professor com as atividades das feiras. Dentro da proposta, as atividades procuram contribuir na educação escolar, sendo essa uma possibilidade de contextualizar o currículo escolar e de interagir numa troca dialógica com a comunidade para a construção de novos conhecimentos. Nesse enfoque, a atuação dos professores das escolas atendidas também terão papel fundamental. Logo, pretende-se dialogar e interagir com os mesmos por palestras e rodas de conversas antes da execução do evento, contando com a participação em torno de 100 a 150 professores da rede pública estadual. O trabalho científico e acadêmico como são resultados dos trabalhos realizados nesta universidade, assim como de diversas outras universidades públicas do Brasil, tem a finalidade de descobrir e desenvolver novos conhecimentos e tecnologias no domínio científico. O despertar dos alunos do ensino médio para as questões acadêmicas e científicas é fundamental para garantir o avanço intelectual e técnico das ciências. O projeto, como evidenciado, trata as atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma indissociada. Durante todas as etapas, os participantes estarão em contato com a comunidade acadêmica ou local, trabalhando para fomentar o ensino, a extensão e a pesquisa na região. Essa interação será permanente desde a elaboração das atividades junto às escolas até as apresentações nas Feiras de Saberes da UFVJM/JANAÚBA, foco principal do projeto.

As Feiras de Saberes reunirão olimpíadas, apresentações, palestras e oficinas em formatos variados, com espaço para perguntas e debates com os apresentadores. Poderão participar das Feiras de Saberes da UFVJM alunos de escolas do ensino público e privadas, devidamente registradas no MEC, que estejam matriculados na 6° série do ensino fundamental e no 1º ao 3º ano do Ensino Médio. As inscrições dos alunos nas Feiras de Saberes serão gratuitas e poderão ocorrer de diferentes formatos a depender do local do evento e da ação proposta. Ao total serão realizadas oficinas de caracteres diversos, envolvendo conhecimentos na área da matemática, informática, tecnologia, ciências, artes e cultura. Além de palestras, apresentações de trabalhos dos alunos, rodas de conversas e outros. Ainda contará com a apresentações da comunidade externa, do público interno da UFVJM (em especial os alunos) e dos alunos das escolas da rede pública. Essas apresentações serão livres e englobarão arte, cultura, com músicas, danças, entre outros, além de outras deliberações das escolas. Oficinas de Saberes As oficinas de saberes são oficinas que visam a contribuir na formação dos alunos, aprimorar seus conhecimentos e diminuir suas deficiências. Nesse quesito serão oferecidas oficinas nas mais diversas áreas do saber, como oficina de informática, envolvendo aprendizado em softwares diversos e de grande utilidade no mercado, oficinas de reciclagem, oficinas de escrita, oficinas eletrônicas, de matemática, entre outras. Todas com o objetivo de melhorar e aprimorar os conhecimentos dos alunos do ensino fundamental e médio da região. As oficinas serão ministradas e organizadas por professores e alunos da UFVJM, além de poderem contar também com a participação de público externo trazendo novidades e conhecimento para os alunos. As etapas para o desenvolvimento das oficinas estão descritas a seguir: 1. Formalização das oficinas; 2. Divulgação das oficinas; 3. Inscrições; 4. Execução das oficinas durantes as feiras. Olimpíadas de Saberes As Olimpíadas de Saberes são competições que visam incentivar jovens a valorizar o meio científico, a linguagem e identificar talentos em diferentes áreas do conhecimento. Cada olimpíada terá regulamento próprio, será coordenado pelos organizadores das feiras e alunos da UFVJM que participam do projeto. Em cada olímpiada haverá premiação, os quais serão premiados logo após cada atividade. Além disso, elas ocorrerão entre as oficinas, como uma forma de maior interação entre os grupos presentes, as escolas da região e a universidade. Para as olimpíadas seguem as etapas: 1. Formalização dos desafios e olímpiadas; 2. Apresentação e divulgação das olimpíadas nas escolas da região abordada no projeto; 3. Desenvolvimento das atividades pelas escolas participantes; 4. Seleção dos alunos representantes pelas escolas participantes; 5. Inscrição pela escola dos alunos participantes; 6. Execução das olimpíadas. Durante as divulgações dos eventos nas escolas, um questionário será aplicado aos alunos com o objetivo avaliar o entendimento dos mesmos com relação a UFVJM. Questionário 1. Você conhece a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) campus Janaúba? 2. A UFVJM é importante para a sua comunidade? 3. Você gostaria de estudar em uma universidade pública? 4. Dos cursos oferecidos pela UFVJM campus Janaúba, qual é do seu interesse? 5. Caso nenhum curso seja do seu interesse, qual você gostaria de cursar? Na Etapa 3, os alunos participantes deverão realizar pesquisas na área do tema escolhido para seus trabalhos. Essas pesquisas servirão de base para a aquisição de conhecimentos mais aprofundados acerca dos temas. Durante essa etapa os alunos serão incentivados a buscarem fontes diversas para enriquecer o volume de conteúdo específico e aprimorar o resultado de seus trabalhos. Todas as pesquisas culminarão na apresentação ou execução das atividades, primeiramente para a escola de origem e, caso seja selecionado, para os participantes das Feiras de Saberes. Após a realização das atividades com os alunos, a direção de cada escola participante deverá constituir uma Comissão Julgadora Escolar que ficará responsável pela seleção dos trabalhos. Todas as atividades devem ter forma de avaliação definida com ficha de avaliação padronizada. Os critérios de avaliação serão previamente divulgados. Durante os eventos, a comissão de avaliação de cada olimpíada deverá ser constituída por 3 membros, sendo um membro obrigatoriamente, atuante na respectiva área do conhecimento. Além de estimular o aprendizado dos alunos, o processo contribuirá para a aquisição de novos conhecimentos e aprimorar suas habilidades relacionadas ao desenvolvimento das atividades. Dentre as atividades pré-estabelecidas para as Olimpíadas das Feiras de saberes, as seguintes merecem destaque: Feira de Ciências, Concurso de Desenho, Olimpíada de Xadrez, Olimpíada de Jogos Matemáticos, Roda de música, Olimpíada de Redação e Olimpíada de Soletração, Olimpíadas Culturais, Olimpíadas de jogos eletrônicos. Apresentações Representando a escola de origem, aluno ou grupo de alunos poderá participar de atividades artísticas das Feiras de Saberes onde possa apresentar ao público o seu talento nato ou adquirido nas diversas aptidões e habilidades como: música, dança, dublagem, humor entre outras. Para a apresentação artística a escola deverá inscrever o aluno e seguir o regulamento próprio para a atividade conforme a organização de cada Feira de Saber. Grupos artísticos convidados poderão participar dos eventos com apresentações intercaladas com as apresentações dos alunos. Além desses grupos externos, alunos, professores e técnicos da UFVJM e das escolas participantes, também poderão contribuir com seu talento. As apresentações ocorrerão ao longo dos eventos nos diferentes locais de realização. Considerando que faz parte da responsabilidade social da universidade demonstrar o benefício proporcionado pela ciência, e a mesma também pode impactar positivamente a comunidade, os eventos também contarão com apresentação de trabalhos científicos produzidos pelos alunos dos cursos da UFVJM, Campus Janaúba. Palestras As palestras que serão oferecidas durante os eventos têm como objetivo nutrir os estudantes de conhecimento. As palestras pretendem mostrar situações que são relevantes e que acontecem na ciência, sociedade e mercado de trabalho. Tais palestras poderão ser oferecidas com convidados externos e membros da UFVJM.

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A inserção dos estudantes dos cursos do Campus Janaúba neste projeto objetiva contribuir para que a sua formação seja mais comprometida com a realidade regional e desde a graduação tenha a possibilidade de desenvolver habilidades (como confiança, iniciativa e autonomia) e de utilizar seus conhecimentos teóricos na prática. A formação dos estudantes dos cursos bacharelados do campus Janaúba da UFVJM, como é revelado nos Projetos Pedagógicos de cada Curso (PPC), devem caracterizar os egressos como generalistas, críticos e reflexivos e tenham a capacidade de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Portanto o presente projeto de extensão contribui diretamente para a formação do graduando porque contempla uma diversidade de atividades para atender às diferentes demandas que forem surgindo por parte das direções das escolas e da comunidade. Além disso, percebe-se que esta contribuição poderá ser bilateral. Os discentes da UFVJM contribuem com o projeto, através das experiências adquiridas durante a vida acadêmica e o projeto contribui na sua formação e no desenvolvimento de habilidades necessárias a boa comunicação, percepção da realidade local, reflexões culturais, ao mesmo tempo que ajudará a desempenhar competências ligadas ao planejamento e organização de eventos, articulação e sensibilização dos envolvidos, avaliação, entre outras. Para os alunos de ensino médio e fundamental, a participação no projeto de extensão favorece o contato direto para o desenvolvimento de habilidades e construção de novos conhecimentos científicos, linguísticos, sociais, artísticos e culturais. Ainda, auxilia no despertar da escolha profissional que os alunos farão no porvir. Vale ressaltar que a participação do estudante nesse projeto é de suma importância sob três aspectos importantes: i) contribuição do estudante para o projeto, ii) interação entre os estudantes universitários e a comunidade regional na valorização dos aspectos regionais e iii) aprimoramento dos conhecimentos técnicos adquiridos na universidade associados aos conhecimentos externos necessários a atuação profissional. No primeiro caso, leva-se em conta que o projeto selecionará estudantes que poderão ser de quaisquer cursos da UFVJM e quaisquer Campi. Logo, naturalmente, espera-se uma diversidade de formação, o que seria positivo à luz dos objetivos do projeto, pois promoveria uma discussão interprofissional e interdisciplinar na elaboração das atividades, além das diferentes experiências regionais envolvidas. Ademais, na UFVJM há o curso Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e diferentes Engenharias, onde os estudantes têm contato com diferentes áreas do conhecimento, as quais poderão de ser grande auxílio na conjugação dos conhecimentos técnicos. Além disso, o projeto permite a participação efetiva dos alunos em atividades de extensão, ao provocar o aluno a desenvolver ações para levar o conhecimento para fora dos muros da universidade, traçando uma relação clara entre a UFVJM e comunidade externa. Logo, o projeto promove indissociavelmente o ensino, pesquisa e extensão. Nessa conjuntura, durante a execução do projeto, os discentes estarão em capacitação constante, durante cada etapa a ser executada (interação, divulgação, planejamento, organização). Além disso, a coordenação do projeto terá reuniões mensais com o bolsista e discentes para orientação e planejamento das atividades mensais, e reuniões quinzenais para acompanhamento da execução do projeto. Ademais, a participação dos discentes na organização das ações é de extrema importância, visto estar associada com a promoção de uma habilidade e competência importante na área profissional, que é atividade de gestão. A avaliação dos estudantes integrantes do projeto será quanto a observância da desenvoltura e envolvimento em cada etapa. Logo, o presente projeto possibilitará a complementação da formação dos discentes de graduação dos cursos de Ciência e Tecnologia e Engenharias da UFVJM campus Janaúba, e demais alunos de outros cursos da UFVJM, buscando promover a interação e dialogação dos discentes com a comunidade regional, bem como ampliar sua participação nas atividades relativas ao ensino, pesquisa e extensão da UFVJM. Logo, contribuindo de maneira pertinente para sua formação acadêmica-profissional. Ademais, importa ressaltar que nesse projeto também terá participação de alunos da pós-graduação, os quais interagirão com os alunos de graduação, auxiliando na ampliação dos conhecimentos técnicos dos discentes de graduação envolvidos no projeto.

Cecirs (1970) aborda que a Feira de Saberes é uma atividade científico-cultural realizada por estudantes buscando divulgar seus trabalhos, envolvendo o conhecimento nos mais diversos campos, técnico, científico, cultural e artístico. Nesse contexto, ocorre estimulo a comunidade no esforço de participação de forma ativa, motivando o aprendizado, o envolvimento escolar e o pensamento científico dos participantes. Logo, ocorre uma intervenção ativa nas escolas participantes, objetivando auxiliar as escolas a buscarem melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem. Nessa conjuntura, considerando os baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) e do IDEB da região do Norte de Minas Gerais, em especial a região da Serra Geral, foco de atenção dessa proposta, torna-se primordial e de suma importância promover uma interação e dialogação entre a universidade e a comunidade externa, na busca de melhorar os índices de desenvolvimento educacionais e profissionais da região. Ademais, os jovens dessa região se encontram distanciados/desconectados com a realidade do ensino superior, logo, torna-se importante realizar esse resgaste levando esses trabalhos para mais próximo desse público, mostrando o potencial que a região pode ter no fornecimento de mão de obra mais qualificada. E, como abordado por Lobach (2001) e Ono (2004) que a atribuição de significados é resultado da interação entre pessoas e objetos, logo vinculados aos processos de percepção, portanto, estão associados as experiências individuais e/ou coletivas perante os conceitos e normas socioculturais. Dessa forma, torna-se importante essas interações e dialogações sejam por meio das oficinas, rodas de conversas, palestras e feiras, pois eles irão proporcionar essas percepções e conexões vinculadas as experiências individuais e coletivas vivenciadas nesses momentos.