Este projeto dará continuidade ao desenvolvimento de ações voluntárias de educação em saúde executadas pelo projeto de extensão Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) de Diamantina sob o apoio do CRDE da Santa Casa de Belo Horizonte (BH), do CRDE de Teixeira de Freitas/UFSB-BA. Entre 2017 e 2024 o projeto CRDE de Diamantina foi constituído por uma equipe interdisciplinar composta por docentes e discentes de cursos de graduação e de pós-graduação que apoiaram os funcionários das escolas de Diamantina e de outros municípios da região em relação à assistência escolar do aluno que convive com diabetes, assim como de seus familiares. Nosso Centro atingiu suas metas e levantou uma nova demanda para 2025, o desenvolvimento de Objetos de Aprendizagem (livro eletrônico) para utilização nas ações intervencionistas de educação em saúde, com foco no diabetes, voltadas para o público infantil. O Brasil carece de conteúdo para educação em diabetes para esse público e o projeto desenvolverá dois Objetos de Aprendizagem, com 80 atividades educativas cada um, para disponibilizar como material de apoio aos demais CRDEs. Atualmente, as ações dos 25 CRDEs do Brasil têm a finalidade de capacitar os profissionais de saúde e de escolas de ensino médio, fundamental e/ou creches, em relação aos cuidados necessários ao aluno com diabetes, para que pais e alunos tenham segurança com o tratamento durante o período escolar. As ações buscam desmistificar o diabetes, dando apoio necessário para prevenir o bullying contra estudantes com Diabetes Tipo 1, além de orientar os alunos sem diabetes e seus pais sobre prevenção do Diabetes Tipo 2, combater o sedentarismo, estimular a alimentação saudável e o controle do diabetes. Outro compromisso dos CRDEs é alertar e qualificar os profissionais de saúde e de educação quanto às necessidades do aluno com diabetes nas escolas. Assim, o Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina conta com o apoio de um Centro de Referência em diabetes de Belo Horizonte vinculado ao Sistema Único de Saúde, de um CRDE da UFSB e extensionistas de graduação e de programa de pós-graduação da UFVJM.

Diabetes, Educação, Saúde, Escola, Criança.

O Projeto Diabetes nas Escolas foi idealizado pelo Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) da Santa Casa BH (REIS et al., 2018). Trata-se de um modelo de intervenção educativa em diabetes que envolve toda a comunidade escolar e a UFVJM é parceira (SILVA JUNIOR et al., 2020). Além disso, as ações oferecidas pelos CRDEs são voluntárias e executadas por equipes interdisciplinares. Em 2017 o Grupo de Estudo do Diabetes (GED) da UFVJM estabeleceu uma parceria com o CRDE de BH para trabalhar com o Projeto Diabetes nas Escolas em Diamantina e região. Esse modelo de intervenção educativa em saúde recebe apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e de outras instituições de saúde Junto à Santa Casa de Belo Horizonte (BH). Em Diamantina o CRDE foi uma referência ou apoio que os funcionários de escolas de Diamantina e região puderam contar para cuidar do aluno com diabetes mellitus (DM) ao longo dos últimos anos (MOURÃO et al., 23023; SILVA JUNIOR et al., 2020). As ações de CRDEs vinculado à Santa Casa BH têm a finalidade de capacitar os profissionais de escolas de ensino médio, fundamental e/ou creches, em relação aos cuidados necessários ao aluno com diabetes, para que pais e alunos tenham segurança com o tratamento no ambiente escolar. As ações buscam desmistificar o diabetes, dando apoio necessário para prevenir o bullying contra estudantes com diabetes tipo 1 (DM1), orientar a equipe escolar quanto ao e manejo do diabetes, além de educar os alunos sem diabetes e seus pais sobre prevenção do diabetes tipo 2 (DM2), combate ao sedentarismo e promoção de uma alimentação saudável (REIS et al., 2018). O desenvolvimento das ações do CRDE de Diamantina pós-pandemia de COVID, entre 2022 e 2024, possibilitou aos extensionistas uma aprendizagem significativa por meio de discussões de temas variados sobre diabetes, da construção dos conteúdos digitais, da utilização de mídias sociais e do exercício da autonomia na comunicação e na informação em saúde. Entre as potencialidades do projeto tem se destacado a ampliação do público alcançado e as novas experiências vivenciadas pelos discentes e docentes com a imersão na educação mediada por tecnologias digitais. Nosso Centro tem atingido suas metas e levantou uma nova demanda para 2025, o desenvolvimento e a oferta de Objetos de Aprendizagem (livro e e-book) para utilização nas ações intervencionistas de educação em saúde, com foco no diabetes, voltadas para o público infantil em Diamantina, MG e em outros municípios do Brasil. Baseado em nossa vivência extensionista em 2024, e explorando nosso know how, o Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina trabalhará em 2025 com a produção de conteúdos educativos digitais para escolas, secretarias de Educação e de Saúde de municípios envolvidos em ações educativas em saúde na educação básicas. Dois Objetos de Aprendizagem do tipo e-book/livro, com cerca de 80 atividades cada um, serão produzidos e ofertados, gratuitamente pelo Google Acadêmico, Google Livros, Repositório Institucional da UFVJM e para os outros CRDEs distribuídos nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, além dos internautas que sãos seguidores do projeto. Em Diamantina, a versão impressa (livro) será distribuída em escolas locais que foram nossas parceiras no projeto até o ano de 2024, pois elas compartilham nossos materiais com a comunidade escolar. Até o momento, existem vinte e cinco (25) CRDEs vinculados ao CRDE da Santa Casa de BH. Todos contam com pelo menos um profissional de saúde, com curso superior, que assumiu a coordenação e que foi previamente treinado e qualificado em diabetes com apoio do coordenador desta proposta em 2023 e 2024. Os coordenadores dos CRDEs desenvolvem suas próprias ações do Projeto Diabetes nas Escolas em seus municípios, mas para os coordenadores novatos, é escassa a oferta de material educativo para o público infantil que aborde o contexto do diabetes, com formato e linguagem adequados à educação em saúde com foco no diabetes. No projeto vigente em 2024, além dos conteúdos educativos para as redes sociais, inovamos com a criação de vinte podcasts gravados nos estudos da Rádio Universitária e compartilhados no Spotify e com a criação de dois Objetos de Aprendizagem do tipo livro/e-book de atividades didáticas para apoio à educação da criança com diabetes na escola. O know how que desenvolvemos em projetos de extensão integrados à pesquisa e ao ensino de graduação e de pós-graduação potencializará o almejado sucesso de nossa equipe em 2025 com a criação de mais dois Objetos de Aprendizagem.

O DM é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos resultantes de defeitos na ação e/ou secreção de insulina, que culminam em um estado de hiperglicemia. O DM pode ser classificado em quatro tipos principais, baseado na sua etiologia: Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2, DM Gestacional e outros tipos específicos de diabetes (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2020). Tanto o DM quanto a obesidade são consideradas pandemias que podem dizimar a saúde da população, a produtividade econômica e a capacidade do sistema de saúde em todo o mundo, se medidas de prevenção e controle não forem adotadas (MOZAFFARIAN, 2020). Segundo o IDF Diabetes Atlas 2021, mais de meio milhão de pessoas viviam com diabetes em todo o mundo no ano de 2021. Foi estimado que 537 milhões de pessoas tinham diabetes, mas o número pode alcançar 643 milhões em 2030 e 783 milhões até 2045. Outro dado alarmante é a alta porcentagem (45%) de pessoas com DM não diagnosticado. Atualmente, o Brasil ocupa o 6° lugar em prevalência de DM nos adultos (20-79 anos), somando 15,7 milhões de pessoas, com uma tendência ainda crescente. Quanto à prevalência de casos anuais de DM1 entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, o Brasil ocupa o 3° lugar no ranking mundial. Diante desse cenário, ressalta-se a urgência e a necessidade de melhorar a capacidade de diagnosticar as pessoas com DM e proporcioná-las uma assistência apropriada (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). A prevalência e a incidência mundial DM1 estão aumentando (MOBASSERI et al., 2020) e a obesidade de crianças e adolescentes é um dos mais sérios desafios globais em saúde pública do século XXI. Essa crescente exposição à obesidade contribuirá para o desenvolvimento precoce de DM2 (CAPRIO, 2020). Assim, para obter sucesso no manejo do DM é necessário desenvolver parcerias sólidas entre órgãos governamentais, diversos setores da sociedade, além de envolver a família de pessoas que possuem DM. Para mudanças a médio e longo prazo, é urgente atuar hoje com o compromisso de toda a sociedade e de políticas públicas que criem ambientes propícios à atividade física e promovam uma alimentação saudável na escola e na mesa das famílias. Nesse contexto, a escola é o espaço promissor para realizar a educação em diabetes, uma vez que essa instituição precisa estar ciente da importância de um estilo de vida saudável para a prevenção da obesidade, do DM2 e de suas complicações. Diante disso, o Projeto Diabetes nas Escolas oferecidos pelos CRDEs realiza atividades educativas no ambiente escolar, com foco no treinamento dos funcionários, e se estende a todos os alunos, com ou sem diabetes, seus pais, familiares e a comunidade onde a escola está inserida. Embora o DM1 seja uma das doenças crônicas mais comuns em crianças, funcionários e alunos das escolas sabem pouco sobre a doença (DE OLIVEIRA et al., 2015). É muito comum conceitos errôneos como: “a pessoa que o possui não pode comer açúcar” ou “é uma doença dos idosos”. Devido à falta de conhecimento, muitas escolas se recusam a aceitar alunos com DM, a ajudá-los em sua rotina de autocuidado, ou ainda, são incapazes de ajudar em uma emergência (DE OLIVEIRA et al., 2015). Nessa perspectiva, a educação em diabetes é a principal ferramenta para a garantia do autocuidado, permitindo o autocontrole por parte do paciente, e deve se estender a toda sociedade. É, portanto, o processo de facilitação de conhecimentos, habilidades e capacidades necessárias para este autocuidado (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2019). Além disso, as atividades educativas do presente projeto são imprescindíveis para desmistificar a doença e colaborar para que a escola seja um ambiente mais seguro para crianças e adolescentes com DM. Considerando que a escola é um lugar no qual o aluno passa grande parte do seu tempo, torna-se necessário que os funcionários estejam devidamente capacitados em diabetes (ALOTAIBI et al., 2016; REIS et al., 2018; AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES EDUCATORS, 2019). Muitos pais de crianças com DM se sentem inseguros em levar seus filhos à escola devido à falta de preparo de grande parte dos funcionários para lidar com alguma emergência que seu filho possa apresentar (REIS et al., 2018). Assim, instituições e pesquisadores, incluindo os do CRDE de Diamantina, têm buscado estratégias de intervenção educativa em DM junto aos profissionais das escolas, para que estes saibam como se proceder nessas situações (ABRAHAM et al., 2018; BECHARA et al., 2018; CHINNICI et al., 2019; DE CARVALHO TORRES et al., 2016; GONÇALVES, 2019; GOSS et al., 2018; SILVA JUNIOR, et al., 2020; SILVA et al., 2022; DA SILVA et al., 2022; DA SILVA et al., 2022b; NOBRE et al., 2022). O Brasil tem contribuído ativamente nesse processo e na expansão de programas de educação em DM para auxiliar os profissionais das escolas (BECHARA et al., 2018; CHINNICI et al., 2019; REIS et al., 2018). Destaca-se a criação do CRDE da Santa Casa BH, em Belo Horizonte, MG (REIS et al., 2017; REIS et al., 2018). O CRDE foi criado no Sistema Público de Saúde para oferta de treinamento em diabetes às escolas públicas e privadas de Minas Gerais. Com o apoio da SBD, de universidades e de outros parceiros, os CRDEs encontram-se em fase de expansão para outras instituições, cidades e regiões do Brasil. Em 2017, a UFVJM tornou-se a primeira instituição brasileira a firmar parceria com o CRDE da Santa Casa BH, marcando o início da expansão e interiorização do Projeto Diabetes nas Escolas (SBD, 2019). O CRDE de Diamantina foi implantado na UFVJM em 2017, como um projeto de extensão universitária em interface com o ensino e a pesquisa. Suas as ações educativas foram desenvolvidas por equipe interdisciplinar, constituída por enfermeiros, nutricionistas, cirurgião dentista, fisioterapeuta e discentes desses cursos, uma bióloga e uma psicóloga dentre outros colaboradores (MOURÃO et al., 2023; SILVA JUNIOR, et al., 2020). Até o ano de 2024 a equipe executora do Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina recebeu contribuições de vários docentes de cursos de graduação (FCBS, FIH e FAMED) e da Pós-graduação (PPGCN, SaSA e PPGCS). Além disso, ao todo existem 25 CRDEs ativos em três regiões do Brasil e há estimativa de criação de novos CRDEs em novembro de 2024 para início das ações em 2025. Nesse cenário, as vivências do CRDE de Diamantina desde a sua criação até o ano de 2024 tem sido uma referência para os novos CRDEs em expansão no país. O coordenador desta proposta é um dos três membros voluntários da diretoria nacional da expansão dos CRDEs, juntamente com a coordenadora do CRDE da UFSB e com Coordenadora Geral dos CRDEs, que é endocrinologista e educadora em diabetes na Santa Casa de Belo Horizonte e ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. É imprescindível compreender que o suporte à pessoa que possui DM e os programas de educação que contribuam com o autocuidado em diabetes são essenciais para o enfrentamento dos desafios impostos por essa condição crônica de saúde (AMERICAN ASSOCIATION OF DIABETES, 2019). Ao considerarmos a escola como o local destinado à construção de conhecimentos, faz-se necessário que sejam desenvolvidas ações educativas para estimular a inclusão do aluno com diabetes e/ou obesidade, combatendo o bullying e promovendo saúde (BECHARA et al., 2018; MOURÃO et al., 2020; MOURÃO et al., 2023). Diante do exposto, este projeto está em consonância com a Política Nacional de Extensão Universitária e suas diretrizes, incluindo: “Interação Dialógica, Interdisciplinaridade e interprofissionalidade, Indissociabilidade entre Ensino-Pesquisa-Extensão, Impacto na Formação do Estudante e, finalmente, Impacto e Transformação Social” (UFVJM, 2009), visto que a política de Extensão da UFVJM prevê “A ação cidadã das universidades não pode prescindir da efetiva difusão dos saberes nelas produzido,…”. Sendo assim, os saberes construídos por discentes e docentes de diferentes cursos da UFVJM junto à comunidade têm atendido essa política na execução do Projeto Diabetes nas Escolas. Continuar com ações criadas pelo CRDE de Diamantina é dar continuidade à construção desse valioso saber. Consideremos ainda que essa política prevê “A prestação de serviço deve ser produto de interesse acadêmico, científico, filosófico, tecnológico e artístico do ensino, pesquisa e extensão, devendo ser encarada como um trabalho social, ou seja, ação deliberada que constitui a partir da realidade e sobre a realidade objetiva, produzindo conhecimentos que visem à transformação social”. Vale destacar que, antes da escrita deste projeto, a equipe executora discutiu as demandas com os CRDE de diferentes regiões do Brasil, para compreender as necessidades do público-alvo assistidos pelos CRDE. Foi-lhes apresentado o Projeto Diabetes nas Escolas do CRDE de Diamantina e sua importância para garantia dos direitos da criança e do adolescente com DM. Portanto, esse projeto parte de uma realidade objetiva, ou seja, a comunidade escolar ao apresentar sua demanda tornou-se parceira na sua construção. Essa comunidade anseia-se em compartilhar o conhecimento com os CRDE e com a comunidade acadêmica da UFVJM, em busca da construção de um material educativo capaz de educar com segurança seus alunos acometidos por esta doença tão debilitante, além de melhor atender a todos os membros da comunidade escolar com DM. Além disso, não só a comunidade escolar tem se beneficiado do nosso CRDE, mas o aluno com DM e seus familiares, além dos discentes extensionistas das equipes executoras ao longo desses anos de projeto, uma vez que terão melhor conhecimento sobre prevenção e manejo do DM e a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos, com propósito de transformação social. Fortalece-se, então, o outro pilar da tríade da Educação Universitária, o ensino. Ter a oportunidade de praticar os ensinamentos apreendidos em sala de aula enriquece não apenas o currículo dos discentes de graduação e de pós-graduação, mas desenvolve aptidões, de uma maneira que não seria possível apenas com o conteúdo visto em sala de aula. Além disso, um TCC da fisioterapia e uma dissertação do PGCN já foram concluídos junto ao Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina e uma tese do PPGCS e uma Iniciação Científica de discente da FAMED estão em desenvolvimento para esse final de 2024. As referidas pesquisas são estudos metodológicos de construção e validação científica de Objetos de Aprendizagem (material educativo em formato de e-book), que já estão em uso ou serão utilizadas por outros CRDEs. O coordenador desta proposta também tem parceria de apoio técnico científico em projetos de extensão e de pesquisa com a equipe do CRDE da UFSB. As parcerias têm fortalecido e solidificado as ações extensionistas de ambos CRDEs. Considerando os aspectos apresentados, este projeto de extensão dará continuidade às ações do CRDE de Diamantina com o Projeto Diabetes nas Escolas, construindo saberes interdisciplinares com a responsabilidade de dar suporte às escolas interessadas em receber o apoio de equipes de CRDEs de Diamantina e de diferentes regiões do país, quanto aos cuidados necessários ao aluno com DM durante o período escolar.

Objetivos Gerais: Continuar as ações extensionistas do Projeto Diabetes nas Escolas do CRDE de Diamantina junto aos profissionais de saúde e da educação básica em prol da saúde do aluno com diabetes. Objetivos Específicos: a) Dar continuidade às ações do CRDE de Diamantina e apoio a docentes, discentes e profissionais de saúde e da educação básica para que eles desenvolvam ações integradas de educação em diabetes e de promoção da saúde no ambiente escolar. b) Criar dois Objetos de Aprendizagem (e-book e livro impresso (neste caso, apenas para escolas de Diamantina e região) para orientar os alunos escolares, em geral, e os seus pais sobre importância da prevenção do diabetes tipo 2 e da obesidade, e estimular a adoção de um estilo de vida mais saudável; Os Objetos de Aprendizagem poderão ser disponibilizados para outros projetos ou programas de extensão da UFVJM que trabalhem com educação em saúde na escolas; c) Contribuir com o empoderamento de profissionais das escolas da educação básica para atuarem como membros da equipe de tratamento do diabetes; d) Utilizar as redes sociais como ferramentas complementares de informação, comunicação e educação em diabetes para a comunidade escolar e público geral interessado no tema; e) Divulgar ações do Projeto Diabetes nas Escolas da Santa Casa de BH nas redes sociais para estimular a expansão de novos CRDEs em nossa microrregião, assim como em outras regiões do Brasil.

1) Manter o vínculo do CRDE de Diamantina com o público-alvo em 2025 (sete escolas previamente treinadas por nossa equipe em anos anteriores); 2) Ampliar o acervo de material educativo do Projeto Diabetes nas Escolas; 3) Produzir dois e-books (cerca de 80 atividades cada um), para educação infantil no contexto da rotina do aluno que vive com diabetes. 4) Produzir pelo menos um resumo para apresentação acadêmica em eventos de extensão/pesquisa/ensino, e um artigo científico ou capítulo de livro sobre as ações do projeto. 5) Apoio ao treinamento on-line/remoto de novos coordenadores de CRDEs. Ao final do projeto espera-se que a manutenção de apoio da PROEXC ao Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina estimule todos as escolas envolvidos direta ou indiretamente a não se desvencilhar de sua função social e política, exercendo seu papel transformador da sociedade, especialmente neste momento de pandemia, de trabalho remoto na educação básica e superior.

Em parte, o projeto será utilizada a metodologia do CRDE de Belo Horizonte, a qual inclui treinamentos on-line gratuitos e de acesso livre ao curso oferecido via plataforma EAD desenvolvida para o Projeto Diabetes nas Escolas. O treinamento on-line e EAD têm apresentado seus conteúdos com linguagem de fácil entendimento, uso de vídeos, apostilas on-line, gibis, teleaulas e recursos do programa de educativo Kids Diabetes nas Escolas da International Diabetes Federation, o qual foi devidamente traduzido e validado para a cultura brasileira, além de conteúdos complementares validados pelo CRDE de BH e de Diamantina (SILVA, 2021), e diretrizes do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Diabetes, entre outros (REBERTE et al., 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2023). Essa etapa será parte da divulgação dos CRDEs para promoção da criação de novos CRDEs pelo Brasil. Formulários on-line para avaliação serão automaticamente disponibilizados àqueles que fizerem o curso EAD para feedback aos envolvidos. Dois Objetos de Aprendizagem serão criados e para isso, será estabelecido um cronograma mensal para escrita de textos pelos discentes, sob a supervisão do docente coordenador especialista em educação em diabetes. Para cada tema do conteúdo haverá revisão gramatical e pedagógica. A criação de layout, arte e diagramação será realizada na plataforma Canva®, versão gratuita For Education. Os conteúdos educativos poderão abordar os seguintes temas do diabetes, no contexto infantil, em linguagem própria e de forma lúdica com muita ilustração, além de dicas de utilização pelos pais ou educadores do aluno com diabetes: a). Aspectos gerais do diabetes e da obesidade: técnica de monitorização glicêmica; orientações sobre insulinas e aplicações de insulinas; conduta nas hipoglicemias (glicemia < 70 mg/dL, risco de morte da criança) e hiperglicemias (glicemia alta, uma situação de descontrole glicêmico que coloca em risco o bem-estar da criança); b). Alimentação: dieta saudável, desmistificação da alimentação para quem tem diabetes, importância do controle do peso; não exclusão de quem tem diabetes das atividades escolares como festas de aniversário, excursões etc.; c). Atividade física: importância na prevenção e no tratamento do diabetes; cuidados na prática de exercício com o aluno com diabetes; estímulo à prática de esportes como parte do tratamento. d). Direitos e deveres das escolas em relação ao diabetes. Durante o processo de produção do conteúdo, avaliações continuadas serão realizadas durante as interações com o público-alvo dos CRDEs para direcionar os conteúdos à real necessidade da criança com diabetes na escola. Os extensionistas da equipe executora têm formação técnica, acadêmica e experiências com a referida metodologia para a criação dos Objetos de Aprendizagem. Por fim, os Objetos de Aprendizagem serão registrados com ISBN e DOI. A partir daí, serão compartilhados nas redes sociais do projeto (Fanpage e Instagram do CRDE) e dos demais CRDEs, além do Google Livros, Google Acadêmico e Repositório Institucional da UFVJM ampliando o alcance do público-alvo. A verba do projeto será utilizada completamente para impressão de livretos a serem para doações ao público-alvo local. Organização e funções do CRDE da Santa Casa de Belo Horizonte e sua integração com o Projeto Diabetes Nas escolas de Diamantina: a) Centro de Referência Diabetes nas Escolas da Santa Casa de BH: Manutenção ou novo cadastro de escolas para treinamento EAD; Avaliação do conhecimento prévio por meio de postagens, realização das lives quinzenais ‘Educa Diabetes’; Orientações para o treinamento EAD para os funcionários da equipe escolar, professores e estudantes membros do GED-UFVJM se houver nova demanda; Contato contínuo do Centro com a coordenação do projeto para esclarecimento de dúvidas e envio de atualizações, e feedback sobre o projeto, etc; b). Projeto Diabetes nas Escolas de Diamantina: Manutenção do contato e envio de informações e conteúdo educativo digital para escolas previamente parceiras, que tiveram suas equipes treinadas em diabetes e que receberam intervenções educativas presenciais por nossa equipe; recebimento e envio de cadastros das escolas para o treinamento on-line EAD do CRDE de BH; Contato com o CRDE de BH sempre que necessário; Apoio aos treinamentos on-line remoto (Google Meet) para formação de novos coordenadores de CRDEs pelo Brasil: ação conjunta dos CRDEs da UFVJM, da UFSB e Santa Casa BH. Ao longo do projeto, os extensionistas serão estimulados quanto ao potencial para publicação em livros e periódicos científicos nacionais e/ou internacionais para divulgação dos resultados e fortalecimento das suas habilidades científicas. Serão motivados à participação em eventos técnico-científicos locais, nacionais e/ou internacionais e a realização de relatórios semestral e final do projeto, bem como identificar as demandas de pesquisas na área e incentivar a integração da iniciação científica e da pós-graduação em futuras ações do Projeto Diabetes nas Escolas. Serão respeitados todos os aspectos éticos, incluindo a prévia aprovação de projetos de pesquisa em interface com a extensão pelo CEP/UFVJM e a obtenção do Termo de Cessão de Imagem do público-alvo quando pertinente.

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Para a execução deste projeto serão necessários estudantes regularmente matriculados em qualquer um dos cursos de graduação e de pós-graduação da UFVJM nas áreas de saúde, educação, tecnologia da informação e áreas a fins, uma vez que esses cursos oferecem formação acadêmica no contexto da utilização de estratégias de educação em saúde e uso das tecnologias digitais na comunicação. Os discentes extensionistas (bolsista e voluntário) deverão buscar em livros, artigos, diretrizes da SBD, manuais do Ministério da Saúde e sites técnico-científicos da área, toda a fundamentação necessária para produção e utilização do material educativo para o projeto. Na sequência, os estudantes serão capacitados pelo docente membro da equipe executora do projeto e especialista em educação em diabetes, tecnologia e inovação na educação, podendo ainda ser capacitados por outros docentes de diferentes áreas de assistência à pessoa com DM (nutrição, enfermagem, atenção primária à saúde, odontologia, endocrinologia, farmácia etc.). Além disso, serão realizadas reuniões científicas quinzenais on-line com discussões de artigos, vídeos e relatos de experiência de profissionais para atualização, nivelamento do conhecimento e integração da equipe de extensionistas. Algumas reuniões on-line terão a participação de coordenadores e membros de outros CRDEs para promover a integração e compartilhamento de vivências com o Projeto Diabetes nas Escolas. Ao final do projeto, os estudantes terão a oportunidade de elaborar resumos para apresentação em eventos da área e pelo menos um artigo científico e/ou capítulo de livro para publicação, além do registro dos dois e-books produzidos. Dessa forma, poderão aprender ou aprimorar a linguagem científica e acadêmica no contexto da Educação em Saúde com foco no DM. Os estudantes serão corresponsáveis pela preparação dos conteúdos educativos, treinamentos on-line e/ou presenciais que seguirão as diretrizes do CRDE de BH, juntamente com outros estudantes já inseridos em trabalhos de educação em DM no projeto vigente em 2024 e demais projetos executados pelo extensionista docente. Além disso, serão responsáveis pela elaboração de relatórios parcial e final, relatório de imagens do projetos exigidos pelo edital, podendo ainda, colaborar em pesquisa integradas ao Grupo de Estudo do Diabetes (GED). Os estudantes terão a oportunidade de enviar trabalhos e/ou participar de eventos, além de colaborar com o treinamento de futuros extensionistas a serem inseridos em outros projetos dessa linha de trabalho do GED ao longo do período de vigência das ações referentes ao Edital Pibex 01/2025 UFVJM. A avaliação dos extensionistas será realizada continuamente pelo coordenador e pelo público-alvo. Para isso, serão realizadas reuniões com a equipe executora, discussões individuais e em grupo, apresentações de resultados parciais e discussões em reuniões científicas do GED, apresentação de resultados trimestrais do projeto, reavaliação das ações e propostas de melhorias para as etapas subsequentes até a conclusão do trabalho e elaboração do relatório final. Por fim, utilização de um formulário on-line com questões de autoavaliação.

A presente proposta tem potencial para beneficiar diretamente dezenas de CRDE de diferentes partes do país, além de escolas locais que já foram previamente entre 2017 e 2023 por nossa equipe da UFVJM. Serão beneficiados pelo menos três discentes (bolsista Pibex, IC e CAPES de pós-graduação) de cursos de graduação (FCBS e FAMED) e de pós-graduação (PPGCS) da UFVJM. Eles já são qualificados e terão a oportunidade de aprimorar suas habilidades para o desenvolvimento de ações de extensão, ensino e aprendizagem em saúde, e pesquisa em interface com a extensão focadas no manejo do diabetes e na promoção da saúde. Alguns discentes estiveram e poderão continuar envolvidos com a interface de pesquisa do projeto de extensão, dando continuidade às publicações de produtos de uma dissertação de mestrado do PPGCN-UFVJM (SILVA, 2021) e às atividades de uma tese de doutorado no PPGCS-UFVJM e de uma Iniciação Científica FAPEMIG, todas com a finalidade de construção, adaptação cultural e validação de conteúdos educativos digitais para utilização pela comunidade escolar dos CRDE brasileiros. Os discentes estarão envolvidos em ações junto ao professor, funcionários internos e externos à UFVJM e receberão treinamento contínuo para elaboração de material educativo sobre saúde e DM para o público infantil. Isso poderá resultar diversos trabalhos técnico-científicos para divulgação em eventos locais, nacionais e/ou internacionais que enriquecerão a formação acadêmica e profissional dos extensionistas. Um docente da UFVJM, 01 da Santa Casa BH e 01 do CRDE da UFSB poderão ser beneficiados, visto que, ao orientarem os acadêmicos nas ações extensionistas, manter-se-ão atualizados no tema diabetes. Além disso, a experiência vivida nas ações poderá auxiliar quando eles estiverem lecionando conteúdos associados à interdisciplinaridade e ao tema em questão, uma vez que o DM é uma doença complexa e de causa multifatorial que envolve vários órgãos e sistemas do corpo humano, com impactos negativos em aspectos biopsicossociais, os quais são alvos de múltiplas abordagens profissionais nos cursos da saúde. A Universidade será beneficiada por ser mediadora de ações extensionistas que integram a educação básica, o ensino superior e a pós-graduação que ultrapassam as fronteiras locais na busca de soluções para o manejo de uma epidemia que é um problema mundial de saúde, o DM. Nosso projeto tem estimulado e continuará o incentivo ao desenvolvimento de trabalhos em conjunto com prestadores de serviços em saúde e educação ao divulgar informações que poderão contribuir para minimizar o agravamento do estado de saúde de pessoas com diabetes dependentes dos serviços públicos de educação e de saúde. O CRDE da Santa Casa de BH, integrado a um hospital do SUS que é referência estadual, vinculado ao Instituto de Ensino e Pesquisa e parceiro da Sociedade Brasileira de Diabetes também será beneficiado, uma vez que representamos o marco da expansão do Projeto Diabetes nas Escolas para o Interior do país. Nosso trabalho tem sido compartilhado em revistas científicas, sites e eventos nacionais e internacionais. Com isso, outras instituições de ensino estão se espelhando na UFVJM para firmar novas parceiras com o CRDE de BH. Todas os nossos conteúdos educativos apresentam a logomarca da revista e reforça o apoio e credibilidade na pareceria. Os conteúdos educativos digitais produzidos pelo presente projeto serão cedidos gratuitamente a para todos os CRDEs do Brasil, estimulando a interação entre eles e contribuindo com a promoção e criação de novos CRDEs. Atualmente, os 25 CRDEs estão localizados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Pelos motivos supracitados, justifica-se a continuidade do apoio da PROEXC concedendo aprovação a esta proposta submetida ao Edital PROEXC 01/2025. Assim esperamos e agradecemos o apoio oferecido desde a implantação do projeto na UFVJM em 2017.