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'Trupe Canina': Atividade Assistida por Animais (AAA) para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí (APAE Unaí).
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
jeanne broch siqueira
20251012025347106
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
pessoas com deficiências, incapacidades ou necessidades especiais
regional
fazenda escola do instituto de ciências agrárias
Não
Membros
janne paula neres de barros
Vice-coordenador(a)
joão gabriel rabelo ferreira
Voluntário(a)
mariana eloise novais horta
Voluntário(a)
bárbara cristina damasceno cruvinel
Voluntário(a)
vitória de oliveira araujo
Voluntário(a)
letícia serena costa dos santos
Voluntário(a)
ana clara rodrigues de faria
Voluntário(a)
júlya thatyane de carvalho costa
Voluntário(a)
natalia cristina moreira
Voluntário(a)
camilly victória lemes castro
Bolsista
As Atividades Assistidas por Animais (AAA) constituem intervenções terapêuticas que utilizam animais, como cães, para promover benefícios emocionais, sociais e cognitivos em indivíduos com diferentes necessidades. Este projeto de extensão visa introduzir AAA com cães para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), atendidas pela APAE de Unaí/MG, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas crianças por meio de atividades lúdicas e terapêuticas. Estudos demonstram que a interação com animais é capaz de reduzir os níveis de estresse, aumentar a ocitocina – hormônio ligado ao bem-estar – e facilitar a socialização, mesmo em crianças com dificuldades de comunicação e interação social. A equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, educadores e médicos veterinários, conduzirá as atividades seguindo protocolos de segurança estabelecidos pelo CDC e pelo HICPAC, garantindo o bem-estar dos animais e a segurança dos participantes. Os cães envolvidos serão previamente treinados para interações assistidas e submetidos a acompanhamento veterinário regular. Os cães aprovados para a terapia devem ser calmos e inspirar confiança em quem o irá manejar, além de sustentar o olhar das pessoas, gostar que lhe façam festas, o abracem e toquem, mantendo-se calmo perante movimentos bruscos e barulhos altos. Além de apresentarem carteirinha de vacinação e vermifugação em dia. As sessões semanais com duração de 30 minutos são acompanhadas pela equipe multidisciplinar da APAE e os cães avaliados por médicos veterinários. Os pais ou responsáveis são esclarecidos quanto ao modo e finalidade da AAA e assinaram autorização para a participação dos filhos nas atividades com os cães. Espera-se que essas atividades contribuam para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e comunicacionais das crianças com TEA, além de promover maior autonomia e autoestima. Este projeto busca destacar o impacto positivo das AAA como abordagem terapêutica complementar no tratamento de crianças autistas, reforçando a importância da interação humano-animal na promoção da saúde e bem-estar.
Intervenção com animais, reabilitação, cinoterapia.
As Atividades Assistidas por Animais (AAA) são intervenções que utilizam animais como facilitadores para promover benefícios terapêuticos, educacionais e recreacionais em uma variedade de contextos e populações. Tais atividades são aplicadas por equipes compostas por profissionais treinados e animais preparados para interações específicas, visando à promoção do bem-estar físico, emocional e social dos participantes (AVMA, 2018). A inclusão de animais em intervenções terapêuticas tem mostrado ser eficaz na redução de barreiras entre pacientes e terapeutas, particularmente em crianças, oferecendo oportunidades únicas de engajamento e motivação. Essas atividades podem ser realizadas em formatos individuais ou grupais e são aplicáveis a indivíduos de diferentes idades e com diversas necessidades (AAII, 2016). Os profissionais envolvidos nas AAA, incluindo manipuladores de animais, seguem rigorosos padrões de treinamento e certificação, conforme normas estabelecidas pela Animal Assisted Intervention International (AAII), garantindo a segurança e o bem-estar dos participantes e dos animais. Os Médicos Veterinários desempenham papel fundamental nesses programas, atuando na garantia da saúde e bem-estar dos animais e na mitigação dos riscos zoonóticos, além de contribuir para a avaliação científica dos benefícios gerados pela interação humano-animal (AVMA, 2018). Desde a década de 1980, há evidências consistentes sobre os benefícios da interação entre humanos e animais. Pesquisas iniciais demonstraram que a presença de animais poderia reduzir a pressão arterial e melhorar a recuperação de pacientes com doenças cardíacas (CAMPOS, 2018). Estudos mais recentes indicam que a interação com cães, por exemplo, eleva os níveis de ocitocina – hormônio associado à sensação de bem-estar – e reduz os níveis de cortisol e catecolaminas, hormônios ligados ao estresse, conforme análise de exames bioquímicos realizados antes e após a exposição aos animais (SAVALLI & ADES, 2016). Além disso, a psiquiatra brasileira Nise da Silveira foi pioneira no uso de animais como co-terapeutas no tratamento de pacientes com esquizofrenia, argumentando que os animais atuam como catalisadores emocionais, promovendo estabilidade e conexão com a realidade externa (SILVEIRA, 1982). Tais benefícios estendem-se a outras condições, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), em que a presença de cães pode promover autonomia, autoestima e facilitar a interação social e comunicacional, mesmo em crianças com aversão ao toque e dificuldades de comunicação (DOTTI, 2005). Este projeto visa desenvolver Atividades Assistidas por Animais, especificamente com cães, para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas pela APAE de Unaí/MG. O objetivo central é promover a melhoria da qualidade de vida dessas crianças, utilizando a interação com os cães para estimular habilidades sociais, emocionais e de comunicação, além de reduzir sintomas associados ao TEA. A introdução dessas atividades na rotina terapêutica das crianças pode proporcionar benefícios como maior autonomia, melhor reconhecimento de si, e uma redução do isolamento social (DOTTI, 2005). As atividades serão conduzidas por uma equipe multidisciplinar composta por terapeutas, educadores e médicos veterinários, com o suporte de cães previamente treinados para intervenções assistidas. Seguindo as recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC), serão adotadas medidas rigorosas para garantir a segurança de todos os envolvidos, com especial atenção ao bem-estar animal e à minimização de riscos zoonóticos. Os cães participantes devem apresentar comportamento amigável, estar habituados a ambientes hospitalares e serem submetidos a acompanhamento veterinário regular para garantir a saúde adequada e o sucesso das intervenções. Espera-se que, por meio dessas intervenções, as crianças com TEA possam desenvolver maior capacidade de interação social e emocional, melhorar sua comunicação e reduzir comportamentos de isolamento. Os resultados serão avaliados por meio de acompanhamento longitudinal, utilizando instrumentos de medição de progressos terapêuticos e indicadores de qualidade de vida. As Atividades Assistidas por Animais apresentam grande potencial terapêutico, especialmente em populações com necessidades específicas, como crianças com Transtorno do Espectro Autista. Ao incorporar cães treinados como facilitadores terapêuticos, este projeto de extensão busca promover avanços significativos no tratamento e na qualidade de vida das crianças atendidas pela APAE de Unaí/MG, proporcionando um ambiente seguro e enriquecedor tanto para os participantes humanos quanto para os animais.
A American Veterinary Medical Association (AVMA) reconhece a relevância do vínculo humano-animal para a promoção da saúde e bem-estar tanto individual quanto comunitário. Essa relação, estabelecida ao longo de milhares de anos, tem impacto significativo na Medicina Veterinária, refletindo diretamente na saúde pública e no bem-estar animal e humano. Ao atender às demandas da sociedade, a Medicina Veterinária responde simultaneamente às necessidades de ambas as espécies, sendo um elo importante na promoção de saúde integrada. A Intervenção Assistida por Animais (IAA) é amplamente reconhecida pela Animal Assisted Intervention International (AAII) como uma prática orientada por objetivos específicos, projetada para promover melhorias no funcionamento físico, social, emocional e/ou cognitivo dos indivíduos envolvidos. As IAAs são conduzidas por equipes de manipuladores de animais especialmente treinadas, em colaboração com profissionais de saúde ou educação, que coordenam e supervisionam as atividades com base em seu conhecimento especializado. Essas intervenções devem ser continuamente documentadas e avaliadas, com o objetivo de atingir metas individuais estabelecidas para cada participante. Entre as principais modalidades de IAAs, destacam-se a Terapia Assistida por Animais (TAA) e a Educação Assistida por Animais (EAA), que buscam não apenas resultados terapêuticos ou educacionais, mas também uma melhoria na qualidade de vida dos participantes. As Atividades Assistidas por Animais (AAA), que são menos direcionadas e mais espontâneas, enquadram-se nesse escopo, oferecendo benefícios amplos que englobam o bem-estar emocional e social. Nesse contexto, a APAE de Unaí/MG, uma organização civil sem fins lucrativos, desempenha um papel essencial na promoção da inclusão social e melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, múltipla e transtornos do desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Fundada com o objetivo de prestar serviços em saúde, educação e assistência social, a APAE de Unaí atua na defesa de direitos e na promoção da cidadania dessas populações, integrando ações voltadas à reabilitação e inclusão social. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por comprometimentos qualitativos na comunicação verbal e não verbal, dificuldades de interação social e padrões comportamentais repetitivos e restritivos. As crianças com TEA enfrentam desafios significativos no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, o que torna imprescindível o uso de abordagens terapêuticas inovadoras, como as AAA, para promover a melhoria de sua qualidade de vida. Nesse sentido, a integração de cães terapeutas nas atividades da APAE de Unaí representa uma estratégia promissora para promover o desenvolvimento dessas crianças, ao proporcionar uma intervenção lúdica e estimulante que pode atuar como facilitadora no processo terapêutico e de socialização. Após quatro anos de trabalho com a comunidade por meio do projeto Zooterapia - Bicho Amigo, que implementou Terapia Assistida por Animais (TAA) no Abrigo de Idosos de Unaí, fomos abordados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) para desenvolver um programa semelhante para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na instituição. Em 2017, iniciamos o planejamento das atividades em colaboração com a APAE, focando em estratégias eficazes para introduzir cães na rotina das crianças. Acreditamos que a continuidade do projeto, com a participação de um aluno bolsista e a parceria da APAE com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), trará benefícios significativos para as crianças atendidas. Ao longo de 2018, realizamos diversas reuniões com a equipe diretiva da APAE, incluindo fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos, para discutir o início das atividades com as crianças. Essas reuniões também envolveram os pais, com o objetivo de esclarecer o formato das atividades. Elaboramos um formulário de consentimento que permitiu aos pais autorizar a participação de seus filhos. Foi realizada uma análise criteriosa para selecionar as crianças mais adequadas para participar do projeto, bem como a seleção de cães que pudessem atender às necessidades específicas desse público. É essencial que o projeto continue para que possamos avaliar os efeitos reais das atividades assistidas por cães nas crianças autistas da APAE de Unaí. Durante o ano de 2019, cerca de 20 crianças foram beneficiadas diretamente, e a resposta positiva em relação à interação durante as sessões incentivou a equipe a dar continuidade às atividades. No ano de 2020, as atividades presenciais foram interrompidas devido à pandemia de COVID-19, visando à segurança das crianças atendidas e dos alunos envolvidos no projeto. Em 2021, desenvolvemos atividades remotas, criando materiais adaptados para as crianças, além de realizar estudos bibliográficos e treinamento dos cães. Estamos ansiosos para retomar as atividades presenciais em 2025.
Objetivo Geral: Promover a melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento socioemocional e comunicacional de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), atendidas pela APAE de Unaí/MG, por meio da implementação de Atividades Assistidas por Animais (AAA) com cães, integrando a comunidade acadêmica e local em uma ação de caráter educativo, terapêutico e inclusivo. Objetivos Específicos: Estimular a interação social e a comunicação das crianças com TEA por meio da interação lúdica e terapêutica com cães, facilitando o desenvolvimento de habilidades sociais e a diminuição de comportamentos de isolamento. Promover o desenvolvimento emocional das crianças, utilizando a presença dos cães para incentivar a expressão de sentimentos, reduzir a ansiedade e melhorar a autoestima, favorecendo o desenvolvimento de vínculos afetivos e de confiança. Integrar a comunidade acadêmica ao projeto, proporcionando aos estudantes de medicina veterinária a oportunidade de atuar diretamente com as crianças e os cães terapeutas, desenvolvendo competências práticas e extensionistas em um ambiente de aprendizado experiencial. Garantir o bem-estar dos cães utilizados nas AAA, por meio do acompanhamento veterinário contínuo e do respeito às normas de segurança e boas práticas, visando à promoção de sua saúde física e emocional durante as intervenções. Disseminar os benefícios das AAA para a comunidade e fortalecer os vínculos com instituições de saúde, educação e assistência social, promovendo o entendimento sobre a importância das intervenções assistidas por animais como uma ferramenta complementar no tratamento e desenvolvimento de crianças com TEA. Monitorar e avaliar os impactos terapêuticos e educacionais do projeto nas crianças com TEA, utilizando instrumentos de medição de progresso, tais como questionários de observação comportamental e avaliação da interação social, visando aprimorar a metodologia aplicada e expandir o conhecimento sobre a efetividade das AAA.
Impactos Diretos Melhoria do desenvolvimento socioemocional, autoestima e autonomia das crianças com TEA - A interação com os cães pode facilitar a socialização, promover o desenvolvimento de habilidades de comunicação (verbal e não-verbal) e aumentar a capacidade de interação das crianças com outras pessoas e com o ambiente; o contato com os cães proporciona um estímulo emocional positivo, que pode ajudar na regulação de comportamentos agressivos ou repetitivos, características comuns do TEA; permite que as crianças desenvolvam sentimentos de responsabilidade, confiança e empatia, favorecendo uma maior autonomia em suas ações diárias; os animais podem agir como facilitadores, permitindo que as crianças sintam-se mais capazes de enfrentar desafios diários e a expressar seus sentimentos e necessidades. Desenvolvimento de novas habilidades acadêmicas e práticas para os estudantes de veterinária, permitindo-lhes aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula em um contexto real, além de desenvolver competências de trabalho em equipe e responsabilidade social. Além da prática clínica veterinária, os alunos terão contato com aspectos psicossociais da interação humano-animal, ampliando sua formação e visão profissional. Promoção do bem-estar animal: A implementação de boas práticas no manejo dos cães terapeutas, incluindo acompanhamento veterinário regular e cuidados com o bem-estar dos animais, assegura que a saúde e o estado emocional dos animais sejam preservados, promovendo uma relação saudável entre cães e crianças. Impactos Indiretos Fortalecimento dos vínculos familiares e sociais - as melhorias observadas nas crianças podem se refletir em uma maior integração familiar, com os pais observando progressos no comportamento e comunicação dos filhos, o que pode reduzir o estresse familiar e melhorar a qualidade das interações familiares. Aumento da conscientização e sensibilização da comunidade sobre os benefícios das AAA - o projeto pode contribuir para uma maior conscientização da população local sobre a importância das Intervenções Assistidas por Animais, promovendo uma cultura de inclusão, respeito aos animais e valorização da interação humano-animal como uma abordagem terapêutica eficaz; parcerias com outras instituições e escolas da região podem ser fomentadas, expandindo a aplicação das AAA para outros públicos e contextos. Contribuição para a pesquisa e desenvolvimento científico: os dados coletados ao longo do projeto podem fornecer subsídios para futuras pesquisas sobre os efeitos terapêuticos das AAA em crianças com TEA, ampliando o conhecimento na área e contribuindo para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas; os resultados podem ser publicados em periódicos científicos ou apresentados em congressos, consolidando a importância da AAA como ferramenta terapêutica no tratamento do TEA. METAS QUANTITATIVAS Realização de 4 reuniões com a equipe multidisciplinar da APAE, visando alinhar as atividades e monitorar o progresso dos residentes e animais envolvidos; A instituição possui 86 crianças que podem ser beneficiados pelas atividades terapêuticas; Condução de, no mínimo, 30 sessões terapêuticas ao longo do ano, garantindo o acompanhamento regular das crianças e maximizando os impactos positivos da atividade; Seleção e treinamento de pelo menos 4 cães qualificados para atuar como terapeutas, com foco no temperamento e nas aptidões necessárias para o trabalho terapêutico; Participação de 10 discentes do curso de Medicina Veterinária, que terão a oportunidade de desenvolver habilidades clínicas e práticas em um ambiente de terapia assistida por animais; Envolvimento de 1 docentes veterinários e 1 técnica veterinária da UFVJM, responsáveis por supervisionar os atendimentos e garantir a saúde e bem-estar dos animais terapeutas; Obtenção de 1 bolsa PIBEX, desenvolvimento de 2 trabalhos de conclusão de curso (TCC) e elaboração de 1 projeto de pesquisa, promovendo o vínculo entre ensino, pesquisa e extensão; Publicação de pelo menos 2 resumos em eventos técnicos-científicos.
O presente projeto será implementado nas instalações da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), localizada no município de Unaí-MG, ao longo do período de janeiro a dezembro de 2025. A seleção dos animais, dos pacientes e da equipe profissional envolvida seguirá as diretrizes estabelecidas pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e pelo Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC). A metodologia é descrita em detalhes a seguir: Seleção dos Animais A seleção dos animais participantes será realizada por um médico veterinário, que avaliará os candidatos de acordo com os seguintes critérios: • Apresentação de certificado de saúde atualizado. • Realização periódica de tratamento antiparasitário intestinal. • Exclusão de portadores de Salmonella spp., Campylobacter spp. ou Giardia intestinal até que se obtenha teste negativo. • Seleção e treinamento prévio dos animais por profissionais qualificados. • Banho realizado no dia anterior às visitas, com tosas periódicas adequadas à raça. • Exclusão de contato com animais de rua. Os animais serão submetidos a um exame clínico por uma equipe de veterinários da UFVJM para verificar sua elegibilidade. Além disso, cada animal deverá ter a carteira de vacinação e vermifugação em dia. O tutor do animal terá a responsabilidade de garantir a higiene e cuidados necessários. A seleção incluirá uma avaliação do temperamento do animal, sendo este preparado para o programa através de um treinamento semanal, fundamentado no método de reforço positivo, evitando punições. Equipe e Formação Uma reunião inicial será conduzida para toda a equipe de alunos, tutores de animais e profissionais veterinários que não atuam diretamente na APAE, com o objetivo de fornecer informações sobre a interação com as crianças autistas, regras institucionais da APAE e esclarecimentos gerais. Posteriormente, a equipe do projeto se reunirá com a equipe multidisciplinar da APAE para definir as contribuições e a disponibilidade de cada membro no projeto. Seleção de Pacientes A equipe multidisciplinar da APAE será responsável por identificar as crianças que apresentem características terapêuticas e comportamentais adequadas. Além disso, essa equipe realizará a avaliação clínica e a documentação da evolução dos pacientes durante a terapia, utilizando um formulário que contemple as características a serem observadas antes, durante e após cada sessão. Sessões Terapêuticas As sessões terapêuticas ocorrerão semanalmente, com duração de 30 minutos, dependendo das condições de estresse do cão, e contarão com um cão para cada cinco crianças. O animal será acompanhado pelo seu tutor e por um profissional médico veterinário responsável durante todas as sessões. Todas as interações com os animais deverão seguir rigorosos protocolos de higiene. Os participantes, incluindo pacientes, acompanhantes e profissionais, deverão lavar as mãos antes e depois do contato com os animais. O contato do animal com secreções (urina, saliva, vômito e feridas) deve ser evitado, assim como o uso dos utensílios dos pacientes para alimentação do cão. Durante as sessões, as atividades incluirão carícias, massagens, brincadeiras como jogar e chutar a bola, além de adaptações específicas às limitações dos pacientes, como caminhadas com obstáculos e estímulos de memória através da interação com os cães. Registro e Avaliação As sessões serão registradas por meio de documentação escrita e fotográfica, permitindo uma avaliação sistemática da eficácia das intervenções. Serão definidas métricas específicas para identificar as melhorias nos pacientes, de acordo com suas condições clínicas individuais. A cada dois meses, ou conforme a demanda e a evolução do projeto, haverá reuniões com a equipe multidisciplinar para avaliar a evolução dos voluntários e a necessidade de inclusão ou exclusão de pacientes. Também será realizada uma avaliação da disponibilidade dos animais e de seus proprietários, com possibilidade de aquisição de novos animais, respeitando os critérios de seleção previamente estabelecidos. Divulgação As sessões terapêuticas serão registradas em formato fotográfico, com a intenção de criar materiais gráficos para a divulgação do projeto na comunidade de Unaí, visando estimular e motivar os voluntários e promover a conscientização sobre a importância da Atividade Assistida por Animais (AAA).
AAII - Animal Assisted Intervention International Animal Assisted Intervention. Groesbeek, 2016. Acesso em: 23/01/2018. APAE UNAÍ - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí. Estatuto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí: Estado de Minas Gerais. Unaí, 2012. Acesso em: 24/01/2018. AVMA - American Veterinary Medical Association. AnimalAssisted Interventions: Definitions. Washington, 2018. Acesso em: 23/01/2018. CAMPOS, Pâmela Reis Costa. O tratamento e ajuda através dos animais. Acesso em: 25 de jan. de 2018. Chagas, J. N. de M. (2009). Terapia ocupacional e a utilização da terapia assistida por animais (TAA) com crianças e adolescentes institucionalizados. Revista Crefito 6, Fortaleza,6(14), 1-3. Dotti, J. (2005). Terapia e animais. São Paulo: PC Editoriais. Ferreira, J. M. (2012). A Cinoterapia na APAE/SG: um estudo orientado pela teoria bioecológica do desenvolvimento humano.Conhecimento & Diversidade, 7, 98-108. FUNAHASHI, A., GRUEBLER, A., Aoki, T., KADONE, H., & SUZUKI, K. Brief Report: The Smiles of a Child with Autism Spectrum Disorder During an Animal- 21 assisted Activity May Facilitate Social Positive Behaviors-Quantitative Analysis with Smile-detecting Interface. Journal of autism and developmental disorders, 44(3),685-693, 2014. Guidelines for Environmental Infection Control in HealthCare Facilities. MMWR /CDC Recomm Reports 2003; 6/52(RR10): 1-42 [citado 15 jun 2008]. Disponível em: URL: www.cdc.gov/ mmwR/preview/mmwrhtml/rr5210a1.htm Guidelines for environmental Infection Control in Healthcare Facilities. Recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Pratics Advisory Committee (HICPAC). U.S. Department of Health and Human Service Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Atlanta: Centers for Disease Control; 2003. MALAKOSKI, V. M.; DIAS, D. C.; Atividade Assistida por Animais (AAA): uma nova forma de intervenção de Enfermagem. 3ª Mostra de Trabalhos em Saúde Pública. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2009. SAVALLI, Carine; ADES, César. Benefícios que o convívio com um animal de estimação pode promover para a saúde e o bem-estar do ser humano. In: CHELINI, Marie Odile Monir; OTTA, Emma [Org.]. Terapia Assistida por Animais. Barrueri, SP: Manole, 2016. SILVEIRA, N. Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra, 1982. Terapia com animais. Disponível em: http://www.equogenfidelis.org.br/files/artigos/TERAPIA_COM_ANIMAIS.pdf. Acessado em 10/06/2016.
A formação do estudante de Medicina Veterinária proporciona uma base sólida em áreas como saúde animal, bem-estar, comportamento e ética no manejo de animais, o que é essencial para a participação em um projeto de Atividades Assistidas por Animais (AAA) voltado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O conhecimento sobre doenças zoonóticas, manejo sanitário e comportamento animal permite que os estudantes ajudem a garantir a segurança e a eficácia das atividades, contribuindo para o bem-estar das crianças autistas. Além disso, a compreensão sobre as necessidades emocionais e comportamentais desses indivíduos favorece a atuação prática dos estudantes no projeto. A participação no projeto contribui diretamente para a formação prática dos discentes, proporcionando a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula em um contexto real das terapias assistidas por animais. Este envolvimento oferece oportunidades de desenvolvimento de competências em áreas como comportamento animal, ética e manejo de saúde, além de aprimorar habilidades interpessoais, como comunicação e trabalho em equipe. Os estudantes também terão a chance de entender o papel dos animais no suporte terapêutico e emocional para crianças com TEA, enriquecendo sua formação com uma perspectiva humanística e clínica. Os estudantes serão capacitados por meio de treinamentos teóricos e práticos. O treinamento teórico incluirá seminários e oficinas abordando as diretrizes da AAA, os cuidados com a saúde e o bem-estar animal, e as boas práticas para a interação com crianças autistas em ambientes terapêuticos. A capacitação prática será realizada em atividades supervisionadas, como o manejo dos animais, o treinamento de comportamentos adequados para as sessões e a compreensão das necessidades específicas das crianças, sempre sob a orientação de professores e profissionais especializados. Também haverá reuniões com a equipe multidisciplinar da instituição para alinhar expectativas e responsabilidades. Os estudantes participarão ativamente das seguintes atividades: • Seleção, manejo e treinamento dos animais envolvidos nas terapias; • Acompanhamento das sessões terapêuticas, auxiliando nas interações entre crianças autistas e animais; • Monitoramento das condições de saúde e bem-estar dos animais antes, durante e após as sessões; • Auxílio na organização e adaptação das atividades terapêuticas às necessidades das crianças; • Documentação das sessões, incluindo o registro do progresso terapêutico e avaliação do bem-estar animal. Os estudantes serão acompanhados por professores e veterinários responsáveis pelo projeto, que realizarão supervisões periódicas durante todas as etapas do projeto. Haverá reuniões regulares para discutir o andamento das atividades, desafios enfrentados e melhorias necessárias. A avaliação será contínua e baseada em critérios como participação nas atividades, desempenho nas tarefas designadas, interação com a equipe, proatividade e capacidade de aplicar os conhecimentos teóricos na prática. Além disso, os estudantes serão avaliados pela qualidade dos relatórios de progresso das crianças e dos animais, além do feedback de tutores e profissionais envolvidos.
Este projeto está alinhado com os princípios da extensão universitária, ao integrar: Impacto social: O projeto visa atender uma necessidade concreta da comunidade, oferecendo uma abordagem terapêutica inovadora para o desenvolvimento de crianças com TEA. Interdisciplinaridade: O envolvimento de estudantes e profissionais de diferentes áreas reforça a troca de saberes e a construção coletiva do conhecimento, característica fundamental das atividades de extensão. Formação cidadã: Ao possibilitar que os estudantes apliquem seus conhecimentos em um contexto real, o projeto contribui para a formação de profissionais mais conscientes e comprometidos com o bem-estar social e animal. Diálogo com a sociedade: A interação com a comunidade local (APAE, famílias, instituições) reforça a troca de experiências e saberes entre a universidade e a sociedade. Esses objetivos fortalecem tanto o aspecto terapêutico quanto o caráter educativo e extensionista, promovendo um impacto positivo tanto nas crianças beneficiadas quanto nos acadêmicos e na comunidade envolvida.
Público-alvo
As ações deste projeto beneficiarão diretamente crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí (APAE Unaí), por meio da Atividade Assistida por Animais.
Municípios Atendidos
Unaí
Parcerias
É na APAE que as sessões acontecem, semanalmente. Todas as atividades acontecem na quadra da APAE. Contamos com a participação da equipe multidisciplinar, especialmente psicólogos, acompanhando as sessões e selecionando as crianças que participarão das sessões.
Cronograma de Atividades
Fazer revisões frequentes sobre a temática do projeto para ajudar a desenvolver sempre novas atividades para serem utilizadas nas sessões, além de atualizar os alunos sobre o assunto para escrever revisões, resumos e relatórios. Nesse sentido serão realizadas reuniões semanais para discussão do direcionamento do projeto.
O intuito é de buscar e avaliar cães com sanidade, comportamento e índole para participar do projeto e interagir com as crianças.
Objetivo de promover duas reuniões, para apresentação do projeto aos pais, tirando dúvidas e mostrando os benefícios da AAA com as crianças. Nesse momento receber autorização por escrito dos pais ou responsáveis para a participação das crianças nas sessões.
Atividades assistidas com os cães e os grupos de crianças nas dependências da APAE, com duração de 30 minutos.
Avaliação pela equipe multidisciplinar se as crianças estão evoluindo nas atividades, se estão gostando, se vão continuar a participar ou se outras serão selecionadas.
Redação de artigos e resumos para publicação em eventos científicos e publicação em revistas especializadas, assim como desenvolvimento de relatórios finais com registros fotográficos e de vídeos.