Detalhes da proposta

Semeando Sustentabilidade: Integrando Saberes em Viveiros Educadores nas Escolas Rurais

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    janaína fernandes gonçalves

    Número de inscrição:

    2025101202511067

    Unidade de lotação:

    departamento de engenharia florestal

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências agrárias

    Área temática principal:

    meio ambiente

    Área temática secundária:

    educação

    Linha de extensão:

    emprego e renda

    Abrangência:

    regional

    Vinculado a programa de extensão:

    florarte: núcleo de desenvolvimento ambiental, biotecnológico, florestal, comciência e arte do vale do jequitinhonha

    Gera propriedade intelectual:

    Sim

Membros

marcelo luiz de laia Vice-coordenador(a)

sara gabriela soares Voluntário(a)

tamires da silva gonçalves Voluntário(a)

giovana alves de andrade Voluntário(a)

jéssica naiara dos santos Voluntário(a)

raielle márcia silva lourenço Bolsista

carine de oliveira silva Voluntário(a)

luiza ribeiro horta Voluntário(a)

isabelle saraiva medeiros Voluntário(a)

keyla gabriela silva Voluntário(a)

Resumo

O projeto de extensão "Semeando Sustentabilidade: Integrando Saberes em Viveiros Educadores nas Escolas Rurais" é a continuidade do projeto Pibex anteriormente aprovado (202310120235867), que foi desenvolvido em 2023 com ações e oficinas presenciais, obtendo uma aceitação extremamente positiva. Com o objetivo de promover a educação ambiental e a inclusão social em escolas públicas de Diamantina e região, o projeto reconhece a escola como um espaço fundamental para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. Assim, visa criar um ambiente que valorize a sustentabilidade e a diversidade, proporcionando experiências de aprendizado acessíveis a todos os alunos, independentemente de suas capacidades. A iniciativa visa promover a educação ambiental de forma acessível e inclusiva, estimulando a participação de todos os alunos, independentemente de suas capacidades. Através da criação de viveiros educadores, o projeto propõe transformar o ambiente escolar em um espaço dinâmico onde os alunos possam interagir diretamente com a natureza. Essa interação os levará a compreender a importância da preservação ambiental e do uso sustentável dos recursos naturais. As atividades práticas de jardinagem e horticultura permitirão que os alunos aprendam sobre o cultivo de alimentos, segurança alimentar e consumo consciente, desenvolvendo uma relação mais próxima com a terra e com a produção sustentável. Além disso, o projeto incentivará o uso de micro-organismos eficientes (EM) no controle biológico de pragas e no crescimento de plantas. Os alunos serão ensinados a multiplicar esses organismos, compreendendo sua importância para o manejo sustentável das hortas. A coleta e análise de amostras de água de irrigação também farão parte das atividades, permitindo que os estudantes entendam a relação entre a qualidade da água e a saúde ambiental. Os benefícios dessa iniciativa se estendem não apenas aos alunos, mas também aos professores. Com a capacitação oferecida, os educadores serão preparados para integrar a educação ambiental em suas práticas pedagógicas, transformando o currículo escolar e promovendo um ambiente mais inclusivo e diversificado. Essa formação contribuirá para que os professores disseminem o conhecimento adquirido, criando uma cultura de sustentabilidade nas escolas. A iniciativa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente com o ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis), ODS 15 (Vida Terrestre) e ODS 6 (Água Potável e Saneamento). Ao integrar práticas sustentáveis à educação, o projeto não apenas prepara os alunos e professores para os desafios ambientais contemporâneos, mas também promove a inclusão social e o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e responsável. Dessa forma, "Semeando Sustentabilidade: Integrando Saberes em Viveiros Educadores nas Escolas Rurais" se apresenta como uma proposta transformadora que une educação, sustentabilidade e inclusão social, preparando as novas gerações para um futuro mais sustentável e consciente. Com essa abordagem, o projeto não só enriquece a formação dos estudantes, mas também capacita a comunidade escolar a se tornar protagonista na construção de um mundo mais equilibrado e saudável.


Palavras-chave

Micro-organismos eficientes, Mudas, ODS, Sustentabilidade, Educação.


Introdução

A Emergência Climática foi reconhecida como a "Palavra do Ano" pelo dicionário Oxford em 2019, evidenciando a necessidade urgente de ações para mitigar as mudanças climáticas e prevenir danos graves ao meio ambiente (OXFORD, 2019). O crescimento descontrolado da exploração de recursos naturais, manifestado no aumento do desmatamento, na poluição dos mares e rios e na baixa taxa de reciclagem, destaca a urgência da preservação ambiental. Para abordar essa questão, é crucial promover iniciativas e projetos que ampliem a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente na vida cotidiana das pessoas. A educação ambiental se apresenta como uma ferramenta poderosa para fomentar mudanças sociais que beneficiem o meio ambiente (FREIRE, 2017). Nesse contexto, os viveiros educadores emergem como espaços estratégicos nas escolas rurais, oferecendo uma abordagem prática e integrada da educação ambiental. Estes viveiros não apenas possibilitam a prática de jardinagem e horticultura, mas também promovem uma conexão direta das crianças com o ambiente natural. Ao cultivar plantas e participar ativamente da produção de alimentos, os alunos desenvolvem uma consciência ecológica e sustentável que é fundamental para a formação de cidadãos responsáveis (BATISTA, 2020). Essa experiência prática complementa a teoria, permitindo que os estudantes compreendam de maneira concreta a importância da preservação dos recursos naturais e das práticas sustentáveis. Os viveiros educadores são ferramentas essenciais para o desenvolvimento de competências socioambientais, uma vez que incentivam a reflexão crítica sobre as relações entre os seres humanos e a natureza. Por meio de atividades que englobam desde a semeadura até a colheita, as crianças aprendem sobre ciclos naturais, biodiversidade e os impactos das ações humanas no meio ambiente (BRASIL, 2018). A experiência prática no viveiro educador pode transformar o modo como os alunos percebem e interagem com o mundo ao seu redor, estimulando hábitos que favoreçam a conservação ambiental. Além disso, a implementação de projetos de educação ambiental nas escolas está alinhada com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que ressaltam a importância de integrar aspectos sociais, econômicos, políticos e ecológicos no currículo escolar (BRASIL, 2017). A inclusão desses temas na formação educacional contribui para a formação de uma geração mais consciente e comprometida com a sustentabilidade. Assim, iniciativas como o projeto "Semeando o Futuro: Viveiros Educadores e Educação Ambiental nas Escolas Rurais" buscam sensibilizar as crianças sobre a importância da preservação ambiental, promovendo a aceitação e a integração dos ensinamentos sobre o meio ambiente em suas vidas cotidianas (GONÇALVES, 2021). No ano de 2023, o projeto foi realizado de forma presencial (Número de inscrição: 202310120235867) e promoveu um trabalho abrangente de conscientização ambiental nas escolas parceiras por meio de oficinas científicas. A abordagem prática da educação ambiental, especialmente em contextos rurais, não apenas enriquece o aprendizado dos alunos, mas também reforça o papel das escolas como agentes de mudança na promoção de uma sociedade mais justa e sustentável (SILVA, 2019). Portanto, os viveiros educadores se estabelecem como ferramentas cruciais para o desenvolvimento de uma consciência ecológica nas novas gerações, preparando-as para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos.


Justificativa

A atual crise ambiental global tem intensificado a conscientização sobre a necessidade de ações socioambientais educativas e contínuas. Nesse contexto, as escolas, como espaços privilegiados de formação, desempenham um papel crucial na promoção de conhecimentos ambientais, desenvolvimento de pensamento crítico e formação de opinião (PENTEADO, 2010). A educação ambiental nas escolas possibilita que crianças e adolescentes adquiram novas concepções e atitudes responsáveis em relação ao meio ambiente, rompendo com o ensino tradicional e incentivando uma cidadania mais consciente e ativa. Uma abordagem inovadora que se destaca nesse processo é a construção de viveiros educacionais temporários em escolas, os quais oferecem oportunidades práticas de aprendizado sobre a importância das árvores, plantas medicinais e a biodiversidade local. Esses viveiros, além de proporcionarem um espaço de experimentação e estudo, permitem que os estudantes compreendam na prática o ciclo de vida das plantas, a função ecológica das florestas, a importância da recuperação de áreas degradadas e o uso sustentável dos recursos naturais. A implantação de viveiros educacionais temporários também se alinha com a necessidade urgente de aumentar o plantio de árvores, combater as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade. A introdução de plantas medicinais nos viveiros escolares, por exemplo, valoriza os saberes tradicionais e oferece um recurso pedagógico valioso para ensinar sobre saúde, ecologia e conservação de espécies nativas. Além disso, o cultivo de hortas escolares e o plantio de árvores em áreas públicas ou comunitárias, integrados às atividades do viveiro, incentivam práticas de manejo sustentável e resiliência ecológica, ao mesmo tempo em que fomentam o senso de pertencimento e responsabilidade ambiental entre os alunos. A divulgação sobre o uso múltiplo da árvore Moringa oleifera para o tratamento de água é uma parte essencial desta proposta, especialmente em comunidades rurais e escolares onde o acesso à água tratada é limitado. A Moringa oleifera possui propriedades notáveis que a tornam eficiente na purificação da água, uma vez que suas sementes contêm agentes coagulantes naturais capazes de reduzir drasticamente o número de partículas suspensas, além de diminuir a quantidade de micro-organismos patogênicos. Esses agentes promovem a remoção da turbidez, da cor e de coliformes presentes na água, sem alterar significativamente o pH, tornando-a uma solução de baixo custo e alta eficácia para locais onde o tratamento convencional de água é escasso ou inexistente (ARAÚJO et al., 2022). A importância de iniciativas como essas é amplamente discutida na literatura recente, que aponta para a necessidade de implementar projetos que integrem práticas agroecológicas e ambientais nas escolas, criando uma relação direta entre o espaço escolar e o entorno natural (SOUZA et al., 2023; SILVA e COSTA, 2022). Esses projetos não apenas educam sobre a preservação ambiental, mas também contribuem para a formação de futuros profissionais comprometidos com a sustentabilidade. Além disso, viveiros escolares têm um caráter interdisciplinar, beneficiando diversas áreas do conhecimento, como biologia, geografia, agronomia, ecologia e saúde pública. A produção de mudas em viveiros permite a aplicação prática de conceitos de gestão de resíduos orgânicos, compostagem e recuperação de nascentes, além de favorecer a criação de áreas verdes nas comunidades escolares e rurais, gerando impactos ambientais e sociais significativos. No contexto rural, essas ações são ainda mais relevantes, considerando as pressões ambientais sobre os recursos naturais e a necessidade de práticas agrícolas sustentáveis. A educação ambiental nas escolas rurais desempenha um papel essencial na formação de uma nova geração de cidadãos conscientes, preparados para enfrentar os desafios socioambientais de suas comunidades. A justificativa para a implementação de projetos como o "Semeando Sustentabilidade: Integrando Saberes em Viveiros Educadores nas Escolas Rurais" está na sua capacidade de criar uma ponte entre o conhecimento acadêmico e a prática cotidiana nas comunidades rurais e urbanas. Esse tipo de iniciativa promove a integração entre a universidade e a sociedade, fortalecendo o papel da extensão universitária no fomento à educação ambiental e na promoção de práticas sustentáveis. Dessa forma, o projeto proposto também atende às diretrizes da Política Nacional de Extensão, ao promover uma interação dialógica entre universidade e sociedade, possibilitando a troca de saberes com agricultores, estudantes e comunidades locais. A construção de viveiros educacionais temporários em escolas representa uma ação estratégica para disseminar conhecimentos sobre a importância do reflorestamento, das plantas medicinais e do manejo sustentável, impactando diretamente a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis. A universidade, por sua vez, cumpre um papel central na formação de cidadãos comprometidos com a sustentabilidade. Além de seu papel na educação formal, a universidade deve inovar, integrar a educação ambiental de forma multidisciplinar e fortalecer sua função de ensino, pesquisa e extensão, preparando profissionais conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atuar em diversas áreas do mercado de trabalho, como professores, pesquisadores e gestores ambientais (SILVA e OLIVEIRA, 2021). Como uma instituição de ensino, a universidade tem o dever de transmitir aos seus alunos não somente os conteúdos da educação formal, mas também de inovar, de se aprimorar, abrindo espaço para que a educação ambiental faça parte de um trabalho multidisciplinar, uma vez que a mesma tem as funções de ensino, pesquisa e extensão, o que a torna responsável pela formação do cidadão - profissional que atuará no mercado de trabalho, como professor, pesquisador, entre outras. Assim, o trabalho se justifica por se tratar de um assunto com forte apelo ambiental, de forma econômica e ecologicamente sustentável. É fundamental para gerar um canal de informações necessárias ao setor, possibilitando o trabalho extensionista e a integração dos mesmos com professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri pertencentes ao campus de Diamantina – MG. O projeto proposto, encontra-se em conformidade e articulado com a política de extensão de UFVJM, que prioriza pela ampliação e consolidação das relações entre instituição e demais setores da sociedade com o objetivo de contribuir para transformar a realidade mediante o conhecimento e a melhoria das condições de vida da população. O projeto atende as diretrizes Forproex no que tange a: 1) Interação dialógica, incentivando a troca de saberes entre a universidade e a sociedade Diamantina, mais especificamente entre professores, pesquisadores e estudantes das Universidades UFVJM e estudantes das escolas de Diamantina, bem como qualquer membro da sociedade interessado no conhecimento das plantas. 2) Interdisciplinaridade, já que um viveiro é importante para as diversas áreas do conhecimento, pois armazena informações que poderão ser utilizadas por Ecólogos, Biólogos, Agrônomos, Geógrafos, Engenheiros florestais, Policiais, Médicos, farmacêuticos, entre outros. 3) Indissociabilidade ensino pesquisa-extensão. As atividades de extensão se articulam com o ensino e a pesquisa de forma indissociável e automática. O objetivo da presente proposta permitirá que uma melhor qualificação das atividades de ensino e pesquisa que envolvem o viveiro e produção de mudas, tais como: jardinagem, gestão de resíduos orgânicos, produção de um adubo proveniente de compostagem, levantamento de um diagnóstico de nascente e plantio de mata ciliar em áreas da comunidade quando possível. Por consequência, o caráter extensionista da ação se efetiva com o intercâmbio de conhecimentos entre diferentes instituições de ensino e a própria população do município, uma vez que um viveiro e a produção de mudas tem um caráter público, estando aberto a consultas em geral. 4) Impacto na formação do estudante, atingido através das aulas práticas que ocorrerão com a utilização das mudas, onde as atividades auxiliarão o conhecimento científico.


Objetivos

Objetivo Geral Promover a construção de valores ambientais e práticas sustentáveis por meio da jardinagem, horticultura e implantação de viveiros educadores em escolas públicas de Diamantina e região, com o intuito de integrar conhecimentos sobre biodiversidade, ecologia e sustentabilidade. Objetivos Específicos Disseminar a conscientização ambiental por meio de postagens educativas e informativas no Instagram FlorArte, promovendo uma maior sensibilização da sociedade sobre práticas sustentáveis e temas ambientais. Produzir defensivos agrícolas naturais e compostos orgânicos, visando a redução dos impactos sociais, econômicos e energéticos decorrentes do uso de insumos químicos, e promovendo uma agricultura mais sustentável e ecológica. Oferecer um espaço com orientação profissional, onde os beneficiários, incluindo alunos, professores e membros da comunidade, possam aprender e praticar horticultura e jardinagem de forma assistida, desenvolvendo habilidades práticas relacionadas à sustentabilidade. Promover e divulgar o uso de micro-organismos eficientes (EM) na agricultura escolar, destacando o seu papel no controle biológico de pragas e no crescimento saudável das plantas. Instruir os alunos e professores sobre os métodos ideais de multiplicação e aplicação desses micro-organismos, integrando-os às práticas agroecológicas. Coletar e analisar amostras da água de irrigação das hortas escolares, verificando parâmetros como coliformes fecais, turbidez, temperatura e oxigênio dissolvido, entre outros, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade da água utilizada, além de estimular o aprendizado científico por meio de análises ambientais práticas. Implementar viveiros educadores temporários em escolas, utilizando-os como ferramentas pedagógicas para ensinar sobre biodiversidade, ecologia e sustentabilidade, ao mesmo tempo que integram os alunos a práticas agroecológicas que fomentam o conhecimento sobre a importância da preservação ambiental.


Metas

O principal público-alvo são os estudantes das escolas públicas e os seguidores do Instagram FlorArte. O projeto visa alcançar diretamente uma escola municipal e uma escola estadual, que receberão nossas ações de forma presencial. Esperamos que a ação atinja mais de 500 pessoas, incluindo alunos e professores. Os beneficiários diretos são os estudantes e professores dessas escolas, além dos estudantes de graduação da UFVJM que serão capacitados em Silvicultura, Educação Ambiental e práticas sustentáveis. Os beneficiários indiretos incluem as comunidades escolares, os familiares dos estudantes, os seguidores do Instagram FlorArte e a comunidade em geral de Diamantina, que será impactada pelas ações e pela disseminação de uma cultura de Educação Ambiental e Saúde Ambiental. Metas específicas: • Divulgar os projetos na área de Silvicultura da FCA/UFVJM; • Formar recursos humanos (estudantes de graduação da UFVJM, Campus Diamantina) com conhecimento sólido em Silvicultura, preparando-os para o mercado de trabalho; • Despertar, nos jovens estudantes e técnicos da UFVJM, o interesse pela pesquisa científica e trabalhos de extensão universitária; • Aproximar a sociedade do município de Diamantina e os professores, pesquisadores e estudantes da UFVJM; • Envolver novos estudantes de graduação da Faculdade de Ciências Agrárias ou de Agronomia, Ciências Biológicas, Engenharia Florestal, Zootecnia e outros nos projetos de Silvicultura e meio ambiente; • Promover a popularização e democratização do saber científico; • Produzir material informativo para ser distribuído nas escolas parceiras; • Estimular as comunidades escolares a criar uma cultura de Educação Ambiental, de modo que a Saúde Ambiental se torne um elemento fundamental nesse processo de sensibilização. Este projeto tem o potencial de impactar diretamente cerca de 200 estudantes, 20 professores, e 10 profissionais técnicos, enquanto indiretamente pode atingir mais de 500 pessoas, promovendo um impacto social transformador que integra educação, sustentabilidade e interdisciplinaridade. Alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, este projeto busca fortalecer a Educação Ambiental como ferramenta de transformação social, especialmente em contextos rurais, onde os desafios da sustentabilidade são mais acentuados. Assim, visa contribuir para a criação de comunidades mais conscientes e preparadas para lidar com as questões ambientais locais e globais.


Metodologia

Esta proposta de extensão será voltada para estudantes do ensino infantil e início do fundamental do município de Diamantina-MG e região, bem como para os estagiários e estudantes da FCA/UFVJM. A proposta será discutida, avaliada e acompanhada pelos participantes, de maneira que todos os processos e atividades ficarão bem esclarecidos. A finalidade do projeto "Semeando Sustentabilidade: Integrando Saberes em Viveiros Educadores nas Escolas Rurais" será a propagação da conscientização ambiental na sociedade. Antes de iniciarmos a realização das ações, será decidido, em conversa com os gestores da escola, qual turma será escolhida. Haverá um diálogo inicial para informar os participantes e seus responsáveis sobre os objetivos e atividades do projeto, obtendo seu consentimento informado para participação. O consentimento será obtido de forma voluntária, garantindo que todos os participantes (alunos, pais, professores e comunidade) entendam os propósitos do projeto e tenham liberdade para optar pela participação. Asseguraremos também o respeito à privacidade dos participantes, não divulgando dados ou imagens sem a devida autorização. Considerando o contexto rural e cultural das escolas participantes, todas as atividades serão adaptadas para respeitar os valores e práticas locais. O projeto visa promover uma abordagem inclusiva, envolvendo diretamente os estudantes, professores e técnicos, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. O diálogo constante com os gestores escolares e a comunidade será essencial para alinhar as expectativas e garantir a inclusão social de todos os grupos. Todas as atividades práticas serão conduzidas com supervisão adequada para garantir a segurança física e emocional dos participantes. Isso inclui o manuseio seguro de ferramentas e materiais durante as oficinas de produção de mudas, jardinagem e construção de viveiros. O bem-estar dos alunos será priorizado em todas as fases do projeto, garantindo que os riscos sejam minimizados e as atividades sejam adequadas para a faixa etária. Ao todo, serão realizados seis encontros presenciais com atividades teóricas e práticas. A seguir estão descritas as atividades propostas: 1. Aplicação do questionário inicial e oficina de horta com material sustentável. 2. Oficinas sobre produção de mudas, jardinagem, gestão de resíduos orgânicos e produção de adubo: Utilizando compostagem para hortas socioeducativas que auxiliam no desenvolvimento e nutrição das plantas. 3. Oficina de construção do Viveiro Educador e minijardins: Serão construídas bancadas elevadas para o plantio de mudas, utilizando materiais reciclados como paletes de madeira, garrafas PET e outros recipientes alternativos. 4. Oficina de produção de biofertilizantes à base de micro-organismos eficientes (EM): Promover o uso de micro-organismos no controle biológico e no crescimento de plantas, discutindo a forma ideal de multiplicação e aplicação. 5. Coleta e análise microbiológica da água de irrigação das hortas: Verificar a qualidade da água, analisando parâmetros como coliformes fecais, turbidez, temperatura e oxigênio dissolvido. 6. Oficina de produção de mudas a partir de sementes e estacas: Abordar o preparo do substrato e a importância da escolha das espécies. Os resultados obtidos serão divulgados por meio de dias de campo, além de materiais informativos que serão distribuídos nas escolas e em canais virtuais, como redes sociais e plataformas de videoconferência. As ações buscam não só conscientizar sobre a importância da educação ambiental, mas também promover práticas de sustentabilidade ambiental e saúde ambiental. A comunidade será estimulada a adotar práticas sustentáveis de forma contínua. Ao término do projeto, será enviado um questionário à comunidade beneficiada para obter feedback, visando o aprimoramento de futuras ações. Haverá reuniões mensais com a coordenadora do projeto para discutir a proposta, avaliar as atividades realizadas e planejar novas oficinas. Nas metas científicas, espera-se que o bolsista Pibex e os voluntários, junto à coordenadora, submetam resumos em anais de eventos, com destaque para o SINTEGRA. As metas acadêmicas envolvem a orientação e treinamento técnico do bolsista e dos estagiários voluntários que participam do projeto. Quanto às metas socioambientais, espera-se que os agricultores, ao tomarem conhecimento sobre o planejamento e a execução de práticas sustentáveis, passem a adotá-las regularmente, resultando no uso de alimentos mais saudáveis e no aumento de sua renda, pela comercialização de produtos com maior valor agregado. Além disso, o projeto visa contribuir para a divulgação da UFVJM, em especial dos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia, como disseminadores de conhecimento e instituições comprometidas com sistemas produtivos sustentáveis e a recuperação de matas ciliares e nativas. Espera-se, ainda, que o bolsista Pibex e os estagiários envolvidos adquiram uma compreensão mais aprofundada sobre a importância das aulas práticas e da aplicação do conhecimento para a comunidade e a sociedade em geral. Com a execução do projeto PIBEX, pretende-se também desenvolver habilidades que aprimorem a qualidade e viabilidade das técnicas e instrumentos pedagógicos utilizados. Por fim, busca-se despertar, nos estudantes e técnicos da UFVJM, o interesse pela pesquisa científica e pelos trabalhos de extensão universitária. A procura por estágios no projeto por outros estudantes da UFVJM tem aumentado significativamente à medida que o projeto avança.


Referências Bibliográficas

• ARAÚJO, M. B. et al. Moringa oleifera no tratamento de água: Uma revisão de suas propriedades coagulantes. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 27, n. 2, p. 45-62, 2022. • BATISTA, L. M. (2020). Viveiros Educadores: Uma Ferramenta para a Educação Ambiental. Revista de Educação e Pesquisa, 7(2), 215-228. • BRASIL. (2017). Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Ambiental. Brasília: MEC. • BRASIL. (2018). Educação Ambiental: Diretrizes e Orientações. Brasília: MEC. • FREIRE, P. (2017). Pedagogia da Esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra. • GONÇALVES, J. (2021). A Educação Ambiental na Prática: Experiências em Escolas Rurais. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 15(1), 45-60. • OXFORD. (2019). Oxford Dictionaries: Word of the Year 2019. • PENTEADO, H. D. Educação ambiental: fundamentos, práticas e competências. São Paulo: Cortez, 2010. • SILVA, R. T. (2019). Educação Ambiental e a Formação de Cidadãos Sustentáveis. Cadernos de Pesquisa em Educação Ambiental, 3(1), 34-50. • SILVA, R. C.; COSTA, P. A. Educação ambiental e sustentabilidade nas escolas: práticas e desafios. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 17, n. 1, p. 45-63, 2022. • SOUZA, M. A. et al. Viveiros educacionais e a sustentabilidade no espaço escolar. Estudos em Educação e Sustentabilidade, v. 2, n. 3, p. 123-137, 2023.


Inserção do estudante

A grade curricular dos estudantes de Ciências Agrárias da FCA/UFVJM oferece um leque abrangente de atividades de ensino, pesquisa e extensão, permitindo aos alunos aprofundar seus conhecimentos sobre florestas, incluindo suas características, potencialidades e desafios. O curso inclui disciplinas específicas, como "Sistemas Agroflorestais", "Silvicultura de Espécies Nativas" e "Recuperação de Áreas Degradadas". Todos os discentes listados como integrantes da equipe executora do projeto já cursaram ou estão cursando, pelo menos, duas dessas disciplinas, o que assegura que estejam bem preparados para contribuir efetivamente. Formação e Contribuição dos Estudantes A inserção dos estudantes no projeto não apenas fortalece suas competências técnicas, mas também amplia sua visão crítica sobre questões ambientais e sociais. Os estudantes são incentivados a desenvolver habilidades de liderança, trabalho em equipe e comunicação, essenciais para o sucesso em suas futuras carreiras. O projeto também promove a construção de uma identidade profissional, permitindo que os alunos se vejam como agentes de mudança em suas comunidades. Os estudantes serão capacitados nas metodologias do projeto através de oficinas práticas e teóricas. As oficinas incluirão treinamento sobre as melhores práticas em agricultura sustentável, gestão de resíduos e técnicas de compostagem. Além disso, a capacitação incluirá o uso de tecnologias digitais para a gestão de informações e a comunicação com a comunidade, preparando-os para enfrentar desafios contemporâneos em suas áreas de atuação. As atividades que os estudantes participarão serão diversas e engajadoras, permitindo uma aprendizagem ativa. Estas incluirão: 1. Oficina de Horta com Material Sustentável: aprendizado sobre como criar e gerenciar hortas que respeitem princípios ecológicos. 2. Construção do Viveiro Educador: construção de viveiros utilizando materiais reciclados, promovendo a conscientização sobre a reutilização e a sustentabilidade. 3. Produção de Biofertilizantes: aplicação prática do conhecimento sobre micro-organismos eficientes, capacitando-os para a promoção de técnicas de cultivo que não dependem de insumos químicos. 4. Análise de Qualidade da Água de Irrigação: realização de coletas e análises microbiológicas, desenvolvendo habilidades em pesquisa aplicada e análise de dados. 5. Produção de Mudas: atividades relacionadas ao preparo de substratos e escolha de espécies, promovendo o entendimento sobre a importância da biodiversidade. A participação dos alunos será avaliada em diferentes dimensões, considerando não apenas o comprometimento, mas também a evolução de suas habilidades ao longo do projeto. O acompanhamento será realizado por meio de reuniões regulares, onde os estudantes poderão discutir desafios e compartilhar aprendizados, além de receber feedback da equipe. 1. Avaliação pelo Público: O projeto incluirá um monitoramento e avaliação das ações em três etapas temporais, com foco na mobilização e sensibilização das escolas no curto prazo e na avaliação dos impactos das ações no longo prazo. 2. Avaliação pela Equipe: A equipe realizará uma avaliação contínua durante o desenvolvimento e ao final do projeto. Além da aplicação de questionários, também serão promovidas dinâmicas de grupo para estimular a reflexão sobre as experiências vividas, permitindo que os estudantes expressem suas percepções sobre o impacto do projeto em sua formação acadêmica e profissional. Por meio dessas abordagens, espera-se que os estudantes não apenas aprimorem suas competências técnicas, mas também desenvolvam uma consciência crítica e um compromisso com práticas sustentáveis, contribuindo assim para a transformação social e ambiental de suas comunidades. A participação no projeto é vista como uma oportunidade valiosa para a formação integral dos alunos, despertando neles o interesse pela pesquisa científica e pela extensão universitária.


Observações

O presente projeto representa uma continuidade do projeto Pibex previamente aprovado, o qual foi desenvolvido de maneira presencial. Ele integra o programa de extensão FlorArte, que tem como objetivo promover a educação ambiental e práticas sustentáveis em comunidades locais. A relevância da proposta se destaca não apenas pela continuidade das atividades, mas também pela ampliação de seu alcance e impacto. O Instagram criado para divulgar as ações do programa já atingiu, de forma direta e indireta, um público estimado em 11,3 mil pessoas. Esse alcance é um indicador significativo da efetividade das estratégias de comunicação utilizadas, evidenciando o interesse e a conscientização da comunidade em relação às temáticas abordadas. Assim, o projeto não apenas consolida as iniciativas anteriores, mas também busca expandir sua influência, contribuindo para a formação de uma rede de apoio e conscientização em torno da sustentabilidade e da preservação ambiental.


Público-alvo

Descrição

Estudantes das Escolas Municipais parceiras do projeto

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A proposta também recebe o apoio da Escola Municipal Rogério Firmino Lopes / SE Mão Torta localizada na Comunidade Mão torta no município de Diamantina - MG. Com anuência desta escola, torna-se possível a execução da proposta, consolidando o projeto como exequível.

Participação da Instituição Parceira

A proposta também recebe o apoio da Centro Municipal de Educação Infantil - São João da Chapada, localizada em São João da Chapada, no município de Diamantina - MG. Com anuência desta escola, torna-se possível a execução da proposta, consolidando o projeto como exequível.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Reuniões de forma presencial e quando necessária virtual com a equipe para organização das atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Reuniões presenciais e via Google Meet com as professoras das escolas participantes, para organizar o cronograma do projeto com as peculiaridades do calendário escolar e administrativo -março e abril

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Reuniões internas e virtuais com os membros da equipe, para nivelamento do conhecimento e preparação para os encontros remotos com as escolas e início das ações nas escolas

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Curso de capacitação para professores nas escolas e implantação do viveiro educacional 5, 6, 7, 8, 9

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Encerramento e Avaliação

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Apresentação de trabalhos em eventos científicos e Redação do relatório final (bolsista e coordenador)