O projeto de extensão “Pequenos Gestores: Criança também tem objetivos!” foi idealizado como forma de suprir as necessidades curriculares educacionais brasileiras que normalmente negligenciam a ciência da Administração no ensino básico. Em vista disso, o projeto tem como objetivo principal demonstrar esta ciência dos objetivos adequadamente à infância com a aplicação de metodologias ativas, por meio de atividades lúdicas conforme cronograma das escolas públicas, utilizando as ferramentas: gincanas, construção de projetos e gamificação[17][18]. Neste projeto, temos desenvolvido materiais e seminários formativos aos educadores de modo ensinar: a gestão de objetivos, a organização do tempo e a educação financeira às crianças do final do fundamental I e fundamental II, visando assim a consolidação de futuros cidadãos mais organizados e centrados em seus objetivos e metas tanto nos âmbitos profissionais quanto pessoais.

Criança, Administração, Gestão de objetivos, educação financeira, Cidadãos

A reapresentação deste projeto, foi estimulada pelo programa no qual todos os docentes de diversas áreas do nosso curso resolveram se empenhar nas práticas extensionistas. Também houve a aclamação das escolas públicas de ensino fundamental pelo retorno das iniciativas de qualificação na formação docente ocorrida na primeira edição desa proposta. Portanto, esse projeto visa poder ampliar a contribuição que já vem sendo implementada na educação regional sendo reconhecida pelas secretarias de educação tanto municipal como regional. Percebe-se na sociedade brasileira inúmeros adultos que se encontram em uma situação de desconhecimento quanto aos propósitos da administração, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Em relação à área profissional, é notória a vaguidade de conhecimento deste assunto para a contribuição da centralidade dos objetivos organizacionais, visto que o tema não ocupa lugar no currículo da educação infantil básica brasileira como de costume nas nações desenvolvidas[1][2][3][4]. Essa preocupação decorre da limitação da produtividade somente na vida adulta, uma vez que quando crianças não somos incentivados a participar das questões econômicas, visto que geralmente os nossos tutores acreditam que a gestão seja pertencente apenas à esfera profissional. Desse modo, cria-se um imaginário infantil com uma visão de gestão de tempo desleixada, com crianças que postergam tarefas e que não traçam seus objetivos pessoais. Com isso, percebe-se que além da eficiência na educação escolar, existe também uma vacância de incentivo por parte da educação doméstica, seja por ignorância ou por superproteção, para os filhos terem interesse em assuntos relacionados à gestão[5]. Tendo em vista a problemática apresentada, se faz necessária a busca por alternativas para suprir essa defasagem. Portanto, a aplicação deste projeto visa preencher essa lacuna com a aplicação de ações de extensão alternativas e complementares para implementação de atividades extracurriculares. Pois podemos perceber que no atual aparato burocrático brasileiro seria inviável uma proposta de alteração no currículo básico para a implementação dessa unidade temática de gestão na infância. Essa familiarização de crianças na área administrativa contribuiria para formação de futuros adultos mais organizados e conscientes em relação ao autodesenvolvimento e ao desenvolvimento em sociedade. Assim sendo, o público alvo deste projeto consiste nas crianças em formação do ensino fundamental, tanto I, como o II. Temos construído instrumentos pedagógicos a fim de ensiná-las: a gestão de objetivos; o trabalho em equipe; a organização do tempo e proporcionar a educação financeira; demonstrando que o intuito de administrar, em geral, não é tornar a vida mais chata, mas sim cumprir com suas obrigações de maneira organizada e prática a fim de terem mais tempo para brincar e se divertir. Em linhas gerais, a continuação do projeto de extensão “Pequenos Gestores: Criança também tem objetivos!” consiste em ensinar a gestão de objetivos, a organização do tempo e a educação financeira de maneira didática e lúdica, de forma a colaborar para a consolidação de futuros cidadãos. Além disso, tem em vista empoderar crianças quanto à ciência dos objetivos de forma dialógica para adequá-la à aplicação cotidiana da infância.

O projeto intitulado “Pequenos Gestores: Criança Também Tem Objetivos!” está alinhado com a linha de extensão voltada para a infância e adolescência. Ele segue rigorosamente todas as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Extensão Universitária. A prática discente é orientada pelos conhecimentos adquiridos nas disciplinas de administração e/ou gestão dos cursos de graduação. A partir de questionamentos feitos por alunos de graduação sobre a construção do conhecimento de gestão no ciclo básico, surgiu, em um diálogo em sala de aula, a proposta de projetos interdisciplinares (educação e gestão) que poderiam gerar impacto e transformação social no ensino de gestão para crianças. Assim, fica claro que este projeto de extensão nasceu da prática do ensino na graduação. Posteriormente, a pesquisa impactará com produtos acadêmicos (resumos, relatos e artigos), sendo já publicados resumo em congressos e com um TCC em fase final, baseados nos dados coletados durante a execução deste projeto, reforçando o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. [14][15] [16] Em termos históricos, os processos educacionais de sociabilização do indivíduo, durante vários séculos foram, majoritariamente, realizados fora do âmbito escolar. A escola competia apenas a ensinar a ler, a escrever e a contar; já às famílias, a igreja e a sociedade em que o indivíduo estava integrado, competia o desenvolvimento dos processos de socialização do mesmo. Embora com o passar do tempo a escola e a família tenham desenvolvido um relacionamento de interdependência causado pelos mais variados fatores da exigente organização social, ainda na contemporaneidade, adultos se encontram com uma grande dificuldade em conceptualizar o tempo para a realização de suas tarefas pessoais e profissionais. Isso em razão da falta de incentivo e da falta de estímulo ao conhecimento, sobretudo, durante a infância, seja no ambiente escolar ou no familiar [6]. Nessa concepção, confere ao Estado brasileiro a corporização de alternativas para suprir essa defasagem. Para isso, é necessário que haja o incentivo educacional voltado para a área da ciência da administração, constituindo, deste modo, a base legal para a sustentação das atividades de enriquecimento extracurricular. Desta forma, este projeto propõe também de forma interdisciplinar contextualizar a concepção de tempo e orientar os estudantes a respeito da interação dos saberes, de modo a quebrar o isolamento das diferentes áreas e permitir um entendimento mais abrangente e interligado sobre as suas relações com o espaço (espaço-tempo) que, com os avanços tecnológicos e sincronismo moderno, tende a ter um papel relevante na orientação e mobilidade nos espaços físicos. [6] O conceito de tempo é difícil de se definir e é uma experiência comum a todos os seres vivos. Todos vivem o seu tempo ao ritmo do relógio biológico que os integra e que os regula durante a vida.[1] As experiências e percepções temporais se desenvolvem desde o nascimento e vão-se alterando ao longo da vida, ao ritmo da idade, das condicionantes internas e do meio social e cultural.[7] Em razão da falta de tempo oriunda do modelo capitalista, é frequente não termos tempo para fazer esta ou aquela tarefa, não comermos ou descansarmos quando o corpo necessita entre outras atividades do cotidiano. Por esta razão se sobressai a necessidade de saber gerir o tempo desde a infância, para que no futuro, este adulto seja capaz de cumprir com as suas obrigações de maneira organizada e prática para que tenha seus momentos de lazer e, consequentemente, evitar as sobrecargas físicas e emocionais advindas do cotidiano.[8] Nas sociedades modernas, o tempo condiciona as vidas, as atitudes e as tarefas levando ao equilíbrio dos ritmos circadianos em função da orientação para o desempenho. Não ter tempo é, na realidade, o resultado de ritmos de vida velozes e da multiplicidade de tempos que a sociedade moderna nos exige simultaneamente.[1][12] Essa sobrecarga em junção com a falta de gestão do tempo pode ocasionar preocupações provenientes da vida profissional ou pessoal, que podem, ocasionalmente, acarretar transtornos psicológicos, entre outros problemas à saúde física do indivíduo. Os diversos tempos sociais a que estamos sujeitos e as suas imposições (tempos individuais, das famílias, das instituições) levam-nos a equacionar se uma melhor coordenação dos mesmos não nos traria uma melhor qualidade de vida.[8] Cada indivíduo (ou conjunto de indivíduos) necessita constantemente de “interpretar”, contextualizar e adaptar os seus tempos de modo a viver os seus conteúdos e significados nas várias situações diferenciadas em que ele está dividido: o tempo de trabalho, o tempo de estudo, o tempo de família, o tempo livre. É nesse contexto que se encaixa o papel da gestão de modo a simplificar a vida por meio da aplicação de técnicas capazes de proporcionar a gestão de objetivos e a organização do tempo e financeira. [1] Diante do que foi apresentado, vê-se necessário a maturação do conceito de gestão, já que está diretamente associada ao objetivo, fato distante do que a maioria das pessoas conhece. Em sua centralidade, a gestão de objetivos deve estar correlacionada com cinco fundamentos: planejar (definir os objetivos e estabelecer estratégias para atingir esses objetivos), liderar (responsabilização sobre os objetivos), organizar (arranjo entre pessoas, processos e recursos), controlar (gerar indicadores que os objetivos estão sendo alcançados) e executar. A administração tem em vista trabalhar ferramentas para causar o engajamento dos indivíduos participantes para assim melhorar o desempenho dessas pessoas nas organizações e otimizar os processos a serem executados[10][11]. Por isso, para esse projeto, é basilar a inserção desse conhecimento na sociedade e entende-se que a melhor maneira de fazer isso é pela educação infantil [16]. Dessa forma, esse projeto é totalmente adequado a linha de extensão de infância e adolescência.

Objetivos gerais: Ensinar e empoderar às crianças e adolescentes do fundamental 1 e 2 nos temas: gestão de objetivos, o trabalho em equipe, a organização do tempo e proporcionar a educação financeira; Desenvolver pedagogicamente a ciência dos objetivos de forma dialógica para adequá-la à infância; Contribuir na formação e no aprendizado dos discentes por meio de experiências interdisciplinares e práticas sociais tornando-os multiplicadores do saber em gestão; Apresentar a gestão de objetivos, a organização do tempo e a educação financeira de maneira didática e lúdica, de forma a colaborar para a consolidação de futuros cidadãos; Consolidando a formação de multiplicadores na capacitação de professores da educação fundamental. Objetivos específicos; Criação de atividades lúdicas e desenvolver as gincanas que proporcionem uma maneira didática e divertida de aprender para ensinar, principalmente, gestão, trabalho em equipe, organização de tempo e dinheiro. Aplicação de práticas externas, em escolas e outros locais, que garantem a possibilidade de passar o conhecimento a crianças e pré-adolescentes. Elaboração de materiais capacitivos adaptados para o público infantojuvenil, possibilitando experiência de desenvolvimento didático nos membros discentes envolvidos no projeto. Elaboração de cursos e materiais de treinamento para professores do ensino fundamental quanto ao ensino da gestão na infância, visando a construir habilidades sociais nos membros discentes envolvidos no projeto. Oferecer aos discentes um ambiente crítico e aplicado, onde os conhecimentos teóricos partem para a ação e suas habilidade profissionais e sociais serão desenvolvidas.

Previsão de impacto direto: — Serão criados pelo menos 4 (quatro) vídeos explicativos nas temáticas de gestão (gestão de objetivos, gestão do tempo, finanças, trabalho em equipe); — Será atualizada a gincana por meio da gamificação[18]; — Será aperfeiçoado 1 (um)curso de multiplicadores; — Revisão de 3 (três) materiais desenvolvido no primeiro ano do projeto; — 36 ( trinta e seis) conteúdos/posts para mídias sociais; — Serão atendidas pelo menos 400 (quatrocentas) crianças do fundamental 1 e 2; — Serão capacitados pelo menos 100 (cem) professores na ação multiplicadores. — Treinamento e Capacitação de pelo menos 2 (dois) membros discentes em práticas pedagógicas e de gestão. — Capacitação de 2 (dois) membros discentes na realização de trabalhos acadêmicos sobre os resultados do projeto. Previsão de impacto indireto: — Expectativa de pelo menos 20% dos professores que participarão do curso de multiplicadores aplicarem em sala de aula os conhecimentos obtidos. — Expectativa de pelo menos 20% das crianças serem transformadas positivamente pela ciência da administração.

Na execução do projeto serão adotadas metodologias ativas no ensino infantil [17][18][19] de forma dialógica, que estimule a interação e a participação de todos os agentes envolvidos (discentes, docentes, professores e crianças), com foco no intercâmbio de conhecimentos, saberes da administração aplicada à educação infantil. O propósito é estimular o engajamento do público alvo (professores e crianças) na aplicação da ciência da gestão no cotidiano. Nesse intuito, serão realizadas ações de extensão que promovam a interação social a fim de atingir este objetivo comum: — Iniciação com treinamento e capacitação dos estudantes em habilidades gerenciais, pedagógicas e sociais;Reuniões e encontros com a comunidade cervejeira; — Acompanhamento por meio virtual (Whatsaaap e Meeting) do corpo discente (diariamente); — Acompanhamento presencial com reunião do corpo discente para dirimir dúvidas, monitorar as dificuldades entre os discentes extensionistas e buscar soluções dialógicas para as ações semanais do projeto (semanalmente); — Preparação e aperfeiçoamento de material didático (diariamente); — Cronograma e agendamento das ações (mensalmente) com os diretores e professores das escolas; — Gincana da gestão (mensalmente)com a participação dos extensionistas (discente e docentes) professores e crianças; — Formação de multiplicadores (mensalmente)com a participação dos professores; — Por meio dos relatórios de feedback mensais na primeira das reuniões semanal de cada mês serão avaliados se os indicadores das metas do projeto estão sendo devidamente alcançadas e quais as estratégias para possíveis gargalos; — Todas as atividades de interação social (Gincana de Gestão e Formação de Multiplicadores) serão realizadas pautadas pela ética, o diálogo, o respeito e a diversidade de opiniões; — Avaliação(feedback), construção de relato, resumo expandido, e relatórios (mensalmente).

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Todas as ações de extensão deste projeto terão a inserção dos estudantes, proporcionando uma experiência na realidade das escolas públicas e municipais da cidade de Diamantina e região. Buscamos aproveitar sua formação em disciplinas de gestão, oferecendo uma oportunidade prática para desenvolvimento dos conhecimentos gerenciais. Inicialmente, todas as atividades serão conduzidas sob a orientação e supervisão de algum docente ou participante do projeto para auxiliar nas questões pedagógicas referentes ao público infantil. Ao decorrer das atividades propostas os membros receberão treinamento pertinente (gestão, finanças, organização, didática) para desenvolver as suas habilidades de gestão de projetos e de comunicação, o que irá contribuir para o senso de adaptação comunicativa aos diversos tipos de público. Além disso, a área da matemática é um interesse em comum entre todos os participantes provindos dos cursos de engenharias. Com a oportunidade de poder ministrar essas atividades voltadas para a gestão financeira de forma lúdica será uma forma leve de transmitir conhecimento. Contudo, os integrantes podem pertencer a qualquer curso de graduação que tenha administração na grade, sendo uma oportunidade e de aprimorar suas soft skills (habilidades sociais e mentais) e suas hard skills (aptidões técnicas)[13]. Ademais, essa atividade iria promover um senso de pertencimento mais amplo entre os alunos e demonstraria a importância de se trabalhar em equipe para se obter resultados mais práticos e eficientes, o que será importante para o mercado de trabalho. Assim o corpo discente terá oportunidades de desenvolver sua formação por meio da aplicação dos conhecimentos gerenciais e pedagógicos no desenvolvimento dos materiais do projeto. Desenvolver também suas habilidades pedagógicas nos cursos de formação dos professores da educação infantil. Desenvolver habilidades sociais no trabalho em equipe para execução do projeto, bem como nas práticas da interação com as crianças. O corpo discente será ouvido semanalmente em reuniões presenciais e diariamente por meio do grupo de mensagens (WhatsApp), onde serão acompanhados e orientados tanto tecnicamente, como no seu aprendizado e também emocionalmente.

O projeto em questão, associado à UFVJM e as estratégias da PROEX, visa suprir as necessidades curriculares educacionais brasileiras relacionadas à ciência da administração. Portanto, este projeto não se limitaria apenas às crianças, mas também aos professores visando a construção de multiplicadores do ensino da ciência da gestão. Também, não haveria limitação exclusiva ao município de Diamantina, uma vez que há a pretensão de se fazer abordagens a respeito do tema nas escolas das cidades vizinhas, tais como:Gouveia, Serro e São Gonçalo do Rio Preto. Como observação, enquadramos o nosso projeto como “Estadual” por atender mais de um município da região, no SIEXC existe uma gradação das opções o que gerou o entendimento de que a opção “Regional” seria relativa à Região Sudeste. No caso de estado colocamos o termo de autorização ao invés da carta de anuência por ser o procedimento legal que permite executarmos extensão nas escolas estaduais. O número de material impresso parece elevado nas despesas, mas gostaria de salientar aos avaliadores que no ano inicial do projeto faltou material impresso para nossas interações.