Visitante
NEMUS UFVJM: a produção e a educação musical nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Procarte
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
antonia javiera cabrera munoz
20252022025225376
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
linguística, letras e artes
cultura
educação
música
estadual
programa universidade nas comunidades - (ufvjm&comunidades)
Sim
Membros
ulisses barros de abreu maia
Vice-coordenador(a)
alberto pereira de souza
Voluntário(a)
bruno oliveira rodrigues
Voluntário(a)
cristiane fernanda fuzer grael
Voluntário(a)
jose cristiano ramos gloria
Voluntário(a)
emerson cotta bodevan
Voluntário(a)
cleube andrade boari
Voluntário(a)
nathália de andrade neves
Voluntário(a)
luiz egídio silva tibães
Voluntário(a)
thiago henrique lara pinto
Voluntário(a)
joyce maria gomes da costa
Voluntário(a)
carine de oliveira silva
Voluntário(a)
maria neudes sousa de oliveira
Voluntário(a)
sâmara sara seixas de souza
Voluntário(a)
carlos felice zaccardelli
Voluntário(a)
cristiano christofaro matosinhos
Voluntário(a)
ari fernando teixeira
Voluntário(a)
henrique alberto alves ferreira
Voluntário(a)
kailane de fatima almeida
Bolsista
pedro felipe de araujo boamond rodrigues
Voluntário(a)
O presente projeto é uma iniciativa do Núcleo de Estudos em Música da UFVJM (NEMUS) criado em junho de 2024 por servidores lotados e alunos dos quatro Campi da UFVJM: docentes, discentes e técnicos administrativos, educacionais e de laboratório que têm alguma relação amadora ou profissional com a área da música, que vai da apreciação à produção e educação musical em âmbito da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. A esse amplo público leigo, objetiva-se levar diversas ações em prol da música, de modo que a equipe do projeto atue em várias frentes a depender das preferências e habilidades de cada membro voluntário: um curso presencial, oficinas de composição autoral, performances musicais, um jornal digital e impresso, um programa de rádio possível de ser levado ao ar na rádio universitária 99,7 FM (em caso de a rádio voltar a funcionar na UFVJM), participação em eventos acadêmicos e criação de um site do NEMUS para centralização dessas ações e divulgação da nossa agenda de trabalho. Vinculado ao projeto “Tramas com Músicas”, aprovado na PROEXC no Programa “Universidade nas Comunidades” em 2024 (Bechler, no prelo), essas ações visam contemplar algumas metas do Plano Nacional de Cultura (BRASIL, 2011; 2011-2024) do Governo Federal para os próximos anos. A coordenação do projeto tem experiência na área e conduzirá as atividades de forma coletiva, visando atender às necessidades locais, distritais e municipais da região de abrangência da UFVJM.
Educação, Estudos, Jornalismo, Música, Performance
Em conformidade com a Política Cultural da UFVJM e com o Regulamento do PROCARTE, o presente projeto objetiva levar ações artísticas e culturais às comunidades locais de Diamantina e aos municípios e distritos da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que são parte da região de abrangência da UFVJM entre janeiro e dezembro de 2025. O projeto está vinculado ao Núcleo de Estudos em Música da UFVJM (NEMUS), uma das ações do projeto “Tramas com Músicas” que vai até dezembro de 2025. Ambos os projetos fazem parte do Programa “Universidade nas Comunidades” da PROEXC, e objetiva aproximar o público beneficiário (direto e indireto) à UFVJM por meio de ações que aproximem significativamente ambas as partes da sociedade do Estado de Minas Gerais e do Brasil. Portanto, as ações do projeto objetivam contemplar as metas do Plano Nacional de Cultura (BRASIL, 2011; 2011-2024), estabelecidas para o período de 2011 a 2024 (em andamento), mas também para os próximos anos pelo Governo Federal. Assim, e em conformidade com o PNC (BRASIL, 2010; 2024), com a Política Cultural da UFVJM (Resolução Nº 26 do CONSEPE de 19 de outubro de 2012) e com o Regulamento do Programa de Bolsas de Apoio à Cultura e à Arte – PROCARTE (Resolução Nº 26 do CONSEPE de 16 de julho de 2024), a presente proposta objetiva desenvolver ações que estimulem o prazer, a criatividade, a imaginação e a estética no processo de ensino e aprendizagem e formação do cidadão dessa macrorregião de abrangência da UFVJM. Para atingirmos esses objetivos, vamos nos basear em uma metodologia diversa e inclusiva que buscará formar e dar apoio a projetos que, segundo a Política Cultural da UFVJM, visem “formar, capacitar e apoiar, por meio de cursos e oficinas, grupos artísticos presentes na UFVJM”, e “que contemplem a preservação do patrimônio material e imaterial”, além de “apoiar projetos que visem à estruturação da economia da cultura local e regional” (UFVJM, 2012). Tendo esses objetivos em mente, promoveremos ações que vão desde a formação do cidadão (da criança ao idoso), à promoção de eventos na UFVJM e fora dela por meio de ações que objetivem o estreitamento de relações da UFVJM com instituições dedicadas à difusão, valorização e fomento da cultura na nossa macrorregião. Conforme os recursos financeiros destinados à execução das nossas ações, levaremos a esse público beneficiário as seguintes ações artísticas e culturais: (1) Curso de Introdução à Educação Musical in loco, ou seja, presencial; (2) Oficinas de Composição Autoral; (3) Performances Musicais (apresentações e recitais) em diversas formações e estilos musicais; (4) Publicação bimensal do jornal “Fermata” (com possibilidade de fazermos um programa de rádio de mesmo nome caso a Rádio Universitária 99,7 FM esteja de volta durante a vigência do projeto); (5) Participação em eventos acadêmicos para publicação das nossas ações e resultados; (6) Site do NEMUS (em parceria com a DICOM) para centralizarmos todas essas ações e divulgarmos a nossa agenda de atividades. Com isso, estaremos contemplando as metas do PNC (BRASIL, 2011; 2011-2024) escolhidas por nós para atuarmos de forma consistente com uma equipe de membros voluntários do NEMUS e de colaboradores externos que nos ajudarão a levar a cabo essas ações, sempre de acordo com as demandas locais, distritais e municipais encontradas. De início, estimamos um número de beneficiários diretos em 3.300 (três mil e trezentas) pessoas, podendo, é claro, esse número ser muito maior a depender do alcance dessas ações e do surgimento de novas instituições parceiras. O NEMUS foi criado oficialmente em assembleia ordinária em junho de 2024 com aprovação por unanimidade de seu regimento interno. Conta com aproximadamente 35 pessoas da UFVJM entre docentes, discentes e técnicos administrativos, educacionais e de laboratório lotados na nossa instituição. Por meio deste projeto, objetiva-se, também, ter mais membros atuando no NEMUS de forma que passe a se devolver autonomamente no futuro como um fomentador de mais ações artísticas e culturais em prol da produção e da educação musical nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri.
“Não basta ouvir música assim como se ouve um eco distante: é necessário participar de sua vida própria, fazê-la circular dentro de nós”. Murilo Mendes, O Discípulo de Emaús (1945) Segundo o documento “Balanço de Metas do Plano Nacional de Cultura” (BRASIL, 2011-2024), publicado pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2024, 53 metas foram estabelecidas no primeiro Plano Nacional de Cultura (PNC) publicado em 2010 para que se possam cumpri-las em um prazo de dez anos. Essas metas foram estabelecidas para serem alcançadas de forma transversal pelo poder público a nível municipal, estadual e federal. O documento traçou objetivos para áreas, tais como: diversidade cultural, economia, educação e capacitação, espaços culturais e direitos autorais. A partir de 2024, um novo PNC começa a tomar forma com a 4ª Conferência Nacional de Cultura, realizada entre 4 e 8 de março de 2024 em Brasília. Esse documento traz informações compiladas de 2011 a 2022, “destacando o que foi cumprido ou não em relação ao que foi planejado para a data final do plano” (BRASIL, 2011-2024). Para abordarmos brevemente o PNC (2024) que está em andamento e escolhermos as nossas metas que guiarão as ações do presente projeto, vamos nos basear no último documento publicado, pois é o balanço mais recente das metas realizadas, trazendo informações e impactos importantes em relação ao que foi feito e o que precisa ser feito daqui em diante. Inicialmente, vamos colocar que o PNC de 2010 se estruturava em três dimensões: a cultura como expressão simbólica, como direito de cidadania e como campo potencial para o desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Nesse contexto, a região dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, localizada na macrorregião Nordeste do Estado de Minas Gerais, conta com instituições públicas recém-criadas pelo governo federal para suprir demandas sociais em vários setores, entre elas a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri que, como instituição federal, possui a característica de ser regional, isto é, que valoriza, em primeira instância, o contexto em que atua. Como tal, a UFVJM deve discutir, de forma laica, autônoma, democrática e crítica, os problemas inerentes a essa macrorregião em suas ações de ensino, de pesquisa e de extensão. Em recente entrevista publicada na RevisPattur, Revista de Turismo: Patrimônios, Territórios Descoloniais e Trabalho do Curso de Turismo da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades (FIH), o Reitor da UFVJM, Prof. Heron Laiber Bonadiman, quando perguntando acerca da importância da UFVJM para Diamantina e para os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, responde sinteticamente que “ela é uma política pública em si” (Bonadiman, 2023, p. 77), ou seja, se desenvolve maiormente como um projeto de expansão e projeção do REUNI a partir de 2005: “falar da importância da nossa universidade significa entender os territórios, porque são territórios, não é um único território” (Bonadiman, 2023, p. 78). Ou seja, se temos “territórios” a alcançar enquanto instituição federal, isso significa que temos identidades diversas nesses territórios, onde as várias áreas do conhecimento se fazem presentes por meio da atuação da UFVJM. Por mais que seja uma atuação universitária ainda incipiente, conforme a fala do nosso Reitor, a UFVJM assumiu vários compromissos a cumprir ao longo de sua existência, mas que ainda precisam de maior atenção, como é o caso da extensão e da cultura. No caso da música, que ainda não é uma realidade presente em termos de cursos de graduação de pós-graduação na UFVJM, temos tido algumas iniciativas institucionais que olharam para essa área de conhecimento a partir da criação de projetos de arte e cultura realizados em anos anteriores por meio dos Editais do PROCARTE (Programa de Bolsas de Apoio à Cultura e à Arte) da PROEXC. Em 2024, contamos com a atuação do projeto de arte e cultura “Tramas com Músicas”: interfaces com a Escola de Artes e Música Maestro Francisco Nunes, vinculado ao Programa “Universidade nas Comunidades” e ao projeto “TRAMAS: territórios de afetos, mineiridades e artes”, que tem, como objetivo geral, “Articular, fomentar e promover ações artísticas e culturais com viés formativo e extensionista em parceria com a Escola de Artes e Música Maestro Francisco Nunes”, de modo que um de seus produtos foi a criação, em 2024, do NEMUS. Atualmente, está em atividade com cerca de 35 pessoas, entre servidores (professores e técnicos) e alunos matriculados nos quatro Campi da UFVJM. Logo em seu início, em junho de 2024, o NEMUS já teve expressiva participação em eventos culturais organizados pela Diretoria de Cultura (DIC) e no projeto “Dê uma CAMJA – musicando no campus”, um projeto de arte e cultura aprovado no PROCARTE em 2024. Nesse contexto de alcance territorial da extensão e da cultura, duas das áreas mais carentes da UFVJM, faz-se necessário destacar as diretrizes da UFVJM (2009) no que se referem às políticas que orientam a extensão universitária: a) Indissociabilidade ensino/ pesquisa/ extensão, b) Impacto e transformação social, c) Interação social e d) Interdisciplinaridade. Nelas, podem ser percebidos alguns aspectos entendidos como cruciais para a proposição de quaisquer ações extensionistas no âmbito de atuação da UFVJM: a ação transformadora, a produção do conhecimento como resultado do confronto com a realidade e a integração de áreas distintas do conhecimento. Um projeto que vise, portanto, a promoção do conhecimento artístico e cultural, deve basear-se nessas diretrizes de forma que esse conhecimento seja fruto não só do que já se tem produzido, mas também da sua própria ação transformadora na realidade, feita através da integração de vários conhecimentos advindos de distintas áreas e da sua interação com a sociedade em torno. Nas áreas da arte e da cultura, as metas do PNC (BRASIL, 2011; 2011-2024) concorrem com as ações extensionistas que a UFVJM tem em vista sua Política Cultural (2012): a promoção, cada vez maior, de diferentes expressões artísticas e/ou culturais na macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, com diferentes objetivos: aumento de vagas de graduação e de pós-graduação nas áreas do conhecimento relacionadas às linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura, com aumento proporcional do número de bolsas (meta 16); aumento de pessoas qualificadas anualmente em cursos, oficinas, fóruns e seminários com conteúdo de gestão cultural, linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura (meta 18); aumento de pessoas beneficiadas anualmente por ações de fomento à pesquisa, formação, produção e difusão do conhecimento (meta 19); aumento no número de municípios brasileiros com grupos em atividade nas áreas de teatro, dança, circo, música, artes visuais, literatura e artesanato (meta 22). Diante dessas metas a serem cumpridas, a UFVJM deve ter um importante papel, uma vez que, em primeiro lugar, ela não oferece Cursos de Graduação (Bacharelado ou Licenciatura) que contemplem as áreas de linguagens artísticas e demais atividades culturais, o que dificulta, em consequência, o salutar desenvolvimento dessas áreas mediante o ensino, a pesquisa e a extensão com profissionais devidamente qualificados no singular espaço geográfico compreendido pelos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Em segundo lugar, porque essas áreas ficam limitadas ao interesse particular de docentes, técnicos e demais pesquisadores que atuam em áreas correlatas em suas respectivas atividades acadêmicas e/ou de extensão. Em vista dessa realidade, propomos o projeto “NEMUS UFVJM: a produção e a educação musical nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri” que objetiva disseminar o conhecimento sobre a música não só nos diversos municípios da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, mas, sobretudo, no nosso próprio âmbito universitário, de forma, também, a articular discussões que objetivem a formação específica da área em nível superior. Para isso, o presente projeto foi concebido em diferentes frentes, a saber: a) Curso de Introdução à Educação Musical a ser realizado em Diamantina e em instituições culturais e educacionais dos Vales; b) Oficina de Composição Autoral; c) Performances Musicais (apresentações e recitais) em diversas formações e estilos musicais; d) Publicação bimensal do jornal “Fermata” (com possibilidade de fazermos um programa de rádio de mesmo nome caso a Rádio Universitária 99,7 FM esteja de volta durante a vigência do projeto); e) Participação em eventos acadêmicos para publicação das nossas ações e resultados; f) Site do NEMUS (em parceria com a DICOM) para centralizarmos todas essas ações e divulgarmos a nossa agenda de atividades. Acreditamos que, com essas frentes, contribuiremos amplamente com as metas escolhidas por nós para atuarmos nas duas primeiras dimensões do Plano, que são: a cultura como expressão simbólica e como direito de cidadania. Como expressão simbólica, a música sempre esteve presente na formação das diversas culturas, sejam estas ocidentais, orientais ou aborígenes e autóctones. Existem, assim, muitos tipos de música. Porém, a divisão mais comum é entre música clássica e música popular. E cada uma dessas pode se dividir de novo muitas vezes. Se formos pensar nas várias culturas do mundo, as divisões vão se multiplicando ainda mais. Portanto, não promover o acesso cultural e cidadão a todo habitante dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri na área de música, é deixar de preencher uma lacuna cultural que a UFVJM ainda não teve a possibilidade de tratar em âmbito regional. Assim, o presente projeto visa proporcionar a todo cidadão, seja este leigo ou não na área de música, conhecimentos culturais que o introduzam a uma ampla gama de estilos e gêneros musicais, os quais foram pensados em módulos no Curso de Introdução à Educação Musical: a) A Apreciação Musical como Forma de Autoeducação e Cultura, b) A Música: origens e história, c) Formação de Discoteca e d) Exemplos Práticos de Apreciação Musical. Esses módulos serão preparados, ministrados e divulgados pela equipe do projeto, e, para introduzirmos esses conteúdos musicais, abordaremos sobre a apreciação musical e como poderá ser efetivamente praticada por cada ouvinte, seja o especializado, seja o leigo. Após, serão tratados, conforme o repertório musical de cada estilo, diversos assuntos que vão desde a aprendizagem de noções básicas (notas, melodia, harmonia, etc.), tipos de conjuntos musicais e instrumentos, até as várias interpretações possíveis e a crítica musical mais representativa que se produziu no Brasil, com nomes como Mario de Andrade (2006), Otto Maria Carpeaux (2001; 2016), Murilo Mendes (1993), Luiz Paulo Horta (1997) e Arthur Nestrovski (2000; 2009) entre outros, de modo que, além das obras musicais, o som possa se refletir na palavra crítica e imaginada de críticos autorizados e de poetas que escreveram sobre música para jornal. Outras obras serão fundamentais para abordarmos os conteúdos de estética musical, tais como: “Como Ouvir e Entender Música” (2013) do compositor e professor norte-americano Aaron Copland e o “Dicionário Grove de Música” (1994). Assim, as obras aqui selecionadas versam sobre a música de várias maneiras: a crítica mais pessoal e direta de Murilo Mendes, a abordagem por estilos e épocas em Carpeaux, a cronologia de compositores elaborada por Horta ou a resenha musical do concerto ou do CD do momento, como nas crônicas de Nestrovski. No entanto, todos têm aquela preocupação de que a música, antes, deve ser ouvida a ser aprendida com qualquer propósito pedagógico, moral ou social. Será tanto melhor ouvi-la do que não ouvi-la, como nos chama a atenção o crítico musical Arthur Nestrovski: “Desprezar a chance de ouvir Bach, Mozart ou Beethoven é impor-se uma limitação tão desnecessária e triste quanto seria proibir a si mesmo a leitura de Shakespeare” (2000, p. 14). Ou como nos esclarece essa passagem da primeira crônica de Murilo Mendes da coletânea “Formação de Discoteca”: Quem pretender se divertir ou passar o tempo com a audição do gregoriano está frito, pois nele o tempo não passa. Estou certo de que alguns incautos agradecerão o aviso... Mas os de boa vontade não se arrependerão, já que o gregoriano representa na opinião de musicólogos categorizados, a solução mais perfeita, até hoje encontrada pela música europeia, do famoso problema da união da palavra e do som. (1993, p. 6). Copland preocupa-se com o modo como as pessoas ouvem a música, ao transmitir ao seu leitor alguns questionamentos básicos sobre a audição: “Você está ouvindo tudo o que está acontecendo?”, “Você está sendo realmente sensível a isso?”. Em sua obra, mostra que qualquer um pode ter a experiência direta da música, basta ser um “ouvinte inteligente”, como define. Esse ouvinte inteligente deve ser capaz de reconhecer uma melodia ao ouvi-la, pois é na melodia, em geral, que se encontra o significado da peça. De acordo com o autor, todos nós ouvimos música em três planos distintos: o plano sensível, o plano expressivo e o plano puramente musical. Ao abordarmos a estética musical, vamos preparar os nossos ouvintes para a verdadeira apreciação musical, isto é, nos três planos descritos por Copland. Em sua obra, aprendemos a compreender o processo criador da música, os quatro elementos da música em funcionamento (ritmo, melodia, harmonia e timbre), a textura musical (música monofônica, homofônica e polifônica), a estrutura musical (a forma em relação com a peça como um todo e a forma em relação às partes separadas da música) e as formas fundamentais (seccionada, livre seccionada, variação, fuga, sonata, formas livres). Um pouco de história da ópera e da música contemporânea serão introduzidas ao leitor-ouvinte, e algumas dicas para a audição da música de filme: “É a sua percepção musical que irá determinar o quanto você vai aproveitar ao absorver o acompanhamento musical como uma parte integrante das impressões combinadas que o filme deverá deixar em você” (Copland, 2013, p. 174). Ao final, faremos considerações acerca desta interessante relação entre o “compositor-intérprete-ouvinte”, que envolve desde a criação do estilo da peça pelo compositor até a percepção criativa por parte do intérprete da peça em execução a ser apreciada pelo ouvinte. Assim, este deve “ser capaz de sentir até que ponto o intérprete está reproduzindo esse estilo, dentro da esfera da sua própria personalidade”. (2013, p. 186). Além das nossas referências musicais, a literatura brasileira e a estrangeira também estarão presentes em nosso projeto, haja vista que temos conhecidos escritores que, ou escreveram sobre música (em forma de apreciação e de crítica musical), ou escreveram obras de ficção inspiradas em grandes compositores. No primeiro caso, Mario de Andrade tem significativa produção, como, por exemplo, a obra “Música, Doce Música” (2006), publicada em 1933/1934, de caráter extremamente didático, composta de artigos e conferências selecionados pelo próprio autor. O volume conta com rápidas apreciações a respeito de compositores que Mario considerava importantes para a formação de uma musicalidade nacional. Entre eles, Marcelo Tupinambá, Ernesto Nazareth, Villa-Lobos e Luciano Gallet. No segundo, destacaremos, entre outros, os nomes de E. T. A. Hoffmann e Machado de Assis. O escritor romântico alemão publicou vários contos que serviram de base para óperas, balés e até para a peça do compositor alemão Robert Schumann denominada “Fantasia Kreisleriana” (1838, revisada em 1850), baseada no personagem Johannes Kreisler, criado por Hoffmann. A famosa ópera de Jacques Offenbach intitula-se precisamente “Os Contos de Hoffmann” (estreia em 1881 em Paris), em que o autor aparece como personagem. Já o conto “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos” (1816) inspirou o balé “O Quebra-Nozes” (estreia em 1892 em São Petersburgo) de Piotr Ilitch Tchaikovski, assim como o balé “Coppélia” (estreia em 1870 em Paris), de Léo Delibes, que se baseia no conto fantástico “O Homem da Areia”, publicado em 1815. O nosso Machado de Assis também publicou uma série de “contos musicais”, tais como: “O Machete” (1878), “Um Homem Célebre” (1896), “Cantiga de Esponsais” (1884) e “Trio em Lá Menor” (1896), que serão orientados por nós para sua leitura. Um de nossos objetivos, ao final, e como prevemos no último módulo do curso, é propor a formação de uma discoteca básica para apreciadores, preocupação antevista pelo poeta mineiro Murilo Mendes (1901-1975), quando da publicação, entre 1946 e 1947, de uma série de crônicas intitulada “Formação de Discoteca” para o suplemento “Letras e Artes” do jornal carioca “A Manhã”, contando-nos um pouco da sua experiência de sensível apreciador da música clássica. Recordamos também que o próprio Mario de Andrade teve atuação importante em prol da criação da “Discoteca Pública Municipal”, criada por ele quando foi nomeado Diretor de Cultura da Cidade de São Paulo em 1935 (Cf. o artigo “Os Escritos sobre Música de Mário de Andrade: em defesa do nacionalismo musical e da criação da Discoteca Pública Municipal de São Paulo”, de autoria de Fernanda Nunes Moya, na revista “Outros Tempos”, volume 8, número 11, 2011, dossiê História e Literatura). A Oficina de Composição Autoral é uma ação educativa do “Encruza Composições Autorais”, um projeto de arte e cultura registrado na PROEXC em 2024 que agora se institucionaliza pelo NEMUS. Tem como objetivo fortalecer a produção musical autoral na região dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Idealizado como um projeto colaborativo que reúne estudantes, ex-alunos e um docente da UFVJM, objetiva estimular a criação musical local, distrital e municipal por meio do exercício da notação musical e da imaginação dos participantes envolvidos. Através de encontros presenciais e virtuais e das oficinas ministradas pelos membros do projeto, o “Encruza” oferece um espaço para a troca de experiências e o desenvolvimento de novas composições desde o início de 2024. Com atividades regulares mensalmente às segundas-feiras à noite no Mercado Velho de Diamantina e com a participação em eventos ministrando as oficinas no FestiVale, o “Encruza” se consolida como um espaço importante para a criação e difusão da música autoral nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Ademais do curso e da oficina, conforme afirmamos, teremos outras ações artísticas, culturais e educativas em atuação. Essas frentes serão um desenvolvimento do que realizaremos no curso, resgatando-se, também, a história das iniciativas na área da música na UFVJM, o que incluirá uma parceria com o Grupo de Teatro “Os Clássicos” e com projetos localizados em outros Campi. A partir dos conteúdos temáticos do Curso, assim como da Oficina de Composição Autoral, vamos direcionar o projeto para as ações de divulgação (jornal, programa de rádio e site do NEMUS) que vão levar a produção e a educação musical direta e indiretamente à região de abrangência da UFVJM. As oficinas de composição autoral, vamos levá-las em prioridade às escolas públicas e particulares que se interessarem pelo curso como um adicional. Ademais, e conforme a disponibilidade dos nossos recursos, contaremos com apresentações e recitais em que os membros do NEMUS e convidados farão performances musicais em diversas formações e estilos musicais, pois contamos com instrumentistas e cantores no NEMUS que muito gostariam de se apresentar na UFVJM e fora dela. A publicação bimensal do jornal “Fermata” (assim como o possível programa de rádio de mesmo nome) vai nos possibilitar a entrada do projeto em lares e instituições diversas em que houver interesse por formação e autoeducação musical. Teremos o jornal publicado digitalmente e impresso a depender dos recursos disponíveis no orçamento da PROEXC, assim como a criação do site do NEMUS, que vai alocar todas as ações do projeto e divulgar sua programação. Essas ações escolhidas por nós, embora não substituam a riqueza dos Cursos de Graduação e de Pós-Graduação, além dos eventos que envolvem a música (concertos, recitais, óperas, etc.), acreditamos que contribuirão para a introdução efetiva de pessoas leigas à apreciação musical, ao proporcionar-lhes o acesso a um vasto repertório musical, desde os antigos até a atualidade. E, o mais importante, é que essas ações vão contemplar as metas do documento “Metas do Plano Nacional de Cultura” (BRASIL, 2011) e a Política Cultural da UFVJM (2012), cujas metas estão baseadas no PNC (BRASIL, 2011; 2011-2024) e que fundamentam o Regulamento do PROCARTE da UFVJM (2024). Como o NEMUS é um dos braços do projeto “Tramas com Músicas” e está em plena atividade, tendo se apresentado em eventos a convite da DIC da PROEXC (em 27 de junho com um recital de canto e violino na recepção do terceiro grupo de técnicos administrativos e de laboratório, em 1º de julho com um recital de violão e violino no campus Unaí, além do projeto “Dê uma CAMJA – musicando no campus” com um recital de violino em 3 de julho, e na X SINTEGRA em 9 de outubro com um recital de flauta transversal e violino no campus JK e em 10 de outubro na Escola de Artes e Música Maestro Francisco Nunes ministrando uma oficina de apreciação musical), o presente projeto também inspira-se no projeto DISCO que foi realizado de forma ininterrupta entre o segundo semestre de 2014 e o segundo semestre de 2017, tendo sido aprovado pela primeira vez no Edital do PROCARTE no primeiro semestre de 2014. Pelos resultados obtidos nas três edições do projeto, além da oportunidade de estarmos atuando no NEMUS, pensamos em propor este projeto de forma a alavancar as nossas ações em âmbito regional. Do projeto DISCO, tivemos como maiores exemplos os cursos ministrados em alguns polos regionais, sendo eles: Salão de Eventos de Datas (40 alunos), Escola Municipal Professora Zezé Ribas no distrito rural de Pedro Pereira em Gouveia (40 alunos), distrito rural de São João da Chapada (60 alunos), Museu do Diamante de Diamantina (25 alunos), São Gonçalo do Rio Preto (40 alunos), além do curso ministrado no campus JK para a Escola Estadual Professor Gabriel Mandacaru (50 alunos), onde os convidamos até o estúdio da Rádio Universitária da UFVJM para visitação e gravação de um programa especial de rádio. No primeiro semestre de 2016, vale destacar a participação do projeto DISCO em três programas especiais gravados para o II Festival Internacional de Música Histórica de Diamantina que foi realizando entre janeiro e fevereiro de 2016: um com a organizadora do festival, Marcela Bertelli, outro com o diretor artístico do grupo espanhol de música antiga “Capella de Ministrers” (Valência, Espanha), Carles Magraner, e o terceiro com o grupo “Rosa Armorial” de Curitiba. Nesse festival, a coordenadora do projeto DISCO participou de uma mesa-redonda junto ao escritor Bráulio Tavares sobre o ibérico na arte armorial de Ariano Suassuna, em que abordou sobre o escritor Miguel de Cervantes, assim como participou na qualidade de performer e declamadora de trechos com referências musicais da obra Dom Quixote de la Mancha no concerto de música antiga do grupo espanhol que foi realizado na Igreja de São Francisco em Diamantina. Em julho de 2016, ministramos o Curso no I Festival de Inverno de Diamantina na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). No segundo semestre de 2106, participamos da Semana das Humanidades promovida pela FIH com a performance musical “O boi e a cerca”, em parceria com o discente Kleber Ramon de Souza, e ministramos a palestra ao ar livre “História do Jazz”, além da mesa-redonda com o tema “Artes nos Cursos”, convidando dois professores da FIH, Letícia Pádua e Rivaldo Paccola. Em 20 de outubro, participamos do evento “Livro-pra-que-te-quero!” no Mercado Velho de Diamantina, em comemoração ao Dia das Crianças, levando performances artísticas ao público infantil presente. A organizadora desse evento, a professora de música Cláudia Aguiar, também teve um programa especial de rádio: fizemos uma entrevista temática sobre a importância da leitura pelo público infanto-juvenil. A nossa apresentação, intitulada “Disco In Cena ‘Mundo Mirim’: as cantigas de roda, lendas e mitos do folclore brasileiro”, intercalando música, teatro, poesia e brincadeiras infantis, teve um roteiro idealizado pelos alunos voluntários do DISCO. Em dezembro de 2016, organizamos o evento “¡Feliz Navidad!”, promovido pelo CRAS-Datas em parceria com o projeto “Oficinas em Espanhol no CRAS-DATAS” (PIBEX 2016-2017), apresentando um coral infanto-juvenil com canções natalinas em espanhol e outras apresentações musicais. Em 2017, último ano de atuação do DISCO, fizemos dois concertos didáticos para as escolas públicas da cidade, em duas oportunidades realizadas no Teatro Santa Izabel de Diamantina: em primeiro lugar, a transmissão em vídeo da fábula musical do compositor russo Sergei Prokofiev “Pedro e o Lobo” (opus 67), composta em 1936 que objetiva ensinar a música às crianças de forma lúdica. Entrementes, as reuniões com os alunos voluntários do projeto que alcançaram um número aproximado de 40 (quarenta) alunos provenientes dos mais diversos cursos de graduação da UFVJM, nos deram a certeza de que é possível unir a formação musical, tanto do nosso alunado, quanto do público beneficiário, em diversas ações que promovam a arte e a cultura na região de abrangência da UFVJM. Alguns exemplos dados por nossos alunos no projeto DISCO foram: a criação de instrumentos artesanais e uma amostra desses instrumentos apresentada no segundo concerto didático realizado no Teatro Santa Izabel que proporcionou a escuta de cirandas brasileiras da mão de Heitor Villa-Lobos, além de outras composições que trouxeram sons e ritmos provenientes de regiões remotas do Brasil. Ainda fizemos em agosto de 2016 na Livraria Espaço B, em Diamantina, um sarau literário e musical que culminou com o término do “Curso de Extensão em Espanhol: língua, literaturas e culturas hispânicas”, realizado entre abril e agosto de 2016, no então Laboratório de Informática da FIH. Nesse dia, os alunos voluntários da equipe do projeto DISCO confeccionaram um biombo decorativo que serviu de cenário para a apresentação de músicas e poesias em português e espanhol que encerrou as atividades do curso de extensão. O projeto DISCO, que produziu 80 programas de rádio temáticos no programa “LADO D Clássicos” que vai do canto gregoriano à música contemporânea europeia e do continente latino-americano, além da música clássica e popular brasileira, mostrou que é possível de se levar uma gama diversificada de música clássica e popular para todos os gostos e estilos musicais, que inclui inter-relações com a literatura e outras artes, como aconteceu com o lançamento do projeto DISCO em 30 de outubro de 2014, no Teatro Santa Izabel, com uma mesa-redonda temática sobre o conto musical do escritor argentino Julio Cortázar, “El perseguidor” (1959), que contou com a presença do professor Roberto Antônio Penedo do Amaral como convidado especial. Após a mesa, tivemos uma apresentação linda de blue e jazz com a banda “Canta Brasil Bossa Jazz” com músicos provenientes das cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Lagoa Santa. Essa apresentação foi uma parceria estabelecida entre os projetos DISCO e Café Literário, também um projeto de extensão registrado na PROEXC na época. O evento intitulou-se “Literatura & Música em ‘El perseguidor’ de Julio Cortázar” e foi um sucesso de público. Destacamos, também, a realização da Fanpage do projeto DISCO no Facebook, pois teve bastante interação e pedidos constantes de idas nossas a outras localidades próximas à Diamantina. Porém, com o orçamento limitado, infelizmente não conseguimos dar seguimento aos convites, mas fica de exemplo de que a demanda por essa área é alta em vários âmbitos da sociedade (em escolas, instituições públicas promovedoras de arte e cultura, instituições religiosas e em teatros e locais abertos). Finalmente, as metas escolhidas por nós do PNC (BRASIL, 2011; 2011-2024) serão alcançadas por meio de ações extensionistas já colocadas em prática no projeto DISCO, pois o impacto foi positivo e, assim como ocorreu nas edições de 2014-2015, 2015-2016 e 2016-2017 desse projeto, pensamos em uma ampla divulgação da música em toda a região objeto deste projeto, a partir da infraestrutura que a UFVJM nos disponibiliza. Resumidamente, os principais ganhos/ benefícios alcançados pelo projeto DISCO em suas três edições, foram: a) acesso gratuito à música clássica e popular através da Rádio Universitária 99,7 FM; b) acesso gratuito aos Cursos de Educação Musical com material didático financiado pela Universidade; c) atuação direta do projeto nas cidades-polo da região do Vale do Jequitinhonha; d) estabelecimento contínuo de novas parcerias que objetivam realizar projetos de arte e cultura sem fins lucrativos; e) divulgação da vida musical na região do Vale, dando visibilidade ao que se produz na área de música; f) qualificação da educação musical do grande público, que inclui crianças, jovens e adultos. Com a experiência do curso, do programa de rádio, dos eventos realizados e da Fanpage do projeto DISCO, vamos repaginar o projeto para o NEMUS, um dos braços do projeto “Tramas com Músicas”, com uma equipe ainda maior, que inclui docentes, discentes e técnicos da UFVJM em prol da expansão da arte e da cultura musical que vai da clássica à popular para um amplo público leigo. Assim, as metas escolhidas por nós para o atual projeto conforme o documento publicado em 2024 pelo MinC, são: formar mais profissionais de nível superior na área da cultura para qualificar o mercado de trabalho do campo cultural, o que inclui os territórios em desigualdade regional (meta 16); estimular o hábito de leitura no país, envolvendo ações interministeriais com foco nos programas de impacto social e em parceria com entes federativos e iniciativas do terceiro setor (meta 20); estimular a fruição, investir na formação de público e ampliar a oferta de bens culturais (meta 28); garantir que as pessoas com deficiência possam ter acesso aos espaços centrais para a qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania pelas pessoas com deficiência (meta 29). Tendo essas metas em mente, vamos levar, na medida das nossas possibilidades e conforme as demandas regionais, as ações do projeto para priorizar a formação e a qualificação do público-beneficiário, em que não iremos formar, diretamente, mais profissionais de nível superior na área da cultura, como prevê a meta 16, pois não contamos, ainda, com cursos de graduação e pós-graduação na área da música, mas vamos promover debates em torno da viabilidade desses cursos em nossa instituição. Há uma comissão da FIH que está estudando a viabilidade de um Curso de Licenciatura em Música, de modo que o debate estará em aberto entre nós. Já as metas 20, 28 e 29 objetivam estimular o hábito da leitura, a fruição, o investimento na formação de público e a ampliação da oferta de bens culturais, de modo que as ações do projeto do NEMUS vão garantir a realização plena dessas metas em 2025, além de olharmos sensivelmente para as pessoas com deficiência que queiram ter acesso aos espaços centrais da cidade de Diamantina e das demais comunidades locais, distritais e municipais dos Vales. Finalmente, o projeto que ora se apresenta, prevê, tanto na teoria quanto na prática, a plena acessibilidade das pessoas que fazem parte da UFVJM e fora dela à arte e à cultura, de modo que o que se objetiva na Política Cultural da UFVJM, qual seja, “Promover a arte e a cultura na UFVJM e nas regiões de sua abrangência através da interação entre saberes e linguagens, passado e presente, ciência e arte” (2012), estará plenamente assegurado por conta, não só da variedade de conteúdos que provêm de sua representatividade regional, mas, sobretudo, de suas práticas já realizadas nesses territórios muitas vezes não sentidas por nós.
Em consonância com as metas do Plano Nacional de Cultura (2011; 2011-2024) e com o Regulamento do PROCARTE (2024), temos como principais objetivos gerais e específicos: 1) Elaborar e lecionar um Curso de Introdução à Educação Musical em instituições culturais e educacionais na macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. 1.1) Oferecer audições orientadas de diversos gêneros e estilos musicais. 1.2) Orientar a leitura de obras críticas e teóricas que abordem história da música, estética da música, compositores e reconhecidos intérpretes e regentes. 1.3) Orientar a leitura de escritores e poetas brasileiros que escreveram sobre música clássica e popular, tais como: Mario de Andrade, Otto Maria Carpeaux, Murilo Mendes, Luiz Paulo Horta e Arthur Nestrovski. 1.4) Inspirar a audição de grandes compositores relacionando-os às suas cidades onde houve maior criação musical, tais como: Veneza/ Vivaldi, Leipzig/ Bach, Viena/ Mozart, Viena/ Beethoven; e a seus países, como: Espanha/ Falla, Brasil/ Villa-Lobos, Argentina/ Piazzolla. 1.5) Estimular a apreciação das obras musicais com outras linguagens artísticas, como a literatura, o teatro, a dança, as artes plásticas e as artes cinematográficas. 1.6) Orientar os alunos inscritos na formação de sua discoteca básica, nos moldes do que se sugere em “Formação de Discoteca” (1993) e em outros guias mais recentes. 2) Estimular, divulgar e valorizar o trabalho artístico autoral tanto da comunidade acadêmica da UFVJM, como também daqueles artistas iniciantes/leigos que estão inseridos nas áreas de atuação da UFVJM. 2.1) Ministrar a Oficina de Composição Autoral em instituições culturais e educacionais na macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. 2.2) Ministrar as oficinas de composição autoral nas escolas públicas dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri e nos Campi da UFVJM. 2.3) Incentivar e valorizar a apresentação e exposição dos trabalhos artísticos autorais por meio de eventos e apresentações musicais autorais. 2.4) Cadastrar, em arquivos musicais, pelo menos 50 (cinquenta) artistas autorais. 2.5) Promover 1 (um) Festival de Música Autoral na XI SINTEGRA de 2025. 2.6) Elaborar, na medida das nossas possibilidades, uma publicação da PROEXC em parceria com a Diretoria de Cultura contendo as composições autorais apresentadas no Festival. 3) Conceber e publicar, bimensalmente, o jornal “Fermata”, com colunas dos membros do NEMUS, entrevistas e editorial de cada edição. 3.1) Pensar em cada edição do jornal, que deve abordar, em prioridade, temas da área da música em âmbito institucional da macrorregião de abrangência da UFVJM: necessidades e demandas. 3.2) Fazer um trabalho de historicização das iniciativas em torno da música na UFVJM: conjuntos, projetos, eventos, pesquisas acadêmicas e ações de extensão, arte e cultura. 3.3) Divulgar artistas e amadores da música da UFVJM que façam performances musicais (apresentações e recitais) e outras iniciativas em relação à música em vários estilos musicais, da música clássica à popular. 3.4) Criar colunas autorais em que se abordem temas de formação e autoeducação musical, assim como os demais projetos do NEMUS. 3.5) Convidar pessoas dos outros Campi da UFVJM (Janaúba, Mucuri e Unaí) a participarem como autores de textos autorais do jornal. 3.6) Divulgar o jornal no site do NEMUS (a ser criado em parceria com a DICOM). 4) Programa de rádio “Fermata” a ser transmitido pela Rádio Universitária da UFVJM (em caso de retorno da rádio), com programação diversificada. 4.1) Preparar os conteúdos de cada programa, que deverá ter duração de 1 hora e periodicidade semanal com uma reprise. 4.2) Transmitir a música clássica e a popular em vários estilos e gêneros musicais. 4.3) Transmitir o programa especial “Música, Cinema e Literatura para Crianças” mensalmente. 4.4) Noticiar e realizar entrevistas com convidados sobre a produção musical da região nas subáreas de composição, regência, interpretação, música para teatro, cinema, vídeo, televisão e animação gráfica. 4.5) Transmitir um resumo do que atualmente está acontecendo na programação musical e cultural de nossa macrorregião. 4.6) Publicar os arquivos do programa de rádio no site do NEMUS. 5) Criar o site do NEMUS com a participação de alunos da Universidade em parceria com a DICOM que divulgue as atividades do projeto. 5.1) Criar o design digital do site. 5.2) Orientar a postagem de mensagens e arquivos diversos no site. 5.3) Estabelecer um diálogo com os leitores e ouvintes mediante a criação de fóruns de debates e envio de mensagens abertas e privadas. 5.4) Divulgar a programação do Curso, da Oficina de Composição Autoral, das Performances Musicais e do Programa de Rádio. 5.5) Divulgar as edições bimensais do jornal “Fermata”. 5.6) Divulgar fotos e vídeos das ações do NEMUS no site. Importa informar que, nos cinco grupos dos objetivos, contaremos com ações de inclusão que abarcarão desde o nosso diálogo plural e intercultural até a reserva de espaços culturais e educacionais que contemplem um público diverso: da acessibilidade para pessoas com deficiência às questões de diversidade étnica, de raça e gênero. Em caso de haver idosos, também nos preocuparemos com eles, tanto no aspecto estrutural quanto no aspecto de tratamento e solidariedade. A diversidade étnica, de raça e de gênero estará plenamente contemplada em todas as nossas ações, de modo que todas, todos e todes terão tratamento diferenciado e voz autoral na condução e divulgação das nossas ações, conforme suas necessidades físicas, psíquicas e sociais, valorizando o respeito à diversidade, à inclusão e à equidade. Cabe ressaltar que esse público diverso é o compreendido por minorias diversas, sendo elas: crianças e jovens com deficiência, idosos e pessoas que se identificam como sendo da comunidade LGBTQIA+. Por fim, além desses objetivos, vamos levar às comunidades locais, distritais e municipais as oficinas de composição autoral juntamente com o curso, as performances musicais (apresentações e recitais) e participar das atividades musicais que porventura a DIC vier a nos solicitar e/ou convidar. As nossas viagens estarão condicionadas ao orçamento do projeto e à disponibilidade de recursos da PROEXC. Teremos, também, objetivos em relação à participação em eventos acadêmicos para divulgação e publicação das ações do projeto e seus resultados parciais e finais a depender do interesse dos membros do NEMUS.
De início, estimamos um número de beneficiários diretos em 3.300 (três mil e trezentas) pessoas, podendo, é claro, esse número ser muito maior a depender do alcance das nossas ações e do surgimento de novas instituições parceiras. Como não temos, ainda, uma previsão de quantas pessoas podemos alocar em cada uma das ações, vamos dividir o número total em um número aproximado de pessoas em cada ação: 1) Curso e Oficinas: 600 participantes; 2) Jornal: 600 leitores; 3) Performances Musicais: 600 espectadores; 4) Rádio: 600 ouvintes; 5) Comunidade Externa: 600 participantes; 6) Comunidade Minoritária: 300 participantes. Esses números correspondem ao público beneficiário direto, ou seja, aquele que estará diretamente exposto às ações do projeto. O público beneficiário indireto, se estima que será bem maior, por conta do alcance e da projeção das ações, por estarmos falando da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Esperamos que, tanto o público direto quanto o indireto, estejam tendo acesso às ações do projeto de maneira presencial e/ou virtual. Considerando esse público-alvo, temos em mente as seguintes metas: a) aumento do acesso gratuito à música clássica e popular através da publicação do Jornal “Fermata” e da transmissão do programa de rádio de mesmo nome na Rádio Universitária 99,7 FM; b) aumento do acesso gratuito aos Cursos de Introdução à Educação Musical com material didático financiado pela Universidade, assim como à Oficina de Composição Autoral; c) atuação direta do projeto nas cidades-polo da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri por meio do Curso, da Oficina e de Performances in loco; d) estabelecimento contínuo de novas parcerias que objetivam realizar projetos de arte e cultura sem fins lucrativos; e) divulgação da vida musical na macrorregião dos Vales, dando visibilidade ao que se produz na área de música; f) qualificação da educação musical do grande público, que inclui crianças, jovens e adultos; g) manutenção e aumento de pessoas leigas participantes do NEMUS, de preferência da comunidade interna da UFVJM.
Mesmo que este projeto não possua caráter científico, é importante definir o tipo de procedimento metodológico, os procedimentos técnicos e os recursos com os quais iremos dar andamento às ações extensionistas propostas neste projeto. Assim, tal como fizemos com os objetivos, faremos uma descrição de cada ação por partes: 1) Curso de Introdução à Educação Musical e Oficina de Composição Autoral, 2) Jornal e Programa de Rádio, 3) Site do Nemus e 4) Performances Musicais. O Curso de Introdução à Educação Musical será feito, no mínimo, em sete ocasiões ou mais, pois temos cotadas as seguintes cidades-polo: Couto de Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Gouveia, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves e Serro. O procedimento metodológico a ser adotado no curso será a oficina, de acordo com a acepção encontrada no Dicionário da Língua Portuguesa Aulete: “Curso prático onde se aprende e exercita atividade artística ou intelectual”. O curso, portanto, embora faça amplo uso de textos teóricos e críticos para embasar seus conteúdos e atividades, será eminentemente prático, uma vez que, conforme diz o próprio nome do curso, pretende-se antes introduzir os participantes à música clássica e popular, dar a conhecer e ensiná-los a ouvir; por isso, a opção pela realização de oficinas. Da mesma maneira será feita com a Oficina de Composição Autoral, pois, sendo para iniciantes, será eminentemente prática, pois se objetiva ensinar uma das artes da música, a composição autoral, o que requer um ouvido atento para se praticar a notação musical em papel escrito e a imaginação dos participantes. Os procedimentos técnicos a serem utilizados serão variados: leitura e discussão de textos, audições, assistência a vídeos diversos e apreciação de imagens estáticas, atividades que façam uso da escrita e da notação musical, debates, entre outros. De acordo com a nossa disponibilidade, os principais recursos didáticos serão: lápis, borracha, canetas esferográficas, quadro negro/ branco, giz, pincéis atômicos, apagadores, pranchetas e pastas, cadernos de anotações, papéis brancos A4, cartuchos de tintas (preta e colorido) para impressora, impressora, datashow, computador, aparelhagem de som (CD, DVD, caixas de som), CD’s, gravações em mp3 e em mp4, filmes e documentários, livros e textos diversos (de história da música, de crítica, estética da música, dicionários de música, guias de audição, literaturas brasileira e estrangeira), além da internet e instrumentação musical dos ministrantes do curso e da Oficina. Prevemos como recursos fundamentais o material do alunado que participará do curso nas cidades polo, formado por: uma fotocópia da apostila do curso, uma pasta em cartão, uma caneta esferográfica, um lápis e uma borracha e um bloco de anotações a depender da disponibilidade desses materiais no Almoxarifado de Diamantina. No projeto DISCO, estabelecemos importantes parcerias com instituições para divulgação e realização das ações do projeto em âmbito regional: II Festival Internacional de Música Histórica de Diamantina, Escola Estadual Professor Gabriel Mandacaru, I Festival de Inverno de Diamantina, Museu do Diamante, projeto “Livro, pra que te quero!”, projeto “Residências Musicais” da Escola Profissional Irmã Luiza (EPIL), Teatro Santa Izabel e as Prefeituras Municipais de Datas, Gouveia e São Gonçalo do Rio Preto, além da Arquidiocese de Diamantina, ao levarmos o curso para o distrito rural de São João da Chapada em duas ocasiões, incluindo uma apresentação musical em uma missa da igreja mais antiga do distrito. Nesta edição do projeto do NEMUS, queremos retomar algumas dessas parcerias por meio da Secretaria de Cultura e Patrimônio da Prefeitura Municipal de Diamantina para termos acesso a espaços culturais da cidade, tais como a Escola de Artes e Música Maestro Francisco Nunes e o Teatro Santa Izabel conforme disponibilidade de suas agendas. Além disso, importa mencionar a nossa parceria com o Grupo de Teatro “Os Clássicos”, um grupo formado em Diamantina em 1999 que está na sua 4ª Geração, congregando professores, técnicos e alunos matriculados na UFVJM que se reúnem para estudar, montar, ensaiar e apresentar obras dramáticas autorais na cidade de Diamantina e região. O NEMUS participou de dois cortejos apresentados nas ladeiras e becos da cidade de Diamantina, intitulados “Lendas ao Luar”, realizados nos dias 21 de junho e 30 de agosto de 2024, que fazem um resgate histórico e patrimonial das lendas de Diamantina, como “A Noiva das Mercês”, “A Moça da Vela”, “O Tesouro do Padre Brasão”, “Isidoro” e “A Santinha do Beco”. O Grupo de Teatro está preparando uma intensa programação cultural para 2025 e pretende continuar a parceria com membros do NEMUS nas áreas de música e artes cênicas: teremos oficinas musicais a serem ministradas para os membros do Grupo de Teatro sobre apreciação musical, interpretação e performance. Voltando à descrição metodológica do curso, ele será dividido nos seguintes módulos: a) A Apreciação Musical como Forma de Autoeducação e Cultura. b) A Música: origens e história. c) Formação de Discoteca. d) Exemplos Práticos de Apreciação Musical. Cada módulo será preparado e ministrado pelos membros do NEMUS, que se dividirão conforme as viagens forem acontecendo. O curso pode ter uma duração de até 8 horas a depender da parceria e da disponibilidade dos participantes nos diferentes locais de visitação. Nos módulos, trataremos, entre outros, dos seguintes assuntos: a) A autoeducação musical: a música nas artes liberais, o ouvinte inteligente. b) Conceitos fundamentais da música: som, notas, ritmo, melodia, harmonia, partitura, tonalidade, entre outros. c) O estilo e seus respectivos gêneros musicais. d) Os tipos de conjuntos musicais. e) Os tipos de instrumentos. f) Os grandes intérpretes/ conjuntos e os grandes regentes. g) Os compositores: os objetivos da composição. A partitura e o improviso. h) O modo de vida dos compositores: o caso de Beethoven, por exemplo. i) O papel do maestro na música clássica. j) A música nas igrejas (especialmente, nas catedrais). O coro litúrgico. k) A ópera e o resgate de fábulas antigas (Orfeu e Eurídice; Tamino e Pamina; Tristão e Isolda, etc.). l) A crítica musical: E. T. A. Hoffmann, Mário de Andrade, Otto Maria Carpeaux, Murilo Mendes, etc. m) A estética da música: como ouvir (plano sensível, expressivo e musical). O processo criador da música. Os quatro elementos da música (ritmo, melodia, harmonia e timbre). Textura musical. A estrutura musical. Formas fundamentais (seccionada, livre seccionada, variação, fuga, sonata, formas livres). Drama musical e ópera. Música contemporânea. Música de filme. Compositor, intérprete e ouvinte. n) A formação de uma discoteca para apreciadores de música clássica e popular: dos antigos aos contemporâneos. Ademais, um módulo importante a ser ministrado é o referente à música dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, pois temos pessoas especializadas nesse tema no NEMUS. Vamos abordar assuntos que vão desde as identidades locais e regionais, a produção e a composição à performance musical, em que faremos um verdadeiro trabalho de resgate dessa diversidade cultural como forma de educação musical nas escolas de Educação Básica, em primeiro lugar, e em outras instituições promovedoras de arte e cultura, em segundo lugar. Não há como se fazer todo um trabalho de promoção da arte e da cultura na área da música sem se fazer, antes, um trabalho de resgate da memória e das identidades dos participantes do Curso e da Oficina de Composição Autoral, pois o acesso à música deve partir do local para o universal. Ou seja, deve-se ter em mente que a sensibilidade da música é local, em primeiro lugar, pois estamos fazendo um projeto que objetiva a circulação de saberes que vêm de tempos imemoriais e que é um dos pilares da Política Cultural da UFVJM (2012). Assim, faremos o mapeamento desses saberes locais e os abordaremos, em prioridade, no Curso e na Oficina de Composição Autoral. A Oficina de Composição Autoral é uma ação do projeto “Encruza Composições Autorais”, um projeto de arte e cultura registrado na PROEXC em 2024. Daremos continuidade a essa ação no projeto do NEMUS, de modo que se dê continuidade ao seu principal objetivo, qual seja, o de promover culturalmente artistas, por meio da parceria entre a Diretoria de Cultura da UFVJM e a Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio da Prefeitura Municipal de Diamantina, com a criação de espaços (virtuais e presenciais) onde estes consigam a divulgação de seus trabalhos artísticos, fomentando a cultura em conjunto com a comunidade acadêmica da UFVJM (2010; 2011; 2012). Durante o período de pandemia, a valorização e a visibilidade dos pequenos artistas diminuíram ainda mais, principalmente porque estes não possuem meios necessários para manter uma estrutura que possibilitasse a continuidade de seus trabalhos, já que o custo para isto seria elevado (Rückert, 2021). Assim, com os nossos objetivos elencados no grupo 2 da Oficina de Composição Autoral, vamos promover não só as oficinas de composição como um adicional do curso, mas promoveremos, como forma de estimular a criatividade, 1 (um) Festival de Música Autoral na XI SINTEGRA de 2025, a depender da viabilidade de recursos humanos e materiais da DIC e da PROEXC para tal evento. O jornal “Fermata” é uma criação coletiva do NEMUS, que já está em elaboração, pois criamos as logomarcas do NEMUS e a do Jornal, coletivamente. Ademais, temos uma comissão do Jornal que está produzindo textos em diversas colunas autorais a serem publicadas eventualmente nas edições do Jornal. Estamos preparando uma edição para novembro e dezembro de 2024 e sua publicação deverá ser a cada dois meses no site do NEMUS a ser criado. O jornal possui um comitê editorial e contará com as seguintes partes: Matéria de Capa – Editorial – Colunas “Brilha, brilha, violino”, “Formação de Discoteca”, “Rapsódia”, “Vibrações cósmicas musicais”, entre outras, – a Música na UFVJM – Entrevista – Programação Cultural nos Vales – Notícias e Curiosidades. No geral, pensa-se em um jornal cultural em que se abordem a produção, a educação, a crítica musical e a valorização da música dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. O Programa de Rádio intitulado “Fermata” terá como principal procedimento metodológico a radiodifusão, isto é, a propagação de sinais de rádio para que alcancemos os nossos ouvintes em toda a região objeto deste projeto. Portanto, um de nossos canais de comunicação será o rádio, através do qual a voz e diversas gravações musicais serão transmitidas. A equipe se encarregará de preparar o conteúdo dos programas e de gravá-los em estúdio, com posterior edição pela equipe da Rádio Universitária. Os programas terão 1 hora de duração e serão semanais com uma reprise. Cada programa abordará um estilo musical (polifonia vocal, renascimento, barroco, clássico etc.) ou gêneros musicais (um programa sobre ópera, outro sobre música de câmara e assim por diante), entremeados com comentários sobre estética da música e a seleção de peças musicais para a formação da discoteca básica. Além disso, transmitiremos um resumo do que atualmente está acontecendo na programação cultural de nossa região e, eventualmente, entrevistas com convidados especiais. Daremos continuidade ao programa mensal “Música, Cinema e Literatura para Crianças”, criado durante o projeto DISCO e preparado exclusivamente pelos alunos voluntários do projeto para esse público-alvo. Esse programa objetivava aproximar o público infanto-juvenil à música clássica e popular de várias épocas e lugares através das linguagens do cinema e da literatura universal e regional. Os procedimentos técnicos e os recursos serão disponibilizados pela Rádio Universitária, e estarão relacionados ao que for necessário para produzir o programa e levá-lo ao ar. Mencionamos que, em caso de a Rádio Universitária 99,7 FM ter de volta a sua outorga de transmissão, daremos continuidade ao trabalho realizado entre 2015 e 2017, quando foram escritos os roteiros de cada programa, gravados, editados e transmitidos, no total, 80 programas de rádio temáticos, que vão da Música Medieval à Contemporânea, incluindo-se aí os estilos da música pop, rock, blue e jazz, fora a gama de estilos e gêneros musicais do continente latino-americano e do Brasil. O site do NEMUS terá como principal procedimento metodológico a transmissão de dados via internet, que será utilizada para nos comunicarmos com o público ouvinte de diferentes maneiras: divulgação das atividades do Curso de Introdução à Educação Musical e da Oficina de Composição Autoral, das edições do Jornal e da programação do Programa de Rádio e das nossas Performances Musicais e viagens pelos Vales; postagem de mensagens e de arquivos diversos de conteúdo musical e estabelecimento de um diálogo com os leitores do jornal e com os ouvintes do Programa de Rádio mediante a criação de fóruns de debates e envio de mensagens abertas e privadas. Assim como no caso do Programa, os procedimentos técnicos e os recursos serão requisitados conforme a necessidade do site da UFVJM, que ficará a cargo dos membros da equipe em parceria com a DICOM, atualizando-a semanalmente. As Performances Musicais (apresentações e recitais) se darão conforme as nossas parcerias e visitas às cidades-polo forem acontecendo, além de termos o compromisso, pelo Edital do PROCARTE e quando se der a oportunidade, de nos apresentar em parceria com a DIC em espaços culturais e acadêmicos da UFVJM (incluindo-se os demais Campi de Unaí, Janaúba e do Mucuri). As performances também acontecerão por meio da Oficina da Tonalidade de Ré Maior, um dos projetos do NEMUS já registrado na PROEXC e que está com as inscrições abertas para o público interno e externo à UFVJM, a começar seus ensaios em novembro de 2024. Iniciou seus primeiros trabalhos em junho de 2024, tendo ensaiado semanalmente no Espaço DIC do Campus JK. Entre junho e outubro de 2024, ensaiou e preparou apresentações e recitais conforme rotinas de estudo e uma apostila idealizada e compartilhada pelos membros da oficina, que conta com o apoio didático-musical da professora de música Natasha Fernandes Tibães do Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita sediado em Diamantina. Para terminar, outros recursos imprescindíveis serão concebidos pela equipe para divulgar nossas ações extensionistas: banner e panfletos digitais. Com as logomarcas do NEMUS e do Jornal, providenciaremos esses materiais de divulgação que serão alocados em vários ambientes da Universidade e nas instituições culturais e educacionais onde ministraremos o Curso e a Oficina, assim como no site do NEMUS. Acreditamos que, com base nesses objetivos, divididos em cinco grupos, e colocando em prática toda a metodologia exposta, alcançaremos, ao longo do projeto, as metas escolhidas do documento “Metas do Plano Nacional de Cultura” (BRASIL, 2011) e no documento “Balanço de Metas do Plano Nacional de Cultura” (BRASIL, 2011-2024). Assim, os indicadores de avaliação das ações do projeto vão ser medidos, quanti e qualitativamente, de acordo com as nossas metas escolhidas de ambos os documentos. No caso da meta 16, não teremos o aumento de vagas de graduação e de pós-graduação nas áreas do conhecimento relacionadas às linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura, mas o aumento significativo da discussão da área musical como um todo no âmbito universitário da UFVJM, o que pode levar à abertura de Cursos de Graduação (Bacharelado ou Licenciatura) na nossa região com recursos federais, o que pode se comprovar pela realização de uma disciplina “Tópicos Especiais VI” ministrada pela coordenadora do projeto durante a primeira edição do projeto DISCO no Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades de agosto a dezembro de 2014, assim como, a realização de uma mesa-redonda sobre “Arte nos Cursos” na Semana das Humanidades da FIH de 2016; no caso da meta 18, pensamos que, tanto o Curso e a Oficina, quanto o Jornal, o Programa de Rádio e o Site do NEMUS, terão um efeito favorável no aumento de pessoas qualificadas anualmente em cursos, oficinas, fóruns e seminários com conteúdo das subáreas da música; em consequência, haverá o aumento de pessoas beneficiadas anualmente por ações de fomento à pesquisa, formação, produção e difusão do conhecimento (meta 19), e o aumento no número de municípios brasileiros com grupos em atividade na área de música (meta 22). Essas metas do PNC de 2010 farão coro com as metas do Balanço de Metas de 2011-2024, uma vez que teremos ampla atuação em territórios em desigualdade regional (meta 16); estimularemos o hábito de leitura nesses territórios (meta 20); estimularemos a fruição, formaremos público e ampliaremos a oferta de bens culturais (meta 28); e garantiremos que pessoas com deficiência tenham acesso aos espaços centrais para a qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania (meta 29). Portanto, a metodologia proposta será diversa e inclusiva, pois abarcaremos um público amplo e leigo, maiormente, não se descartando o público especializado. Ademais, esse público participará de nossas ações sem ter qualquer conhecimento prévio de música em qualquer estilo e gênero musical, pois a música, como escreve Murilo Mendes, é para todos e deve circular dentro de nós. É uma linguagem universal que diz respeito à nossa alma, como dizia o filósofo grego Platão. Por isso que a participação será livre e espontânea, pois a audição inteligente da música envolve todo o ser humano. Em relação às questões éticas, trataremos os nossos participantes com total liberdade para se expressarem ou não, da mesma maneira na concessão de dados e imagens, de quererem tirar fotos ou não, assim como dar depoimentos em vídeos e por escrito. Esse material ficará arquivado no NEMUS e não será utilizado para divulgar eventuais resultados em trabalhos e eventos acadêmicos, a não ser que o participante assim o autorize mediante assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFVJM (em caso de haver pesquisas envolvendo questões éticas de parte dos membros do NEMUS). A contribuição dos parceiros será significativa, pois, no caso da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio da Prefeitura de Diamantina, teremos acesso aos espaços culturais da cidade de Diamantina, e, no caso do Grupo de Teatro “Os Clássicos”, daremos continuidade a um significativo trabalho de música e teatro iniciado em 2024. Os demais parceiros contribuirão com a cessão de espaços, de recursos didáticos e até de transporte, como aconteceu no projeto DISCO em 2015 e 2016, em que tivemos outras Prefeituras nos cedendo veículos oficiais para irmos até a cidade-polo para ministrarmos o curso e fazermos apresentações musicais. Finalmente, destacamos que todas as ações do presente projeto serão realizadas conforme a infraestrutura a ser disponibilizada pela PROEXC, assim como pela DIC, para a qual daremos prioridade de parceria na UFVJM.
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O estudante-bolsista do projeto será capacitado em todas as ações do projeto, de modo que possa realizá-las conforme o esperado: estar disponível dentro da carga horária estipulada no Edital, ser responsável com os dados a serem fornecidos ao público beneficiário, estar disposto a participar das viagens às cidades-polo, monitorar o site do NEMUS e nos ajudar na divulgação das edições do jornal e dos programas de rádio, se houver, divulgar os banners e os panfletos a serem impressos e distribuídos ao público, produzir relatórios mensais contendo as atividades realizadas e os números totais das nossas ações: acessos, visualizações, participações in loco, retorno do público, entre outros dados a serem compilados para os relatórios parcial e final do PROCARTE. Ademais, o estudante-bolsista também deverá ler e estudar sobre os conteúdos ministrados tanto no Curso quanto na Oficina, pois ambos são pré-requisitos para que ele possa realizar a sua contribuição crítica e reflexiva nos relatórios parcial e final e também no vídeo a ser entregue ao final do projeto, bem como no trabalho a ser apresentado na XI SINTEGRA de 2025. O acompanhamento desse estudante será qualitativo e processual, ou seja, realizado nos 12 meses de duração do projeto em forma de: orientação presencial e virtual, comunicação constante e desempenho conforme os objetivos do projeto, a metodologia proposta, os resultados e as metas esperados, além de produção de material didático adicional quando houver necessidade. A avaliação do estudante será mensal, e também terá caráter qualitativo e processual, podendo ser revisada conforme as necessidades/dificuldades do estudante.
A construção do presente projeto é de responsabilidade do NEMUS da UFVJM vinculado ao projeto “Tramas com Músicas”. Trata-se de um grupo voluntário da UFVJM que se interessa por música. Estamos iniciando um trabalho voluntário e coletivo em prol da produção e da educação musical de pessoas leigas da comunidade externa e interna da UFVJM, sem que haja qualquer pré-requisito para a participação do nosso público beneficiário. O público diretamente beneficiário é o constituído, primeiro, pelos membros que já participam do NEMUS, segundo, por todas as pessoas participantes do Curso de Introdução à Educação Musical e das Oficinas de Composição Autoral a serem realizados em Diamantina e em comunidades locais, distritais e municipais dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Daí a relevância da ação, pois ela pretende, em primeiro lugar, qualificar esse amplo público leigo, o que se alcançou como principal meta no projeto DISCO entre 2014-2017, pois as demandas foram cada vez mais aumentando e o público se diversificando mais e mais. Além disso, temos cantores e instrumentistas amadores no NEMUS, além de pessoas que se dispuseram a escrever, editar e publicar o jornal “Fermata”, também uma construção coletiva desde a concepção do nome até a arte final da logomarca do NEMUS e do jornal, que teve a iniciativa de uma discente do Curso de Nutrição, Sâmara Sara Seixas de Souza, e do arte-finalista Carlos Felice, nosso colaborador de São Caetano do Sul (São Paulo) nas artes finais do NEMUS.
Público-alvo
As ações do projeto serão amplas e contínuas ao longo dos 12 meses de duração, de modo que, medianamente, estamos pensando em atingir um público de no mínimo 3.300 (três mil e trezentas) pessoas que vai da idade escolar (crianças) à terceira idade (idosos). Todos poderão se beneficiar das nossas ações, assim divididas: (1) Curso de Introdução à Educação Musical a ser realizado em instituições de ensino, religiosas, artísticas e em outros locais a depender da demanda de cada localidade, distrito ou município; (2) Oficinas de Composição Autoral; (3) Jornal "Fermata" a ser publicado impresso e digitalmente no site do NEMUS; (4) Performances Musicais a serem apresentadas pelos membros do NEMUS e por convidados; (5) Programa de rádio "Fermata" na Rádio Universitária FM 99,7 da UFVJM. Como não temos, ainda, uma previsão de quantas pessoas podemos alocar em cada uma das ações, vamos dividir o número total em um número aproximado de pessoas em cada ação: 1) Curso e Oficinas: 600 participantes; 2) Jornal: 600 leitores; 3) Performances Musicais: 600 espectadores; 4) Rádio: 600 ouvintes; 5) Comunidade Externa: 600 participantes; 6) Comunidade Minoritária: 300 participantes. Os números do Curso de Introdução à Educação Musical e das Oficinas de Composição Autoral serão assim divididos: 1) Comunidade Acadêmica (Docentes, Técnicos e Discentes) Número Estimado: 100 Detalhamento: pessoas da comunidade interna interessadas em eventos culturais. Estimamos aproximadamente e conservadoramente 1% da comunidade acadêmica de acordo com os Dados Gerais do Portal da UFVJM. 2) Crianças do Ensino Fundamental II Número Estimado: 100 Detalhamento: crianças e adolescentes do 6º ao 9º anos entre 11 e 14 anos. 3) Adolescentes do Ensino Médio Número Estimado: 400 Detalhamento: adolescentes do Novo Ensino Médio entre 15 e 18 anos. 4) Comunidade Minoritária Número Estimado: 300 Detalhamento: público composto por crianças e jovens com deficiência, idosos e comunidade LGBTQIA+. A depender da demanda, o número certamente será maior. Esses números correspondem ao público beneficiário direto, ou seja, aquele que estará exposto aos conteúdos e práticas realizadas por meio dessas ações. Do público beneficiário indireto, estima-se que será bem maior, por conta do alcance e da projeção das ações, por estarmos falando da macrorregião dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Esse público poderá ser composto, da mesma maneira, por crianças a idosos. Esperamos que, tanto o público direto quanto o indireto, estejam tendo acesso às ações do projeto de maneira presencial e/ou virtual.
Público-alvo compreendido por minorias diversas, sendo elas: crianças e jovens com deficiência, idosos e pessoas que se identificam como sendo da comunidade LGBTQIA+. Esse público será devidamente contemplado nas nossas ações em forma de diálogo respeitoso, prioridade na reserva de espaços acessíveis, tratamento e demais cuidados necessários para o bom andamento das atividades do projeto. Assim, todas, todos e todes participarão das nossas ações conforme suas necessidades físicas, psíquicas e sociais, valorizando o respeito à diversidade, à inclusão e à equidade.
Municípios Atendidos
Diamantina
Janaúba
Unaí
Teófilo Otoni
Datas
Serro
Gouveia
Couto De Magalhães De Minas
São Gonçalo Do Rio Preto
Senador Modestino Gonçalves
Parcerias
A Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio da Prefeitura Municipal de Diamantina é a nossa principal instituição parceira, pois nos ajudará a divulgar as nossas ações, ceder espaços culturais da cidade de Diamantina (tais como a Escola de Artes e Música Maestro Francisco Nunes, o Mercado Velho e o Teatro Santa Izabel) e nos apoiará, quando possível, na condução e na participação das ações do projeto.
Cronograma de Atividades
Reuniões quinzenais para organizar os trabalhos a serem realizados pela equipe do projeto: divisões de tarefas, definição de objetivos e metas por ação, periodicidade, organização de grupos de trabalho, estudos e elaboração de materiais didáticos, aquisição de recursos e demais itens para a tranquila condução das nossas ações.
Criação e alimentação do site do NEMUS: divisão das partes do site, concepção do texto de apresentação do NEMUS e das demais partes do site, criação de GoogleDrive para fins de arquivo e design digital do site. Alimentação semanal ou quinzenal do site.
Publicação e edição do jornal "Fermata": escrita e edição do jornal, consulta a arquivos da UFVJM, editorial de cada edição bimensal do jornal, colunas autorais dos membros do NEMUS, entrevistas, convites para autoria de textos, eventos a serem publicados na área da Música, arte final e publicação do jornal impresso e digital. Caixa de sugestões e opiniões do jornal.
Curso de Introdução à Educação Musical e Oficina de Composição Musical: planejamento do cronograma do Curso e da Oficina, elaboração do material didático, reserva de espaços e de recursos disponíveis (data show, quadro branco, pincéis atômicos, apagador, etc.), condução do Curso e da Oficina, avaliação final e divulgação das ações no site do NEMUS.
Veiculação do Programa de Rádio "Fermata": em caso de a rádio universitária voltar a funcionar, faremos a roteirização e gravação do programa de rádio, que terá 1 hora de duração com 1 reprise semanal. A veiculação se dará conforme a disponibilidade da rádio. Avaliação do programa de rádio. Adequação do programa às necessidades percebidas durante a avaliação.
Ensaios e apresentações das performances musicais do NEMUS: em parceria com a "Oficina da Tonalidade de Ré Maior" e por iniciativa dos membros do NEMUS, vamos preparar e ensaiar as nossas performances musicais (apresentações e recitais) a serem realizadas nas comunidades locais e nos municípios de abrangência da UFVJM. Essas apresentações ficarão condicionadas à confirmação de parte das nossas instituições parceiras e à disponibilidade de nossos recursos. Outras performances musicais podem se realizar a depender da programação da Diretoria de Cultura da PROEXC, conforme previsto em Edital.
Orientação do Bolsista do Projeto
13/01/2025
31/01/2026
Orientação do Bolsista do Projeto: reuniões de orientação com a coordenação do projeto, elaboração de textos e planilhas contendo os dados numéricos do projeto, organização e arquivamento das fotos e vídeos das ações do projeto, acompanhamento das ações do projeto, elaboração do relatório parcial e final do projeto, participação na XI SINTEGRA (2025), participação de outros eventos e publicação de trabalhos acadêmicos, quando couber. Avaliação final e divulgação das ações do projeto no site do NEMUS em parceria com a DICOM.
Haverá diálogos internos e atenção aos documentos legais, por parte da equipe do projeto e em diálogo com as nossas parcerias, para o boa condução das questões identitárias e de necessidades especiais, da criança ao idoso, de modo que o cronograma das atividades do projeto não peque por exclusão desse grupo minoritário. Todas, todos e todes serão devidamente tratados dentro de suas especificidades físicas, psíquicas e sociais. Da mesma maneira, a reserva de espaços culturais e educacionais terão como prioridade as necessidades especiais que surgirem durante a execução do projeto.