Esta ação de extensão tem como objetivo principal recuperar área degradada no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, no município de Serro-MG, na bacia do Rio das Pedras, afluente do Rio Jequitinhonha. Após contato feito pela Associação de Moradores do referido distrito, o departamento de Engenharia Florestal da UFVJM iniciou os trabalhos para auxiliá-los, dentro de suas competências, com a participação de docentes e estudantes do curso, em conjunto com moradores da região.

área degradada, meio ambiente, recursos hídricos

Nos últimos anos, verifica-se que a preocupação com o meio ambiente é crescente, tanto em instituições públicas, quanto privadas. Isso exige das comunidades um manejo adequado dos seus recursos naturais, conciliando o desenvolvimento com padrões de desempenho social, ambiental e econômico. Desta forma, procura-se garantir a sustentabilidade dos recursos naturais no longo prazo, obtendo a conservação desses e o desenvolvimento socioeconômico das regiões. Os recursos hídricos são parte importante dessa busca pela sustentabilidade, pois apesar de ser encontrado de forma abundante em nosso planeta, a sua distribuição e consumo em muitos locais não ocorre de forma adequada. Nesse contexto, os rios e cursos d'água são fundamentais para o abastecimento de água nos meios rural e urbano, desde a alimentação e nos nossos hábitos diários de higiene, bem como para a produção agrícola e industrial, sendo um bem crucial para o desenvolvimento de empresas e produtores rurais. Além disso, são essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico nas bacias hidrográficas. Este projeto busca promover a preservação do patrimônio natural na bacia do Rio das Pedras, afluente do Rio Jequitinhonha. É resultado da mobilização de lideranças comunitárias de São Gonçalo do Rio das Pedras que, preocupadas pela conservação de seu bem maior, vêm buscando soluções para o cuidado com o rio. Seu programa de ações inclui a recuperação de área degradada por erosão próxima às nascentes, onde os impactos ambientais sofridos vêm colocando em risco a conservação do curso d'água. Conforme apresentado pela direção da Associação dos Moradores de São Gonçalo do Rio das Pedras, a área está localizada na unidade de conservação Área de Proteção Ambiental Estadual das Águas Vertentes. A bacia de captação de água da chuva que possui influencia direta na área em processo erosivo é de 25000 m² (conforme croqui anexo). O solo da área possui textura arenosa com baixa estruturação e baixa fertilidade. No entorno da área ainda existem remanescentes de vegetação nativa, tendo sido identificadas as seguintes espécies: Candeia, Quaresmeira, Assa peixe, Bamba, Alecrim do Campo, Rosmaninho, Barbatimão, imbé, gramíneas nativas, sempre vivas, Jacarandá, Chamecrista debilis, entre outras. A Área de Proteção Ambiental Estadual das Águas Vertentes (APAEAV) é uma unidade de conservação de uso sustentável criada em 21 de janeiro de 1998, por meio do Decreto nº 39.309. Localizada na região do Vale do Jequitinhonha, está inserida na Serra do Espinhaço Meridional e faz parte do Mosaico de Áreas Protegidas do Espinhaço, região que apresenta enorme relevância ambiental e turística, reconhecida como Reserva da Biosfera pela UNESCO. Dessa forma, possui outras importantes unidades de conservação em seu interior e entorno, tais como o Monumento Natural Várzea do Lajeado e o Parque Estadual do Pico do Itambé. A APAEAV possui uma área total de 76.310 hectares, grande importância ambiental e uma variedade de atrativos turísticos, como suas unidades de paisagens e diversas espécies endêmicas.

No momento, não há estudos relacionados às áreas em processo de degradação ambiental no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, Os moradores da comunidade deste distrito, necessitam de informações consistentes sobre a existência de nascentes e cursos d'água na região, bem como a situação de conservação em que se encontram e como resolver os problemas gerados pelas erosões na região. O Rio das Pedras está localizado na Área de Proteção Ambiental Estadual das Águas Vertentes, em meio ao valioso patrimônio natural da Serra do Espinhaço. Afluente do rio Jequitinhonha pela margem direita, nasce nas proximidades da comunidade de São Gonçalo do Rio das Pedras (Serro, MG) e a atravessa no sentido longitudinal até alcançar o rio Jequitinhonha, numa extensão de aproximadamente 9 km, influenciando diretamente a quantidade e qualidade de suas águas, o que aumenta a importância de sua conservação. A comunidade tradicional de São Gonçalo do Rio das Pedras preserva costumes do campo utilizando-se dos recursos naturais para atividades cotidianas, como o uso das águas do Rio das Pedras para o abastecimento de casas, regadio de quintais e roças, lavagem de roupas e utensílios, banho e lazer. Esse rio se configura também como símbolo da identidade cultural e atrativo turístico, protagonista das histórias do povoado construído ao redor de suas margens. Infelizmente, nos últimos anos o rio das pedras vem sofrendo significativos impactos que têm acarretado riscos para moradores e todas as espécies que dele dependem. O aparecimento de empreendimentos minerários em prospecção na região aumenta esses riscos, podendo trazer novos problemas como diminuição no abastecimento de água e degradação ambiental. Além disso, de acordo com o projeto pedagógico do curso de Engenharia Florestal, aprovado pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão em 2017, em sua página 12, o curso de Engenharia Florestal da UFVJM tem por objetivo geral: “Formar profissionais na área da Engenharia Florestal, tecnicamente qualificados, que sejam capazes de entender e intervir, de uma forma crítica e criativa na complexidade que envolve as subáreas de conhecimento que identificam o Engenheiro Florestal, de modo a promover, preservar e recuperar a sustentabilidade dos ecossistemas florestais contribuindo de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida.” Além desses aspectos acima citados, a justificativa para que este projeto de extensão seja executado, é referente à creditação da extensão no currículo do curso de Engenharia Florestal, que tem como base legal o princípio da indissociabilidade - do ensino, pesquisa e extensão - art. 207 da Constituição Federal de 1988; a Lei 9.394/96 – LDB – flexibilização dos currículos e formação cidadã; e o Plano Nacional de Educação 2001-2010 (Lei nº 10.172/2001) em sua Meta 23 para a educação superior, indica a reserva mínima de dez por cento do total de créditos exigidos para a graduação no ensino superior e a Reafirmação - na Estratégia 12.7 do novo Plano Nacional de Educação (2014-2024), Lei Federal nº 13.005/2014. “12.7. assegurar, no mínimo, dez por cento do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.”

O objetivo geral deste projeto de extensão é promover a preservação do patrimônio natural e a recuperação ambiental de áreas degradadas no percurso do Rio das Pedras, na bacia hidrográfica do Jequitinhonha, e fomentar o uso sustentável dos recursos naturais. Recuperar a dinâmica natural da área degradada na região, visando restaurar o equilíbrio ecológico da área, promover a biodiversidade e sensibilizar a população sobre a importância da preservação e conservação ambiental. Objetivos específicos: - Executar plano de recuperação de área degradada por voçoroca no Rio das Pedras. Cercamento, Construção de canais, bacias de captação e paliçadas, implantação de práticas vegetativas de controle de erosão, monitoramento e adequações. - Levantamento de nascentes: realização de mapeamento de nascentes na cabeceira do Rio das Pedras. - Análise da água: realização de levantamento e análise da qualidade da água: IQA e Balneabilidade e de diagnóstico das condições de risco por fossas. - Realização de evento de devolutiva ao final do projeto para fomentar o envolvimento da comunidade na preservação do meio ambiente e compartilhar os resultados do projeto. - Realizar o mapeamento do uso e ocupação da terra, a avaliação da pressão hídrica superficial e a definição das unidades de paisagem, para disponibilizar informações detalhadas sobre o meio natural e produtivo por bacia hidrográfica da região. Avaliação preliminar do potencial de adequação dos recursos hídricos, fomentando o uso adequado dos recursos naturais sob a perspectiva do manejo conservacionista. - Georreferenciamento do local do estudo de recuperação de área degradada, elaboração de imagens digitais espaciais e mapas temáticos.

Este projeto tem como meta principal quantificar e recuperar a área de degradação ambiental no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, no município de Serro-MG, na bacia do Rio das Pedras, afluente do Rio Jequitinhonha. O cumprimento dos objetivos propostos (geral e específicos), proporcionará benefícios à toda comunidade residente no local. Atualmente, a população é estimada em torno de 1400 habitantes. O vilarejo de São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do município de Serro, está localizado no Alto Vale do Jequitinhonha. A população local, beneficiada através deste projeto é formada por gerações de famílias agricultoras, garimpeiras e comerciantes que remontam ao início da ocupação colonial do Brasil, incluindo uma comunidade quilombola que migrou para o centro do povoado. Diversas comunidades rurais das redondezas como: Engenho; Angu Duro; Vau; e Santa Cruz, dependem desse pequeno distrito para ter acesso a recursos básicos de saúde e educação, como escola pública, posto de saúde, farmácia e mercearia.

A elaboração do projeto resultou de processo participativo com representantes da comunidade local. Estarão envolvidos professores e alunos do curso de Engenharia Florestal da UFVJM, além de moradores da comunidade local e representantes da Área de Proteção Ambiental Água das Vertentes. Será desenvolvido na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Departamento de Engenharia Florestal, Campus JK, Diamantina – MG e no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito de Serro-MG. Recuperação de Voçoroca: com base em estudo diagnóstico prévio, o Departamento de Engenharia Florestal da UFVJM elaborará um plano de ação para a restauração da área de erosão, que será acompanhado por sua equipe de professores e alunos. As etapas do plano incluem: Isolamento e identificação da área; controle do agente causador do foco erosivo; construção de paliçadas no interior da voçoroca; implantação de práticas vegetativas de controle de erosão. O monitoramento da Qualidade da Água: a coleta das amostras será realizada no campo e a análise será realizada em laboratório próprio localizado no Departamento de Engenharia Florestal, com apoio técnico especializado. Aborda principais parâmetros analisados e avaliados em qualidade da água: Índices de Qualidade de Água: IQA, IB, Índice de Toxicidade; Coleta, acondicionamento e transporte de amostras de água para análise; Interpretação de resultados de análises de água; Visita aos pontos de coleta de água, no rio das Pedras para análise de parâmetros do IQA e IB. Levantamento de Nascentes: levantamento das principais nascentes nas cabeceiras do Rio das Pedras, informações importantes para o correto dimensionamento das medidas de revitalização do rio e diagnóstico de futuras medidas para a conservação dessas nascentes. Análise da água: Foram selecionados dois índices para o monitoramento da água do Rio das Pedras, o Índice de Qualidade da Água e o Índice de Balneabilidade, atendendo aos principais usos da água na bacia (balneário, lazer, irrigação, lavagem de roupas e utensílios, abastecimento doméstico). As amostras para análise serão coletadas durante os períodos seco e chuvoso. No primeiro semestre da execução serão coletadas a cada 15 dias, e mensalmente no segundo e terceiro semestres. Serão acondicionadas e transportadas seguindo especificações técnicas para entrada em laboratório credenciado. Evento de devolutiva: Será organizado com apoio de grupos locais, incluindo mostra de imagens de registro das atividades, ações e resultados do projeto, e roda de conversa sobre a preservação do Rio das Pedras, para promover o fortalecimento dos vínculos comunitários e a sensibilização pela conservação ambiental. Plano de comunicação: será mantida a comunicação com o público local, parceiros e apoiadores, e público amplo através das mídias sociais. A programação e a convocação de voluntários será divulgada através de redes sociais e cartazes impressos colocados em lugares de acesso públicos. A recuperação de uma área degradada é um processo complexo que requer diversos passos para garantir seu sucesso. Para começar, é preciso conhecer e caracterizar a área degradada e seu entorno através de uma vistoria de campo, identificando o agente causador da degradação. Em seguida, é necessário avaliar os impactos ambientais antes de iniciar as ações de recuperação e garantir a sustentabilidade do projeto. Depois, a área que precisa ser recuperada é claramente delimitada, os custos e insumos necessários são calculados e então é estabelecido um cronograma físico-financeiro com prazos e orçamento para a execução do projeto. A próxima etapa é a execução das ações de recuperação, incluindo medidas para paralisar o processo erosivo e garantir a estabilidade do solo durante e após a recuperação, disciplinar o escoamento das águas e recobrir o solo com cobertura vegetal. As espécies vegetais adequadas para recobrir o solo são escolhidas levando em consideração o clima, o solo e o uso potencial da área. É importante também elaborar uma proposta de monitoramento para acompanhar a evolução da recuperação. Por fim, pode-se envolver a comunidade local no processo de recuperação para garantir sua adesão e o sucesso do projeto. Seguindo esses passos, é possível recuperar a área degradada de maneira eficiente, restaurando a vegetação, a estabilidade do solo e preservando o meio ambiente a longo prazo. Será elaborada a planta de localização, com o software QGIS, a delimitação da Área de Proteção Ambiental das Águas Vertentes foi realizada e, utilizando dispositivos GPS, a posição exata da voçoroca. Será feita a caracterização ambiental da área em questão, pois permite entender e identificar as condições atuais do ambiente e os fatores que levaram à sua degradação. Isso é importante para estabelecer estratégias de recuperação eficazes e implementação de medidas de proteção e conservação direcionadas aos problemas da área. Serão levantados dados para a caracterização dos meio físico, hidrografia solo, clima, fauna, flora, bem como a caracterização da ação antrópica na região. Executar plano de recuperação de área degradada por voçoroca no Rio das Pedras. Cercamento, Construção de canais, bacias de captação e paliçadas, implantação de práticas vegetativas de controle de erosão, monitoramento e adequações. Realização de evento de devolutiva ao final do projeto para fomentar o envolvimento da comunidade na preservação do meio ambiente e compartilhar os resultados do projeto. Será realizada reunião com os participantes da equipe do projeto e os representantes da Associação de Moradores de São Gonçalo do Rio das Pedras e da Área de Proteção Estadual Águas das Vertentes (APA). Realizar o mapeamento do uso e ocupação da terra, a avaliação da pressão hídrica superficial e a definição das unidades de paisagem, para disponibilizar informações detalhadas sobre o meio natural e produtivo por bacia hidrográfica da região. Avaliação preliminar do potencial de adequação dos recursos hídricos, fomentando o uso adequado dos recursos naturais sob a perspectiva do manejo conservacionista. O Georreferenciamento do local do estudo de recuperação de área degradada será realizado em conjunto professores e alunos com uso de softwares de acesso livre e aparelhos de GPS disponibilizados pelo Departamento de Engenharia Florestal, elaboração de imagens digitais espaciais e mapas temáticos.

AMARAL, Cristiany; AMARAL, Wander; PEREIRA, Israel; OLIVEIRA, Paula; MACHADO, Vinicius. COMPARAÇÃO FLORÍSTICO-ESTRUTURAL DOS ESTRATOS ADULTOS E REGENERANTES EM ÁREA MINERADA DE CAMPO RUPESTRE, DIAMANTINA, MG. Disponível em: bit.ly/3Y3Jjpb. Acesso em: 01 fev. 2023 BERTONI, JOSÉ; LOMBARDI NETO, FRANCISCO. Conservação do solo. São Paulo: Ícone, 2010. 7a edição BRANDÃO, M. Plantas Invasoras de Pastagens no município de Cantagalo-RJ. In XXXVI Congresso de Botânica. Sociedade de Botânica do Brasil. Curitiba, 1985. FERREIRA, R. R. M. Recuperação de voçorocas de grande porte. Disponível em: bit.ly/3WV5c8J. Acesso em: 02 fev. 2023 FRAGA, L. M. S.; ABREU, P. A. A.; NEVES, S. de C. Hidrologia e Hidrografia. In: SILVA, A. C.; PEDREIRA, L. C. V. S. F.; ABREU, P. A. A. (Ed.). Serra do Espinhaço Meridional: paisagens e ambientes. O Lutador. Belo Horizonte, 2005. GONÇALVES, Humberto; ZARONI, Maria. Solos Tropicais. www.embrapa.br, 2023. Disponível em: bit.ly/40r57gg. Acesso em: 18 de dezembro de 2022. GUERRA, Antonio José Teixeira. Processos erosivos nas encostas. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos, v. 6, p. 149-209, 1998. IEF. APA Águas Vertentes. Disponível em: bit.ly/3HSl6N3. Acesso em: 01 fev. 2023 INSTITUTO ESTRADA REAL. São Gonçalo do Rio das Pedras. Disponível em: https://institutoestradareal.com.br/cidades/sao-goncalo-do-rio-das-pedras-mg/. Acesso em: 03 fev. 2023 MARQUES. Plano de recuperação de área degradada: “Buraco do Boi”. Disponível em: bit.ly/3HTt20s. Acesso em: 01 fev. 2023 MEIRELLES, Maria Lúcia et al. Espécies do estrato herbáceo e profundidade do lençol freático em áreas úmidas do cerrado. Pag 11 e 12. 2002. MINAS GERAIS. São Gonçalo do Rio das Pedras. Disponível em: https://www.minasgerais.com.br/pt/destinos/sao-goncalo-do-rio-das-pedras. Acesso em: 03 fav. 2023 São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Unidade de Coordenação do Projeto de Recuperação das Matas Ciliares. – Reimpressão da 1.ed. – São Paulo: SMA, 2011. SCALCO, F. Raquel; SOUZA, E. Daniella. Área de Proteção Ambiental Estadual das Águas Vertentes: instrumentos de gestão e potencial turístico Águas Vertentes. Disponível em: bit.ly/3wTZWYG. Acesso em: 01 fev. 2023 SCHMEIER, Nara Paula. Bioengenharia de solos: uma alternativa à recuperação de áreas degradadas. Revista Destaques Acadêmicos, v. 5, n. 4. Pag 127. 2013. SOUZA, D. E. de. Aspectos Socioambientais e a Gestão da APA Estadual das Águas Vertentes. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Geociências – UFMG. Belo Horizonte, 2014.

A produção de conhecimento ocorrerá com participação da comunidade acadêmica e também da comunidade externa à UFVJM, ou seja, em conjunto com o público alvo desse projeto, como por exemplo contribuições na elaboração de materiais (cartilhas, mapas e outros), sugestões de eventos, cursos, treinamentos e materiais didáticos a serem elaborados, dentre outros. O projeto Geonode tem como premissa apoiar a distribuição de tecnologias principalmente voltadas para a recuperação de áreas degradadas, geradas na instituição e tendo o envolvimento da comunidade acadêmica da UFVJM para a sociedade em geral. Os conhecimentos e tecnologias desenvolvidas e gerados na universidade poderão ser acessados pelos setores da sociedade, por meio dos resultados gerados por este projeto. O público alvo (comunidade interna e externa à UFVJM) terá canais de comunicação com a equipe desse projeto, sendo por meio de e-mail de contato a ser disponibilizado, redes sociais para maior interação com a equipe, contatos na forma presncial por meio de reuniões entre os docentes, discentes e membros da comunidade local, convites para participação de reuniões com a equipe (de acordo com a necessidade) e com a participação nos eventos e cursos a serem realizados.

Sobre a interdisciplinaridade, este projeto abrange diferentes áreas do conhecimento, como o Geoprocessamento, Recuperação de Áreas Degradadas, Hidrologia e Manejo de Recursos Hídricos, Silvicultura e Manejo Florestal, aspectos geográficos, meteorologia e climatologia. Possui em sua equipe professores (as) doutores (as) com reconhecida experiência em projetos desenvolvidos nessas áreas, em nível de graduação e pós-graduação. O projeto está sendo desenvolvido de forma a atender a diversas áreas do conhecimento produzido pela UFVJM, relacionadas ao tema central deste projeto. O projeto poderá também ser desdobrado em outras ações, fortalecendo e apoiando novas iniciativas de produção de conhecimentos relacionados às áreas citadas anteriormente e correlatas relacionadas à UFVJM.

O projeto está sendo concebido para que os três pilares das universidades públicas brasileiras atuem como retroalimentação positiva. Por exemplo, a pesquisa produz uma grande quantidade de informações sobre recuperação de áreas degradadas e geoprocessamento, que no momento que se tornam disponibilizadas de forma livre e aberta, alimentam as ações de extensão e ensino. Uma vez que ações de extensão produzem informações aplicadas e as disponibilizam de forma livre e aberta, estas alimentam com oportunidades de pesquisa e exemplos de ensino. Uma vez que os projetos de ensino utilizam e produzem materiais de apoio, e os disponibilizam, retroalimentam as ações de pesquisa e extensão. Desta forma, os três pilares poderão encontrar neste projeto além da divulgação de resultados de pesquisa e extensão, também será fonte de consulta, ideias e de oportunidades, bem como de produção do conhecimento por parte da comunidade acadêmica (estudantes, professores e técnico-administrativos) e dos atores não-universitários (Comunidade de São Gonçalo do Rio das Pedras).

Este projeto irá contribuir na formação dos estudantes do curso de Engenharia Florestal, como complemento aos conhecimentos adquiridos em várias disciplinas, como por exemplo: Recuperação de Áreas Degradadas; Geoprocessamento e Geotecnologias Aplicadas à Engenharia Florestal; Tecnologia de Produtos Florestais; e Hidrologia, Manejo de Bacias Hidrográficas. Os graduandos poderão se envolver em atividades de transferência de tecnologia utilizando visitas in loco, ferramentas computacionais, por meio da participação direta nas atividades desenvolvidas junto à comunidade local e da oferta de treinamentos sobre temas relacionados a este projeto, análise e divulgação de dados. Haverá ainda oportunidade de desenvolver habilidade de comunicação escrita e oral voltado para a produção de materiais de divulgação técnica e elaboração de relatórios das atividades do projeto, bem como o aprimoramento de técnicas de comunicação com a comunidade externa à UFVJM. Os projetos pedagógicos da maioria dos cursos da UFVJM contemplam o estudo direcionado a habilidades, tecnologias e técnicas de extensão. Pretende-se com isso, reduzir uma das dificuldades encontradas em nossos estudantes, a comunicação direta com pessoas das comunidades envolvidas em projetos de ensino, pesquisa e extensão universitária. Os discentes poderão se beneficiar das informações disponíveis para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e científicos, bem como em sua atuação no mercado de trabalho, contribuindo ainda mais para a divulgação e fortalecimento das iniciativas proporcionadas pelo presente projeto. A orientação dos estudantes será feita pelos professores que fazem parte da equipe do projeto, por meio de reuniões presenciais com acompanhamento por meio de registro de atividades executadas e controle de frequência e a avaliação será feita por meio de relatórios sobre as atividades executadas. Ressaltamos que, em todas as atividades realizadas pelos estudantes participantes do projeto, haverá supervisão de um professor orientador.

As informações divulgadas com este projeto de extensão poderão ser usadas pelo público-alvo, podendo despertar o interesse nas pesquisas desenvolvidas na UFVJM, bem como utilizadas como ferramentas para a tomada de decisão em assuntos, econômicos, políticos e ambientais. A recuperação ambiental na região objeto deste projeto irá contribuir diretamente na melhoria da qualidade de vida da população, bem como auxiliará no desenvolviento regional, principalmente no turismo ecológico, que poderá ser uma fonte geradora de renda local. Para a UFVJM, isso representará um avanço no cenário de informações de recuperação ambiental, geoespaciais, aumentando sua visibilidade por profissionais da área externos à instituição e por outras entidades de ensino, pesquisa e extensão no país tanto do setor público como do setor privado. Além disso, haverá um impacto social na comunidade acadêmica da UFVJM, pois o projeto promoverá maior interação de professores, estudantes e técnicos que se interessarem em participar das atividades que serão promovidas.

A divulgação do projeto de extensão será feita pelos professores e estudantes da equipe, por meio das redes sociais do projeto que serão criadas e também das redes sociais do Departamento de Engenharia Florestal, que está informada no campo "site da ação" desse formulário. Além disso, será utilizado o whatsapp e outros aplicativos semelhantes, para promover não somente a divulgação do projeto, mas também a interação e compartilhamento de conhecimentos entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa à UFVJM. Conforme descrito ao longo do texto desse projeto, serão organizados reuniões para divulgação com membros da comunidade de São Gonçalo do Rio das Pedras, professores, estudantes e técnico-administrativos das unidades acadêmicas interessados nas ações do projeto.