Visitante
Programa de Atendimento Nutricional - PROAN
Sobre a Ação
202104000114
042021 - Programa
Programa
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
06/06/2023
31/12/2025
Dados do Coordenador
luciana neri nobre
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Saúde Humana
Municipal
Não
Não
Dentro do campus
Integral
Não
Membros
Trata-se e um Programa de Extensão intitulado Programa de Atendimento Nutricional (PROAN) o qual oferece à população de Diamantina e região, bem como à comunidade universitária, atendimento nutricional ambulatorial individualizado. Estes atendimentos têm ocorrido por meio da estrutura física da Clínica Escola de Nutrição, localizada no espaço físico do Departamento de Nutrição da UFVJM.
Atendimento nutricional. Plano alimentar. Educação alimentar e nutricional. Adultos. Crianças. Idosos.
Pesquisa nacional publicada em 2021 identificou que a população adulta brasileira tem vivenciado elevada prevalência de excesso de peso. No conjunto das 27 cidades avaliadas, a frequência de excesso de peso foi de 57,5%, sendo ligeiramente maior entre homens (58,9%) do que entre mulheres (56,2%). Entre homens, a frequência dessa condição aumentou com a idade até os 44 anos e foi maior nos estratos extremos de escolaridade. Entre as mulheres, a frequência do excesso de peso aumentou com a idade até os 64 anos e diminuiu notavelmente com o aumento da escolaridade1. Vários fatores podem estar favorecendo a prevalência elevada de excesso de peso na população brasileira e dentre eles um elevado consumo de alimentos ultraprocessados tem sido observado2-9. Além do excesso de peso o consumo elevado de alimentos ultraprocessados tem sido associado a outros desfechos em saúde: hipertensão arterial e síndrome metabólica como nos estudos de Dos Santos e colaboradores9, riscos cardiometabólicos; câncer, diabetes tipo II 6,10 e doenças cardiovasculares; síndrome do intestino irritável, depressão, condições de fragilidade e asma 6 e todas as causas de mortalidade 6,11. Considerando a elevada prevalência de excesso de peso na população e a importância do acompanhamento nutricional para prevenir ou tratar o excesso de peso e as suas comorbidades desde 2004 a Clínica Escola de Nutrição oferece à população de Diamantina e região, bem como à comunidade universitária, atendimento nutricional ambulatorial individualizado. Estes atendimentos têm ocorrido por meio do Programa de Atendimento Nutricional (PROAN) utilizando-se da estrutura física da Clínica Escola de Nutrição, localizada no espaço físico do Departamento de Nutrição. Os atendimentos são realizados por discentes voluntários do curso de Nutrição e orientados e supervisionados por docentes nutricionistas, e uma nutricionista responsável técnica pela Clínica escola. O sucesso do referido programa pode ser comprovado pela crescente procura do serviço de atendimento nutricional, ano após ano. Os atendimentos nutricionais incluem avaliação completa do paciente que abrange aspectos socioeconômicos, histórico de saúde, avaliação de composição corporal, inquéritos alimentares, hábitos de vida, análise de exames físicos, clínicos e bioquímicos. Estes dados embasam a elaboração do plano alimentar prescrito ao paciente de forma individualizada e também norteiam as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) que são desenvolvidas com o paciente ao longo de todo o processo de acompanhamento nutricional. Assim esse programa tem prestado há quase 20 anos atendimento nutricional gratuito e de qualidade à população de Diamantina e região, bem como à comunidade universitária, além de auxiliar na formação de nutricionistas mais qualificados para prestar atendimento nutricional ambulatorial a população. Esse programa tem ancorado outros projeto alguns aprovados com financiamento em editais da Proexc, ou sem financiamento. Dentre esses projetos podemos citar dois que foram aprovados com recursos pela PROEXC: Educação Nutricional para diabéticos e hipertensos da clínica de nutrição da UFVJM /Diamantina ocorrido entre os anos 2013 e 2015, Programa de atendimento Nutricional (PROAN) na Clínica Escola de Nutrição: uma oportunidade de Educação à mesa, ocorrido entre os anos 2016 e 2017 e o projeto intitulado de Educar para Bem Alimentar o qual foi aprovado sem recursos no ultimo edital do Pibex, mas que tem sido desenvolvido desde junho de 2022. Ademais tem também desenvolvido outras ações como acompanhamento nutricional de gestantes, de praticantes de atividade física e de pessoas com obesidade, e estas atividades têm acontecido semestralmente.
O município de Diamantina é considerado pólo regional de assistência de serviços de saúde. Embora esteja localizada em uma região economicamente desfavorecida, Alto Vale do Jequitinhonha, o município de Diamantina se destaca como referência de serviços de saúde especializados, sendo inclusive sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Alto Jequitinhonha (CISAJE) e a sede da Superintendência Regional de Saúde, além de possuir vários cursos de graduação na área da saúde pela UFVJM, incluindo-se o curso de Nutrição. Ainda assim, o atendimento nutricional, em nível ambulatorial, é uma especialidade pouco ofertada pelo serviço público deste e de outros municípios vizinhos, o que leva a um déficit entre a demanda e a oferta deste serviço. Contrapondo-se a este cenário, está o crescimento, em caráter não apenas local como também mundial das morbidades associadas a uma má alimentação e qualidade de vida, dentre as quais as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se destacam. Assim, esse programa se justifica, pois tem desempenhado um excelente serviço para todos que procuram a Clinica para o atendimento nutricional e aos alunos que também tem se formado mais preparados para este atendimento. Junto a esse programa vários materiais educativos de orientação nutricional tem sido desenvolvidos para ser disponibilizado aos pacientes, tais como folders, lista de substituição e cartilhas. Ademais a partir dos projetos abarcados pelo PROAN foram produzidos três trabalhos de conclusão de curso, um artigo foi publicado em revista científica e resumos apresentados no Sintegra, assim uma cartilha sobre alimentação saudável e postagens sobre temas relacionada à nutrição clínica em Instagram. Ao envolver discentes na construção de materiais educativos estamos também auxiliando numa melhor atuação prática da profissão de nutricionistas.
Geral: Promover atendimento nutricional ambulatorial as pessoas que busquem pelo atendimento na clínica escola de Nutrição da UFVJM. Específicos: Oferecer atendimento nutricional ambulatorial à comunidade universitária, a população de Diamantina e região; Promover ações de Educação Alimentar e Nutricional aos pacientes atendidos na Clínica Escola de Nutrição; Elaborar e distribuir material educativo impresso e digital sobre alimentação saudável, assim como alimentação adequada a doenças nas quais a alimentação possa auxiliar no controle; Produzir conteúdos para apresentação em eventos científicos tais como encontros e seminários bem como para compor o acervo da biblioteca da UFVJM.
O Programa tem como metas: Atender pelo menos 350 pessoas anualmente de maneira direta em atendimento nutricional presencial por ano. Produzir recursos educacionais para serem disponibilizados para os pacientes Receber pelo menos 20 alunos anualmente para realizar atividades junto ao Proan Apresentar trabalhos em eventos científicos Contribuir para melhor controle de doenças crônicas não transmissíveis no município de Diamantina Auxiliar pessoas saudáveis a se alimentar de forma adequada e prevenir doenças que tenha a alimentação como fator de risco
Participantes do Programa Como citado anteriormente o PROAN é um programa que vem prestando atendimento nutricional gratuito há quase 20 anos, assim nutricionistas dos hospitais de Diamantina, e profissionais dos cursos da área da saúde como medicina e fisioterapia da UFVJM tem encaminhado frequentemente pacientes para serem atendidos na Clínica escola. Ademais a comunidade universitária também sabe da existência da Clínica escola e que dispensa a necessidade de divulgação do Programa, a agenda é sempre cheia e a busca pelo atendimento ocorre durante todo o ano. Assim todas as pessoas, independente do ciclo da vida, que solicitarem pelo atendimento nutricional e puderem ser encaixados na agenda de atendimento durante o semestre letivo, são são atendidos. O atendimento é realizado por discentes do curso de nutrição e supervisionado por nutricionistas. Avaliações a serem realizadas: Na rotina de atendimento nutricional todos os pacientes respondem a uma ficha de anamnese que consta de informações: sócio demográficas (idade, sexo, renda, número de pessoas no domicílio, endereço, dentre outras); avaliação dietética (questionário de frequência alimentar e recordatório alimentar de 24 horas), antropometria e adiposidade (peso, altura, circunferência da cintura e gordura corporal) e de pressão arterial. As medidas de peso, altura e CC são aferidas de acordo com Jellife5. A classificação do estado nutricional é realizada de acordo com os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde para crianças6 e adultos7. Para idosos são utilizadas as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde8 e para classificar o risco metabólico em adultos e idosos são considerados os critérios de Han et al.9. A adiposidade, representada pela porcentagem de gordura corporal (%GC) será avaliada por bioimpedância elétrica, utilizando o aparelho Biodynamics 450 seguindo as instruções do fabricante. Só será avaliada a adiposidade dos pacientes que procurarem a Clinica para emagrecimento. Os pacientes são orientados, previamente, em relação aos requisitos para a realização do teste conforme Lukaski10. Os resultados para a estimativa de gordura corporal são classificados conforme os critérios de Lohman et al.11. Avaliação socioeconômica e de estilo de vida A condição socioeconômica é avaliada por meio de informações referentes ao grau de escolaridade, condição de moradia e renda familiar. O estilo de vida será avaliado por meio do tabagismo, do consumo de bebida alcoólica e da prática de atividade física. Para o consumo de cigarro e bebida alcoólica é questionado se o paciente faz uso atualmente ou não, considerando a quantidade consumida por dia. Avaliação dietética Para a avaliação dietética é realizado um recordatório alimentar de 24 horas (RA 24 horas) e um questionário de frequência de consumo (QFCA). O QFCA foi desenvolvido para a população de Diamantina12. Para cada indivíduo, é realizado um registro retrospectivo da frequência de consumo de alimentos, referente aos últimos 30 dias. Além disso, é também questionado o consumo mensal de sal e açúcar (Kg/mês), e de óleo (latas/mês) para determinação do consumo diário. A adequação de ingestão desses alimentos será avaliada segundo critérios da OMS14. O consumo de energia, colesterol, macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios) e micronutrientes (cálcio, fósforo, ferro), será estimado a partir dos RA24h de três dias (sendo dois de meio de semana e um de final de semana). Para esta avaliação será utilizado o software desenvolvido na UFV15. Avaliação da pressão arterial As medidas da pressão arterial serão realizadas no período basal e a cada dois meses. Serão realizadas três medidas num intervalo de 3 minutos cada e precedidas de 10 minutos de repouso de acordo as orientações do fabricante do aparelho. O aparelho de pressão a ser utilizado para esta medida será o monitor automático de braço modelo HEM 705CP MRPA da marca Omron®. Serão considerados hipertensos os pacientes com pressão arterial superior a 140 x 90 mmHg16. Intervenções nutricionais individuais e estímulo para atividade física A intervenção nutricional consta de atendimentos individuais (aconselhamento dietético), a qual acontece uma vez por mês. No aconselhamento dietético os pacientes recebem orientações dietéticas, de acordo com seus hábitos alimentares, comportamentais, antropométricos e de composição corporal. O Guia Alimentar para População Brasileira17 é utilizado como instrumento para educação alimentar e nutricional, considerando os princípios básicos de uma dieta saudável. São prescritos planos alimentares individualizados, visando melhora/manutenção da saúde dos pacientes. Antes do início das atividades os acadêmicos envolvidos são treinados e qualificados pela equipe do projeto, que é composta por duas docentes do Curso de Nutrição, uma nutricionista responsável técnica pela Clínica Escola de Nutrição. Todas as etapas do projeto serão supervisionadas e acompanhadas por esta equipe que avaliará a frequência, produtividade e desempenho dos discentes por meio de registros de frequência, número de atendimentos prestados por cada aluno e qualidade das informações e registros levantados. Do ponto de vista ético, das ações que estão previstas nenhuma atividade é passível de constrangimento ou qualquer tipo de dano aos sujeitos envolvidos. Serão atendidos todos que ligarem para Clínica solicitando atendimento nutricional. Assim a participação neste projeto acontecerá de forma voluntária e espontânea, e caso algum paciente deseje suspender sua participação poderá fazê-la quando julgar necessário. E caso se sinta constrangido com alguma pergunta ou medida, poderá se recusar a fornecê-la. Os dados levantados por meio das ações só serão divulgados de maneira global, não sendo possível identificar os indivíduos das quais se originaram. Todas as avaliações citadas acima tem sido registradas em formulários impressos e construídos especialmente para uso na Clínica, todas as orientações são também entregues de forma impressa aos pacientes. As consultas são agendadas por funcionária da clínica escola, e os atendimentos ocorrem durante período letivo da UFVJM. Após o atendimento os pacientes retornam à clínica após uma semana para receber um plano alimentar e orientações nutricionais, e posteriormente retornam à clinica quinzenalmente ou mensalmente, a depender do problema, para serem acompanhados. Quando os pacientes atingem as metas desejadas recebem alta, e são orientados a retomar anualmente ou semestralmente, caso assim o desejar. O publico alvo tem participação ativa pois são eles que buscam pela clínica, respondem a ficha de anamnese, retornam para o acompanhamento e monitorização e a partir das demandas deles é que a clínica está sempre atualizando todo o seu material de avaliação e educativo. Aqueles que se ausentam de 3 consultas seguidas sem justificativa perdem a oportunidade de serem acompanhados nutricionalmente. Por ser um Programa de atendimento nutricional numa clínica escola todos os pacientes atendidos são informados que todas as informações coletadas são de uso exclusivo da clínica escola, que seus prontuários não saem da Clínica, que as informações sobre o acompanhamento nutricional podem ser apresentados em eventos ou ser utilizadas para construção de trabalho de conclusão de curso, mas nenhuma informação pessoal será divulgada, e nenhum paciente terá sua identidade reconhecida. Destaca-se que a participação dos alunos no PROAN é semestral, ou seja, temos duas entradas no programa, no primeiro e segundo semestre letivo do ano, para atenderem no PROAN os alunos precisam ter uma manhã ou uma tarde livre, eles precisam ter cursado ou estar cursando a disciplina Patologia da Nutrição e dietoterapia I. E cada aluno atende num dia da semana, sendo uma manhã ou uma tarde. Quando a procura é muito elevada o atendimento pode ocorrer por dupla de alunos. Destaca-se que a clínica tem 4 consultórios. Após atendimento nutricional dos pacientes os alunos discutem com sua orientadora o caso clínico dos pacientes, e a orientadora auxilia os alunos no planejamento do plano alimentar dos pacientes e os principais cuidados que devem ser orientados aos pacientes, o/a discente deverá elaborar o plano alimentar, selecionar as orientações que deverão passar para os pacientes e organizar tudo numa pasta a qual deve ser assinada pelo orientador e discente e entregue aos pacientes na consulta seguinte. Ao final de cada semestre os alunos e os pacientes fazem uma avaliação das ações realizadas ou recebidas respectivamente e estas avaliações servem para a melhora do serviço prestado e formação do aluno.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2020: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2020 [recurso eletrônico]/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de doenças não Transmissíveis.Brasília. Ministério da Saúde. 2021. Beslay, M.; Srour. B.; Méjean, C.; Allès, B.; Fiolet, T.; Debras, C.; Chazelas, E.; Deschasaux, M.; Wendel-Foyet, M.G.; Hercberg, S.; Galan, P.; Monteiro, C.A.; Deschamps, V.; Andrade, G.C.; Kesse-Guyot, E.; Julia, C.; Touvier, M. Ultra-processed food intake in association with BMI change and risk of overweight and obesity: A prospective analysis of the French NutriNet-Sante ? cohort. PLoS Med. Vol.17. Num. 8. 2020. p. 1-19. Rico-Campà, A.; González- Martínez, M.A.; Alvarez-Alvarez, I.; Mendonça, R.D.; Fuente-Arrillaga, C.; Donoso-Gómez, C.; Bes-Rastrollo,M. Association between consumption of ultra-processed foods and all-cause mortality: SUN prospective cohort study. BMJ. Vol.365.Num e1949. 2019.p.1-11. Dos Santos, F.S.; Dias, M. Silva.; Mintem, G.C.; De Oliveira, I.O.; Gigante, D.P. Food processing and cardiometabolic risk factors: a systematic review. Revista de Saúde Publica. Vol.54. Num. e001704.2020. p.70. Dos Santos, W.T.; Rodrigues, E. Carvalho.; Mainenti, M.R. Muscle performance, body fat, pain and function in the elderly with arthritis. Acta Ortopedica Brasileira. Vol. 22. Num. 1. 2014.p.54-8. Elizabeth, L.; Machado, P.; Zinöcker, M.; Baker, P.; Lawrence, M. Ultra-Processed Foods and Health Outcomes: A Narrative Review. Nutrients. Vol.12. Num. 7. 2020. p.1955 Monteiro, C.A.; Levy, R.B.; Claro, R.M.; De Castro, I.R.R.; Cannon, G.; Increasing consumption of ultra-processed foods and likely impact on human health: evidence from Brazil. Public Health Nutrition. Vol.14. Num.1. 2011 p.5–13. Monteiro, C.A.; Moubarac, J.C.; Cannon, G.; Ng, S.W.; Popkin, B. Ultraprocessed products are becoming dominant in the global food system. Obesity Review. Vol. 14. Num 2. 2013. p. 21–28. Rauber, F.; Chang, Kiara.; Vamos, E.P.; Louzada, M.L.C.; Monteiro, C.A.; Millett, C.; Levy, R.B. Ultraprocessed food consumption and risk of obesity: a prospective cohort study of UK Biobank, 2020.European Journal of Nutrition. Vol.60. Num e023671. 2020.p 2169-2180. Canhada, S.L.; Luft, V.C.; Giatti, L.; Duncan, B.B.; Chor, D.; Da Fonseca, M. J. M.; Matos, S.M.A.; Molina, M. D.C.B.; Barreto, S.M.; Levy, R.B.; Schmidt, M.I. Ultra-processed foods, incident overweight and obesity, and longitudinal changes in weight and waist circumference: the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA- Brasil). Public Health Nutrition. Vol. 23. Num. 6. 2018. p.1076–1086. Alvarez TS, Zanella MT. Impacto de dois programas de educação nutricional sobre o risco cardiovascular em pacientes hipertensos e com excesso de peso. Rev. Nutr. 2009;22(1):71-79. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas. Brasília, DF, 2012. World Health Organization (WHO). Estratégia global em alimentação saudável, atividade física e saúde. Genebra: WHO; 2004. Santos LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr. 2005; 18(5):681-692. Jellife DB, Evaluacion del estado d nutrición de la comunidade; com especial referencia a las regiones endesarrollo. Genebra: Org. Mundial de la Salud. 1968. World Health Organization. WHO child growth standards: length/height-for-age, weight-for-age, weight-forlength, weight-for-height and body mass indexfor-age: methods and development. Geneva: World Health Organization. Department of Nutrition for Health and Development 2006. World Health Organization – WHO. Obesity: prevening and managing the global epidemic. Geneva: Report of a WHO Consultation on Obesity; 1998. Organización Panamericana de la Salud/oficina sanitaria panamericana, la oficina regional Del/ Organización mundial de la salud. Anales da 36ª Reunión del Comité Asesor de Investigaciones en salud. Encuesta multicentrica: salud, bien estar y envejecimiento (SABE) en América Latina y el Caribe; mayo 2001. Washington (DC): Wold Health Organization. Han TS, Van Leer EM, Seidell JC, Lean ME. Waist circumference action levels in the identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. Br Med J., 311: 1401- 05,1995. Lukaski HC, Bolonchuk WW, Hall CB, Siders WA. Validation of tretapolar bioelectrical impedance method to assess human body composition. J App Physi., 60:1327-1332, 1986
Deverão participar do programa qualquer pessoa, independente de sexo e idade que desejar pelo atendimento nutricional. Também serão envolvidos no programa discentes do curso de Nutrição (bolsistas e voluntários) de diferentes cursos de graduação da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, os quais terão a oportunidade de potencializar habilidades para o atendimento nutricional ambulatorial de pessoas saudáveis que desejem receber orientações nutricionais ou um acompanhamento nutricional assim como no atendimento de pessoas portadores de alguma doença que necessite de cuidados nutricionais. Esta interação discente comunidade deverá fortalecer o processo de formação por meio das ações de extensão, ensino e aprendizagem em saúde. Além disso, potencializar o desenvolvimento de pesquisas nesta área. Estes acadêmicos estarão envolvidos em ações que demandam conhecimento em nutrição clínica adquiridos com as disciplinas teóricas, habilidades para diálogo como os pacientes tanto internos quanto externos à UFVJM. Isto poderá resultar diversos trabalhos técnico científicos para divulgação em eventos locais, nacionais ou internacionais que contribuirão para o enfrentamento dos desafios encontrado no mundo atual em relação à atividade profissional e ao exercício da cidadania. A equipe do programa é composta por profissionais da área de nutrição, professores e técnicos do Departamento de Nutrição. A universidade estará exercendo seu papel social ao ceder profissionais, discentes e recursos para promover ações extensionistas de integração do ensino superior com a sociedade, buscando incluir essa tema de grande importância para saúde humana que é o cuidado nutricional para pessoas portadores de doenças ou não. Além disso, o atendimento nutricional pode auxiliar na divulgação de informações que poderão contribuir para evitar problemas de saúde nos diversos grupos etários, sejam eles saudáveis ou portadores de doenças. Destaca-se que ao prestar o atendimento nutricional dentre do espaço físico da UFVJM a comunidade acadêmica está dialogando com a sociedade, e por tanto auxiliando a cumpri o seu papel social dentro do município de Diamantina/MG.
Este programa propõe realizar acompanhamento nutricional de pessoas saudáveis ou portadores de doenças que necessite de cuidados nutricionais. Apesar de ser um atendimento nutricional, temos recebido a cada ano pacientes encaminhados de atendimentos prestados pelos cursos de fisioterapia e medicina da UFVJM, assim como de profissionais da cidade. Com esses encaminhamentos reforça a importância dos diferentes saberes que deve interagir para prestar o melhor atendimento ao pacientes. Ademais, promover discussão sobre o conhecimento adquirido sobre nutrição clínica e correlacionar com as experiências vivenciadas no cotidiano dos serviços, podem possibilitar interdisciplinaridade e a interprofissionalidade por meio da troca de saberes entre os atores envolvidos, e fomentar o debate sobre as dúvidas que possam surgir durante o processo.
O conceito de indissociabilidade remete a algo que não existe sem a presença do outro, ou seja, o todo deixa de ser todo quando se dissocia. Alteram-se, portanto, os fundamentos do ensino, da pesquisa e da extensão, por isso trata-se de um princípio paradigmático e epistemologicamente complexo. Neste Programa acreditamos que a indissociabilidade se dá na medida que os docentes/nutricionistas ao orientar os alunos e coordenar as atividades estarão ensinando, aprendendo, pesquisando e fazendo extensão, já que esta comunicação que se estabelece entre universidade e sociedade visa prestar cuidado nutricional a quem procurar pela Clínica de Nutrição além de promover conhecimento e à interlocução das atividades acadêmicas cursadas no curso de Nutrição, da pesquisa e extensão por meio de processos ativos de formação. Assim nesse processo todos ganham, o discente, o docente e a comunidade, já que todos são beneficiados com as ações.
Para a execução deste Programa serão necessários estudantes regularmente matriculados em curso de graduação em Nutrição. Os estudantes bolsistas e voluntários que desejarem participar do programa deverão buscar em livros, artigos, e sites da área a fundamentação para se prestar o atendimento nutricional aos pacientes. Os estudantes serão orientados por docentes da UFVJM e pela nutricionista responsável técnica pela Clínica Escola de Nutrição quanto as habilidades para o atendimento nutricional. Além disso, serão realizadas reuniões científicas sistemáticas com discussões de artigos, vídeos e relatos de experiência dos profissionais para atualização e integração da equipe de extensionistas. Durante a execução do Programa, os estudantes terão a oportunidade de atender os pacientes, elaborar plano alimentar e realizar as orientações nutricionais necessárias juntos aos pacientes atendidos. A avaliação dos extensionistas será realizada continuamente pelo coordenador do programa e por seus orientadores. Para isto, serão realizadas discussões individuais e em grupo, apresentações e discussões nas reuniões do programa. As ações que os estudantes realizarão no projeto favorecerão que eles coloquem em prática o conhecimento adquirido no curso de sua formação e irá estreitar relação com a comunidade, tornando-os também responsáveis pela transformação social, empoderando-os no sentido de se sentirem uteis e necessários para o desenvolvimento das ações do programa. Destaca-se que apesar de ao fazer o registro do programa ser necessário o nome de discentes participantes, para este Programa isto não faz sentido, semestralmente em torno de 15 alunos são ingressos no programa, eles exercem as atividades durante um semestre letivo e depois se desligam do programa, e novos alunos são incluídos no semestre seguinte, a entrada é por livre espontânea vontade, não sabemos que irá se disponibilizar a atender no PROAN para fazer um registro prévio dos discentes.
Acreditamos que esse Programa tem impactado positivamente e tem gerado transformação social porque apresenta alguns aspectos importantes: é um projeto que prevê a colaboração dos pacientes e discentes do curso de nutrição, pois serão eles os maiores beneficiários dos resultados. O PROAN pode também transformar vidas, seja dos beneficiários, seja dos alunos ou profissionais envolvidos no processo de desenho e implementação das ações. É um projeto que não tem prazo de finalização, já está ocorrendo há quase 20 anos e deverá ser mantido. Ao dialogar com a comunidade deveremos ter uma linguagem que realmente toque e que chegue nela, assim como em cada um dos beneficiários, para que as informações ofertadas a eles possa se transformar em prática, e espera-se que todos os beneficiários consigam trilhar um processo com legitimidade e sustentabilidade; que não seja uma transformação temporária, mas que faça parte da vida de todos os envolvidos para toda a vida deles. E as transformações que almejamos é evitar ou auxiliar no melhor controle das doenças crônicas não transmissíveis e de suas complicações. Ademais como citado anteriormente o acompanhamento nutricional é uma especialidade pouco ofertada pelo serviço público no município de Diamantina, o que leva a um déficit entre a demanda e a oferta deste serviço. Contrapondo-se a este cenário, está o crescimento, em caráter não apenas local como também mundial das morbidades associadas a uma má alimentação e qualidade de vida, dentre as quais as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se destacam. E provavelmente devido a isso a busca pelo atendimento no PROAN tem sido cada vez mais elevada, e um paciente bem atendido traz para o serviço outros pacientes. O aprendizado dos alunos junto ao PROAN também tem sido muito rico, todos relatam finalizar suas atividade no programa mais preparados para o atendimento nutricional ambulatorial, mais preparados para fazerem contato com os paciente, maior segurança ao fazer anamnese, diagnóstico nutricional e planejamento de cardápios. Assim acreditamos que o programa deve estar impactando nos gastos públicos com doenças crônicas não transmissíveis no município de Diamantina, que uma vez bem controlada demanda de menos medicação e intervenção; assim como previne doenças, visto que muitos pacientes procuram a PROAN para reeducação alimentar, não são ainda portadores de nenhuma doença. Destaca-se que o impacto também atinge os alunos em formação, quando estes atuam junto à comunidade, está também tendo uma formação mais humana e próxima das pessoas e não apenas técnica/teórica, ou seja, aprendem com a prática, desenvolvem habilidades que as disciplinas teóricas não proporcionam e isto torna-os mais preparados para o exercício da profissão, auxiliam inclusive a se tornar profissionais mais humanizados.
Como citado anteriormente o PROAN é um programa que vem prestando atendimento nutricional gratuito há quase 20 anos à comunidade universitária e extra universidade, portanto já é conhecido pelo comunidade universitária e município de Diamantina que a Clínica de Nutrição presta atendimento nutricional gratuito a quem o procurar. Ademais, nutricionistas dos hospitais de Diamantina, e profissionais dos cursos da área da saúde como medicina, educação física e fisioterapia da UFVJM tem encaminhado frequentemente pacientes para serem atendidos na Clínica Escola. E a comunidade universitária também sabe da existência da Clínica escola, o que dispensa a necessidade de divulgação do Programa, a agenda é sempre cheia e a busca pelo atendimento ocorre durante todo o ano. Os alunos extensionistas também divulgam o atendimento entre os colegas o que faz a demanda ser sempre maior que a disponibilidade de vaga para entendimento. Apesar disso o Programa criou recentemente uma pagina no Facebook e Instagram e tem desenvolvido materiais educativos para postagem junto ao projeto de extensão previamente citado ancorado neste programa, e isso tem também favorecido aumento da procura pelo atendimento nutricional na Clínica Escola.
Público-alvo
O PROAN busca atender qualquer paciente que procurar por atendimento nutricional na clínica escola de Nutrição, logo não há um grupo alvo específico, atendemos crianças, adultos, idosos, saudáveis ou não saudáveis. Não é objetivo do PROAN limitar um grupo para atendimento, TODOS que ligarem para a clínica e solicitarem atendimento nutricional poderão ser atendidos. Os atendimentos ocorrem durante o período letivo e diurnamente de 2a a 6a feira.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 74 h
- Manhã;
- Tarde;
Atendimento nutricional ambulatorial, que deverá ocorrer durante o período letivo dos alunos do curso de nutrição da UFVJM.
- Manhã;
- Tarde;
Anualmente todos os materiais educativos disponibilizados na clínica escola passam por atualização e novos materiais deverão ser elaborados a partir da demanda
- Manhã;
- Tarde;
Anualmente, os extensionistas que atenderem no PROAN deverão produzir resumos para apresentação no Sintegra ou algum evento de extensão ou pesquisa.