Visitante
Educação sexual para a juventude da comunidade: quebrando tabus e construindo saúde.
Sobre a Ação
202203000458
032022 - Ações
Evento
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
16/05/2023
26/08/2023
Dados do Coordenador
rhavena barbosa dos santos
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Educação Profissional
Local
Não
Não
Não
Fora do campus
Tarde
Não
Redes Sociais
Membros
Trata-se de uma capacitação para Informar os Agente Comunitários de Saúde da Unidade de Saúde da Família do Bairro Vila Esperança /Pindorama quanto a disponibilidade e utilização de métodos contraceptivos e para Conscientizá-los quanto a necessidade de difundir informações a respeito do exercício saudável de sua sexualidade para população de adolescentes e jovens adultos.
Educação sexual; Métodos contraceptivos; Infecções Sexualmente Transmissíveis
Conforme o Ministério da Saúde, os Direitos Sexuais e Reprodutivos dos adolescentes já são reconhecidos nacionalmente como parte dos seus Direitos Humanos, promovendo a aceitação da individualidade e autonomia dessas pessoas. Esse fato constitui um cenário propício para implementação de ações que promovam a saúde sexual dos jovens, já que a gravidez na adolescência constitui um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo a principal causa de internações hospitalares de adolescentes do sexo feminino, especialmente em comunidades marginalizadas nos países em desenvolvimento. Estima-se que cerca de 18 milhões de jovens de 10 a 19 anos de idade ficam grávidas por ano em todo o planeta. Um levantamento do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Governo Federal, apontou que o número de mães nessa faixa etária foi de mais de 380 mil em 2020. No Brasil, a taxa de nascimentos cujas mães têm entre 10 e 19 anos chega a ser 50% maior que a mundial. Ademais, segundo a OMS, a gravidez na adolescência está associada a maiores índices de complicações tanto para a mãe quanto para o feto e o recém-nascido - como sofrimento fetal, prematuridade e óbito materno - quando comparada a mulheres adultas, além de agravar problemas já existentes. Entre eles, encontram-se os aspectos psicológicos, biológicos, socioeconômicos, bem como a perda de oportunidades educacionais e sucesso profissional, o que pode contribuir para a perpetuação da marginalização social estatisticamente mais prevalente entre as mães adolescentes. Concomitantemente à gravidez na adolescência, segundo o Ministério da Saúde, jovens entre 15 e 19 anos foram apontados como faixa de grande risco para contrair ISTs, sendo que uma a cada quatro adolescentes possuem algum tipo de IST, dando destaque para infecção por clamídia e HPV. Esse fato ocorre especialmente devido à falta de adesão ao uso de preservativos entre os jovens, o que pode ser exemplificado com uma pesquisa do IBGE, de 2009 a 2019, que aponta a redução de 13,5% do uso de preservativo na última relação sexual entre jovens de 13 a 17 anos. Ademais, o município de Teófilo Otoni registrou, no último ano, uma elevação nos casos de sífilis, inclusive a congênita, reforçando a relevância do tema também em nível local. Portanto, os dados supracitados revelam a necessidade de ações mitigadoras, inclusive pela possibilidade de transmissão vertical de uma IST - da mãe para o feto -, em caso de infecção e gravidez simultâneas, agravando essas gestações já frágeis. Nesse contexto, a educação sexual, incluindo ações educativas em grupo em unidades de saúde, tem suma importância na prevenção da gravidez precoce e contração de ISTs, promovendo qualidade de vida aos adolescentes por meio do incentivo à prática sexual responsável.
A partir do módulo MDT014- PIESC II (Práticas de Integração, Ensino, Serviço e Comunidade II), bem como após as visitas domiciliares à população do bairro Vila Esperança e Pindorama- Município de Teófilo Otoni, foi possível observar uma realidade de famílias numerosas e alto índice de gravidez na adolescência Diante desse cenário, torna-se de suma importância facilitar o acesso a informações sobre planejamento familiar, gravidez na adolescência e Infecções Sexualmente Transmissíveis, assim a ação ora proposta, justifica-se pela necessidade de fornecer e difundir para a população local orientações sobre os métodos contraceptivos, sua utilização e disponibilidade, a fim de contribuir para a mudança dessa realidade.
Informar os Agente Comunitários de Saúde (ACS) da Unidade de Saúde da Família (USF) do Bairro Vila Esperança /Pindorama quanto à métodos contraceptivos, sua utilização e disponibilidade, para que eles sejam multiplicadores dessas informações para a comunidade. Conscientizar os ACS sobre a importância de difundir informações a respeito do exercício saudável de sua sexualidade, pautado no respeito aos direitos reprodutivos para população de adolescentes e jovens adultos assistidos pela USF Vila Esperança e Pindorama
Elaborar um material de apoio para os ACS utilizarem durante as visitas domiciliares (uma cartilha sobre educação sexual) Disponibilizar a cartilha confeccionada na USF do Bairro Vila Esperança /Pindorama. Facilitar o acesso do público alvo a informações sobre o exercício saudável de sua sexualidade. Conscientizar adolescentes e jovens adultos sobre a importância do exercício saudável de sua sexualidade e sobre as formas métodos disponibilizados pelo SUS para que isso aconteça
Será formulada uma cartilha sobre “Educação Sexual“ e esta apresentada pelos discentes do quarto período do curso de medicina, aos ACS da USF Vila Esperança/Pindorama. A cartilha conterá informações sobre preservativos e o controle de natalidade, a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e o autoconhecimento sobre o próprio corpo. A duração média da atividade será de duas horas. Nessa apresentação será explicado o objetivo do projeto, baseado nas necessidades observadas durante as visitas domiciliares e no que é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em que a Educação em Sexualidade deve ser : “um processo educativo abrangente compreendendo conhecimentos, habilidades e valores que capacite os jovens a fazer escolhas conscientes e responsáveis sobre suas vivências sexuais". Professores e o técnico administrativo supervisionaram as atividades realizadas pelos alunos ( capacitação e confecção de cartilha)
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética do Estudante de Medicina / Conselho Federal de Medicina. – Brasília, DF: CFM, 2018. 52 p. EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS. Febrasgo, 2020. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/en/revistas/item/1065-educacao-em-sexualidade-nas-escolas. Acesso em: 12 de março de 2023.
A Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade está presente nas práticas de educação/capacitação em saúde, já que a mesma propicia uma relação transformadora entre a sociedade e a comunidade acadêmica por meio dos conhecimentos que a Universidade ( professores e alunos) pode ofertar. Desde o início da atividade, ainda na etapa de levantamento das demandas, estabelece-se o diálogo, ora entre os acadêmicos e a população, ora entre acadêmicos e profissionais de saúde da unidade básica de saúde, na busca pelas principais demandas de saúde do território. A partir desse diálogo, toda a atividade de capacitação em saúde é planejada para propiciar um ambiente de troca de saberes, provocando e estimulando o fazer pedagógico científico no sentido de responder às necessidades locais.
As práticas de educação/capacitação em saúde favorecem o trabalho em equipe de forma multiprofissional e interdisciplinar, permitem a atuação dos acadêmicos de medicina de forma integrada e colaborativa com os profissionais da unidade de saúde em atividades que valorizam a prevenção e promoção da saúde e que buscam a aumentar os conhecimentos e a autonomia nos cuidados , individual e coletivamente.
Advogando pela valorização do conhecimento prático, situado na (e produzido pela) experiência comunitária adquirida por das aulas Práticas de Integração Ensino, Serviço e Comunidade II, de uma formação que se preocupa com os problemas da sociedade contemporânea e diante do papel social da universidade as atividades de Educação em saúde ora propostas condizem com a compreensão da indissociabilidade entre ensino-pesquisa e extensão. A pesquisa encontra-se presente no início do planejamento dessas atividades onde busca-se o saber a realidade e demandas da localidade de atuação, por meios das conversar com profissionais da unidade de saúde e durante as vistas domiciliares, o ensino está presente na concepção/organização da educação em saúde e por fim, a extensão caracterizada pelo caráter extramuros das ações, assim como pela prestação de “serviços” a comunidade/unidade de saúde.
as atividades permitem o desenvolvimento da autonomia, melhoram a capacidade de comunicação dos acadêmicos, além de estimular o conhecimento da realidade profissional, aumentam a proatividade e tomada de decisões do futuro médico. Além disso, constituem um momento de aprendizagem dupla, tanto para os acadêmicos quanto para os ACS, visto que a execução destas atividades demanda a familiarização com diversas temáticas e necessidade da aprendizagem baseada nos problemas reais.
As atividades buscam desenvolver a reflexão e a consciência crítica dos ACS sobre as causas de seus problemas de saúde da comunidade, representando um processo de prover aos ACS saberes importantes para que esses difundam o conhecimento para comunidade. Essas atividades motivam os indivíduos a analisarem criticamente suas atitudes profissionais, a se organizarem e a transformarem seu meio social em busca de condições de vida mais saudáveis.
A Enfermeira da Unidade de Saúde (responsável pela coordenação dos serviços do ACS) será contatada e sua participação solicitada para divulgar o eventos entre os ACS. Será também fixado um convite na sala dos ACS. A ação será divulgada por meio do instagram da turma XIV de medicina da Fammuc.
Programação do Evento
Unidade de Saúde da Família Vila Esperança
01/08/2023
13:00
15:00
Realização da Capacitação com os ACS e apresentação da cartilha.
Público-alvo
Agentes Comunitários de Saúde da Unidade de Saúde da Família Vila Esperança/Pindorama
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni - MG
Parcerias
A instituição concordou em acrescentar a capacitação às atividades do ACS no dia da ação para que todos pudessem participar. Além disso, a cartilha ficará disponível na Unidade de Saúde da Família e será distribuída também pelo médico e enfermeira da unidades.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 7 h
- Tarde;
Reunião para ajustes sobre a confecção da cartilha e organização da atividade
- Tarde;
Dia de realização da ação.
- Tarde;
Escrita e envio do relatório final de atividades
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Elaboração do texto da cartilha, escolha de ilustrações, confecção do layout, correções da cartilha pela coordenadora e vice coordenadora da ação. Impressão da cartilha.