Detalhes da ação

PREMATURIDADE: ORIENTAR PARA CUIDAR!

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000477

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

29/05/2023

Data Fim

20/12/2024


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

sabrina pinheiro tsopanoglou

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Saúde Humana

Abrangência

Local

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Tarde

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 90 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 90 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 90 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 90 h
Resumo

Os neonatos prematuros são considerados de risco, devido às suas diversas condições de nascimento, as quais levam esses bebês a necessitarem, do tratamento em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), fatores que aumentam a morbimortalidade dessa população. Justifica-se um trabalho de promoção da saúde dos bebês nascidos prematuros, com incentivo à atenção humanizada, com a realização da primeira etapa do método canguru e educação em saúde aos pais desses recém-nascidos.


Palavras-chave

prematuridade, atenção humanizada, método canguru.


Introdução

O projeto de extensão Prematuridade:Orientar para cuidar! iniciou após sua aprovação no edital Pibex 01/2019 e desde então, vem sendo realizado na UFVJM, sendo realizado em fluxo contínuo no ano de 2020, contemplado no Pibex 01/2021 e 2022. No Brasil, as estatísticas vitais mostram que nascem cerca de 340 mil prematuros ao ano, equivalente a mais de 12% dos nascidos vivos no país, representando o nascimento de 6 prematuros a cada 10 minutos (BRASIL, 2020). Os neonates prematuros são considerados de risco, devido às suas diversas condições de nascimento, como baixo peso ao nascer, condições respiratórias, neurológicas e sistêmicas em geral, as quais levam esses bebês a necessitarem, na maioria das vezes, do tratameto em unidade de terapia intensive neonatal (UTIN), fatores que aumentam a morbimortalidade dessa população. Diante disso, se faz necessária a utilização de ferramentas de intervenção complementares e humanizadas que sejam implementadas no cuidado com o neonato, com o intuito de contribuir para a redução da morbimortalidade desses bebês (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil e neonatal, principalmente dessa população de neonatos de risco, o Ministério da Saúde lançou a Norma de Atenção Humanizada ao Recém‑nascido de Baixo Peso: Método Canguru, conhecido no Brasil como Método Canguru, Método Mãe Canguru ou Cuidado Mãe Canguru (CHAN et al., 2016; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Este método possui baixo custo em relação a aparelhos de tecnologia em saúde, porém exige a capacitação adequada da equipe de profissionais em saúde. A realização do método se tornou um importante pilar para a promoção de um cuidado especializado que resulta no bem-estar e na criação de vínculo entre os bebês e seus cuidadores, bem como na mudança de postura dos profissionais de saúde envolvidos, visando à humanização da assistência (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). O Método Canguru (MC) é realizado em três etapas onde a equipe de saúde precisa estar em condições adequadas para ofertar um atendimento qualificado, de modo que seja levado em conta a individualidade de cada bebê e sua história familiar (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). A primeira etapa do Método Canguru está relacionada ao período de pré-natal e ao período de internação do neonato na UTIN, onde é possível que haja a identificação de situação de risco que indique a necessidade de cuidados especializados para a gestante, os quais podem ou não acarretar a internação do recém‑nascido (RN) em uma Unidade Neonatal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Nesta etapa, o principal objetivo é facilitar a aproximação da família com o RN e para isto é recomendado o contato pele a pele na posição canguru o mais cedo possível e a participação ativa dos responsáveis parentais na rotina de cuidados do RN (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Além do cuidado humanizado que deve ser preconizado no tratamento dos neonatos de risco, como os prematuros, devido às particularidades referentes à essa população, vários estudos mostram a necessidade de orientação aos seus familiares no ambiente hospitalar. Estudos em relação às necessidades e preocupações dos pais e cuidadores, associadas ao apoio social durante a transição da UTIN para o domicílio, revelou que os pais de bebês prematuros têm várias preocupações e necessidades em relação ao apoio de profissionais de saúde (KIM, 2018). O acesso às práticas de saúde e a continuidade dos cuidados após a internação hospitalar tornam-se fundamentais, visto que crianças prematuras requerem cuidados individuais e singulares, pelas vulnerabilidades e necessidades de atenção contínua para garantir saúde e desenvolvimento adequados. Dessa forma, os cuidadores parentais demandam preparo e apoio para exercer esses cuidados, sendo a atuação dos profissionais de saúde relevante para oferecer educação em saúde e orientar adequadamente estas famílias (SILVA, R.M.M et al., 2020). Dessa forma, o projeto tem como objetivo incentivar a realização da primeira etapa do método canguru e promover educação em saúde aos pais dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde / Diamantina (MG), referente à prematuridade, suas possíveis complicações, o cuidado da equipe multiprofissional e à importância do acompanhamento (follow up) dos neonatos após a alta hospitalar. A proposta de trabalho atual é presencial, com atividades realizadas nas unidades de internação das gestantes de risco do Hospital Nossa Senhora da Saúde, bem como na casa da gestante e puérpera (CAGEP). As atividades contam com discentes dos cursos da saúde, como fisioterapia, medicina e enfermagem, além da colaboração profissionais da saúde do Hospital Nossa Senhora da Saúde, sendo um projeto com a proposta de trabalho multi e interprofissional.


Justificativa

É classificado como prematuro ou pré-termo, o bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação, sendo o nascimento prematuro uma das condições clínicas mais significativas na área da perinatologia (PENNELL et al.,2017). No Brasil, a viabilidade e a sobrevida dos recém-nascidos prematuros (RNPT) vêm aumentando devido às melhoras na assistência neonatal e pós-natal a esses indivíduos, bem como os avanços tecnológicos e científicos (BRASIL, 2017). Estatísticas do Datasus mostram que, na região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, na macrorregião de saúde do Jequitinhonha, na cidade de Diamantina, polo universitário e referência na atenção à saúde regional, em 2019 dos 4.656 nascidos vivos, 522 (cerca de 11%) foram prematuros (SINASC, 2021), mostrando a necessidade de seguimento dessas crianças de risco biológico por uma equipe multiprofissional. As urgências neonatais envolvem a atuação do profissional de saúde com o recém-nascido de alto risco, que é caracterizado como aquele que está exposto a circunstâncias de desenvolvimento desfavoráveis, ambientais (extrínsecas) e/ou biológicas (intrínsecas) (FORMIGA; SILVA; LINHARES, 2018). Dessa forma, são considerados neonatos de alto risco aqueles nascidos de parto prematuro, parto pós-termo, quando houver hipotensão materna, trabalho de parto prolongado, hipertonia uterina, líquido meconial, prolapso de cordão e/ou anestesia, escore de Apgar no primeiro e quinto minuto de vida < 4, em que podem levar ao risco de asfixia, infecção, distúrbios metabólicos, hemorragia peri-intraventricular, aspiração meconial, hipertensão pulmonar, depressão respiratória, hipotensão, hipotermia e malformações (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, 2005). A abordagem à população neonatal de risco deve ser integral, qualificada e humanizada em saúde materno-infantil, levando em consideração estratégias de cunho biopsicossocial, com ênfase no cuidado ao recém-nascido e sua família. Desta forma, o Método Canguru promove e incentiva a atenção humanizada ao neonato, com a participação e interação dos pais e da família, de maneira que o contato pele a pele até a evolução para a posição canguru seja eficiente no ganho de peso do recém-nascido e manutenção dos sinais vitais adequados, aumente o vínculo afetivo entre os integrantes da família, incentive a amamentação, reduza o risco de infecção hospitalar, estresse e dor, favoreça estimulação sensorial protetora em relação ao desenvolvimento integral do bebê, bem como melhore a qualidade do desenvolvimento neuropsicomotor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Através da realização do Método Canguru as ações de humanização e atenção à saúde à população materno-infantil se estabelecem com orientações e intervenções em saúde, a fim de que a população materna compreenda quais condutas devem ser praticadas para melhorar a qualidade de vida do recém-nascido, sendo protagonistas de sua maternidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). De acordo com as metas do Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020), é necessária a capacitação de profissionais e o incentivo à realização das etapas do método no ambiente hospitalar e na atenção primária. De forma atender à demanda da atenção humanizada aos neonatos prematuros, e devido aos comprometimentos funcionais que os mesmos podem apresentar no decorrer da infância e até mesmo na adolescência e vida adulta, eles requerem cuidados abrangentes após a alta da Unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), os quais envolvem muitas especialidades, com a participação de uma equipe multiprofissional capaz de identificar precocemente qualquer tipo de alteração no desenvolvimento do neonato e assim implementar terapias que possam melhorar os resultados a longo prazo (GURALNICK, J et al 2012). Portanto, o trabalho de orientação aos pais e familiares desde o ambiente hospitalar é necessário, pois as famílias suportam as consequências emocionais e financeiras do parto prematuro, além das dificuldades apresentadas no cuidado dos seus filhos (KIM e BASIR, 2014). Cabe aos profissionais da saúde orientar os pais e cuidadores sobre a condição de saúde da criança prematura, atuando na prevenção de complicações e problemas associados a prematuridade, promovendo educação relacionada ao crescimento e desenvolvimento da criança, além de possibilitar uma atenção humanizada ao neonato e à família (Melnyk et al. 2002). A intervenção precoce através da orientação de pais de neonatos prematuros é descrita na literatura e apresenta resultados positivos em relação à mudanças nos padrões de comportamento, interação entre pais e filhos, auxiliando os pais na compreensão do comportamento dos lactentes nascidos prematuros (Melnyk et al. 2002). Além disso, as mães que são educadas e envolvidas no início do cuidado com seus filhos são mais sensíveis às respostas dos mesmos, melhorando o relacionamento e cuidado ao longo do tempo (Minde, 2000). O trabalho educativo e de orientação aos pais e familiares deve ser breve, pois são mais viáveis no ambiente de internação e exigem menos recursos para a implementação (Minde, 2000; Melnyk et al. 2002). Nas atividades de orientação deve ser também ressaltada a importância do neonato prematuro manter um acompanhamento/seguimento de saúde, com equipe multi e interdisciplinar, após a alta e preferencialmente durante a primeira infância (RAFFRAY et al, 2014). Para que as preocupações dos pais/familiares sejam amenizadas é necessária uma abordagem relacional para se estabelecer uma relação de confiança e uma comunicação aberta com os pais, auxiliando a se relacionarem com o neonato e assumirem seu papel parental na unidade neonatal (RAFFRAY et al., 2014). Além disso as intervenções para crianças prematuras serão mais eficazes se a qualidade dos padrões familiares de interação melhorar, sendo reforçadas as relações entre pais e filhos, estabelecidas no início da vida da criança, como realizado na primeira etapa do método canguru (GURALNICK, 2012). Baseado nos estudos justifica-se um trabalho de promoção da saúde dos bebês nascidos prematuros, com incentivo à atenção humanizada, através da realização da primeira etapa do método canguru e também com a educação em saúde aos pais desses recém-nascidos referente à prematuridade, suas possíveis complicações, o cuidado da equipe multiprofissional e à importância do acompanhamento (follow up) dos neonatos após a alta hospitalar. Através do incentivo à realização da primeira etapa do método canguru e das orientações aos pais, será possível oferecer um cuidado humanizado e centrado no neonato e sua família, bem como intervir brevemente na educação em saúde sobre os prematuros, de maneira a proporcionar uma melhor qualidade de vida dessa população, prevenindo complicações ao longo da primeiríssima infância. Este projeto articula-se com a política de extensão da UFVJM uma vez que se mostra sensível às repercussões negativas que ocorrem após o nascimento prematuro, tanto em relação às crianças como aos seus familiares; e por voltar-se para um dos objetivos dos novos Institutos de Ensino Superior (IES), que é melhorar a qualidade de vida das pessoas próximas a eles, gerando impacto e transformação social na população local. O projeto “Prematuridade: Orientar para Cuidar!” vincula-se a área temática e linha de extensão (saúde e infância e adolescência, respectivamente) descritas no regulamento de Ações de Extensão da UFVJM. Assim como com as diretrizes pactuadas pelo Forproex (2010), pois proporciona intercâmbio entre o Hospital Nossa Senhora da Saúde e a UFVJM, com maior interação entre os profissionais e os voluntários do projeto, possibilitando atividades educativas interdisciplinares, culturais, científicas e políticas. A interdisciplinaridade e o interprofissionalismo estão presentes quando observamos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, assistente social, alunos envolvidos, todos em conjunto, buscando melhorar a qualidade de assistência aos recém-nascidos internados e seus pais. Há indissociabilidade do ensino, extensão e pesquisa, os alunos estão envolvidos com o aprendizado já costumeiro, mas estão construindo um aprendizado mais sólido através da experiência prática, de vida, de troca de saberes que a extensão proporciona. Há preocupação de verificar a quão benéfica foi a extensão para a sociedade através de indicadores numéricos que são instrumentos da metodologia deste projeto. Sabe-se que a área de saúde deve abranger os três pilares da atenção e mesmo estando em um centro de atenção terciária, os voluntários do projeto vivenciam as ações de prevenção de agravos e promoção da saúde realizadas, as quais são fundamentais para propiciar a melhora da qualidade de vida da população atendida (MACIEL et al., 2005). A vivência prática e educativa do projeto está sendo transformadora para todos os envolvidos: profissionais, professores, alunos, pais, familiares e sociedade em geral. No último ano de atividade do projeto, cerca de 63 mães de bebês nascidos prematuros participaram do projeto. O projeto conseguiu o que pretendia, houve interesse por parte dos participantes, os mesmos sempre agradeciam as informações recebidas e relatavam se sentirem mais seguros no cuidado do seu filho (a). Houve interação entre os pais/familiares e os voluntários do projeto, através de discussões sobre os temas apresentados nas rodas de conversa e debates, tirando as dúvidas sobre a prematuridade, proporcionando maior conhecimento aos pais/familiares. Não houve um familiar responsável que não aprovou a extensão. A equipe do hospital se prontificou e buscou auxiliar a equipe do projeto sempre que necessário. A equipe de saúde do HNSS aprecia quando as atividades do projeto acontecem, reportam a importância das atividades educativas aos pais, já que são abordados assuntos diversos, como a importância do aleitamento materno e da realização do Canguru com os neonatos. No ano de 2022 participaram do projeto, de janeiro à dezembro, 63 mães de recém-nascidos prematuros. Com os resultados apresentados durante os anos de execução do projeto, podemos observar que o mesmo está promovendo a interação entre a comunidade universitária e a comunidade externa na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos, saberes e serviços. A participação dos voluntários do projeto é notável, todos foram responsáveis, comprometidos, fizeram crescer e cresceram durante o período. Por todos estes motivos, reapresentamos este projeto ao Edital Proexc 03/2022 para que possamos dar continuidade nesta atividade extensionista, de forma a manter uma atividade com vários benefícios à população participante e à equipe.


Objetivos

Objetivo Geral Promover educação em saúde aos pais dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS) / Diamantina (MG), referente à prematuridade, suas possíveis complicações, o cuidado da equipe multiprofissional, à importância do acompanhamento (follow up) dos neonatos após a alta hospitalar e incentivar a realização da primeira etapa do método canguru. Objetivos Específicos • Intervir brevemente na educação em saúde sobre os prematuros. • Proporcionar uma melhor qualidade de vida a essa população. • Prevenir complicações ao longo da primeiríssima infância. • Promover humanização hospitalar. • Avaliar a influência do projeto no nível de conhecimento dos pais e familiares sobre a prematuridade e em relação à importância do acompanhamento do neonato durante a primeiríssima infância. • Incentivar a integração entre os docentes, discentes e técnico administrativos da UFVJM e os profissionais do Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), a fim de proporcionar a troca de experiências entre todos, construindo um conhecimento mais rico que vem a acrescentar o ensino. • Possibilitar aos discentes a oportunidade de obter uma vivência profissional através do contato com os pais, a responsabilidade de construir e organizar atividades educativas voltadas para essa população e com isto possibilitar a aprendizagem em métodos e processos de extensão universitária; • Contribuir com a formação dos discentes a partir da interação com a realidade da população brasileira, em especial a da região da macrorregional de saúde do Jequitinhonha, a qual tem como polo a cidade de Diamantina-MG, qualificando-os para os desafios enfrentados no mundo atual em relação à atuação profissional e ao exercício da cidadania. • Promover a interação social e compreender as necessidades de cada família sobre a aquisição de conhecimento no assunto.


Metas

Impacto direto: • Proporcionar uma atenção humanizada ao neonato e seus pais, através do incentivo à realização e adesão ao método canguru. • Melhorar o conhecimento dos pais em relação à prematuridade e à importância do acompanhamento dos neonatos após a alta hospitalar (Aproximadamente 6 pais/mês); • Direcionar os pais para as atividades educativas, de forma que consigam absorver os conhecimentos que serão passados através dos vídeos, folders e com as rodas de conversa presenciais. • Ampliar o conhecimento dos discentes com a prática extensionista, a fim construir conceitos que fortaleçam sua prática profissional a partir das vivências com os pais; • Proporcionar aos docentes a aplicação prática do conhecimento teórico ministrado em sala de aula, demonstrando os vários fazeres e saberes junto aos colegas, construindo um conhecimento mais rico que vem a acrescentar o ensino. Impacto Indireto: • Promover à população uma melhor percepção da saúde do prematuro e da importância da atenção humanizada, já que as orientações realizadas podem ser uma ferramenta importante na troca de conhecimento técnico-científico, permitindo o desenvolvimento de ações de prevenção de agravos e promoção de saúde. • Integrar a equipe do projeto com os funcionários do hospital e setores atendidos. A avaliação dos resultados da ação extensionista será realizada através da aplicação de um questionário antes e depois das orientações realizadas. O Projeto pretende alcançar as metas de impacto direto em pelo menos 50 % dos pais abordados. O questionário foi produzido e adequado aos pais.


Metodologia

Local de realização O projeto será desenvolvido no Hospital Nossa Senhora da Saúde Diamantina / MG, nos seguintes setores: Maternidade, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), Casa da Gestante e Puérpera (CAGEP), de forma presencial. Equipe e participantes A equipe será formada por docentes e discentes do curso de fisioterapia, enfermagem e medicina. Entretanto, estará aberto para discentes, professores e funcionários da UFVJM que tenham vontade de agregar ideias que favoreçam o projeto. Os participantes serão os pais dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS), nos setores: Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Maternidade, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), Casa da Gestante e Puérpera (CAGEP). Período de realização A duração do projeto será de 19 meses, de maio de 2023 a dezembro de 2024, podendo haver continuidade caso tenha um resultado positivo e haja acadêmicos interessados. Desenvolvimento do projeto Primeiro Momento – pré-intervenção Durante o primeiro mês ocorrerão reuniões semanais, com o objetivo de buscar e discutir o embasamento geral e teórico atual sobre o método canguru e a prematuridade, suas complicações e a importância do seguimento do prematuro após a alta hospitalar. Neste momento serão definidas as atividades que serão realizadas com os pais e divisão das responsabilidades entre os membros da equipe. Será estudado e se necessário a cartilha de orientação aos pais será reestruturada e atualizada, bem como as atividades a serem realizadas na roda de conversa. Também serão reavaliados e atualizados, se necessário, os questionários atualmente aplicados pré e pós-intervenção para avaliar a ação extensionista. Intervenção Em um primeiro momento dois discentes voluntários serão alocados para fazerem a triagem no hospital, duas vezes por semana, no período da tarde, juntamente com a explicação do projeto aos pais. O número máximo de alunos por dia é de dois alunos, para não promover aglomeração no ambiente hospitalar. Sempre antes do início das visitas os alunos entrarão em contato com o profissional da saúde responsável pelo setor para conhecer a história dos neonatos que estão internados e verificar quais são os prematuros e se há algum familiar que não poderá participar das ações no momento. As atividades iniciam com uma apresentação da equipe discente do dia e do projeto aos pais, no local que os pais estiverem instalados no HNSS. Os pais que aceitarem participar do projeto deverão assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, bem como o termo de uso e cessão de imagem. No mesmo dia será aplicado um primeiro questionário aos pais, descrito como questionário pré-intervenção, referente aos conhecimentos prévios sobre o método canguru e a prematuridade, como seus fatores de risco, conhecimento sobre as complicações da prematuridade e conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros. O questionário pré-intervenção consta de um cabeçalho, com as seguintes informações: 1. Identificação: Número do questionário e data de aplicação. 2. Identificação dos dados pessoais do neonato: Nome (através de sigla das iniciais de nome e sobrenome), Data de nascimento, Idade gestacional e Idade corrigida, Peso ao nascimento. 3. Identificação dos dados pessoais dos pais/familiares: Nome (através de sigla das iniciais de nome e sobrenome), Escolaridade, Endereço, Classificação socioeconômica (CCEB). O questionário pré-intervenção, contém 13 questões, cujas respostas serão em escala Likert, ponderadas de “concordo plenamente à discordo totalmente”. O questionário apresenta os seguintes domínios: 1. Questões de 1 a 3: conhecimentos sobre prematuridade e fatores de risco associados a mesma. 2. Questões de 4 a 7: conhecimento sobre as complicações relacionadas à prematuridade. 3. Questões de 8 a 13: conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros (RNPT). Os questionários serão lidos previamente aos pais para familiarização com o instrumento de coleta, sendo que o tempo de aplicação é em torno de 7 a 10 minutos. Em um segundo momento, serão realizadas as orientações aos pais presentes nas unidades: maternidade, e/ou UCI, e/ou na CAGEP, em formato de roda de conversa, discutindo sobre o método canguru e a temática relacionada à prematuridade: definição; causas; principais complicações; prevenção de agravos; cuidado com o neonato prematuro no ambiente hospitalar – o papel da equipe de saúde; amamentação; cuidado com o neonato prematuro após a alta hospitalar (follow-up); vacinação do prematuro; licença maternidade estendida à mãe do prematuro. Será entregue aos pais um kit com uma cartilha contendo os temas abordados na roda de conversa, de forma ilustrativa e também um folder com a divulgação da página do Instagram do projeto para que os pais possam ter acesso à mais informações, além de um canal para tirar dúvidas com a equipe. A cartilha distribuída na roda de conversa com os pais será lida por completo, pontuando informações importantes e acrescidas com os estudos feitos pelos discentes do projeto em suas buscas sobre o tema, com duração máxima de 20 minutos. Também será utilizado um modelo da cartilha em tamanho de folha A3 para melhor visualização dos pais/familiares. No período de intervenção, uma vez por mês, haverá reunião entre os membros da equipe para capacitação e levantamento de informações. Além disso, haverá preocupação em discutir os casos vivenciados para aprendizado e crescimento pessoal. Durante o período de pandemia, no intuito de expandir o conhecimento sobre prematuros também para a comunidade externa, o projeto elaborou um Instagram (@orientaracaoprematura) em que os vídeos e folders já elaborados pelos voluntários são adaptados para o público em geral e postados uma vez por semana. Pós- intervenção No último mês haverá um feedback com as impressões dos participantes do projeto e será realizada análise dos dados adquiridos. O resultado da atividade extensionista será apresentado em encontros, congressos ou publicado em revista de extensão. Considerações Éticas Todos os envolvidos serão esclarecidos sobre como será a extensão e quais os objetivos. Só participarão das atividades os pais que desejarem e aceitarem a participação após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, bem como a assinatura do termo de uso de imagem. Os pais serão informados que as informações geradas serão de responsabilidade da equipe envolvida, a qual se compromete a guardar sigilo da identidade de todos, e que os resultados da extensão podem ser expostos em encontros acadêmicos. Poderá existir constrangimento para responder as perguntas do questionário. Este será minimizado pelos seguintes procedimentos: esclarecimento em relação ao sigilo das informações coletadas na avaliação e profissionalismo por parte dos pesquisadores no momento da coleta das informações. Ainda, a aplicação do questionário pré-intervenção ocorrerá em local reservado e na presença apenas um dos pesquisadores envolvidos com o projeto. Haverá atenção constante por parte da equipe no comportamento e atitude dos pais e qualquer alteração notada será reportada imediatamente ao profissional responsável. Os pais serão comunicados que a qualquer momento poderão parar com a atividade.


Referências Bibliográficas

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Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

Serão realizadas atividades de rodas de conversa com a participação da comunidade acadêmica (voluntários), os profissionais do serviço e as mães, abordando as demandas levantadas pelos participantes, a fim de discutir de forma ampla a temática do Método Canguru e prematuridade.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A interdisciplinaridade será trabalhada no contexto das ações, nas atividades práticas e teóricas nas discussões mensais, visto que são temas que necessitam do conhecimento e da abordagem interdisciplinar, adquiridos em sala de aula. A interprofissionalidade será trabalhada desde a seleção dos voluntários, que conta com a participação de discentes dos cursos de fisioterapia, enfermagem e medicina, além do contato direto com a equipe multiprofissional da instituição parceira.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

As ações serão realizadas de acordo com a demanda da equipe das unidades neonatais do Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), seguindo também as demandas apresentadas no Plano de Ação Regional de Atenção à Saúde Materno-Infantil da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha/MG (2020). Os conteúdos aprendidos na teoria, com as capacitações dos professores, possibilitarão aos voluntários discentes uma vivência prática da aplicabilidade do Método Canguru, servindo assim a comunidade e possibilitando a realização de estudos aprofundados na área.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

O projeto contará com a participação de estudantes dos cursos de fisioterapia, enfermagem e medicina. Os acadêmicos serão responsáveis pela organização geral do projeto (logística) bem como da execução. A contribuição na formação do estudante será através da experiência prática de estar envolvido em uma realidade que encontrará em algum momento do seu curso ou na sua vida profissional, na interação com pais/familiares dos recém-nascidos prematuros hospitalizados, percebendo ainda na graduação os fatores não só físicos, mas psicológicos presentes nesta situação. Oferecerá, além do contato com pais, o contato com outros profissionais da saúde envolvidos na atenção terciária. Ajudará na desenvoltura oral e abordagem interpessoal através das visitas beira leito e condução das atividades educativas nas ações práticas com pais em cada encontro; no conhecimento teórico e burocrático necessário para condução de qualquer atividade acadêmica; na vivência dos problemas de uma internação hospitalar, em síntese: para crescimento profissional e pessoal. Os alunos serão acompanhados pelos professores que fazem parte do projeto durante toda a sua duração. No primeiro mês não haverá visitas no hospital. As reuniões semanais serão voltadas para reestruturação dos questionários e quando necessário, para a elaboração de novos materiais educativos. Essas reuniões se repetirão na última semana de cada mês e nestas ocorrerá também um feedback das ações desenvolvidas no mês, para que haja melhorias e maior aprendizado para os alunos e também para os professores.


Impacto e Transformação Social

As famílias dos bebês nascidos prematuros terão maior conhecimento sobre as temáticas relacionadas à prematuridade, podendo estas ficarem mais seguras do cuidado dos bebês, além de adquirirem o conhecimento da importância do método canguru, podendo ter maior adesão à este após o nascimento dos bebês. Desta forma, tanto bebês como seus familiares, terão a possibilidade de vivenciarem um período de interação hospitalar com maior qualidade de vida, e também pós alta hospitalar.


Divulgação

O projeto será divulgado nas redes sociais da UFVJM, da instituição parceira e através de folders pelas áreas de maior circulação dos participantes do projeto.


Público-alvo

Descrição

O projeto beneficiará diretamente os pais dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde / Diamantina (MG), e os próprios neonatos, os quais terão pais com maior conhecimento sobre sua condição de saúde, além de receberem um cuidado humanizado, o qual proporciona a este, maior estabilidade clínica. Assim os pais podem oferecer uma melhor assistência e cuidado no ambiente hospitalar e pós alta, acompanhando de maneira adequada o crescimento e desenvolvimento do seu filho (a).

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A instituição parceira auxiliará com a disponibilização dos participantes e do local para a execução do projeto.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 244 h

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Encontros para capacitação da equipe e divisão de tarefas; estruturação das atividades extensionistas

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Estudo e atualização (se necessário) da cartilha, da roda de conversa e dos questionários para avaliação do projeto e controle da ação da extensão

Carga Horária 150 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Atividades semanais com os pais dos neonatos internados Revisão Bibliográfica

Carga Horária 64 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Reunião mensal com os integrantes do projeto para discutir o andamento da extensão e possíveis melhorias

Carga Horária 4 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Análise parcial dos resultados da extensão

Carga Horária 4 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Análise parcial dos resultados da extensão

Carga Horária 6 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Análise final dos resultados da extensão