Visitante
Projeto GAIA - Geociências, Arte, Interdisciplinaridade, Aprendizagem
Sobre a Ação
202203000493
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
17/06/2023
16/06/2024
Dados do Coordenador
danielle piuzana mucida
Caracterização da Ação
Ciências Exatas e da Terra
Meio Ambiente
Educação
Espaços de ciência
Regional
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Redes Sociais
Membros
O Projeto GAIA (Geociências, Arte, Interdisciplinaridade e Aprendizagem) é um espaço de desenvolvimento e apresentação de práticas lúdicas, com núcleos de exposição de temas das Geociências, Geografia e áreas afins, confeccionados com materiais recicláveis e, ou, de fácil aquisição. Os materiais contemplam informações vinculadas a conteúdos obrigatórios, como Geografia e Ciências, e transversais como Educação Ambiental, voltados ao ensino básico e divulgação científica em geral.
Práticas lúdicas, Geografia, Ciências, Divulgação científica,
Temas ligados às Geociências, principalmente voltados à preservação ambiental, em estudos e compreensão de fenômenos e na prevenção e mitigação de práticas predatórias ou danosas ao meio ambiente são cada vez mais necessários (Carneiro & Signoretti, 2018, Ernesto et al., 2018, The Geological Society, 2021). Na década de 1990, a partir das conferências para o Meio Ambiente (Tbilisi, Estocolmo, Rio+20,) nota-se a importância basilar na discussão sobre os temas e o desenvolvimento sustentável nos ambientes de ensino. Assim, a temá- tica sobre educação ambiental perpassa e envolve os aspectos físicos da natureza, impactos de interferências antrópicas, o processo de globalização, o avanço tecnológico de exploração dos recursos naturais disponíveis e o aumento populacional sobre o meio ambiente. São temas também a energia e os recursos renováveis ligados aos recursos hídricos no Brasil e no mundo, bem como a degradação dos biomas e estudos sobre Oceanografia. Por ser uma temática importante e necessária de discussão desde os anos iniciais da educação, são utilizados recursos didáticos visíveis, táteis e dinâmicos em que os alunos possam interagir para aprender e assim, despertar o debate sobre a importância deste tema ligado ao eixo transversal do meio ambiente.
O Ensino de Ciências Naturais no Ensino Básico tem sido frequentemente conduzido de forma desinteressante e pouco compreensível. De maneira geral, as teorias científicas, por sua complexidade e alto nível de abstração, não são passíveis de comunicação direta aos alunos. Seu conteúdo sempre requer adequação e seleção, pois não é mesmo possível ensinar o conjunto de conhecimentos científicos acumulados por meio de definições e classificações estanques que acabam sendo “decoradas” pelo estudante, contrariando as principais concepções de aprendizagem humana, como, por exemplo, aquela que a compreende como construção de significados pelo sujeito da aprendizagem, debatida tanto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais assim como pelas Novas Diretrizes Curriculares Nacionais, a Base Nacional Comum Curricular. Atualmente, o ensino fundamental é dividido em 5 grandes áreas estruturadas e o ensino médio, em 4 grandes áreas. Comparado aos Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN, Brasil, 2013), houve redução significativa de conteúdos da Geografia, em especial: Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Física e Química), Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia), Matemática e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias (Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Portuguesa) (BNCC, 2018, p. 33). Segundo Mello et al. (2005), esses elementos citados acabam formando um ciclo e culminando no desinteresse pelo tema, sendo explicado pela complexidade. A deficiência no ensino e nos materiais disponíveis causa distanciamento das crianças em relação às Geociências e suas interfaces, o que faz com que elas percam o interesse pelo tema e ignorem seus ícones e conceitos mais elementares. O desconhecimento das informações básicas desestimula as crianças e a população como um todo, e assim não se cria demanda suficiente para manter museus e exposições, onde a formação escolar poderia ser complementada por meio de desenvolvimento de materiais complementares e exposições. Dessa forma, os profissionais que se formam na universidade, e que têm contato com as Geociências, tais como a Geologia, Paleontologia, Astronomia, Ciências Biológicas são estimulados a desenvolverem pesquisa e atuarem em laboratórios, ao passo que os profissionais que atuarão diretamente com os ensinos infantil, fundamental e médio acabam tendo apenas uma formação superficial, por falta de estrutura laboratorial nas escolas e não conseguem despertar o interesse pelo tema em seus alunos. Neste Contexto, a justificativa de nossa inscrição é a alimentação de dados oriundos do Projeto GAIA, espaço de práticas lúdicas vinculado a Licenciatura em Geografia da UFVJM junto a PROEXC . No GAIA há utilização de materiais recicláveis e,ou materiais de fácil aquisição que representem formas aproximadas de: globos terrestres, vulcões, planetas, estrelas, fósseis dentre outros que possam ser utilizados em seus núcleos de exposição. Estes consistem, no nosso entendimento como docentes formadores de futuros professores da Geografia, em importantes ferramentas pedagógicas para assimilação de conteúdos em ambiente não formal. O foco principal justifica-se como uma forma complementar e necessária para a aprendizagem, tanto do licenciando, quanto dos professores e alunos do Ensino Básico que visitam o espaço, saindo da teoria para a prática. Foi desenvolvido inicialmente pensando em alunos do Ensino Fundamental, entretanto, temos observado o interesse e a importância do GAIA também para os alunos do Ensino Médio e demais faixas etárias.
O objetivo geral é integrar extensão e pesquisa, por meio do conhecimento científico em geociências e áreas afins para o ensino não formal utilizando a arte como forma de representar e concretizar conceitos trabalhados na teoria. Como objetivos específicos, visa-se: (i) o uso da arte no processo de manufaturas sistema solar, formação do planeta Terra, Tempo Geológico, paleontologia, rochas e minerais, solos e processos erosivos, camadas da terra e da atmosfera, maquetes temáticas sobre Tectônica de Placas e vulcanismo, Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, o Vale do Jequitinhonha, Parque Estadual do Rio Preto, biomas brasileiros, cartografia, climatologia, hidrografia, geografia urbana e globalização e energias renováveis; (ii) Exercer a interdisciplinaridade na sua plenitude funcionando enquanto laboratório de extensão e divulgação científica; (iii) Compreender em quais series do ensino básico os conteúdos de interface com o projeto GAIA são e podem ser trabalhados agregando áreas de conhecimento nos eixos curriculares e transversais.
Criar material didático na forma de livretos sobre os três nichos de exposições voltados para professores (com conteúdo científico) e para alunos do ensino básico e médio; Criar exposições fixas e itinerantes dos núcleos temáticos do Projeto GAIA (sistema solar, formação do planeta Terra, Tempo Geológico, paleontologia, rochas e minerais, solos e processos erosivos, camadas da terra e da atmosfera, temáticas sobre Tectônica de Placas e vulcanismo, Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, o Vale do Jequitinhonha, Parque Estadual do Rio Preto, biomas brasileiros, cartografia, climatologia, hidrografia, geografia urbana e globalização e energias renováveis. Há também um conjunto de outras maquetes, infográficos, mapas mentais e jogos, confeccionados de forma criativa e lúdica utilizando recursos lúdicos e a arte em um ambiente de ensino não formal para alunos do ensino básico e médio; Capacitar estudantes do ensino superior nos temas ligados às Geociências mais especificamente às áreas da ciência dos nichos da exposição com seu caráter interdisciplinar: Geografia, História, Química, Geociências, Física.
A ludicidade promove “ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam com materiais simbólicos” (COMPIANI, 2006). É nessa realidade que a proposta do Projeto GAIA fundamenta-se, visando assim a construção de ambientes de informações que possam minimamente aguçar o interesse e curiosidade dos visitantes pelos conteúdos apresentados, facilitando dessa forma o encontro de significação a partir das atividades desenvolvidas. As atividades desenvolvidas no projeto GAIA ocorrem de forma individual ou em grupos. Há um acompanhamento quanto ao processo de aprendizagem, valorizando todas as atividades realizadas e possibilitando o retorno contínuo, principal meio para que o licenciando possa conhecer suas dificuldades de aprendizagem em relação ao processo de construção do conhecimento. Neste sentido, os discentes são os agentes e atores do Projeto GAIA. Sentindo-se nesta posição criam um pertencimento com o espaço e um uso contínuo do mesmo. Quando há recebimento de tumas com seus professores do Ensino Básico, os licenciandos passam a ter uma dimensão diagnóstica, que os permite verificar se a aprendizagem está sendo alcançada ou não, e o porquê; Em um segundo momento, passam a ter uma dimensão prospectiva quando desenvolvem suas práticas de ensino não formais, oferece informações sobre o que se fazer dali por diante para um contínuo reiniciar do processo de aprendizagem até atingir os objetivos finais; e por fim, quando passam a monitorar e apresentar o que o Espaço oferece como práticas, passam a ter uma dimensão de avaliação formativa própria (a visualização de projetos e de alguns momentos citdos aqui podem ser observados na Pasta "Arquivos"). Como coordenadora, invisto no potencial individual de cada licenciando respeitando seus anseios e seu tempo para cada atividade interna. Há licenciandos que preferem desenvolver seu potencial artístico nos trabalhos manuais e culturais enquanto, outros, preferem receber os grupos de alunos do ensino básico e seus professores. Há ainda licenciandos que preferem desenvolver as atividades do GAIA em meio virtual por meio da divulgação científica em redes sociais, como por exemplo: na página do Instagram (https://www.instagram.com/explore/locations/1035553211/gaia-geociencias-arte-interdisciplinaridade-e-aprendizagem/) ou Facebook (https://www.facebook.com/gaiaufvjm/). Nesse sentido o grupo, como um todo, acaba desenvolvendo diferentes frentes de trabalho, o que é essencial para se trabalhar a educação. Relato, ainda, que todos são convidados a desenvolver textos sobre seus relatos de experiência junto ao GAIA, como já mencionado no tópico anterior que versa sobre avaliação do processo de aprendizagem. Estes textos vem sendo publicados em eventos locais regionais nacionais, em forma oral ou banners ou como uma escrita de um trabalho científico por meio de artigos ou seus trabalhos de conclusão de curso. Isso é estimulado para que desenvolvam as habilidades na escrita não fala. Neste sentido, o GAIA apresenta cerca de 20 trabalhos de conclusão de curso; inúmeros resumos publicados em eventos, assim como artigos já mencionados ou compilaçoes na forma de livretos organizados por mim e colaboradores do Projeto. Estes dados podem ser comprovados por meio da análise em currículo Lattes (http://lattes.cnpq.br/1730953268502384 (http://lattes.cnpq.br/1730953268502384)). Desta forma, a participação no Projeto GAIA simboliza um aproveitamento vinculado a práticas não formais que o licenciando tem em todo o seu processo de aprendizagem na tentativa de contribuir na mudança tão necessária pela qual a Educação deve passar. Acreditamos que por meio de práticas pedagógicas lúdicas, o raciocínio é estimulado de forma prazerosa e a motivação em aprender é resgatada, é possível expressar, assimilar e construir a realidade. No caso específico do projeto, o ensino de Geociências, geografia e demais que envolve as dimensões locais, regionais e planetárias do espaço” (COMPIANI, 2006). Tal conhecimento está inteiramente relacionado à atuação da sociedade na natureza, possibilita ao aluno desenvolver a sua compreensão de mundo. Neste sentido, finalizo com a afirmação de Piranha; Carneiro (2009): "Na relação dinâmica do ensino-aprendizagem, o ensino de Geociências é essencial para o desenvolvimento cultural do cidadão terreno, uma vez que as contribuições das Geociências ao desenvolvimento cognitivo promovem a consciência do indivíduo planetário, ainda que esta envolva alto grau de abstração".
BRASIL. (2015). Resolução No 2. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a forma- ção continuada. Brasília: CNE. URL: http://portal. mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-c- ne-cp-002-03072015-pdf/file. Acesso 14.02.2023. BRASIL. Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular: versão final. Brasília. URL: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso 10.01.2023. CARNEIRO, C. D. R., GONÇALVES, P. W., & LOPES, O. R. (2009). O ciclo das rochas na natureza. Terræ Didatica, 5(1), 50-62. doi: 10.20396/td.v5i1.8637502. CARNEIRO, C. D. R., & SIGNORETTI, V. V. (2008). A carência de conteúdos de Geociências no currículo básico comum de Geografia do Ensino Fundamental em Minas Gerais. Geografia, 33(3), 467-483. URL: ht- tps://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index. php/ageteo/article/view/3143. Acesso 10.03.2023. COMPIANI, M. (2006). Geologia/Geociências no Ensino Fundamental e a Formação de Professores Geolo- gia USP, Série científica, 3 (Publ. Espec.): 13-30. doi: 10.11606/issn.2316-9087.v3i0p13-30. ERNESTO M., CORDANI, U. G., CARNEIRO, C. D. R., DIAS, M. A. F. A., MENDONÇA, C. A., & BRAGA, E. S. (2018) Perspectivas do Ensino de Geociências. Estudos Avançados 32(94). 332-343. doi: 10.1590/ s0103-40142018.3294.0021. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICAS BRASILEIRAS. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, AM. Maio de 2012. JACOBUCCI, D. F. C. (2008). Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em Extensão, 7(1). URL: http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/ar- ticle/view/20390. Acesso 15.02.2023 GAIA UFVJM. (2021). Projeto GAIA. Diamantina, MG: UFVJM. URL: https://www.instagram.com/ gaiaufvjm/. Acesso 10.09.2021. King, C. (2008). Geoscience education: an overview. Studies in Science Education, 44(2):187-222. doi: 10.1080/03057260802264289. Lischewski, J., Seeber, S., Wuttke, E., & Rosemann, T. (2020) What Influences Participation in Non- formal and Informal Modes of Continuous Vo- cational Education and Training? An Analysis of Individual and Institutional Influencing Factors. Frontiers in Psychology, 11, 534485. doi: 10.3389/fp- syg.2020.534485. MINAS GERAIS. 2021. Currículo Referência de Minas Ge- rais. URL: https://curriculoreferencia.educacao. mg.gov.br/. Acesso 10.08.2021. NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL. (2021). Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. URL: https://brasil.un.org/ pt-br/sdgs. Acesso 25.09.2021. PETRESCU, A. M. A., CRISTEA, G. C., & STĂNCESCU, I. (2017). Empowering teachers with necessary skills for designing non-formal educational activities. The European Proceedings of Social & Behavioural Sciences. doi: 10.15405/epsbs.2017.07.03.71. THE GEOLOGICAL SOCIETY. (2021). Geociências para o Futuro. London, UK: The Geological Society. URL: https:// www.geolsoc.org.uk/Posters. Acesso 29.03.2023.
Um projeto de extensão é uma iniciativa que visa comungar o conhecimento acadêmico e científico para além dos muros da instituição de ensino, auxiliando como mais um elo no prover do auxílio às necessidades e demandas da comunidade. Nesse contexto essencial, a interação dialógica revela-se, pois possibilita uma abordagem participativa, na qual os envolvidos acolhem seus saberes e experiências, criando um espaço de cooperação e empoderamento. A interação dialógica desempenha um papel fundamental em projetos de extensão, pois permite uma conversação de conhecimentos, experiências e perspectivas entre os envolvidos. Essa interação ocorre por meio do diálogo, da escuta ativa e da construção coletiva de saberes, promovendo um ambiente de aprendizado mútuo e enriquecedor, criando uma dinâmica de aprendizado contínuo e transversal. Ao promover a interação dialógica, os projetos de extensão valorizam e respeitam a diversidade de conhecimentos e perspectivas de olhares, contribuindo para a formação cidadã. Essa diversidade é enriquecedora, pois cada indivíduo traz consigo uma bagagem única, fruto de suas vivências e aprendizados. O diálogo permite que essas diferentes visões sejam vivenciadas e compreendidas, fomentando o respeito pela pluralidade e a construção de soluções mais abrangentes e eficazes. Além disso, a interação dialógica contribui para a formação cidadã dos participantes. Ao dialogar e interagir com a comunidade, os envolvidos em projetos de extensão têm a oportunidade de compreender as necessidades reais das pessoas e de se colocarem como agentes de transformação social. O diálogo proporciona uma reflexão crítica sobre as desigualdades e injustiças existentes, levando a ações que buscam promover a justiça social e a inclusão. Ao envolver a comunidade de forma ativa, os projetos se tornam mais efetivos e duradouros, uma vez que contam com o apoio e engajamento dos que a vivenciaram. Para alcançar esse cenário de sustentabilidade o Projeto Gaia tem como norte a geoeducação, a qual incorpora a necessidade por desenvolver projetos de intercâmbios entre práticas sócio-pedagógicas, internas e externas à educação escolar. Parte do pressuposto de que o espaço geográfico (em suas manifestações materiais e imaginárias) é espaço de educação, onde a sinergia entre os ambientes formais curriculares e ambientes comunitários formatarão a paisagem sempre dinâmica do saber, auxiliando o romper das barreiras que dificultam a construção e a democratização do conhecimento sobre a temática própria do ensino das Geociências.
A interdisciplinaridade e a interprofissionalidade são abordagens que promovem a integração e a colaboração entre diferentes disciplinas e profissões, visando uma compreensão mais ampla e uma atuação mais efetiva diante dos desafios complexos enfrentados pela sociedade contemporânea. A interdisciplinaridade envolve a integração de diferentes áreas do conhecimento, buscando a superação das fronteiras disciplinares e a construção de abordagens mais abrangentes e integradas. Nesse contexto, as disciplinas dialogam entre si, compartilhando conceitos, métodos e perspectivas, a fim de promover uma visão mais completa e holística dos fenômenos estudados Já a interprofissionalidade, favorece as trocas de informação e conhecimento, a cooperação solidária nos fazeres práticos, refere-se à colaboração entre diferentes profissões ou grupo eclético acadêmico no trabalho conjunto em busca de objetivos comuns. Reconhece-se que muitos desafios enfrentados pela sociedade são complexos demais para serem resolvidos apenas por uma única profissão. Assim, a interprofissionalidade promove a interação, a comunicação e o compartilhamento de conhecimentos métodos entre áreas distintas, visando uma atuação conjunta, integrada e complementar. Tanto a interdisciplinaridade quanto a interprofissionalidade têm como objetivo comum superar a limitação das abordagens fragmentadas e especializadas, fomentando a construção de conhecimentos e práticas mais integradas, contextualizadas e vividas. É o reconhecimento de que os problemas complexos permitem uma visão mais ampla e uma atuação coletiva, que vai além das fronteiras disciplinares e profissionais. Através da interdisciplinaridade e da interprofissionalidade, os estudantes são estimulados a desenvolver uma visão mais ampla e adquirir habilidades de trabalho em equipe, comunicação e resolução de problemas. Nesse sentido o Projeto GAIA tem como ambiente necessário a interdisciplinatiedade e interprofissionalidade onde todas as atividades desenvolvidas estão presentes professores de diversas áreas de formação (Geologia, Geografia, Biologia, Turismo, Antropologia e Arqueologia) e de uma multiplicidade disciplinar que se integram no desenvolvimento de projetos e atividades e elaboração de práticas de ensino que fomentam a construção de um conjunto de habilidades e competências que convocam o aprender e, o pensamento da criação. A interdisciplinatiedade e interprofissionalidade materializa-se também no Projeto Gaia pelas parcerias em atividades e ações com Grupo de Estudo em Ecologia e Biogeografia do Espinhaço, Laboratório de Cartografia Didática - YBYlab, Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem – LAEP e no convívio com alunos de e pesquisadores de programas de pós gradução (inserir GIPE – Programa UFMG e Eng. Florestal)
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é um princípio fundamental na educação superior que reconhece a intrínseca relação e complementaridade entre essas três dimensões do conhecimento. Esse princípio é essencial para uma formação acadêmica e profissional completa, além de promover o desenvolvimento social e o avanço científico. O ensino é a base da formação acadêmica, fornecendo conhecimentos teóricos e práticos aos alunos. Por meio do ensino, os professores apresentam conceitos, metodologias e práticas construindo competências e habilidades necessárias para a formação de um profissional e de um cidadão crítico. No entanto, o ensino não pode ser dissociado da pesquisa e da extensão, pois é através dessas dimensões que se atualiza o conhecimento e se estabelece uma ligação com a realidade social. A pesquisa é responsável pela produção de conhecimento, pela investigação de problemas e pela descoberta de soluções inovadoras. Ela impulsionou o desenvolvimento científico e tecnológico, confiante para o avanço do conhecimento em diversas áreas. A pesquisa também é fundamental para a formação dos estudantes, permitindo que eles desenvolvam habilidades de investigação, pensamento crítico e análise de dados. Além disso, a pesquisa alimenta o ensino, trazendo para a sala de aula os resultados mais recentes e estimulando a curiosidade intelectual dos estudantes. A extensão, por sua vez, é a dimensão que conecta a academia com a sociedade. Ela busca comungar o conhecimento edificado na universidade para além dos muros da instituição. Através da extensão, os estudantes têm a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido em situações reais, promovendo uma transformação social e o desenvolvimento local. A extensão também enriquece o ensino, trazendo para a sala de aula exemplos concretos e proporcionando uma aprendizagem mais contextualizada e significativa. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão promove uma formação mais ampla e integral. Ao integrar essas dimensões, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver competências múltiplas, como a capacidade de resolver problemas complexos, trabalhar em equipe, comunicar-se de forma eficaz e agir de forma ética. Essa formação abrangente prepara os estudantes para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea, confiante para a construção de um futuro mais sustentável e justo. Além disso, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão fortalece a produção de conhecimento relevante e aplicado. Ao promover a interação entre essas dimensões, a universidade se torna um espaço de colaboração permitindo a criação de redes de conhecimento e a realização de projetos interdisciplinares intra e extra muros. Ao articular essas dimensões, o Projeto GAIA proporciona uma interação significativa entre a produção de conhecimento científico, a educação básica, o ensino superior e a comunidade externa. A troca de saberes e ofícios entre os diferentes atores envolvidos no Projeto GAIA enriquece o processo de construção do conhecimento, possibilitando abordagens multidisciplinares na criação de novas estratégias de ensino, práticas pedadgógicas e divulgação científica, que auxiliem alunos, professores e sociedade a interpretar novas informações e transformá-las em conhecimento.
No primeiro semestre de 2013 o curso de graduação em Geografia-Licenciatura passou pela primeira avaliação de Reconhecimento de Curso realizado pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), O parecer apontou a relevância do Projeto GAIA, considerado pelos avaliadores um modelo voltado para a integralização da formação de discentes de Licenciatura e que deveria ser empregado como referência do MEC para ser estimulado por outras IES. Dentre os projetos que buscam integrar ensino, pesquisa e extensão, cabe mencionar o Projeto GAIA que se formou em 2011 tendo como missão integrar pesquisa e extensão universitária, trabalhando o conhecimento científico de forma artística e lúdica em geociências e suas interfaces diretas com a geografia e demais áreas de conhecimento para o ensino fundamental e médio. Neste sentido, o GAIA norteou núcleos de exposição tais como Observatório do Sistema Solar, Exposição do túnel do tempo geológico, Núcleo de Paleontologia e Núcleo de Minerais e Rochas. As exposições foram criadas após discussão conceitual dos temas e construção de maquetes e ambientes que auxiliem no entendimento da vida e na vida do Planeta Terra. Cerca de 12.000 pessoas participaram das atividades promovidas pelo Projeto GAIA, entre elas discentes de escolas públicas de Diamantina, discentes da UFVJM, discentes da UFMG e demais cidadãos interessados pelo ensino e pesquisa. No suporte as atividades desenvolvidas, mais de 300 bolsistas voluntários de vários cursos da UFVJM já participaram do projeto, com maior participação de discentes do BHu e da Geografia. A partir de 2015, o Projeto GAIA passou a contar com o apoio do PIBID Geografia. Dentre as atividades realizadas, pode-se citar exposições itinerantes nos ambientes escolares e na própria Universidade, criação de material didático voltados para professores e para discentes do ensino fundamental e médio, além de oferecimento de oficinas de arte para elaboração de práticas pedagógicas ligadas à Ciência Geográfica. O cerne do Projeto GAIA está na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, onde a elaboração de práticas pedagógicas e divulgação científica cria um ambiente de aprendizagem enriquecedor, em que os estudantes são estimulados a desenvolver uma postura investigativa, crítica e reflexiva. Essa abordagem multidimensional permite que eles compreendam a conversação e a aplicabilidade do conhecimento adquirido, além de desenvolverem habilidades transferíveis, como pensamento analítico, resolução de problemas complexos, comunicação efetiva e trabalho em equipe. Assim, o ambiente vivenciado pelo discente nas atividades do Projeto GAIA, torna-se um diferencial na formação dos estudantes, proporcionando uma experiência educacional abrangente e significativa. Essa abordagem integrada promove o desenvolvimento de competências essenciais para o sucesso acadêmico e profissional dos alunos, capacitando-os a enfrentar desafios, contribuir para a sociedade e continuar aprendendo
Segundo a Política Nacional de Extensão Universitária, a diretriz Impacto e Transformação Social reafirma a Extensão como o mecanismo pelo qual se estabelece a inter-relação da Instituição de Ensino com os outros setores da sociedade, com vistas a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e as necessidades da maioria da população, e propiciadora do desenvolvimento social e regional e de aprimoramento das políticas públicas. A expectativa é de que, com essa diretriz, a Extensão contribua para o processo de (re)construção da Nação, uma comunidade de destino, ou de (re)construção da polis, a comunidade política. Nesse sentido, a diretriz Impacto e Transformação Sociais imprime à Extensão um caráter essencialmente político. Com essa diretriz, espera-se configurar nas ações extensionistas do Projeto GAIA, as seguintes características: 1) privilegiamento de questões sobre as quais atuar, sem desconsideração da complexidade e diversidade da realidade social: O espaço GAIA visa a divulgação científica em Geociências para a comunidade escolar e sociedade em geral. 2) abrangência, de forma que a ação, ou um conjunto de ações, possa ser suficiente para oferecer contribuições relevantes para a transformação da área, setor ou comunidade sobre o qual incide; Neste contexto, recebemos comunidades escolares de Diamantina e municípios adjacentes, além da sociedade em geral e turistas, contribuindo para a formação em Gecoências; 3) efetividade na solução do problema. A efetividade de qualquer tipo de intervenção social depende do grau de racionalidade que se imprime à sua formulação, sem perder de vista os valores e princípios que a sustentam, de forma a permitir sua gestão eficiente e sua avaliação, seja a de seu processo de implementação (monitoramento), seja a de seus resultados e impactos sociais. Neste contexto, o projeto GAIA apresenta importância basilar na discussão sobre os temas e o desenvolvimento sustentável nos ambientes de ensino, em especial quanto à educação ambiental que envolve os aspectos físicos da natureza, impactos de interferências antrópicas, o processo de globalização, o avanço tecnológico de exploração dos recursos naturais disponíveis e o aumento populacional sobre o meio ambiente.
As ações de divulgação científica do projeto GAIA contam com a rede social do Instagram, com cerca de 1000 seguidores. Na biografia, por meio do linktree o projeto divulga inúmeras publicações, muitas delas inseridas no repositório institucional da UFVJM.
Na aba dos municípios não há como cadastrar, pois o IBGE não está conectando a plataforma. Nossos municípios envolvidos são: Diamantina, Gouveia, Felício dos Santos, Senador Modestino Gonçalves, São Gonçalo do Rio Preto, Capelinha.
Público-alvo
O principal público alvo é vinculado às visitações de professores e estudantes do ensino básico de Diamantina e municípios adjacentes. Mas recebe-se também moradores de Diamantina e turistas, uma vez que o espaço destinado ao GAIA localiza-se na região central de Diamantina.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Felício dos Santos - MG
Gouveia - MG
Datas - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 104 h
- Manhã;
- Tarde;
Confecção de livretos, cartilhas, maquetes, jogos, sobre divulgação científica em geociências, de acordo com subprojetos ligados aos estudantes voluntários.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Elabroação de relatório anual sobre as atividades de projeto GAIA.
- Manhã;
- Tarde;
Recebimento de visitantes no Espaço GAIA englobando estudantes do ensino básico, sociedade em geral, partiicpação em eventos de escolas públicas e privadas, feiras de ciência.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Divulgar as ações vinculadas a visitações, cartilhas de divulgação científica e demais atividades as quais o GAIA desenvolve.