Visitante
Discutindo a automedicação
Sobre a Ação
202203000526
032022 - Ações
Evento
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
30/06/2023
31/08/2023
Dados do Coordenador
rhavena barbosa dos santos
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Comunicação estratégica
Local
Não
Não
Não
Fora do campus
Manhã
Não
Membros
A ação desenvolvida nas microáreas correspondentes ao bairro Bela Vista objetiva discutir os perigos da automedicação. Serão utilizadas como ferramentas no processo de execução: a elaboração de folhetos informativos e a realização de uma palestra, cuja abordagem será realizada por profissional capacitado, juntamente aos discentes elaboradores da ação.
Automedicação; conscientização; saúde; riscos.
A automedicação é o ato de utilizar medicamentos por conta própria, sem prescrição médica ou orientação farmacêutica adequada. Esse comportamento tem se tornado cada vez mais comum, principalmente em países em desenvolvimento, onde o acesso aos serviços de saúde é limitado. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 45% da população brasileira já usou algum medicamento de forma autônoma, sem prescrição médica. Entre os motivos para a automedicação estão a facilidade de acesso aos remédios, a falta de tempo para buscar atendimento médico e a pressa em resolver os sintomas. Durante a disciplina PIESC II, foi percebido que essa problemática está presente na população do bairro Bela Vista. Nesse sentido, foi possível identificar a necessidade de conscientização dessa população sobre os riscos da automedicação, visto que muitas pessoas não sabem como utilizar corretamente os fármacos. Além disso, alguns medicamentos exigem receitas médicas precisamente porque podem ter efeitos colaterais graves ou interações perigosas se usados incorretamente. Alguns dos riscos associados à automedicação incluem intoxicação, resistência bacteriana, hipersensibilidade, dependência do medicamento e até mesmo morte. Além disso, a automedicação pode mascarar os sintomas de uma doença grave e dificultar seu diagnóstico correto. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20% das internações em hospitais públicos do país são decorrentes de reações adversas a medicamentos. Portanto, nesse projeto de intervenção, serão apresentadas ações educativas, com abordagens em grupo e com distribuição de panfletos, para fomentar o uso consciente dos medicamentos e prevenir a automedicação.
A educação sobre o uso seguro e racional de medicamentos é um tema extremamente importante na área da saúde, uma vez que seus usos inadequados podem levar a diversos problemas, incluindo efeitos colaterais graves, reações alérgicas, intoxicações e até mesmo morte. Além disso, este uso inapropriado também pode contribuir para a resistência antimicrobiana, um problema crescente em todo o mundo. No Brasil, muitos pacientes consomem medicamentos sem orientação adequada e sem prescrição médica, o que pode levar a prejuízos para a saúde individual e coletiva. Por isso, é fundamental que a população seja conscientizada sobre a importância de utilizar fármacos de forma segura e racional. Nesse contexto, é papel do médico e da atenção primária orientar e elaborar ações de educação em saúde para a população em geral. Assim, por meio desse projeto de intervenção, de caráter conscientizador, é possível alcançar um grande número de pessoas da comunidade, e orientá-las sobre a importância de se adotar práticas seguras e responsáveis relacionadas ao uso dos principais medicamentos encontrados nos lares. Dessa forma, espera-se contribuir para a melhoria da saúde da população e reduzir os problemas decorrentes do emprego impróprio desses fármacos.
-O presente projeto tem como objetivo conscientizar a população atendida pela USF do Bairro Bela Vista sobre os perigos do uso inadequado e inconsciente de medicamentos, principalmente daqueles de venda livre. Nesse sentido, visa-se mitigar a automedicação, bem como estimular o cumprimento de orientações prescritas por médicos com relação à dose, horários e a frequência da administração de fármacos. -Instrumentalizar o público alvo com informações científicas, transmitidas com linguagem acessível e clara, a fim de provocar não só uma adesão mais efetiva e adequada a tratamentos farmacológicos quando estes são prescritos, mas também propiciar que o indivíduo assuma o protagonismo em relação a sua saúde.
- Elaborar um material de apoio que estimule o uso racional de medicamentos entre as famílias e comunidade do bairro, seguindo corretamente o tratamento e a posologia prescrita. - Facilitar o acesso do público alvo a informações sobre os riscos e problemas associados à automedicação e uso inapropriado de medicamentos
O projeto será desenvolvido na UBS do bairro Bela Vista, tendo como público as pessoas do bairro (sobretudo jovens e adultos na faixa etária de 18 a 60 anos) e terá duas etapas: confecção e distribuição de folhetos informativos e realização de palestra sobre o uso racional de medicamentos. Confecção e Distribuição de Folhetos Informativos Serão desenvolvidos folhetos informativos com orientações sobre o uso racional de medicamentos, incluindo e direcionando sobre a importância de seguir as recomendações médicas, de não interromper o tratamento sem comunicar o médico, a necessidade de informar o profissional sobre a utilização de outros medicamentos, entre outras informações relevantes. Os folhetos serão distribuídos em locais estratégicos, como farmácias, postos de saúde e comércios locais. A duração prevista para essa etapa é de três horas. Realização de Palestra sobre o Uso Racional de Medicamentos Será realizada uma palestra sobre o uso racional de medicamentos para o público-alvo ( moradores do bairro Bela vista). Os moradores serão previamente convidados pelos Agentes comunitários de Saúde a participar da palestra com data e horário agendado previamente. A palestra terá como objetivo fornecer informações relevantes sobre o uso seguro e efetivo de medicamentos, incluindo a importância de seguir as orientações médicas, as consequências do uso inadequado de medicamentos e os riscos da automedicação. Além disso, serão discutidas as legislações e normas que regulamentam a prescrição, dispensação e uso de medicamentos. Durante a palestra, os ouvintes serão convidados a compartilhar suas experiências e opiniões a respeito do tema, para deixar o processo mais dinâmico e participativo. A palestra será ministrada por um profissional de saúde qualificado e experiente e contará com o auxílio dos estudantes. A duração prevista para essa etapa é de uma hora.
DOMINGUES, Paulo Henrique Faria et al. Prevalência da automedicação na população adulta do Brasil: revisão sistemática. Revista de Saúde Pública, v. 49, 2015. XAVIER, Mateus Silva et al. Automedicação e o risco à saúde: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p. 225-240, 2021.
A Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade está presente nas práticas de educação/capacitação em saúde, já que a mesma propicia uma relação transformadora entre a sociedade e a comunidade acadêmica por meio dos conhecimentos que a Universidade ( professores e alunos) pode ofertar. Desde o início da atividade, ainda na etapa de levantamento das demandas, estabelece-se o diálogo, ora entre os acadêmicos e a população, ora entre acadêmicos e profissionais de saúde da unidade básica de saúde, na busca pelas principais demandas de saúde do território. A partir desse diálogo, toda a atividade de capacitação em saúde é planejada para propiciar um ambiente de troca de saberes, provocando e estimulando o fazer pedagógico científico no sentido de responder às necessidades locais.
As práticas de educação/capacitação em saúde favorecem o trabalho em equipe de forma multiprofissional e interdisciplinar, permitem a atuação dos acadêmicos de medicina de forma integrada e colaborativa com os profissionais da unidade de saúde em atividades que valorizam a prevenção e promoção da saúde e que buscam a aumentar os conhecimentos e a autonomia nos cuidados , individual e coletivamente.
Advogando pela valorização do conhecimento prático, situado na (e produzido pela) experiência comunitária adquirida por das aulas Práticas de Integração Ensino, Serviço e Comunidade II, de uma formação que se preocupa com os problemas da sociedade contemporânea e diante do papel social da universidade as atividades de Educação em saúde ora propostas condizem com a compreensão da indissociabilidade entre ensino-pesquisa e extensão. A pesquisa encontra-se presente no início do planejamento dessas atividades onde busca-se o saber a realidade e demandas da localidade de atuação, por meios das conversar com profissionais da unidade de saúde e durante as vistas domiciliares, o ensino está presente na concepção/organização da educação em saúde e por fim, a extensão caracterizada pelo caráter extramuros das ações, assim como pela prestação de “serviços” a comunidade/unidade de saúde.
As atividades permitem o desenvolvimento da autonomia, melhoram a capacidade de comunicação dos acadêmicos, além de estimular o conhecimento da realidade profissional, aumentam a proatividade e tomada de decisões do futuro médico. Além disso, constituem um momento de aprendizagem dupla, tanto para os acadêmicos quanto para os ACS, visto que a execução destas atividades demanda a familiarização com diversas temáticas e necessidade da aprendizagem baseada nos problemas reais.
As atividades buscam desenvolver a reflexão e a consciência crítica da população sobre as causas de seus problemas relacionados a automedicação. Essas atividades motivam os indivíduos a analisarem criticamente suas atitudes, a se organizarem e a transformarem seu meio social em busca de condições de vida mais saudáveis
A Enfermeira da Unidade de Saúde (responsável pela coordenação dos serviços do ACS) será contatada e sua participação solicitada para divulgar o eventos entre os ACS e esse para a comunidade. Será também fixado um convite na recepção da unidade de saúde.
Programação do Evento
Unidade de Saúde da Família Bela Vista
04/08/2023
09:00
10:00
Os 10 primeiros minutos do evento serão destinados ao acolhimento das pessoas que estarão chegando para a palestra. Em seguida haverá um momento de explanação sobre o uso seguro e efetivo de medicamentos, incluindo a importância de seguir as orientações médicas, as consequências do uso inadequado de medicamentos e os riscos da automedicação. Além disso, serão discutidas as legislações e normas que regulamentam a prescrição, dispensação e uso de medicamentos. Durante toda a palestra os participantes serão estimulados a participar a apresentarem suas dúvidas.
Público-alvo
O público alvo é composto por moradores usuários da Unidade de Saúde da família do Bela vista. O número de participantes estimados se deu a partir de experiências prévias de ações na mesma unidade de saúde da família em em conversas quanto a adesão da população a estas atividades com a enfermeira responsável pela unidade.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni - MG
Parcerias
A instituição concordou em auxiliar na divulgação da atividade para a população, além de disponibilizar o espaço físico para sua realização.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 8 h
- Manhã;
Confecção do folheto que será distribuído durante a primeira parte da ação.
- Manhã;
Distribuição do folheto confeccionado.
- Manhã;
organização das atividades realcionadas a palestra
- Manhã;
Realização da palestra sobre automedicação para a população adscrita à Unidade de Saúde da Família do Bela Vista
- Tarde;
Confecção do relatório final de atividades