Visitante
Implantação de horta comunitária para o município de Presidente Juscelino
Sobre a Ação
202203000600
032022 - Ações
Curso/Oficina
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
25/09/2023
01/12/2023
Dados do Coordenador
márcia regina da costa
Caracterização da Ação
Ciências Agrárias
Educação
Tecnologia e Produção
Grupos sociais vulneráveis
Municipal
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Manhã
Sim
Redes Sociais
Membros
O curso de Agronomia da UFVJM/Diamantina possui programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais. Essa proposta objetiva ofertar um curso de implantação de horta comunitária, com carga horária teórica e prática, promovendo a interação dos alunos com famílias de vulnerabilidade econômica, para construção e manutenção da horta. Essa será uma atividade complementar para as famílias, que fornecerá alimentação mais saudável e aumento de renda com as venda de hortaliças excedentes.
Hortaliças, Bem-estar, Renda
Nos últimos anos, tem-se observado um crescente interesse na produção e consumo de alimentos saudáveis e nutritivos. A Prefeitura Municipal de Presidente Juscelino propôs a criação de um projeto social que promova a criação de uma horta comunitária para as famílias de baixa renda terem uma atividade de aprendizado, produção de alimentos e possível geração de renda. Para a implementação do curso, contamos com a parceria da secretaria social da Prefeitura Municipal de Presidente Juscelino. A adoção de projetos/curso/oficinas educativos como hortas comunitárias (ALBUQUERQUE, 2011), prevê o fornecimento de alimentos para suprir a dieta diária (PALÁCIOS et al., 2012), além das atividades envolvidas em todo processo produtivo. A formação de uma horta permite que a pessoa tenha um contato direto com a terra e o prazer de se sentir útil a si mesmo e às pessoas de seu convívio. As hortaliças são alimentos ricos em vitaminas e sais minerais, nutrientes essenciais para o perfeito funcionamento do organismo e promotores da assimilação de outros nutrientes (GALLO et al., 2004). Ademais, é muito importante, gerando renda e empregos, visto a grande necessidade de mão-de-obra, além de ser uma das mais importantes atividades agrícolas brasileiras que envolve diversos setores da cadeia produtiva (FONTES, 2005). A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) localizada em Diamantina, no Estado de Minas Gerais, possui o curso de Agronomia desde 2002, e possui programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais, podendo interagir com as formas de instrução teórica e na prática. Essa interação dos alunos com as famílias será benéfica tanto para os alunos como para as famílias, já que os alunos poderão fazer o treinamento teórico/prático e as famílias, uma atividade complementar ás atividades normais. Acreditamos que essa iniciativa pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região.
Os benefícios advindos de ações de incentivo ao consumo de hortaliças abrangem desde a redução de despesas com saúde, à ampliação da produção com reflexos positivos sobre todos os elos da cadeia produtiva. O aspecto educativo de uma horta comunitária não se prende somente ao fato de que a mesma possibilita o consumo de hortaliças frescas e ricas em vitaminas e sais minerais, pois fornece uma fonte de renda alternativa para as famílias carentes, promovendo assim uma melhoria de vida da população beneficiada. Desta forma, projetos educativos como hortas comunitárias são extremamente importantes, uma vez que os alunos da Agronomia e os professores da UFVJM transferem o conhecimento científico adquirido na universidade para as famílias, e estes poderão além de melhorar a alimentação, adicionar uma atividade complementar, além de complementação de renda. Por meio da extensão, a universidade tem a oportunidade de levar, até a comunidade, os conhecimentos de que é detentora, os novos conhecimentos que produz com a pesquisa, e que normalmente divulga com o ensino. É uma forma de a universidade socializar e democratizar o conhecimento, levando-o aos não universitários (Silva, 1996). A UFVJM localizada em Diamantina, possui o curso de Agronomia desde 2002, e programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais, podendo interagir com as formas de instrução teórica e na prática. Essa interação entre as famílias com os discentes do curso de Agronomia da UFVJM será benéfica já que os discentes poderão fazer o treinamento teórico/prático, terão proximidade com a comunidade, formando um profissional mais humano.
1- Capacitar famílias carentes para implantação de hortas, fornecendo treinamento para a produção de hortaliças e os manejos adequados da cultura; 2 - Gerar renda e promover a sustentabilidade econômica, social e ambiental da região.
- Fornecer fonte de renda para a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica do município de Presidente Juscelino; - Fortalecer a economia local por meio do cultivo de hortaliças; - Proporcionar uma atividade alternativa para as famílias; - Incentivar os alunos da Agronomia da prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e formação de profissionais com âmbito social.
O curso será ministrado com carga horária teórica (CHT) e prática (CHP) e será constituído de 4 módulos. Módulo 1 - Horta: O que, quanto, quando e para quem produzir? CHT - 4 horas CHP - 4 horas - Escolha do local, culturas, cultivares, posição de canteiros, localização da irrigação, quebra vento. Módulo 2 - Produção de mudas CHT - 4 horas - Mudas via sementes e propágulos vegetativos; Uso de substratos comerciais e alternativos; Mudas de sementeiras, bandejas e recipientes recicláveis. CHP - 4 horas - Produção de mudas em bandejas; Produção de mudas em recipientes recicláveis. Módulo 3 - Tratos culturais CHT - 4 horas Semeio em canteiro definitivo; Preparo dos canteiros; Adubação; Capinas; Podas; Desbastes; Tutoramento; Amontoa; Raleio. CHP - 4 horas Implantação de canteiros; Distribuição de adubos Capina; Tutoramento. Módulo 4 - Planejamento, classificação e comercialização CHT - 4 horas - Planejamento/Escalonamento; Classificação; Comercialização; Cálculo de custo e preço de venda. CHP - 4 horas- Classificação; Cálculos de custos O curso acontecerá de forma presencial na infraestrutura do CRAS da Prefeitura Municipal de Presidente Juscelino. A parte teórica será ministrada em uma sala e utilizando recurso de datashow. A parte prática será executada na área externa, onde já existe 45 canteiros distribuídos em uma área de 900 m2, com disponibilidade de água. Será construída uma cartilha com as principais informações práticas dadas no curso, bem como receitas de caldas alternativas para combate de doenças e pragas.
ALBUQUERQUE, J. O. de. Horta comunitária de Maringá. Mostra de projetos 2011.Maringá, 2011 FILGUEIRA, F. A. R, & FILGUEIRA, F. A. R. (2008). Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças 3 ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa,422p. FONTES, P.C.R. 2005. Olericultura: teoria e prática. Viçosa: UFV, p. 3-13. FLOSI, S. Hortas comunitárias melhoram qualidade da alimentação nos centros urbanos. Folha de São Paulo. São Paulo,19 out. 2004. GALLO, Z.; SPAVOREK, R. B. M.; MARTINS, F. P. L. 2004. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba, SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. 2. Anais..., 2004. PALÁCIOS, A.R.O.P.; SALINEIRO, A.P. dos S.B.; NARDI, A.C.F.; ALBUQUERQUE, J.O. de. O Projeto Hortas Comunitárias no Município de Maringá. LILACS,SãoPaulo,nº48, p. 33-41, jun. 2012. GALLO, Z.; SPAVOREK, R. B. M.; MARTINS, F. P. L. 2004. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba, SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. 2. Anais... , 2004. MONTEIRO D; MENDONÇA M M. 2004. Quintais na Cidade: a experiência de moradores da periferia do Rio de Janeiro. Agriculturas 1: 29-31.
A interação dialógica orienta o desenvolvimento de relações entre a UFVJM e os setores sociais marcadas pelo diálogo e pela troca de saberes, superando-se o discurso da hegemonia acadêmica e substituindo-o pela ideia de aliança com movimentos, setores e organizações sociais. A Interação Dialógica é estabelecida como desenvolvimento de relações entre universidade e setores sociais marcadas pelo diálogo, pela ação de mão-dupla, de troca de saberes, de superação do discurso da hegemonia acadêmica (FORPROEX, 2001). Freire (1979) acrescenta que, a universidade interagindo com a sociedade, tem papel determinante no que tange à capacidade de provocar a transição de uma consciência ingênua para uma consciência crítica fomentadora de transformações na comunidade em que os indivíduos vivem e atuam, isso é possível via interação dialógica, a universidade tem o dever de transmitir à sociedade os conhecimentos adquiridos ao longo de toda uma tradição acadêmica. Desta forma, durante o curso haverá uma constante comunicação e troca de conhecimentos. A equipe de estudantes e professores terá oportunidade de mostrar, de forma simples, usando a linguagem do produtor, os seus conhecimentos, mas ao mesmo tempo, ouvir as famílias participantes sobre suas dificuldades e dúvidas quanto a produção de hortaliças. Na grande maioria, as famílias que vivem no campo possuem experiências de cultivos no campo. Ouvi-las será muito importante pois além de valorizar os seus conhecimentos, mostrar que o conhecimento deles é importante. Para os discentes será uma experiência de conhecimento e saber respeitar o conhecimento tradicional.
Interprofissionalidade é um termo usado para definir a atuação conjunta de diversos profissionais dentro de suas áreas de competência, integrando saberes (domínio cognitivo) e compartilhando práticas ou colaborando em atividades complementares (domínio pragmático), processos estes mediados por afetos. Assumindo este conceito de interprofissionalidade, podemos perceber que ela entra em confronto com a lógica profissional, onde há limites bem estabelecidos para a atuação de cada categoria, regulamentada por leis e fiscalizada pelos conselhos de classe. Consideramos haver assimetrias na permeabilidade entre a interdisciplinaridade e a interprofissionalidade. A interdisciplinaridade ocorre no campo da organização dos saberes, sendo estes mais facilmente compartilhados, se compararmos com as possibilidades de partilha de práticas e do fazer profissional (ELLERY; BARRETO, 2018). As atividades propostas no curso exigirão da equipe conhecimento em várias áreas, não só de olericultura, mas como solos, métodos e épocas de cultivo, irrigação. Assim, principalmente os discentes, terão oportunidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aulas de diferentes áreas. Durante a fase de planejamento, terão oportunidade de trabalhar em grupo, respeitando as opiniões dos colegas, chegando de forma organizada ao objetivo.
O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão reflete um conceito de qualidade do trabalho acadêmico que favorece a aproximação entre universidade e sociedade, a auto-reflexão crítica, a emancipação teórica e prática dos estudantes e o significado social do trabalho acadêmico (ANDES, 2003, p. 30). Cursos que atendam às necessidades da sociedade, podem ser operacionalizados por meio de atividades curriculares como Extensão Universitária e Atividades Complementares, buscando intervenções que envolvam diretamente as comunidades externas, com demonstração e aplicações do ensino e pesquisa adquiridos no curso de Agronomia, junto a extensão externa à universidade. No caso do curso, os discentes terão contato direto com a comunidade, repassando-os conhecimentos adquiridos dentro da instituição. Portanto, ações dessa natureza, envolvem o tripé da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão e ainda permitem, ofertar opções de carga horária para estudantes que necessitam de cumprir os 10% da carga horária total do curso em extensão.
A extensão universitária aproxima os estudantes junto à comunidade externa, aprimora e permite a troca de conhecimentos, impacta e transforma aqueles que passam pela experiência de formas diferentes e ao mesmo tempo, permite mudanças na formação, na vida pessoal, na sociabilidade e na simples relação com o mundo. Em soma, as ações de extensão são ainda importantes para que os estudantes coloquem em prática o aprendizado técnico desenvolvido dentro da universidade, de forma que isso possa ser propagado e aplicado ao meio externo. O curso apresenta elevado potencial de contribuição na formação dos estudantes do curso de Agronomia. Assim, o curso irá propiciar a discentes do curso de Agronomia, acessar os conhecimentos práticos que lhes permitam aprimorar habilidades acadêmicas para sua vida profissional. O estudante do curso de Agronomia possui na sua estrutura curricular a unidade curricular de Olericultura no sexto período. Nesta disciplina o aluno tem uma visão sobre a olericultura como uma atividade agrícola de importância socioeconômica para o país e desenvolvem a capacidade de tomar decisões corretas na orientação, planejamento e execução de atividades hortícolas, no que diz respeito aos aspectos técnicos de produção e mercado. Então o aluno tem conhecimento teórico e pode compartilhar deste na prática, colaborando com o curso.
O conhecimento acadêmico fornecido à sociedade, pode influenciar a vida de inúmeras pessoas e agir como instrumento de mudança social e econômica, pois permite a melhoria na qualidade de vida. Para o presente curso, é estimada a participação de 5 famílias de baixa vulnerabilidade do município de Presidente Juscelino. Diante disso, um dos principais impactos desse curso é levar informações a essas famílias para que as mesmas possam iniciar uma atividade agrícola, como hortaliças em um ambiente urbano, que quando em produção, terão produtos para comercializar, aumentando a renda familiar, além de melhorar a qualidade da alimentação, com o consumo de hortaliças. Assim, a principal transformação social é a garantia de produção pelas familias com excelência e uso de alternativas ali presentes para consequente geração de renda e melhoria na qualidade de vida.
A divulgação ocorrerá nas redes sociais do NEPO (Grupo de estudo e pesquisa em Olericultura) da UFVJM e da Prefeitura Municipal de Presidente Juscelino, e resumos em eventos que envolvam extensão, como o Sintegra
Caracterização do Curso ou Oficina
Iniciação
120
O curso será dividido por módulos: Módulo 1: Horta: O que, quanto, quando e para quem produzir Módulo 2: Produção de mudas Módulo 3: Tratos culturais Módulo 4: Planejamento, classificação e comercialização. Cada módulo constituirá de 4 horas teóricas e 4 horas práticas, ministrados em 4 sábados (com datas a definir). O curso terá um total de 32 horas presenciais. No entanto, para elaboração do curso e cartilhas, a equipe necessitará de 88 horas adicionais, aproximadamente, 8 horas semanais.
O curso será ministrados por estudantes de graduação, com orientação do professor. Produção de Hortaliças – apresentar a produção de mudas (via sementes e propágulos vegetativos, o uso de substratos comerciais e alternativos); o transplantio; os principais tratos culturais e o planejamento para produção.
Será computada a carga horária de presença, sendo necessária o mínimo de 75% e o desempenho e participação durante as aulas práticas e teóricas.
No último dia do curso será fornecido um questionário para avaliação do curso
Público-alvo
Foram selecionadas 5 famílias de baixa renda, atendidas pelo programa do governo de bolsa família. A seleção deu-se pelo CRAS da prefeitura municipal de Presidente Juscelino.
Municípios Atendidos
Presidente Juscelino - MG
Parcerias
Seleção das famílias que participarão do curso e liberação dos espaços físicos para as atividades do curso
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 120 h
- Manhã;
- Tarde;
Parte teórica e prática do módulo 2
- Manhã;
- Tarde;
Parte teórica e prática do módulo 3
- Manhã;
- Tarde;
Parte teórica e prática do módulo 4
- Manhã;
- Tarde;
Parte teórica e prática do módulo 1
- Manhã;
- Tarde;
Serão realizadas reuniões de aproximadamente 8 horas semanalmente para planejamento e confecção do curso (materiais para as práticas e cartilhas)