Visitante
Respirando Saúde e Vitalidade Através da Meditação
Sobre a Ação
202203000607
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
25/09/2023
31/10/2024
Dados do Coordenador
kelly cristina kato
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Saúde Humana
Municipal
Não
Não
Não
Dentro do campus
Integral
Não
Membros
Este projeto irá realizar Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), em especial a meditação, de forma a conscientizar e aproximar o DEFAR/UFVJM (docentes, discentes, técnicos e terceirizados) da comunidade em prol da promoção da saúde e do bem-estar. Com ênfase no aspecto interdisciplinar, espera-se despertar o autoconhecimento, a formação de identidade profissional humanista, trocas entre entre pares, que resultem na melhoria da autoestima e identidade acadêmica.
Autoconhecimento; Imagem Profissional; Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), meditação
Uma das grandes preocupações dos cursos de graduação, incluindo o curso de Farmácia, são os notórios índices de retenção e evasão dos cursos observados. Ainda que este fenômeno seja de natureza multifatorial, grande parte dele encontra-se envolvido em aspetos de relações intra- e interpessoais, progressivamente culminando na atenuação da vinculação individual com o percurso educacional. Uma formação mais humanista em Farmácia era pouco valorizada no passado, sendo que os cursos tinham caráter fortemente tecnicista e profissionalizante (FIGUEIREDO, RODRIGUES-NETO, 2010). Posteriormente, houve (e ainda há) a necessidade de atividades que desenvolvam o pensamento crítico nos alunos, visando favorecer a solução de problemas, o trabalho em equipe, as habilidades de comunicação e liderança, a integração de conhecimentos e o uso de tecnologia da informação, com exigências de competências para visão sistêmica, compreensão do todo, capaz de mobilizar e integrar conhecimentos para uma atuação mais assertiva, de forma que surge para atingir esses objetivos a extensão universitária (EINSFELD et al., 2009; RIOS, 2011). A extensão universitária se mostra como uma importante ferramenta capaz de promover ações que não só aproximam a Universidade da sociedade, mas que visem à superação de problemas atuais sejam de ordem social, política ou econômica. As ações de extensão são contínuas, de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico, articuladas em função dos interesses da comunidade (FERNANDES, 2016). A extensão aproxima o aluno das demandas da sociedade, fortalecendo sua formação cidadã. Para o aluno, a extensão é também o lugar do reconhecimento e aceitação do Outro e da diversidade (GADOTTI, 2017) As PICS foram oficialmente incorporadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) mediante a promulgação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Essa política foi ratificada por meio da Portaria GM/MS nº 971, datada de 3 de maio de 2006. A PNPIC estabeleceu orientações e encargos institucionais para viabilizar a disponibilização de recursos e tratamentos na esfera da Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Medicina Antroposófica, bem como o Termalismo Social e Crenoterapia. Em março de 2017, um marco significativo foi atingido, com a expansão da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, incorporando 14 novas modalidades terapêuticas, após a publicação da Portaria GM nº 849/2017. Este acréscimo abrangeu práticas como Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga. Em 2018, houve uma ampliação ainda mais abrangente, adicionando à lista Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais. Assim, na atualidade, um conjunto de 29 procedimentos engloba as PICS. Estes recursos engajam abordagens que procuram estimular os mecanismos inatos de prevenção de doenças e recuperação da saúde por intermédio de terapias consideradas seguras. Com o objetivo de praticar a integralidade e a atenção humanizada, as abordagens apresentam ênfase à escuta acolhedora, à consolidação do elo terapêutico e à harmonização entre o ser humano, o ambiente circundante e a sociedade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Compreende-se adicionalmente que as PICS promovem o reforço do SUS ao operar nos âmbitos da prevenção, promoção, conservação e restabelecimento da saúde, revelando-se como um marco no desenvolvimento do SUS. Isso assegura o acesso da população brasileira a serviços outrora limitados ao âmbito das práticas particulares. Dentre as PICs, destaca-se a meditação que pode ser definida como uma prática de integração mente-corpo baseada na vivência do momento presente, com consciência plena e não julgadora a cada instante (Demarzo, 2011), podendo desempenhar efeitos positives como atenuar o estresse e a ansiedade nos processos saúde-doença, na qualidade de vida e no bem-estar (Pereira, 2018). Desta forma, o projeto reveste-se de uma natureza educacional e social, materializando-se através da viabilização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no período de outubro de 2023 a outubro de 2024. Sob um enfoque primordialmente interdisciplinar, as referidas práticas serão conduzidas por docentes e discentes de Farmácia da UFVJM, direcionando-se, primariamente, a esta mesma comunidade acadêmica. Dentre as PICS, este projeto tem como foco na prática de Meditação, que poderá ser associada a outras PICs como a Aromaterapia.
No transcurso histórico, o curso de Farmácia tem exibido alguns indicadores desfavoráveis. Por exemplo, no ano de 2019, a taxa de diplomação perfazia 30,77%, com índices de evasão e retenção de 2,54% e 83,10%, respectivamente. Além disso, há diversos depoimentos de descontentamento por parte dos estudantes, tanto com o curso em si, quanto com a própria vida acadêmica. Esses indicativos suscitam preocupações, sobretudo considerando que a prolongação do tempo de formação acadêmica pode acarretar desdobramentos financeiros onerosos tanto à instituição quanto às famílias. Ademais, delineiam implicações de ordem social e psicológica na coletividade acadêmica, contribuindo inclusive para o fenômeno de evasão (OLIVEIRA et al., 2021). Conforme discorrido por Carvalho e Filho (2015), as adversidades enfrentadas pelos discentes corroem a persistência no prosseguimento dos estudos, fomentando, por conseguinte, as acentuadas taxas de evasão dos cursos. Mediante a implementação da PNPIC pelo Ministério da Saúde em 2006, foi viabilizada a incorporação de novas modalidades terapêuticas no âmbito do SUS, com a finalidade de proporcionar formas abrangentes de cuidado na perspectiva da integralidade. Essa abordagem holística do ser humano, entendendo-o como um todo, ancorada no modelo biopsicossocial e encorajada por ações de promoção da saúde e prevenção de enfermidades (DACAL E SILVA, 2018), converge para a valorização das PICS como uma via para essa transformação. As PICS buscam tratar o indivíduo em sua totalidade, reconhecendo a interconexão entre desequilíbrios orgânicos e emocionais. Essa perspectiva nos incita a ponderar sobre como esse impacto repercute não apenas na qualidade de vida, mas também na dimensão subjetiva dos estudantes em relação ao curso de Farmácia e à trajetória acadêmica (DACAL E SILVA, 2018). A inquestionável relevância das PICS para a comunidade torna-se patente ao enxergar o indivíduo em sua amplitude, sem negligenciar a compreensão de sua singularidade no contexto dos processos de saúde e adoecimento (BRASIL, 2006). Os benefícios advindos das PICS englobam a atenuação da dor, aprimoramento da qualidade do sono, mitigação da tensão muscular, incremento da imunidade, redução do estresse, assim como a atuação na redução da ansiedade e no aprimoramento de quadros depressivos (MARTINS, 2016; PEREIRA, 2018; SILVA e BELFORT, 2023). Dessa maneira, os resultados positivos já atestados na literatura corroboram a importância do presente projeto. O intuito é viabilizar práticas coletivas nos campos de Meditação ( associadas a outras práticas como a Aromaterapia), voltadas para os estudantes do curso de Farmácia/UFVJM e comunidade externa que se interesse pelo tema. A participação ativa dos estudantes será um pilar fundamental em todas as etapas do projeto, abrangendo o planejamento, a execução, e a subsequente avaliação. Quanto à participação dos discentes, é importante destacar que ela se materializa como um meio de proporcionar um impacto significativo à sociedade logo durante o processo de formação dos estudantes. Essa abordagem fomenta o amadurecimento científico e se empenha na promoção do bem-estar dos integrantes da comunidade acadêmica ou externa, buscando contribuir com a manutenção dos estudantes no percurso acadêmico e minimizar os desafios advindos do cotidiano. Assim, considerando também que um dos objetivos do Plano Nacional de Extensão Universitária, o qual rege a Política de Extensão da UFVJM, é “reafirmar a Extensão Universitária como processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, além de indispensável na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade” (MANAUS, 2012), destaca-se a importância da extensão a todos os atores sociais envolvidos neste Projeto, permitindo o desenvolvimento de uma ação educativa crítica e emancipatória com formação humana e cidadã com responsabilidade social gerador da democratização do conhecimento (ANDRADE et al., 2018).
Geral: Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade, particularmente daqueles envolvidos com o Departamento de Farmácia/UFVJM, promovendo a interação da comunidade acadêmica, a interdisciplinaridade na área da Saúde e em outras áreas, o autoconhecimento, a troca de experiências entre os envolvidos (docentes, discentes, técnicos administrativos e os demais participantes que se interessarem pelo tema) e buscando o objetivo comum de transformação social no ambiente em que este projeto está inserido. Objetivos específicos: - Promover o diálogo e a troca de saberes sistematizada entre os membros diversos da comunidade acadêmica. - Buscar a formação humanizada de profissionais cidadãos. - Propiciar desenvolvimento de habilidades de autoconhecimento e relações intra- e interpessoais. - Possibilitar ao estudante de Farmácia compartilhar responsabilidades e executar ações de forma conjunta com a comunidade acadêmica em prol da melhoria da competência de se tornar um profissional humanista e cidadão – Estimular interesses acerca das concepções, dos benefícios e das indicações das PIC no SUS com o objetivo de torná-las mais conhecidas e cada vez mais acessíveis aos usuários
- Melhorar a qualidade de vida das pessoas atingidas pela ação, a partir de um maior autoconhecimento - Contribuir com a formação de profissionais da saúde conscientes e autônomos em relação ao assunto foco de sua profissão, desenvolvendo o aspecto humanista do profissional. - Permitir o desenvolvimento de competências e habilidades pessoais para os participantes do projeto, mediante a integração dos conhecimentos, experiências e vivências com temas relevantes sobre as PICs - Fomentar as trocas de experiências pessoais, científicas e profissionais. - Reforçar para a comunidade a importância do autoconhecimento e do conhecimento científico como orientador das ações e atitudes. - Divulgar os resultados do projeto de extensão em eventos científicos.
O projeto será desenvolvido por uma equipe composta por docentes e discentes do curso de Farmácia/UFVJM, com colaboração dos discentes matriculados nas disciplinas ministradas pelos docentes neste curso. O projeto será desenvolvido conforme as seguintes etapas: 1. Levantamento de material audiovisual e organização das abordagens a serem realizadas: Na fase inicial, haverá capacitação dos extensionistas associada à pesquisa de material audiovisual para utilização nas oficinas. Os acadêmicos realizarão um levantamento na literatura de material audiovisual e organização do cronograma das oficinas. 2. Divulgação e realização das oficinas de meditação ( associadas ou não à aromaterapia) conforme o cronograma elaborado: Para o início das atividades, será realizada ampla divulgação nas disciplinas relacionadas e nos espaços ocupados pelo público-alvo, havendo inscrição dos discentes e dos demais nas oficinas conforme o número de vagas disponibilizadas para cada data. Os discentes do curso de Farmácia terão prioridade na participação das oficinas, considerando fatores biopsicossociais observados. As oficinas coletivas serão realizadas semanalmente, presencialmente, no prédio do curso de Farmácia, UFVJM, Campus JK, em local a ser reservado. O objetivo é fazer um seguimento longitudinal, de maneira que haja o mínimo de rodízio possível de participantes. Entende-se que o vínculo entre os participantes das práticas coletivas é, por si, terapêutico e deve ser zelado durante o processo. Os acadêmicos irão participar de todo o processo de planejamento, avaliação e condução do projeto. Inicialmente, irão divulgar as práticas e convidar usuários para o projeto, além de organizar as reuniões de alinhamento com os professores responsáveis. O engajamento, a autonomia e a pró-atividade dos estudantes será fomentado durante a realização do projeto, com a finalidade de desenvolvimento pessoal e profissional. Os estudantes irão contribuir com a organização da agenda e avaliação dos processos de trabalho no decorrer de todo o período do projeto. Serão realizadas reuniões de planejamento das ações. Ao final das oficinas, haverá um espaço para um breve compartilhamento das experiências vividas naquele momento. 3. Avaliação: Ao final do ciclo de oficinas, será disponibilizado a cada usuário participante um formulário para avaliação. Dessa forma, será possível ter um retorno e dar seguimento ao projeto com possíveis ajustes e melhorias. De acordo com a participação (número de participantes externos), os temas publicados ofertados poderão sofrer variações ao longo do projeto. O alcance dos objetivos e das metas estabelecidas também irá ocorrer em reuniões periódicas com os integrantes a fim de apontar desvios, necessidade de ajuste do projeto, identificar as experiências exitosas e as lições aprendidas que permitirão aprimorar o processo da ação extensionista. Será acompanhado também o desempenho dos estudantes nas disciplinas relacionadas. 4. Divulgação: Ao final do projeto haverá a organização dos dados obtidos para divulgação em eventos científicos. Além disso, serão elaborados os relatórios, conforme especificado no edital. O projeto terá duração de 12 meses, sendo o primeiro mês dedicado a organização, planejamento e alinhamento teórico conceitual com os alunos participantes. Serão respeitados os princípios de bioética na realização das oficinas, em conformidade com a formação ética na área da saúde. As tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) poderão ser utilizadas e aplicadas neste projeto conforme a conveniência, para divulgação, inscrição e realização das oficinas.
ANDRADE, Rubya Mara Munhóz de; MOROSINI, Marília Costa; WIEBUSCH, Eloisa Maria. Desafios Contemporâneos da Extensão Universitária: da invisibilidade à curricularização. In: X Congresso Ibero Americano de Docência Universitária-CIDU. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. DACAL, Maria del Pilar Ogando; SILVA, Irani Santos. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Saúde em debate, v. 42, p. 724-735, 2018. DEMARZO, M. M. P. (2011). Meditação aplicada à saúde. Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade. Artmed, 6, 1-18. EINSFELD, Lídia et al. A extensão universitária enquanto ferramenta para formação de um novo perfil de profissional farmacêutico. Extensão [internet], v. 8, n. 2, p. 23-32, 2009. FIGUEIREDO, Maria Fernanda Santos; RODRIGUES-NETO, João Felício; LEITE, Maísa Tavares Souza. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, p. 117-121, 2010. GADOTTI, Moacir. Extensão universitária: para quê. Instituto Paulo Freire, v. 15, p. 1-18, 2017. OLIVEIRA, Leida Calegário; REIS, Angélica Pataro; VIEIRA, Flaviana Tavares (org.). Estratégias de enfrentamento à retenção e evasão no curso de Farmácia da UFVJM. Diamantina: UFVJM, 2021. 235 p. PEREIRA, A. (2018). A produção científica sobre meditação: Artigos de 2009 a 2018 [Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal de Uberlândia]. Repositório Institucional UFU. https://repositorio.ufu.br/ handle/123456789/23631 RIOS, F. A formação generalista como fator de qualidade. In: CECY, C.; OLIVEIRA, G. A.; COSTA, E. M. M. B. (Orgs.). Melhoria da qualidade em educação farmacêutica. Brasília: Cidade Gráfica e Editora, 2011. SILVA, Luciene Martins; BELFORT, Marcia Guelma Santos. A aplicabilidade das pics na assistencia de enfermagem em pacientes com doença crônica: revisão integrativa. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 5, p. 2161-2174, 2023.
O projeto almeja suscitar o diálogo acerca das PICS, as quais revitalizam os saberes tradicionais pertinentes às abordagens de cuidado. Ao longo dos encontros, os participantes terão a oportunidade de compartilhar suas vivências e saberes, assim como conceber novas perspectivas de cuidado por intermédio da troca de conhecimentos. A convergência entre o conhecimento acadêmico e o acervo de saberes populares viabiliza a construção de abordagens de saúde mais emancipatórias. Os estudantes que irão executar o projeto participarão de todas as etapas dele, desde os estudos iniciais, até a ação e confecção do relatório final. Não iremos dialogar apenas com a equipe extensionista, mas a interação com o público que participará das ações será importante durante todo o projeto pois trarão novas ideias e/ou complementação para as ações a serem desenvolvidas. Assim, espera-se que as dúvidas tragam mais interações e novas abordagens sobre outros temas de Farmácia e/ou Saúde. Buscar-se-á a formação de um profissional cidadão a partir desta possibilidade de interação com a comunidade estando inserido nela, o que possibilita trocas pelas interações com o público e com seus pares e docentes envolvidos.
A temática deste projeto abrangerá a interdisciplinaridade, envolvendo conhecimentos em áreas diversas e relacionadas com as Ciências Farmacêuticas. Os temas, por serem comuns no cotidiano do público-alvo, poderão servir para discussão de interesse de profissionais da saúde, incluindo o Farmacêutico, ou de outras áreas e com diferentes formações escolares, que podem trazer suas próprias reflexões em outros assuntos e temáticas a partir do autoconhecimento proporcionado pela aplicação das PICS no contexto deste Projeto. Haverá impacto na formação e a ação profissional dos estudantes, porque poderão viver suas teorias aprendidas na Academia, além de aprimorar relações interpessoais e interprofissionais com seus pares, além de fomentar o crescimento humanista, tão necessário pra o futuro profissional.
Este projeto busca se alinhar com as diretrizes para a extensão universitária da UFVJM e do Forproex. Entende-se o ensino, a pesquisa e a extensão como indissociáveis e, desta forma, é interessante a intercomunicação entre essas três dimensões. Assim, propõe-se que, da mesma forma em que se pode gerar um conhecimento a ser ofertado para a sociedade, a pesquisa sistemática para a organização deste conhecimento é premissa para esta oferta e, por fim, a troca dos conhecimentos integrados permite o diálogo entre os estudantes extensionistas e toda a comunidade dentro e fora da universidade. Acredita-se que este trabalho irá contribuir para promover a divulgação da ciência, por meio da troca mútua de conhecimento acadêmico sobre o Cuidado à saúde e uso de PICs entre o público-alvo. Desta forma, a vivência no campo de prática traz um retorno de aprendizado para estudante. Além dos conhecimentos diretamente relacionados com o tema do projeto, outras habilidades transversais também são trabalhadas nesta interrelação, como o conhecimento de metodologias participativas para a construção de conhecimento e fortalecimento das práticas de extensão; o compartilhamento da responsabilidade de executar ações de forma conjunta para maior chance de sucesso; a compreensão integrada de cada ator envolvido no projeto como um ser humano que tem necessidade de interagir, criar, realizar, contribuir, sentir-se útil, promovendo ações que atendam suas demandas de sociabilidade e troca de experiências. Portanto, este projeto associará o ensino – através de conhecimentos adquiridos pela Academia e possível melhoria de condutas para sua aprendizagem, a pesquisa- via busca literária para solução ou minimização de demandas que afligem o público-alvo e pesquisa ativa para respaldar as ações com dados científicos – e a extensão – via diálogo com comunidade acadêmica e possibilidade de expansão para público externo aos muros da UFVJM.
A participarem do Projeto, os estudantes envolvidos não apenas adquirem conhecimento acadêmico a respeito das PICS e fortalecimento das mesmas, mas também experimentam as próprias práticas que sustentam uma perspectiva terapêutica. Isso denota que, além de enriquecer seus repertórios cognitivos, o projeto também desempenha um papel como espaço para autocuidado. Esta dimensão, aliada ao compartilhamento de experiências, contribui não somente para a humanização do processo educacional, mas também fomenta o compromisso social inerente à profissão. O projeto de extensão, com protagonismo dos discentes, também permitirá aos envolvidos aprofundarem seus conhecimentos em relação aos temas pesquisados, tornando-se ainda mais qualificados para o mercado de trabalho. Quando se considera o novo conceito de saúde, e a postura que este conceito demanda dos profissionais de saúde, observa-se que tais conhecimentos não podem ser meramente abordados em sala de aula, pois tratamos aqui de habilidades sabidamente inerentes ao desenvolvimento no dia a dia, na incorporação à prática profissional enquanto parte de um processo de formação. Adicionalmente, espera-se que seja proporcionado aos discentes o desenvolvimento de habilidades necessárias para um profissional mais humanizado.
Este projeto buscará sensibilizar o indivíduo a compreender por si mesmo alguns aspectos que permeia seu próprio cotidiano. Com a necessidade de isolamento durante a pandemia da COVID-19, vários questionamentos existenciais vieram à tona, o que exerceu um impacto direto sobre a saúde mental da população. Ao introduzir práticas coletivas, o projeto concederá aos participantes oportunidades para interação social e a construção de laços. As práticas oferecidas atuam como recursos para a saúde mental, auxiliando os participantes a enfrentar de maneira mais eficaz o estresse, a ansiedade, a depressão - todos eles sintomas que se intensificaram durante o período pandêmico e que refletem diretamente na sua vida acadêmica. Além disso, é importante notar que o campo das PICS enfrenta uma carência de informações de qualidade para a sociedade ou dificuldades em sua prática principalmente no âmbito do SUS, fatores que este projeto contribuirá em minimizar. Assim, entende-se que uma forma de proporcionar uma relação social de impacto no contexto deste projeto é a busca pela superação das desigualdades, a busca pela superação da exclusão e da indiferença ao qual muitas vezes determinados atores sociais envolvidos com o projeto são submetidos. Acredita-se sempre no protagonismo dentro da realidade em que se está inserido e que para isso a organização social é fundamental. É nesse sentido que se pretende humanizar o conhecimento, possibilitando de alguma forma a troca sistemática de saberes entre esses atores sociais.
A divulgação do projeto será realizada de forma presencial e de forma remota pela equipe, utilizando de meios de comunicação virtuais, como, por exemplo, as redes sociais Instagram®, WhatsApp®, Facebook®, YouTube®, dentre outras. A divulgação também ocorrerá de forma direta pelas redes pessoais dos estudantes.
Público-alvo
Discentes que irão desenvolver o projeto e executar o mesmo junto à comunidade externa
Servidores de diferentes áreas de atuação que se interessem pelo tema ou estejam com dificuldades psicoemocionais como ansiedade e desejem participar das práticas
Comunidade externa à UFVJM que desejem participar das práticas Servidores terceirizados que se interessem pelo tema
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 42 h
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Reuniões com o objetivo de apresentar, debater e discutir assuntos relativos aos temas desenvolvidos na ação. Caso hajam novas ideias e/ou complementação para as ações a serem desenvolvidas, as novas abordagens serão discutidas e avaliadas para execução ou não.
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- Tarde;
Capacitação dos extensionistas para atividades, além de treinamento em ferramentas de tecnologia da informação e comunicação, cronograma das etapas e demandas de cada grupo. Essa atividade ocorrerá semestralmente
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- Tarde;
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Busca ativa de material audiovisual para ser utilizado durante as oficinas práticas.
- Manhã;
- Tarde;
Oficina com Prática Meditação. Poderá ser acompanhada com aromaterapia. Propomos a duração média de 40-60 minutos de oficina semanalmente.
- Manhã;
- Tarde;
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Avaliação do Projeto que ocorrerá durante o andamento da sua execução, através da verificação de dificuldades encontradas pelos estudantes nas etapas em andamentos, além da observação do perfil e engajamento de cada componente da equipe. Haverá discussão nas reuniões intraequipe para readequação, se necessário.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Este relatório conterá uma descrição das atividades realizadas ao longo do trabalho neste projeto.