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Ações em Saúde Coletiva: trabalhando a cidadania universal com jovens
Sobre a Ação
202203000618
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
CONCLUÍDA - ARQUIVADA
25/09/2023
26/02/2024
202104000036 - Programa de Extensão em Saúde Coletiva
Dados do Coordenador
ana paula azevedo hemmi
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Educação
Saúde
Grupos sociais vulneráveis
Local
Não
Sim
Não
Dentro e Fora do campus
Manhã
Não
Membros
Trata-se de um projeto de extensão em interface com ensino da Saúde Coletiva em disciplinas oferecidas a discentes dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, como parte da creditação em extensão. O objetivo é trabalhar a cidadania universal com jovens da Escola Profissionalizante Irmã Luiza (Epil), localizado no bairro Rio Grande.
Participação social, cidadania, saúde coletiva
A ideia de cidadania universal surge como parte da Proteção Social (PS) assumida pelo Estado brasileiro na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). Essa expressão possui relação com o modelo de PS adotado pelo país: Seguridade Social. Esta engloba no caso brasileiro a Assistência Social, à Saúde e a Previdência Social como base e garantia de bem-estar a sua população (FLEURY, OVERNEY, 2008). A Epil possui como proposta trabalhar com jovens em idade escolar que a frequentam no contraturno da escola. Essa é uma forma de trabalhar a prevenção de agravos sociais. Este projeto, ao se vincular a Saúde Coletiva, busca trabalhar saúde em uma perspectiva biopsicossocial, por isso atuar junto a estudantes de graduação no cenário da Epil é uma oportunidade de aprendizado aos discentes em formação na área da saúde. Trata-se de uma forma de compreender na prática a relação entre o social e sua determinação na saúde e bem-estar de uma população.
Este projeto justifica-se tanto pelo lado do ensino da Saúde Coletiva na graduação de maneira a possibilitar os discentes um contato direto com a comunidade externa e trabalhando com temas que conhecem somente teoricamente; quanto também pela troca de saberes entre acadêmicos e jovens sobre os temas da cidadania, participação e engajamento social.
O objetivo é trabalhar a cidadania universal com jovens da Escola Profissionalizante Irmã Luiza (Epil), localizado no bairro Rio Grande.
Envolver os discentes de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia em ações da saúde coletiva no território; Proporcionar uma compreensão mais ampla e profunda aos discentes de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia sobre a relação entre saúde e bem-estar social; Trabalhar com os discentes de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia o respeito a cultura e saberes das comunidades de bairros periféricos.
Serão realizadas aulas teóricas com os discentes como forma de prepará-los para entrar em contato com os jovens. Para a turma de Fisioterapia e Enfermagem: 3 aulas de capacitação no campus Jk; 7 aulas (2h) em campo com os alunos da Epil. Para a turma de Farmácia: 39 horas de aula teórica mescladas a visitas técnicas e 6 horas para atividades de extensão. Para as monitoras que já tiveram experiência com os jovens da Epil, são realizados encontros as segundas e terças-feiras pela manhã.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. FLEURY, S.; OUVERNEY, A. M. POLÍTICA DE SAÚDE: UMA POLÍTICA SOCIAL. In: Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008. p. 23–64.
A interação dialógica acontecerá nos dias dos encontros a partir da utilização da participação das diversas experiências que a comunidade externa tem sobre saúde e bem-estar. Serão realizadas rodas de conversas e partiremos do que a comunidade externa conhece sobre os temas em pauta e, somente a partir de então, que os acadêmicos se manifestarão. A ideia principal é de conhecermos os saberes e representações sociais das pessoas sobre saúde coletiva e seus temas relacionados e fazer conhecidos os processos e conhecimentos científicos sobre a saúde e sua organização política e social. Acreditamos que esta é a maior contribuição que podemos possibilitar, já que acreditamos ser fundamental o conhecimento para que a participação se efetive no âmbito da saúde. A comunidade tem participado desde outros projetos já realizados nos últimos 5 anos em que os objetivos das propostas têm sido decididos pela comunidade externa e não pelos docentes e discentes.
O projeto envolve estudantes de diferentes cursos. Além disso, o objetivo da proposta é de se pautar em temas e não em uma área específica do conhecimento. Dessa forma, para se debater um tema, como por exemplo, "Por que há lixos espalhados nas ruas de Diamantina", será importante convidar pessoas ligadas ao meio ambiente, gestão pública e outros que forem necessários para debater com a equipe do projeto e com a comunidade externa sobre os temas.
O projeto surgiu a partir de estudos realizados por docentes e discentes de diversos cursos da UFVJM (Enfermagem, Fisioterapia, Humanidades, LEC, Educação Física, dentre outros) o que permitiu a elaboração deste projeto de extensão de maneira a nos fazer levar as discussões acadêmicas junto a comunidade externa, assim como está nos permitindo elaborar um projeto de pesquisa que será submetido para editais de financiamento em pesquisa. Isso demonstra como há uma relação direta entre ensino, pesquisa e extensão com a proposta.
Os discentes participarão de todos os momentos e compartilharão suas vivências como sujeitos da sociedade que vivenciam os problemas que serão debatidos em cada encontro com o público. Como impacto na sua formação, tem-se ampliar o entendimento sobre os temas, desenvolver trabalho em equipe, interação com outras áreas do conhecimento, reconhecimento da limitação de se trabalhar fechado em apenas uma área/curso, dentre outros.
A transformação social é um aspecto de longo prazo, porém atentar a formação crítica para a indissociabilidade da determinação social no processo saúde-doença e da importância da atuação intersetorial já se mostra como um passo importante para as futuras mudanças na sociedade de pessoas da região. Além disso, como impacto de curto prazo, tem-se a abertura à população/comunidade externa sobre temas que nos atingem diretamente como moradores de Diamantina, independente de classe social, raça, escolaridade, etc.
Redes sociais institucionais
Público-alvo
Jovens com idade entre 10 e 15 anos, moradores de bairros periféricos da cidade de Diamantina/MG.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 6 h
- Manhã;
Realização de encontros com os jovens sobre os temas: cidadania, participação, equipe, etc.
- Noite;
Realização de reuniões, discussões e preparo dos materiais a serem trabalhados.
- Manhã;
Elaboração a partir da participação do projeto de materiais didáticos para nortear as atividades de ensino em Saúde Coletiva.