Visitante
Revitalização da nascente do Lava-pés
Sobre a Ação
202203000654
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
16/10/2023
31/12/2024
Dados do Coordenador
eric bastos gorgens
Caracterização da Ação
Ciências Agrárias
Meio Ambiente
Educação
Recursos hídricos
Local
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Membros
O córrego Lava-pés e seu entorno enfrentam desafios significativos, com problemas de poluição e degradação ambiental que ameaçam sua integridade e seu valor histórico. O Projeto de Extensão que aqui apresentamos visa, portanto, unir esforços da comunidade, das instituições locais e das autoridades municipais para a recuperação e proteção da nascente do Córrego Lava-pés, localizada no centro histórico de Diamantina, em frente ao Museu Chica da Silva.
nascente, parque urbano, revitalização
A cidade de Diamantina, situada no coração de Minas Gerais, possui uma história rica e fascinante, marcada por personagens icônicos e eventos que moldaram a identidade cultural da região. Entre essas preciosidades históricas, destaca-se o córrego Lava-pés, cuja importância transcende o simples curso d'água que serpenteia pela cidade. Este córrego não apenas testemunhou a chegada dos tropeiros e comerciantes que abasteciam o Arraial do Tejuco, hoje conhecido como Diamantina, mas também desempenhou um papel vital no fornecimento de água às famílias que ali residiam, inclusive à casa de Chica da Silva, uma das figuras mais emblemáticas de nossa história. O córrego Lava-pés, cuja bacia hidrográfica se encontra totalmente inserida no perímetro urbano de Diamantina, corta a Rua Farinha Seca, via de chegada dos tropeiros e outros comerciantes ao Arraial do Tejuco (Diamantina), que viajavam transportando alimentos, utensílios domésticos, peças de tecidos e todo tipo de mercadoria necessária à comunidade. O córrego foi fonte de abastecimento de água de diversas famílias que ali residiam, dentre elas a casa de Chica da Silva. O nome Lava-pés se origina dos tropeiros que chegavam a Diamantina, vindos da região do Itambé e tinham o costume de lavarem os seus pés e se banharem antes de entrar na cidade. Posteriormente a rua ficou conhecida por esse nome, devido ao contexto histórico. Uma das nascentes do Lava-pés situa-se no fundo da casa da Chica da Silva, e sua rede de drenagem, passa dentro do parque urbano. Antigamente, a área do parque urbano pertenceu ao palácio onde morava o arcebispo. No local funcionava uma vinícola, com extensas áreas de plantações. A pequena casa, na parte baixa do parque urbano, servia de moradia para o responsável por fazer o vinho e cuidar da área. De modo a quitar dívidas da igreja, o local foi vendido para a prefeitura de Diamantina. A rede de drenagem foi canalizada com manilhas dentro do parque, incluindo o ponto em que cruza a rua Abílio Barreto. Atualmente, a nascente está localizada no fundo da rede de drenagem, após a rua. Uma das casas realiza pequenos represamentos da água para a criação de peixes. Na altura da rua Farinha Seca (Lava-pés), a água corre com expressivo volume, mas já associado ao esgoto. O Parque Urbano está localizado no centro histórico de Diamantina - MG em frente ao Museu Chica da Silva. O local se encontra em construção, para se tornar uma área de lazer para a comunidade. Antigos moradores dizem que no centro da área do parque a nascente do Lava-Pés aflorava até a segunda metade do século XX. Este projeto propõe ações que em conjunto com o desenvolvimento do Parque Urbano, promovam a revitalização e proteção da nascente do Córrego Lava-pés. Apresentaremos a seguir em detalhes as ações propostas para alcançar esse objetivo, destacando como a revitalização da nascente do Córrego Lava-pés se encaixa em nosso compromisso de preservar nossa herança cultural e ambiental enquanto promovemos o bem-estar e a qualidade de vida de nossa comunidade. Juntos, podemos trazer nova vida a essa jóia histórica e natural, garantindo que as futuras gerações também possam desfrutar dela como parte integrante de nossa cidade.
As nascentes desempenham papel fundamental no ciclo hidrológico, fornecendo água limpa para os córregos e rios que abastecem a cidade, além de ser fonte de vida para muitos organismos vivos. A vegetação ao seu entorno também possui sua importância, sendo essencial na proteção do solo, minimizando os efeitos prejudiciais das enxurradas e processos erosivos, regulando o microclima, dentre outros. Essas áreas são classificadas como Áreas de Preservação Permanente (APPs), e exigem cuidados especiais para que se mantenham preservadas, no entanto, o aumento populacional, a ocupação destas áreas e a incapacidade de se tratar corretamente todo o esgoto gerado nas cidades, tem prejudicado esses ambientes, sendo necessário ação preventiva nas gestões municipais para preservar nosso bem mais precioso: A água. Além da importância ambiental, a nascente tem uma forte ligação com a população local, sendo o parque urbano, um refúgio para todos dentro da cidade, dessa forma, o projeto de recuperação desta nascente tem o potencial de refletir a consciência coletiva para a temática do cuidado com as águas, uma iniciativa que visa garantir a qualidade de vida local e respeito ao meio ambiente.
O objetivo deste projeto é desenvolver ações com o intuito de revitalizar e proteger a nascente do Córrego Lava-pés, localizada no centro histórico de Diamantina, MG.
Promover a revitalização da nascente e seu entorno; Envolver a comunidade nas definições das ações prioritárias para recuperação da nascente; Promover ações de forma continuada.
A revitalização da Nascente do Córrego Lava-pés é um projeto estruturado em várias fases, cada uma desempenhando um papel crucial na restauração e preservação desse recurso natural. A metodologia envolve desde a avaliação inicial até a manutenção contínua e a avaliação dos resultados, com destaque para a participação ativa da comunidade como um elemento fundamental para o sucesso deste empreendimento de conservação ambiental. Fase 1: Avaliação e Diagnóstico Nesta etapa inicial, realizamos um levantamento de dados, coletando informações históricas e documentação relevante sobre a nascente e seu entorno. Além disso, avaliamos o estado atual da nascente, incluindo a qualidade da água, do solo (umidade) e possíveis fontes de poluição. Fase 2: Recuperação da Nascente Aqui, concentramos nossos esforços na desobstrução da rede de drenagem, removendo quaisquer obstruções que possam afetar o fluxo da água da nascente. Além disso, implementamos medidas para a restauração ambiental, como o replantio de vegetação nativa, e melhoramos a qualidade da água por meio de sistemas de filtragem e controle. Fase 3: Conscientização e Educação Ambiental Esta fase visa sensibilizar a comunidade sobre a importância da nascente revitalizada. Instalamos placas informativas no parque urbano para destacar o valor ecológico da nascente, promovendo a conscientização e a educação ambiental. Fase 4: Monitoramento e Manutenção Contínua Para garantir a sustentabilidade a longo prazo, estabelecemos um programa de monitoramento contínuo da qualidade da água e das condições da nascente. Além disso, agendamos atividades regulares de manutenção para preservar a saúde da nascente. Fase 5: Avaliação e Relatório Periodicamente, avaliamos os resultados do projeto, medindo melhorias na qualidade da água e o envolvimento da comunidade. Preparamos um relatório abrangente que documenta o progresso, os desafios enfrentados e as lições aprendidas durante todo o projeto. Esta metodologia aborda de maneira abrangente todas as etapas necessárias para revitalizar a Nascente do Córrego Lava-pés, ressaltando a importância da comunidade como um parceiro ativo na conservação ambiental.
Não possui.
As ações do projeto para recuperar a nascente Lava-pés proporcionam uma ligação direta com a comunidade que poderão saber da história, cultura e importância da nascente, assim se conscientizando do valor da nascente para a sociedade e o meio ambiente. A recuperação proporciona o surgimento de um ponto turístico e histórico dentro do parque urbano. Este projeto inclui a promoção dialoga entre a comunidade acadêmica e os setores sociais por meio do seguinte ponto: Pesquisa participativa - a comunidade acadêmica pode realizar pesquisas de satisfação e conhecimento sobre a nascente Lava-pés com a população diamantinense e região e, os turistas que visitarem o Parque Urbano, bem como a disseminação dos resultados alcançados.
A conduta na abordagem do projeto inclui a finalidade de conceitos fundamentais para o desenvolvimento de práticas integradas a conservação da natureza e a conscientização social. Essas abordagens visam a atingir a compreensão holística por meio de metodologias e técnicas de diversas áreas do conhecimento, como agronomia, engenharia florestal e geografia. O projeto fomenta a união de discentes e /ou docentes, profissionais e comunidades em geral. Desse modo, buscamos implementar a integração da sensibilidade ambiental para estimular o aprendizado e a importância da restauração ecológica. Para isso realizaremos: O diagnóstico e avaliação da área para revitalizar a nascente do córrego Lava-pés; desenvolvimento das atividades propostas pelos docentes e ou discentes que conduziram um levantamento minucioso da área; a integração da prefeitura, comunidade acadêmica e geral, de modo a desempenhar um papel de apoio e a compreensão da conscientização ambiental.
Ensino: No contexto do ensino, podemos identificar a importância deste projeto na formação de estudantes, pois oferece uma oportunidade única para aplicar conhecimentos teóricos em um ambiente prático e real. Estudantes de áreas como geografia, biologia, arquitetura e engenharia podem aprender diretamente com a história e os desafios ambientais da região, adquirindo habilidades técnicas e compreensão crítica. Pesquisa: A pesquisa está intrinsecamente ligada a este projeto, já que ele envolve a investigação da história do Córrego Lava-pés, das práticas de manejo de água do passado e da análise ambiental atual. Além disso, a pesquisa é fundamental para desenvolver soluções inovadoras de revitalização e proteção da nascente do córrego, com o objetivo de preservar a herança cultural e ambiental da região. Extensão: A extensão é o elemento central do projeto, pois sua finalidade principal é atender às necessidades da comunidade local, promovendo a revitalização do parque urbano e a proteção da nascente do Córrego Lava-pés. A comunidade se beneficia diretamente com o projeto, que visa criar uma área de lazer para os cidadãos. Ao mesmo tempo, os estudantes envolvidos têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos e contribuir para a transformação da comunidade, desenvolvendo habilidades interpessoais e cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Portanto, este projeto ilustra perfeitamente como ensino, pesquisa e extensão podem operar de forma integrada e complementar, gerando benefícios tanto para a academia quanto para a comunidade, e demonstra a importância de abordar questões reais e complexas que promovam o desenvolvimento sustentável e a preservação do patrimônio histórico e ambiental.
O projeto de recuperação da nascente Lava-Pés permite aos discentes do curso de Engenharia Florestal, colocar em prática os ensinamentos obtidos nas disciplinas da grade curricular com a elaboração e execução de técnicas para recuperar e preservar a nascente e o local em seu entorno. Proporciona maior contato e diálogo com a prefeitura de Diamantina, desenvolvimento pessoal e profissional ao se trabalhar em equipe, obtenção de olhar crítico na elaboração e execução das tarefas, alcance de conhecimento prático.
Sendo o parque urbano uma grande área arborizada no centro da cidade, que servirá de espaço para entretenimento, sociabilidade e lazer para todas as famílias, podemos considerar o ambiente mais propício para execução desse projeto, pois toda comunidade será impactada, podendo acompanhar em tempo real a execução das atividades propostas.
A divulgação do projeto será por meio de redes sociais (Instagram, facebook), entre outras plataformas a fim de proporcionar visibilidade ao projeto. Poderão ser organizados reuniões, encontros e palestras em escolas e até o próprio local do Parque para a conscientização ambiental para diferentes faixas etárias. Após o início das práticas, a comunidade acadêmica e o corpo social podem estar se voluntariando para a realização do plantio.
Público-alvo
Moradores do entorno da nascente.
Funcionários vinculados à secretaria de agricultura e meio-ambiente do município de Diamantina.
Alunos e professores de escolas próximas ao parque urbano.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Apoio na realização e engajamento com a comunidade de entorno.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 224 h
- Manhã;
- Tarde;
Recomendações para otimizar o desenvolvimento do projeto e revitalizar a nascente.
- Manhã;
- Tarde;
Fazer a limpeza da área para a retirada de material indesejados, lixos/entulhos.
- Manhã;
- Tarde;
Fazer o inventário / censo de todas as árvores da área.
- Manhã;
- Tarde;
Levantamento de linhas de manilhas presentes na área, utilizadas para esgotamento sanitário e/ou drenagem de águas pluviais.
- Manhã;
- Tarde;
Sensibilizar jovens e adultos sobre a importância da nascente revitalizada.
- Manhã;
- Tarde;
Práticas para controlar o escoamento das águas das chuvas e promover a infiltração no solo.
- Manhã;
- Tarde;
Plantio de mudas de espécies arbóreas para aumentar a cobertura do solo, aumentando a infiltração de água no solo, como em projeto de paisagismo.