O processo de ensino aprendizagem é complexo e envolve vários fatores. Para que haja aprendizado é necessário estimular o aprendiz, nesta oficina os estudantes de graduação da UFVJM irão confeccionar modelos biológicos junto com as crianças, ensinando sobre células e processos biológicos, utilizando materiais recicláveis e modeláveis. A oficina será desenvolvida com crianças de 7-11 anos na Associação Casa da Criança Maria Antônia.

modelo biológico, ciência, célula

Oficinas fornecem um modelo de ação que permite estimular o aprendiz, que já possui conhecimentos que podem ser assimilados e compartilhados, com trocas de experiência. Para estimular o processo de aprendizagem o indivíduo não pode ser um agente passivo que recebe informações sem participar de forma interativa de sua formação. Assim, a busca do conhecimento quando parte da necessidade do aprendiz tende a ser mais efetiva. Ações educativas, portanto, devem privilegiar formas interativas que permitam desenvolvimento de raciocínio lógico (Freitas et al., 2014). Neste contexto surgem as metodologias ativas de ensino, em que o aluno é envolvido de forma ativa em práticas pedagógicas que o permitam “fazer” e “pensar”, de forma autônoma e responsável pela sua formação (Barbel et al., 2011). O ambiente lúdico favorece a interatividade, sendo um espaço privilegiado para a aprendizagem. A biologia, sobretudo biologia celular, possui conceitos são teóricos, podendo ser microscópios ou ainda ocorrerem em nível molecular, o que dificulta a visualização de processos, assim como assimilação do conteúdo (Ferreira, Lima e Hornink., 2014). Assim, a construção de modelos com maquetes, materiais recicláveis e modeláveis, pode facilitar o entendimento, além de tornar a aprendizagem divertida e lúdica.

A oficina trará estímulo e interesse pelo estudo das ciências biológicas em escolares com idade entre 7 e 11 anos, e está articulado com a política de extensão da UFVJM assim como com as diretrizes pactuadas com o Fórum de Pró- Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras, uma vez que apresenta os princípios básicos de que a ciência deve alicerçar-se nas prioridades locais, e a educação em é uma prioridade local, sendo inclusive uma área temática e da linha de extensão descrita no Regulamento de Ações de Extensão da UFVJM. Além disso, a proposta de uma oficina permite a participação das crianças na construção do conhecimento que visa estímulo da aprendizagem. O projeto será desenvolvido para crianças, levando a contribuição técnico-científica da universidade aos escolares da educação básica. Essa proposta integra o ensino a pesquisa e a extensão, os estudantes universitários juntamente com o orientador utilizarão seus conhecimentos aprendidos na universidade, no que tange as habilidades de escrita e expressão gráfica, e desenvolverão um jogo criativo e dinâmico para facilitar a aprendizagem de crianças. Através do contato com os escolares será possível realizar a troca de saberes e disseminação do conhecimento.

- Estimular a aprendizagem da área de ciências biológicas. - Promover a relação entre universitários e escolares. - Estimular a criatividade dos acadêmicos e das crianças na convecção de modelos biológicos. - Fomentar o interesse de escolares pela educação do ensino superior. - Confeccionar modelos biológicos

- Realizar uma reunião de treinamento com os alunos. - Adquirir materiais necessários para oficinas, preferencialmente material reciclável. - Realizar 02 encontros de oficina para confeccionar modelos biológicos com crianças da Associação Casa da Criança Maria Antônia

Para o desenvolvimento da oficina os acadêmicos receberão um treinamento, em que serão exemplificados modelos biológicos que representem o conteúdo que será abordado. Além disso, eles serão treinados a abordarem o conteúdo de forma lúdica e permitindo que as crianças criem seus modelos biológicos baseados em ilustrações. A oficina será desenvolvida em dois encontros com as crianças da Associação Casa da Criança Maria Antônia, em que os acadêmicos irão explicar um conteúdo e auxiliar na confecção de uma estrutura biológica, como uma célula. Os trabalhos serão expostos para os demais alunos no encerramento da oficina.

BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 32, n. 1, p. 25-40, 2011. FERREIRA, Adriana Oliveira; LIMA, Clauciene Aparecida; HORNINK, Gabriel Gerber. O ensino-aprendizagem online de Bioquímica e as ferramentas de mediação: um estudo de caso. Revista de Ensino de Bioquímica, v. 12, n. 1, p. 5-23, 2014. FREITAS, Daniel Almeida et al. Educação em saúde por meio do uso de um jogo educativo para escolares de 7 a 11 anos. Revista Eletrônica Extensão & Sociedade - PROEX/UFRN, v. 5, n. 2, 2014.

O termo “Ensinar” não pode ser confundido com “Transmitir”, na transmissão de conhecimentos o indivíduo é um agente passivo que não participa de sua formação. Para que haja aprendizagem é necessário estimular o aprendiz, assim, a busca do conhecimento parte da necessidade do aprendiz. As ações educativas devem privilegiar formas de interatividade, interlocução e reflexão. O “ensinador” é, então, um gerador de situações estimuladoras e eficazes. Neste sentido, os acadêmicos irão criar um ambiente de compartilhamento de saberes, valorizando os saberes das crianças e construindo juntos os modelos biológicos representativos dos conteúdos abordados. Através do contato com os escolares será possível realizar a troca de saberes e disseminação do conhecimento.

O projeto tem caráter interdisciplinar, será desenvolvido na área da educação e das ciências biológicas. Além da interprofissionalidade, tangenciando as praticas pedagógicas e os temas da biologia. Estudantes de diferentes cursos serão envolvidos, sendo eles Engenharias, Ciência e Tecnologia, Farmácia e Enfermange.

Essa oficina integra o ensino a pesquisa e a extensão, os estudantes universitários juntamente com o orientador utilizarão seus conhecimentos aprendidos na universidade, no que tange as habilidades de escrita e expressão gráfica, e desenvolverão propostas criativas e dinâmicas para facilitar a aprendizagem das crianças.

Os estudantes envolvidos desenvolverão habilidades de escrita, síntese, criatividade e trabalho em equipe. Além disso, auxiliarão as crianças em processos de ensino aprendizagem, desenvolvendo na práticas pedagógicas.

A UFVJM, possui um campus na cidade de Diamantina, a qual está inserida no Vale do Jequitinhonha e tem portanto o compromisso com o desenvolvimento regional em bases sustentáveis. O desenvolvimento regional passa também pelo acesso ao ensino superior de qualidade. Os alunos de ensino básico precisam ser estimulados para a aprendizagem em diferentes áreas do ocnecimento. Considerando a educação como um dos fatores significativos para a promoção do desenvolvimento da região, ressalta-se a importância de estimular o desejo pela aprendizagem nas crianças, uma vez que estão em fase desenvolvimento da autonomia e da maturidade, o que for aprendido pode refletir em tomadas de decisões para toda a vida. Além disso, as crianças se tornam importantes agentes quando divulgam no meio familiar o que aprenderam na escola.

A divulgação será realizada por meio da coordenação da Associação Casa da Cultura Maria Antônia enviando bilhetes ao pais das crianças.