A proposta de curso visa ensinar e demonstrar técnicas de plantio de horta para crianças e adolescentes com deficiência da Escola Estadual Professor Ayres da Mata Machado. O curso será ministrado direcionado aos alunos e funcionários da escola e será realizado de forma presencial no período matutino, nos dias 17/11/23 e 24/11/23, totalizando 10 (dez) horas. Espera-se que os participantes aprendam, na prática, todas as etapas desde o plantio até a colheita.

Ensino inclusivo, plantio de hortas, crianças, adolescentes.

A atividade de plantio pode ser feita por qualquer pessoa. Essa prática pode ser, além de uma forma de valorização do alimento, uma maneira de conhecer melhor o meio ambiente e saber manejá-lo. No caso de crianças e adolescentes com alguma deficiência, o plantio pode ser uma forma lúdica de aprendizado que envolve várias áreas, como ciências, matemática, artes, entre outras. Desta forma, levar o conhecimento do plantio de alimentos da universidade para esses alunos é fundamental.

Muitos alunos de escolas públicas, principalmente, aqueles com alguma deficiência, têm muita dificuldade em chegar até as universidades públicas e fazerem algum curso relacionado às ciências agrárias. Entretanto, muitos deles vêm da zona rural, onde moram com seus pais e muitas vezes trabalham com plantios de alimentos ou criação de animais. Sendo assim, justifica-se esse curso com base na necessidade destes alunos em aprender e praticar técnicas relacionadas ao plantio de alimentos que poderão ser úteis no seu dia-a-dia familiar. Além disso, eles poderão relacionar esse conhecimento com as disciplinas vistas nas aulas regulares de sua escola.

Ensinar na prática alunos com deficiência da Escola Estadual Professor Ayres da Mata Machado a dimensionar hortas, preparar o solo e as mudas, fazer o plantio e cuidar das plantas até a colheita.

Esta ação de extensão tem foco atender o público totalmente externo à universidade, crianças, adolescentes e funcionários da Escola Estadual Professor Ayres da Matta Machado. Espera-se que o curso atenda pelo menos 20 pessoas, entre alunos e funcionários. Outra meta é construir a horta na escola até o fim do curso. Além disso, proporcionar o conhecimento adequado para que eles cuidem da horta após o fim do curso.

O curso será realizado de forma presencial e prática na Escola Estadual Professor Ayres da Mata Machado. Para isso, em área reservada pela escola, serão dimensionados e preparados os canteiros juntamente com os alunos e funcionários. Posteriormente serão divididas as áreas destinadas para as culturas como couve, alface, cenoura, temperos. Os ministrantes do curso ensinarão como deve ser o preparo do solo, o preparo das mudas, quais os espaçamentos deverão ser utilizados, como deve ser o plantio e os cuidados posteriores. No primeiro dia (17/11/23) será feito o primeiro módulo com a parte de dimensionamento dos canteiros, preparo do solo e divisão das áreas de plantio. O segundo módulo (24/11/23) será sobre o preparo de mudas, espaçamentos de plantio, técnicas de plantio e cuidados pós plantio.

Araújo Neto, P. R., & NETO, P. R. D. A. (2020). Preparo de canteiros para o cultivo de hortaliças. Martins, A. D. M. C., & de Morais, L. A. S. (2021). Hortas caseiras e quintais: uma proposta de saúde na pandemia. Anais da Semana Científica Johanna Döbereiner. Arruda, J., & de Souza, R. S. (2009). Horta escolar: importância no desenvolvimento integral do ser humano. Revista Brasileira de Agroecologia, 4(2). Tibolla, S. S., & Nactigall, G. R. (2014). Educando com a horta escolar pedagógica. Extensão Tecnológica: Revista de Extensão do Instituto Federal Catarinense, (1), 157-162. de Almeida, A. M., Pontes, J. M., & Jacob, M. C. M. (2019). MANUAL BÁSICO PARA IMPLANTAÇÃO DE HORTAS EM ESCOLAS. Dolianitis, B. M., de Moraes, R. S., Anschau, J. R., Leal, M. M., Pagliarini, G. C., de Souza Junior, G. D. F., ... & Frescura, V. D. S. (2018). O papel da horta nas escolas de Educação Infantil. Ciência e Natura, 63-68.

Visto que a proposta visa atender alunos e funcionários da Escola Estadual Ayres da Mata Machado, localizada em Diamantina- MG, a interação dialógica se dará entre os ministrantes do curso, discentes do curso de agronomia e de pós-graduação em produção vegetal, e a comunidade da cidade e distritos, representada pelos alunos e funcionários da escola. Durante o curso, que será teórico e prático, os ministrantes irão interagir com os participantes, sanar dúvidas, dialogar, trocar ideias e experiências a fim de gerar o conhecimento de forma satisfatória.

A proposta de ação é interdisciplinar, visto que envolve as ciências agrárias, mas também a parte educacional relacionando a prática com as disciplinas de matemática, ciências, meio ambiente, e até mesmo educação física (prática ao ar livre). Envolverá também uma psicóloga (discente de pós-graduação em Humanidades da UFVJM) que ajudará no desenvolvimento das melhores formas de intervenção com os alunos respeitando as limitações e dificuldades de cada um. Isto reflete na composição da equipe de organização do curso, um doutor em fitotecnia (professor e coordenador do curso), uma doutora em ciência florestal (ministrante do curso), uma psicóloga (mestranda em Humanidades), alunos do curso de agronomia da UFVJM.

A ideia central do oferecimento de curso prático à comunidade geral é que cada uma das atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuam para enriquecer e fortalecer as outras, criando uma abordagem mais abrangente e holística para a formação dos estudantes e participantes e para o avanço do conhecimento e desenvolvimento social. A indissociabilidade ocorre quando ensino, por meio do conhecimento dado em sala de aula, é agora transformado na prática de construir e manejar a própria horta, onde os ministrantes, por meio da pesquisa prepararam o curso com bases científicas e após, passou seu conhecimento em benefício da sociedade, ocorrendo assim a extensão.

A equipe de organização da ação de extensão contará com o apoio de um doutor em fitotecnia (professor e coordenador do curso), uma doutora em ciência florestal (ministrante do curso), uma psicóloga (mestranda em Humanidades), alunos do curso de agronomia da UFVJM. Os estudantes já estão em uma fase mais avançada do curso, onde a prática é essencial para desenvolvimento técnico. Logo, ao ministrarem o curso, supervisionado pelo professor e os outros membros, serão beneficiados pela prática da docência, principalmente. De forma complementar, os pós-graduandos e pós-graduados, terão sua prática de supervisão aperfeiçoadas, bem como a do professor responsável. Além disso, a ação contribuirá para que sua rede de interação acadêmica seja ampliada, particularmente pela interlocução com agentes da sociedade, estudantes de graduação e pós graduação e professor.

Ao ensinar alunos com deficiência que eles são capazes de fazer uma atividade qualquer, isso aumenta a sua confiança e autoestima para desenvolver outras atividades, eles se sentem incluídos e com maior importância na sociedade, o que gera impacto positivo em suas vidas, na comunidade onde vivem e no meio social onde estão inseridos. Além disso, os funcionários envolvidos também se beneficiarão pelo conhecimento adquirido, que após o curso poderá ser mantido junto com os alunos no dia-a-dia da escola. Adicionalmente, muitos alunos desta escola vem de zona rural, logo o conhecimento adquirido pode ser útil para ajudar os familiares nas atividades de produção de alimentos, que às vezes, são a base da economia da família. Logo, o impacto positivo e a transformação social serão em vários níveis após o curso.

Por se tratar de um curso mais direcionado, e como nem todos os alunos e funcionários da escola não tem redes sociais, a divulgação será por meio físico, circular e cartazes na escola.