Detalhes da ação

Epistemologias do Sul

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000700

Tipo da Ação

Evento

Situação

RECOMENDADA :
CONCLUÍDA - Sem Relatório Final

Data Inicio

23/08/2023

Data Fim

02/12/2023


Programa Vínculado

202104000066 - Vale de ideias: As Ciências Econômicas em Ação


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

rangel silvando da silva do nascimento

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Área Temática Principal

Meio Ambiente

Área Temática Secundária

Direitos Humanos e Justiça

Linha de Extensão

Grupos sociais vulneráveis

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Sim

Envolve Recursos Financeiros

Sim

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Sim

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 60 h
Resumo

Esta Unidade Curricular eletiva discute a Extensão epistêmica e teoricamente com os estudantes e tem como público-alvo atores sociais convidados a compartilhar experiências com potencial de Extensão, com relatos sendo feitos durante a disciplina. Ao longo do processo, os estudantes são orientados a como atuar em projetos de Extensão e são realizadas vivências em em aldeias, assentamentos, quilombos, entre outros.


Palavras-chave

Povos e comunidades tradicionais, Luta pela terra, Saneamento básico


Introdução

O Curso de Ciências Econômicas, conforme seu Projeto Pedagógico elaborou um plano de oferta de Extensão que perpassa unidades curriculares obrigatórias, eletivas e parte das atividades complementares. A ação de Extensão denominada Epistemologias do Sul – nome da unidade curricular eletiva, com 60 horas de Extensão - será realizada no período de 23 de agosto a 02 de dezembro de 2023. O objetivo é, primeiramente, dialogar sobre a teoria e a epistemologia da Extensão. Em seguida, trazer para a sala de aula atores sociais para apresentar suas experiências, seus conhecimentos incorporados na luta contra a opressão. Na sequência serão realizadas vivências em territórios com o diálogo entre os atores sociais e os estudantes, haverá produção de conhecimento em abordagens que unam os saberes da universidade e os dos atores sociais.


Justificativa

A unidade curricular eletiva Epistemologias do Sul promove relatos de experiências de atores sociais que lutam contra a opressão, como militantes sociais ou sujeitos que trabalham em entidades de apoio aos oprimidos. Este público alvo da ação será beneficiado com a abertura da universidade para acolher suas demandas e suas maneiras de produzir conhecimento possibilitando que a universidade trabalhe em conjunto com o público alvo da ação a partir das demandas levantadas. Nas outras oportunidades em que esta disciplina já foi ofertada, os atores sociais convidados para relatar suas experiências e suas diferentes maneiras de produção de conhecimentos foram: Lideranças indígenas; Servidores da FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas); Servidores do CRDH (Centro de Referência em Direitos Humanos); Servidoras integrantes do Observatório das Mulheres da UFVJM; Membros de projetos desenvolvidos com comunidades quilombolas; Membros do Projeto CASA (Centro de Apoio Social e Aprendizado); Membros da APJ (Aprender Produzir Juntos - entidade de apoio à economia popular solidária); e Militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entre outros.


Objetivos

O objetivo geral é promover trocas de saberes entre os membros da comunidade interna e externa, pela valorização das diferentes maneiras de produção do conhecimento e, assim, ouvir do público-alvo da ação, os atores sociais oprimidos, quais as suas demandas para a universidade. Para promover esta ecologia de saberes, os objetivos específicos são: - abordar de maneira dialógica a teoria e a epistemologia da Extensão; - dar voz na universidade a atores sociais para apresentar suas experiências. - elaborar, a partir da perspectiva dos oprimidos, projetos de extensão para submetê-los via SIEXC.


Metas

Os resultados que se pretende alcançar com o desenvolvimento da ação proposta são: - Familiarizar os discentes de Ciências Econômicas com ações de extensão; - Dar visibilidade às lutas dos oprimidos do município de Teófilo Otoni; - Auxiliar os oprimidos em suas demandas e articulações institucionais para superar as relações de opressão; - Criar mais ações de extensão a partir deste projeto; - Promover uma palestra na universidade com militantes do MST; - Realizar duas vivências fora da universidade, uma na Aldeia Escola Floresta Maxacali e outra no Assentamento Mãe Esperança.


Metodologia

Para realizar este projeto serão empregadas as seguintes metodologias: 1. Em seu início, a extensão será abordada de maneira dialógica, a partir da bibliografia sugerida no item a seguir, com destaque para a perspectiva subalterna de Freire (1968), para a pesquisa-ação participante de Fals Borda (2005), e para a tradução intercultural de Santos e Meneses (2010); 2. Na sequência, o público-alvo, os atores sociais convidados: Servidores da FUNAI; Servidores do CDRH; Servidoras integrantes do Observatório das Mulheres da UFVJM; Membros de projetos desenvolvidos com comunidades quilombolas; Membros do Projeto CASA; Membros da APJ; e Militantes do MST, apresentarão, em sala de aula, suas experiências. A apresentação terá duração de aproximadamente uma hora. Como a disciplina tem 04 horas-aulas na mesma noite, no tempo restante haverá diálogo de uma hora sobre a apresentação, e duas horas para elaboração, em conjunto com o público-alvo, a partir da perspectiva dos oprimidos, de ideias para o enfrentamento dos desafios problematizados nas apresentações dialogadas, em abordagens que promovam a interculturalidade, a incompletude e a complementariedade dos saberes. A sistemática de acompanhamento e os indicadores de avaliação perpassam os recursos metodológicos descritos acima. Nomeadamente, os discentes deverão entregar para a análise do público-alvo uma síntese da apresentação dialogada com a produção de conhecimento resultante; E o público-alvo deverá dar um retorno sobre a síntese e propostas de melhorias.


Referências Bibliográficas

Caldart, Roseli S.; Pereira, Isabel B.; Alentejano, Paulo; Frigoto, Gaudêncio (orgs.) (2012) Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro; São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/FIOCRUZ; Expressão Popular. Fanon, Frantz (1968) Da Violência. In Fanon, F. Os condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Fals Borda, Orlando (2005) Da pedagogia do oprimido à pesquisa participativa. In Streck, Danilo R. (org.) Fontes da Pedagogia Latino- Americana: uma antologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. Freire, Paulo (1968) Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1985. Lander, Edgardo (org.) (2005) A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino- americanas. Buenos Aires: CLACSO. Moretti, Cheron Zanini; Adams, Telmo (2011) Pesquisa Participativa e Educação Popular: epistemologias do Sul Educação e Realidade. 36(2), 447-63. Nascimento, Rangel (2019) De quem é a terra? A questão da reforma agrária e o MST no governo Lula. 323 f. Tese (Doutoramento em Sociologia) Universidade de Coimbra. Santos, Boaventura de Sousa (2008) Introdução. In Santos, Boaventura de S. (org.) As vozes do mundo. Coleção Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos 6. Porto: Afrontamento. Santos, Boaventura de Sousa; Meneses, Maria Paula (orgs.) (2010) Epistemologias do Sul. São Paulo: Editora Cortez. UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM). Resolução CONSEPE no. 6, de 7 de abril de 2009. ______. Resolução CONSEPE no 2, de 18 de janeiro de 2021. ______. Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Econômicas - (PPC - 2020-2). Disponível em: http://www.ufvjm.edu.br/prograd/projetos- pedagogicos.html. Acesso em: 03 de dezembro de 2021.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A troca de saberes entre a comunidade acadêmica e a sociedade será pela incorporação de saberes complementares na produção de conhecimento a partir da interação com o público-alvo - os militantes de movimentos sociais e os membros de entidades de apoio às lutas dos oprimidos como: Lideranças indígenas; Servidores da FUNAI; Servidores do CRDH; Servidoras integrantes do Observatório das Mulheres da UFVJM; Membros de projetos desenvolvidos com comunidades quilombolas; Membros do Projeto CASA; Membros da APJ; e Militantes do MST, entre outros. Estes membros da comunidade externa farão exposições orais apresentando seus conhecimentos e suas demandas sociais para interação com os estudantes.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Por tratar-se de uma disciplina eletiva, os discentes podem cursá-la a partir do sexto período do curso de Ciência Econômicas, o que permite a utilização interdisciplinar de vários temas já estudados até esse período para subsidiar a participação em ações de extensão, como métodos quantitativos, noções de estatística, contabilidade, direito, administração, história econômica, desenvolvimento territorial, teoria econômica, realidade brasileira e internacional. A interprofissionalidade é muito estimulada neste projeto devido à variedade de temas das exposições: como Quilombolas, Indígenas, Sem Terra, Empreendedorismo Social, Organizações em Defesa dos Direitos Humanos, Feminismo, entre outros movimentos sociais. Na última oportunidade em esta disciplina foi ofertada os membros da sociedade que apresentaram suas experiências possuíam as seguintes formações profissionais: Engenharia, Serviço Social, Fotografia, Pedagogia, História, Direito e Administração.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O estudo da epistemologia da Extensão pelos discentes será fundamental para assimilar as exposições do público-alvo, já que será produzido um novo conhecimento que, a partir das proposições dos oprimidos, serão discutidas iniciativas de Extensão para contribuir na luta contra a opressão e na transformação da realidade em uma sociedade menos desigual, mais democrática.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Os oprimidos produzem conhecimento na luta contra a opressão. Esse conhecimento não é produzido da mesma maneira que o conhecimento acadêmico. Eles são complementares, mas a maior parte da academia ainda não deu a devida importância a esta complementariedade, colocando sempre o saber acadêmico acima dos demais. Assim sendo, um projeto que vise a valorização de outras maneiras de produção de conhecimento, complementares ao conhecimento produzido na universidade, tem grande impacto na formação do estudante, uma vez que os sujeitos que lutam contra a opressão têm muito a ensinar aos profissionais acadêmicos sobre respeito às diferenças, democracia e bem viver.


Impacto e Transformação Social

A partir da interação: universidade - público-alvo (os grupos de oprimidos diversos - indígenas, quilombolas, movimentos sociais como feministas, LGBTQIA+, sem terra, sem teto, empreendimentos de Economia Solidária e de Empreendedorismo Social), o novo conhecimento produzido traz visibilidade a problemas frequentemente invisibilizados na sociedade e na própria universidade. Transformar essas ausências em presenças contribui sobremaneira para o enfrentamento dos problemas da realidade social previamente identificados. Os oprimidos vivem um cotidiano de violências, privações, ameaças e carências. O impacto desta proposta de extensão é buscar o desenvolvimento social com iniciativas para auxiliar a superação de diversos problemas do cotidiano daqueles que lutam contra a opressão.


Divulgação

A divulgação das ações será feita por contato direto com os membros de setores sociais alvos da ação, bem como via emails de grupos gerais da UFVJM e grupos de mensagens dos estudantes de todos os cursos.


Programação do Evento

Local

Auditório do NIPE-UFVJM-campus Mucuri

Data

18/10/2023

Horário de Início

19:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Palestra com militantes do MST sobre a história do assentamento Mãe Esperança

Local

UFVJM-campus Mucuri

Data

01/11/2023

Horário de Início

08:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Preparativos para a vivência na Aldeia Escola Floresta Maxacali

Local

Aldeia Escola Floresta Maxacali

Data

02/11/2023

Horário de Início

07:00

Horário de Término

18:00


Descrição

Vivência na Aldeia Escola Floresta Maxacali

Local

UFVJM-campus Mucuri

Data

29/11/2023

Horário de Início

08:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Preparativos para a vivência no Assentamento Mãe Esperança

Local

Assentamento Mãe Esperança

Data

02/12/2023

Horário de Início

07:00

Horário de Término

18:00


Descrição

Vivência no Assentamento Mãe Esperança

Local

UFVJM-campus Mucuri

Data

11/10/2023

Horário de Início

19:00

Horário de Término

23:00


Descrição

Preparativos para a palestra com militantes do MST sobre a história do assentamento Mãe Esperança

Público-alvo

Descrição

Indígenas da Aldeia Escola Floresta Maxakali, município de Teófilo Otoni-MG. Esse povo habita uma área degradada, que foi retomada há dois anos. Vive em barracos de lona, palha e pau a pique, sem água potável e sem saneamento básico. O poço artesiano feito pela prefeitura trouxe água com níveis elevados de ferro e a água da nascente possui coliformes fecais.

Descrição

As famílias camponesas do Assentamento Mãe Esperança, no município de Teófilo Otoni- MG, ocuparam a área em 2004. Em 2006 a fazenda foi desapropriada, entretanto, devido à permanência de posseiros irregulares da antiga fazenda, os assentados vivem como se ainda fossem acampados, sem acesso a políticas públicas, à aposentadoria etc., devido a não possuírem o Contrato de Concessão de Uso da Terra.

Municípios Atendidos

Município

Teófilo Otoni - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 60 h

Carga Horária 34 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Realização de reuniões para a organização do evento

Carga Horária 4 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Palestra sobre a História do Assentamento Mãe Esperança

Carga Horária 11 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Vivência na Aldeia Escola Floresta Maxacali

Carga Horária 11 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Vivência no Assentamento Mãe Esperança