Trata-se de um projeto que visa realizar ações de educação em saúde, avaliação funcional e tratamento conservador baseado em exercícios em pacientes com doença renal crônica submetidas à tratamento por hemodiálise na cidade de Diamantina/MG.

hemodiálise, qualidade de vida, exercício físico, reabilitação

A Doença Renal crônica (DRC) pode ser definida como a perda da função dos rins, que emerge em anos recentes como um sério problema de saúde nas populações contemporâneas, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Em estágios avançados da doença o sistema renal torna-se impossibilitado de desenvolver suas funções regulatórias, sendo necessária a terapia de substituição renal, tendo a hemodiálise como principal forma de tratamento. Apesar de ser um procedimento fundamental para controle dos sintomas e sobrevida dos pacientes, a hemodiálise está associada a uma série de efeitos deletérios, que cursam com perda da capacidade funcional e degradação da qualidade de vida. Portanto, ações de educação em saúde para controle dos fatores de risco modificáveis e prevenção de complicações, assim como avaliação funcional e tratamento baseado em exercícios poderiam melhorar a qualidade de vida dessa população. A importância do tratamento conservador no cenário dessa condição de saúde tem sido demonstrada na literatura, porém poucos centros especializados possibilitam a realização de avaliação e tratamento baseado em exercício físico. Aproximadamente 120 pacientes estão em tratamento em Diamantina/MG, por meio do centro de hemodiálise da Santa Casa de Caridade. Pacientes estes provenientes de diversos municípios da região. Dessa forma, a proposta central deste conjunto integrado de atividades é realizar, em indivíduos com DRC em hemodiálise, ações de educação em saúde, avaliação funcional e tratamento baseado em exercícios para melhora do quadro clínico e qualidade de vida. Para tal, serão convidados indivíduos em hemodiálise na Santa Casa de Caridade de Diamantina-MG, estáveis clinicamente, recrutados por meio de contato presencial no centro de diálise. Serão inseridos no projeto todos os indivíduos interessados a participar. Os interessados serão convidados a participarem da avaliação funcional e de sessões presenciais de reabilitação baseada em exercício físico, realizadas de forma individual. As sessões acontecerão no setor de hemodiálise na Santa Casa de Caridade de Diamantina-MG, em todos os turnos de hemodiálise, de segunda a sexta-feira. Além das atividades presenciais, os participantes receberão material impresso com fotos de exercícios para serem executados em ambiente domiciliar. Todos os participantes serão avaliados a cada 4 meses para verificar a eficácia das intervenções, incluindo o grau de satisfação do usuário com as atividades. A elaboração do material de educação em saúde, as avaliações funcionais, a prescrição dos exercícios e o acompanhamento dos participantes serão de responsabilidade do docente coordenador do projeto em conjunto com os discentes matriculados na Unidade Curricular FIT109- Estágio Supervisionado III e discentes da Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional/UFVJM. Dessa forma, espera-se melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida dos participantes, prevenir ou retardar o aparecimento de complicações relacionadas à doença e reduzir a necessidade de intervenções médicas agudas.

A DRC pode ser definida como a perda da função dos rins, de forma lenta e progressiva, independente da causa, conforme proposto em 2002 pela National Kidney Fundaction (NFK/KDOQI, 2002). Dados do censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2019 mostraram que a incidência de novos casos aumenta 7% a cada ano, sendo que houve um aumento de mais de 58% do número de pacientes em hemodiálise nos últimos dez anos. Os dados do censo apontam também a maior predominância do sexo masculino (58%), faixa etária predominante de 19 a 64 anos, tendo como modalidade de tratamento principal a hemodiálise (89,4%) (NEVES et al., 2020). A hemodiálise consiste no processo de remoção do excesso de líquido e de substâncias tóxicas do sangue, que ocorre fora do organismo. O início do tratamento dialítico objetiva, principalmente, a redução do risco de morte, com consequente aumento da sobrevida. Entretanto, com a instituição do tratamento dialítico o indivíduo necessita se adaptar as peculiaridades e limitações impostas pelo tratamento, que acarretam no aumento da taxa de morbidade e na degradação da qualidade de vida, em virtude das mudanças drásticas que ocorrem no aspecto funcional e psicológico do paciente (MORTON et al., 2012; IYASERE; BROWN, 2014). Com a continuidade do tratamento e a confirmação da irreversibilidade da doença o paciente passa a se ver como um doente terminal que necessita da máquina para sobreviver. Isto traz modificações nas rotinas diárias, no trabalho e nas relações familiares, que necessitam ser reorganizadas de forma a se adaptarem a essa nova condição (VAN MANEN, et al., 2003). Sendo assim, apesar de ser uma modalidade de tratamento indispensável para a sobrevida dos pacientes com DRC terminal, a hemodiálise está associada à imposição de uma série de morbidades que culminam com a piora da qualidade de vida dessa população (BESARAB; PANDEY, 2011). Nesse contexto, um fator diretamente relacionado à degradação da qualidade de vida e com potencial influência sobre os demais mecanismos determinantes, é a redução nível de atividade física (KATAYAMA et al., 2014). Em pacientes com DRC dialítica, os sintomas da doença renal em si, os efeitos colaterais da hemodiálise e as comorbidades associadas à condição clínica dos pacientes, são causas do desencorajamento para prática de atividade física. Dados apontam que, após início do tratamento por hemodiálise, a redução do nível de atividade física dos pacientes chega a 3,4% ao mês (KOSMADAKIS et al., 2010). Assim, baixa capacidade aeróbia e fraqueza muscular são condições comumente apresentadas por indivíduos com DRC, que se agravam com o início do tratamento dialítico (PARSONS et al., 2009). Tais alterações propiciam a redução da capacidade de execução de atividades cotidianas, impondo uma menor independência aos pacientes (JOHANSEN; PAINTER, 2012). O treinamento físico vem ganhando destaque nas últimas décadas pelo potencial em desencadear adaptações fisiológicas, funcionais e psicossociais benéficas, que podem impactar positivamente na qualidade de vida desses pacientes (HU et al., 2023). Portanto, estabelecer ações de educação em saúde, avaliação funcional e reabilitação baseada em exercício é desejável. Essas ações podem ser realizadas por docentes do Departamento de Fisioterapia/UFVJM e discentes do curso, sendo o número de docentes e discentes estimado em 6 e 30, respectivamente. Adicionalmente, em decorrência da importância da avaliação médica dos participantes, serão colaboradores deste projeto professores da Faculdade de Medicina da UFVJM, nefrologistas do setor de hemodiálise. Tais profissionais, em conjunto com os professores do Curso de Fisioterapia, discutirão todas as ações com os discentes.

Objetivo geral: O objetivo geral da presente proposta é oferecer ações de educação em saúde e tratamento conservador baseado em exercício físico às pessoas em hemodiálise na Santa Casa de Caridade de Diamantina/MG. As ações preventivas e terapêuticas visam a melhora da capacidade física e qualidade de vida dos participantes, reduzindo, assim, o aparecimento de complicações da doença. Todas as ações, com ferramentas de baixo custo operacional e já disponível pelos responsáveis, serão elaboradas pelos discentes e discutidas com os docentes responsáveis pelo projeto, ambos professores especialistas em Fisioterapia Cardiorrespiratória. Objetivos específicos: - Realizar ações de educação em saúde para prevenção de complicações das doenças cardiorrespiratórias; - Elaborar material impresso e digital de orientação às pessoas com DRC dialítica em relação aos fatores de risco e mudanças de estilo de vida; - Avaliar a capacidade funcional dos participantes para detecção precoce de possíveis comprometimentos na funcionalidade; - Propiciar tratamento eficaz baseado em exercícios físicos para melhora da capacidade física, desempenho e qualidade de vida dos participantes.

METAS DE IMPACTO DIRETO: Pretende-se atender, inicialmente, adultos de ambos os sexos, provenientes da comunidade, encaminhados pelos nefrologistas do setor de hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina, em tratamento por hemodiálise há, no mínimo, 3 meses e sem contraindicação ao exercício físico. Espera-se, com este projeto, que os participantes sejam sensibilizados e modifiquem seus comportamentos em relação a seus hábitos de saúde e cuidados do cotidiano através das ações de educação em saúde. Além disso, os participantes passarão por avaliação clínica e funcional. Vale ressaltar que a população-alvo desta proposta reside no Vale do Jequitinhonha/MG, uma região na qual a avaliação e tratamento baseado em exercícios é de difícil acesso e o tempo de espera para atendimento normalmente é longo. Nem mesmo na Clínica Escola de Fisioterapia/UFVJM, local de recebe pacientes de diversas áreas de atuação da profissão, não contempla o atendimento à essa população. Dessa forma, entende-se que o resultado das avaliações funcionais, todas entregues aos participantes, pode ser útil para o acompanhamento clínico e terapêutico dos mesmos. Ressalta-se também que, além do material de educação em saúde para prevenção de complicações e mudanças de estilo de vida, os participantes serão convidados a participar de um programa de exercício físico. Com isso, espera-se atenuar o quadro clínico e evitar complicações da doença renal, o que poderá repercutir positivamente na qualidade de vida dessa população e evitar a necessidade de tratamento emergencial. METAS DE IMPACTO INDIRETO: Espera-se, com este projeto, estender as ações para os pacientes e familiares, com objetivo de promover as reflexões sobre a importância do cuidado à saúde. Destaca-se a necessidade de indicadores epidemiológicos precisos dos pacientes em hemodiálise na cidade de Diamantina/MG, relacionados à indicadores funcionais. O conhecimento de dados relacionados, como inatividade física, hábitos de vida, medidas antropométricas e outras variáveis coletadas ao exame físico, podem auxiliar em futuras ações preventivas direcionadas à essa população, uma vez que os resultados serão enviados para periódicos de extensão universitária. Deve-se enfatizar também que as ações propostas estão diretamente relacionadas à redução da taxa de morbidade e mortalidade, impactando positivamente nos gastos do sistema de saúde com o tratamento desta população, além de aumentar o nível de participação em atividades de lazer e convívio social dos pacientes. Por fim, espera-se também que os discentes envolvidos no projeto de extensão tenham formação mais humanística, crítica e reflexiva, conforme o Projeto Pedagógico do Curso de Fisioterapia.

Esta proposta ocorrerá setor de hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina/MG. Os resultados encontrados serão enviados à periódicos de extensão universitária. A proposta contemplará ações de educação em saúde, avaliação funcional e reabilitação baseada em exercício para pessoas com DRC dialítica. SELEÇÃO Serão convidados a participar do projeto todos os indivíduos com diagnóstico em de DRC em tratamento por hemodiálise há, no mínimo, 3 meses, sem contraindicação ao exercício físico e liberados pelo médico nefrologista. O convite será feito pessoalmente no setor de hemodiálise. Poderão participar todos os interessados, independente do sexo ou idade. Serão atendidos em torno de 50 participantes. Para execução do projeto, os discentes passarão por período de treinamento com os responsáveis pelo projeto para familiarização com os procedimentos de triagem, estratificação e avaliação dos voluntários, realização da avaliação funcional e prescrição de exercício. A capacitação dos discentes será presencial, de acordo com as normas de segurança vigentes e com duração de dois encontros. Todos os participantes receberão o material de educação em saúde, avaliação e tratamento conservador, a saber: EDUCAÇÃO EM SAÚDE Com o objetivo de tornar o indivíduo um sujeito ativo do processo de saúde e torná-lo mais independente no processo de melhora do quadro, serão entregues materiais digitais e/ou cartilhas de orientação quanto à prevenção de complicações cardiovasculares e os exercícios que devem ser feitos em ambiente domiciliar. Serão considerados temas os fatores de risco para as doenças cardiorrespiratórias (como sedentarismo, obesidade e tabagismo), e hábitos que podem ser adotados para melhora do quadro clínico, como seguir rigorosamente a dieta prescrita pelo nutricionista e o uso correto das medicações. O material digital será confeccionado pelos discentes em discussão com os docentes do projeto e parcerias estabelecidas, principalmente com docentes da Faculdade de Medicina/UFVJM. AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES A avaliação inicial ocorrerá de forma presencial, seguindo todas as recomendações dos órgãos superiores de saúde em relação ao atendimento na vigência da COVID-19. O participante será convidado a realizar a avaliação fisioterapêutica e funcional com discentes e um docente do projeto. A avaliação contemplará, além da anamnese e exame físico, testes de força muscular e qualidade de vida. A avaliação funcional terá a duração máxima de 30 minutos. Ressalta-se que eventos adversos são raros e que 1) todos os testes são normalmente utilizados na rotina terapêutica dos pacientes em hemodiálise, 2) não são invasivos, 3) não são em intensidade máxima. Após as avaliações, o participante receberá um relatório com o resumo dos achados, elaborados pelos discentes, que podem ser úteis nas consultas médicas subjacentes e no acompanhamento clínico. INTERVENÇÃO O tratamento baseado em exercícios será oferecido a todos os participantes. Os exercícios serão realizados de forma coletiva ou individual, dependendo da necessidade de supervisão do participante, durante as sessões de hemodiálise. Todos os exercícios serão prescritos de acordo com os achados na avaliação e embasados na literatura vigente. Cada sessão terá duração média de 40 minutos. Os participantes receberão tratamento supervisionado 2 a 3 vezes por semana. INDICADORES Para acompanhamento do andamento do projeto, serão considerados os indicadores relacionados à melhora clínica e de satisfação do participante. Os indicadores clínicos adotados serão o autorrelato do participante, além da melhora do desempenho nos testes funcionais e qualidade de vida. A avaliação da satisfação do público atendido será realizada por um questionário de satisfação pré-estabelecido e baseado (1) disponibilidade, respeito e presteza no atendimento da equipe, (2) duração e frequência dos atendimentos realizados, (3) explicação sobre a doença e tratamento, (4) satisfação em relação aos resultados obtidos com o tratamento, (5) grau de recomendação do serviço prestado à outras pessoas. ASPECTOS ÉTICOS Será garantido total sigilo da participação, sendo que as informações colhidas não possibilitarão a identificação do voluntário. Apenas os membros deste projeto de extensão conhecerão os resultados individuais das avaliações. Todas as informações obtidas pelo projeto serão utilizadas para elaboração de relatórios e divulgação dos resultados em eventos e/ou periódicos de extensão. Os dados permanecerão arquivados em meio digital nos registros do Laboratório de Reabilitação Cardiovascular LABCAR/UFVJM.

BESARAB, A.; PANDEY, R. Catheter management in hemodialysis patients: delivering adequate flow. Clin J Am Soc Nephrol. v. 6, n. 1, p. 227-34, Jan 2011. IYASERE, O.; BROWN, E.A. Determinants of quality of life in advanced kidney disease: time to screen? Postgrad Med J, v. 0, p. 1–8, 2014. JOHANSEN, K.L.; PAINTER, P. Exercise in Individuals with CKD. Am J Kidney Dis, v. 59, n. 1, p. 126–134, jan 2012. Hu, H.; Wu, C.; Kwok, J.Y.Y.; Ho, M.H.; Chau, P.H.; Lok, K.Y.W.; Choi, E.P.H. Effects of different exercises on physical function, dialysis adequacy, and health-related quality of life in maintenance hemodialysis patients: A systematic review and network meta-analysis. Am J Nephrol. Aug v. 3, 2023. doi: 10.1159/000532109 KATAYAMA, A. et al. Evaluation of physical activity and its relationship to health-related quality of life in patients on chronic hemodialysis. Environ Health Prev Med, fev 2014. DOI 10.1007/s12199-014-0380-z KOSMADAKIS, G.C. et al. Physical Exercise in Patients with Severe Kidney Disease. Nephron Clin Pract, v. 115, p. c7–c16, 2010. MORTON, R.L. et al. Factors influencing patient choice of dialysis versus conservative care to treat end-stage kidney disease. CMAJ, v. 184, p. E277–83, 2012. NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. K/DOQI clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification, and stratification. Am J Kidney Dis, v. 39, p. S1–266, 2002. NEVES, P.D. M. M. et al. Censo Brasileiro de Diálise: análise de dados da década 2009-2018. Brazilian Journal of Nephrology, v. 42, p. 191-200, 2020. PARSONS, T.L.; KING-VANVLACK, C.E. Exercise and end-stage kidney disease: functional exercise capacity and cardiovascular outcomes. Adv Chronic Kidney Dis, v. 16, p. 459–481, 2009. VAN MANEN J.G. et al. Psychosocial factors and quality of life in young hemodialysis patients with low comorbidity. J Nephrol, v. 16, p. 886-94, 2003.

Antes das avaliações e tratamento dos participantes, os membros do projeto realizarão campanha de mobilização no setor de hemodiálise para seleção dos participantes. Após selecionados, os participantes serão convidados para rodas de conversa sobre a importância do exercício durante a hemodiálise, as complicações mais comuns e importância da adoção de hábitos saudáveis. Também é objetivo do presente projeto elaborar material impresso e digital de educação em saúde para a comunidade, que será explicado para os participantes.

O presente projeto de extensão contará com a parceria e participação direta de professores do Curso de Fisioterapia e da Faculdade de Medicina da UFVJM. Os professores da Faculdade de Medicina/UFVJM serão responsáveis pela avaliação médica e liberação dos participantes para prática de exercício intradialítico, assim como pela discussão de casos com os discentes do projeto. Destaca-se a importância do envolvimento multiprofissional, uma vez que a DRC dialítica gera complicações multifatoriais e a atuação de diversas áreas da saúde pode potencializar a terapêutica do participante. Ressalta-se, ainda, que a população-alvo desta proposta reside no Vale do Jequitinhonha/MG, uma região com baixo Índice de Desenvolvimento Humano e que as intervenções propostas não são acessíveis. Por fim, também destacamos a importância das ações integradas dos profissionais envolvidos no projeto de extensão para a construção de pensamento crítico e reflexivo para os discentes envolvidos no projeto.

Trata-se de um projeto de extensão que visa realizar ações de educação em saúde, avaliação funcional e tratamento conservador baseado em exercícios em pacientes com DRC dialítica. Como atividade de ensino, destaca-se que o presente projeto está vinculado à creditação de extensão, da Unidade Curricular FIT109 – Estágio Supervisionado III. Todos os participantes serão avaliados e atendimentos por discentes e docentes do Departamento de Fisioterapia/UFVJM, proporcionando à comunidade serviços especializados que são de difícil acesso à essa população. Como atividades de pesquisa, os resultados encontrados serão enviados às revistas de extensão universitária.

O projeto proporcionará aos discentes o contato com essa comunidade de forma ativa, de maneira que favorecerá o seu raciocínio clínico, bem como a sua capacitação em testes funcionais específicos e sua aplicabilidade nessa população. Os discentes serão capacitados pelos docentes responsáveis pelo projeto quanto ao processo de avaliação inicial, testes clínicos, tratamento baseado em exercícios e reavaliação. Além disso, os discentes serão responsáveis pela prescrição de exercício para os participantes e protagonista da sua evolução e melhora do quadro clínico de acordo com as condutas propostas e embasadas na literatura científica, previamente discutida em conjunto com a equipe do projeto. Todos os participantes receberão um relatório com os resultados das avaliações funcionais. Os discentes também serão responsáveis pelo processo de confecção de cartilhas de orientações e vídeos explicativos. Atividades de revisão bibliográfica serão realizadas pelos discentes durante todo o período de execução do projeto de extensão para melhorar continuamente o conhecimento dos alunos sobre os temas envolvidos na proposta. Os discentes serão avaliados pelos docentes responsáveis do projeto, de maneira que a assiduidade, o interesse, a interação com o paciente e a tomada de decisão baseado na literatura científica atual, serão critérios para conjectura.

A presente proposta visa melhorar a capacidade física e qualidade de vida, além de reduzir o número de eventos agudos de pessoas com DRC dialítica. A proposta se torna ainda mais relevante quando inserida no contexto do Vale do Jequitinhonha. As avaliações, que serão entregues aos participantes, assim como o material de educação em saúde e os exercícios propostos, poderão auxiliar na melhora clínica dos participantes. Além disso, destaca-se a importância da inserção dos discentes no projeto, que serão responsáveis pela elaboração do material de educação sem saúde e que poderão aprimorar as técnicas de avaliação e de prescrição de exercício, e da relação com ensino, considerando que a este projeto fará parte das ações de uma unidade curricular para curricularização da extensão. Por fim, destaca-se a necessidade de mais estudos com dados epidemiológicos e de indicadores de saúde nessa população na cidade de Diamantina/MG. Conhecer os achados clínicos e funcionais dessa população, que serão enviados à periódicos de extensão universitária, poderão auxiliar futuramente no estabelecimento de terapêuticas eficazes.

A divulgação será realizada no ambiente hospitalar da instituição parceira, a Santa Casa de Caridade de Diamantina, bem como nos locais de circulação dos pacientes dialíticos, no setor de hemodiálise, e nas redes sociais das ligas acadêmicas da área.