A Olimpíada Brasileira de Biotecnologia (OBBiotec) é uma competição nacional de ciências destinada aos alunos dos anos finais do ensino fundamental (oitavo e nono anos) e estudantes do ensino médio e técnico. Tem por objetivos envolver professores e alunos em uma atividade estimulante que os leve a refletir sobre a importância da Biotecnologia em suas vidas e na sociedade moderna, revelar jovens talentos com vocação para a ciência.

Biotecnologia; Olimpíadas; Metodologias ativas.

A Educação é um direito fundamental do ser humano, conforme apresenta a Constituição Federal de 1988. É por meio do processo educativo que o ser humano pode atingir as suas potencialidades e desenvolver seus talentos, habilidades, atitudes, como agente integrado à sociedade e ao país. Portanto, é imperativo que o processo educacional esteja em constante mudança, de atualização, para que seja realmente efetivo e construa cidadãos engajados com a transformação da realidade. A proposta aqui apresentada mostra-se relevante, tendo em vista que tem potencial de contribuir com a melhoria da qualidade da educação básica, além de possibilitar a identificação de potencialidades dentre os jovens em curso do ensino fundamental e médio. Tem potencial ainda de promover maior aproximação das escolas, bem como de seu corpo docente, das instituições públicas de educação superior, o que pode levar ao estabelecimento de parcerias, ao desenvolvimento de novos projetos e à melhoria da formação dos profissionais em termos de pós- graduação. A importante participação de professores e estudantes nas atividades ofertadas na segunda edição desta Olimpíada, realizada em 2023 (a saber: curso “Inclusão digital e aplicações pedagógicas”; curso “Biotecnologia para futuros cientistas”; Olimpíada Brasileira de Biotecnologia), mostra que estamos trilhando um caminho relevante para a melhoria da qualidade da educação básica nacional. Além disso, o projeto OBBiotec configura-se como uma ação de extensão com potencial de aumentar os níveis de conhecimento dos participantes nas áreas de ciências e biotecnologia, promovendo maior aproximação destes em relação aos cursos técnicos e superiores ofertados por Institutos e Universidades. Segundo a Resolução 07/2018 CNE/CES do Ministério da Educação do Brasil: A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (BRASIL, 2018). A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) traz como papel da Educação Superior "atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares". No contexto dialógico da extensão universitária, tal atuação não se pauta apenas em ofertar ações, mas em criar comunicação capaz de valorizar a experiência e diversidade de saberes, num ciclo virtuoso por meio do qual, estudantes e profissionais da educação superior também são beneficiados e enriquecem suas vivências e a própria formação a partir da realidade social vivida no contexto da educação básica. A comunicação dos profissionais da educação básica e de seus estudantes com a universidade abre horizontes mais amplos, amplia perspectivas de acesso e favorece a apropriação da educação superior como um objetivo mais próximo e factível. Outra questão que também demonstra o mérito e relevância desta proposta é que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) reconhece as necessidades educacionais especiais de crianças com altas habilidades/superdotação, apontando para o atendimento educacional especializado. Esse problema já foi enfrentado por diversos países: Na Ásia em geral (Coréia, Taiwan, Singapura), a partir dos anos 1970, o investimento no potencial humano vem crescendo a cada dia, fortalecendo a educação dos talentos. E em Israel também enfatiza-se muito a educação das altas habilidades. Já nos Estados Unidos, o processo foi mais tardio que no continente europeu, e a atenção às altas habilidades era ainda exceção no século XIX. A primeira medida pedagógica foi adotada em 1862, permitindo aos alunos superdotados a aceleração da aprendizagem por meio de promoções a cada seis meses. [...] No Brasil sentimos alguns reflexos desse dilema, uma vez que, por motivos diferentes, também carregamos conosco, por muito tempo, o preconceito de que a Educação Especial dos talentosos é uma forma elitista de discriminação. (CUPERTINO, 2008, p.). Nesse sentido, apesar dos esforços que vêm sendo feitos no país há algumas décadas para que estes estudantes recebam atendimento educacional especializado nas escolas de ensino regular da Educação Básica, ainda estamos muito longe de prover a estas crianças e jovens as oportunidades de desafio e aprendizado que elas almejam e necessitam. Assim, estas crianças e jovens com alto potencial não têm as suas necessidades de aprendizado supridas e acabam sendo calados por serem vistos como aqueles que tumultuam a sala de aula, por questionarem demais, e por colocarem o professor, algumas vezes, em situação constrangedora em virtude de não terem todas as respostas solicitadas. Ou seja, o país tem perdido parte de seu capital intelectual por não conseguir prover recursos, desafios, oportunidades suficientes e em tempo adequado para que suas potencialidades não se percam ao longo do seu percurso formativo. Desta forma, a OBBiotec constitui-se como uma oportunidade para todos, inclusive para estes estudantes com altas habilidades/superdotação, que poderão participar do curso de Biotecnologia e ainda serem desafiados nas edições anuais das Olimpíadas.

É comum ouvir dos estudantes o questionamento sobre os motivos de ser necessário estudar ciências, uma vez que, na concepção deles, ela praticamente não contribui para sua formação. No entanto, o estudante se esquece que nos deparamos, cotidianamente, com situações em que essa área do conhecimento está envolvida. É com base nesta constatação, conforme afirma Silva (2009), que devemos pensar no “porque os alunos tem tanta dificuldade em aprender algo que está inserida em suas vidas”. Diante disso, há muito tempo as escolas têm buscado respostas para os problemas de dificuldades de aprendizagem por parte dos estudantes. Assim, tem-se recorrido a diferentes métodos e práticas pedagógicas que têm por objetivo capacitar e formar o estudante para que alcance um nível intelectual que não fique restrito somente ao conhecimento escolar. Dentro deste contexto, Canto (1993) nos relata que ensinar Ciências não é simplesmente derramar conhecimentos sobre os alunos e esperar que eles, num passe de mágica, passem a dominar o conteúdo. Ao dizer isso, não queremos desmerecer a atividade docente. Praticada artesanalmente por nossos ancestrais humanos, a biotecnologia foi usada para transformar recursos naturais em novos alimentos, bebidas e remédios. Hoje, já compreendida como ciência, nos ajuda a produzir vacinas, a enfrentar doenças e pandemias sem desanimar. Mas, tal como nossos ancestrais usavam suas “sementes”, certos de que seriam capazes de transformar o leite, o trigo e a uva, a biotecnologia de hoje requer “sementes” que transformem mentalidades e eduquem futuros cientistas. É possível elencar inúmeras atividades que poderiam ser utilizadas no processo de ensino aprendizagem das ciências, de modo a levar os estudantes a compreender a relação com o seu dia a dia. Diante disso, surge a proposta de organizar uma competição em que os estudantes possam aplicar o conhecimento discutido em sala de aula em uma situação motivadora. Sabe-se que a juventude, sobretudo os estudantes, curte a radicalidade da vida e gostam de aventurar-se em grandes desafios. Assim, as olimpíadas científicas podem despertar um novo gosto por um conteúdo específico. No Brasil e no mundo há competições em diversas áreas, a saber: de matemática, física, computação, biologia, astrologia, linguística, entre outras. Presente em todos os estados brasileiros, as olimpíadas científicas envolvem estudantes da educação básica, sendo que algumas consistem de provas teóricas, enquanto outras consistem em fazer programas, experimentos, e até mesmo debates. Neste projeto, a proposta é proporcionar um maior contato com olimpíadas científicas para os estudantes da educação básica e ensino técnico. A Olimpíada Brasileira de Biotecnologia (OBBiotec) vem assumindo um espaço considerável junto às instituições de ensino, principalmente pela disponibilidade que estudantes têm apresentado em participar do evento. Por envolver instituições de todo o país, se mostra como um fórum privilegiado de contato com professores das áreas de ciências e com estudantes. Possibilitar aos estudantes a participação em uma competição como essa fomentará a percepção de que a ciência contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, bem como os envolverá em uma atividade desafiadora, diferente das metodologias que eles têm contato em seu ambiente escolar. Além disso, a ideia é atingir diferentes partes do país, aproximando estudantes de uma realidade que, nem sempre, seria acessível a muitos deles e também facilitar o envolvimento dos diferentes docentes dessa área. Por último, mas não menos importante, ao se mostrar como uma atividade reveladora de jovens talentos para a área de ciências, a OBBiotec apresenta um novo horizonte para os estudantes, tendo em vista que, mediante o desempenho de cada um, é possível que o estudante consiga oportunidades as quais ele desconhece, conforme já ocorrido com outros estudantes participantes de olimpíadas científicas.

Objetivo geral Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica nacional, por meio do estímulo à aprendizagem de biotecnologia e da competição saudável que leve à busca por novas oportunidades, crescimento individual e desenvolvimento regional. Objetivos específicos • Realizar a 3ª edição da Olimpíada Brasileira de Biotecnologia – OBBiotec por meio da aplicação de provas online, em duas fases, ou, quando for o caso, física em municípios em que não haja esta possibilidade; • Promover o ensino de Biotecnologia, por meio de um curso ofertado gratuitamente, online, para gerar bases aos participantes da OBBiotec ; • Despertar nos jovens matriculados nos anos finais do ensino fundamental, ensino médio regular, bem como no ensino técnico, o interesse pelas disciplinas das áreas de ciências, mais especificamente pela biotecnologia; • Estimular o desenvolvimento regional, a partir do fomento à participação e ampliação dos conhecimentos dos estudantes, bem como da concorrência intraestadual e interestadual (nacional); • Identificar, dentre os participantes, aqueles com maior potencial para atuação nas áreas de ciências e biotecnologia, estimulando-os a seguirem seus estudos em prol da futura geração de cientistas do país; • Contribuir para a ampliação do número de jovens que buscam por vagas no ensino tecnológico e também nos cursos de graduação nas áreas das ciências e biotecnologia; • Disponibilizar aos participantes da OBBiotec um catálogo de cursos e universidades públicas que ofereçam oportunidades de educação superior nas áreas de ciências e biotecnologia, informando, inclusive, sobre as possibilidades de assistência estudantil; • Promover maior aproximação entre escolas de educação básica e instituições públicas de ensino superior; • Estimular a procura dos participantes por oportunidades de iniciação científica júnior, fomentando a participação daqueles que obtiveram as melhores classificações na OBBiotec 2023; • Implementar um modelo de avaliação que foque na biotecnologia aplicada, relacionando com a vida cotidiana.

Espera-se, com a realização da OBBiotec, impactar a qualidade da educação básica e técnica nacional, melhorando indicadores nos diversos níveis de ensino (fundamental II, ensino médio e ensino técnico), nas cinco regiões do país. A exemplo do que ocorreu com a Olimpíada Nacional de Ciências, espera-se que a OBBiotec consiga melhorar o seu impacto nesta segunda terceira edição e que estes números de participantes cresçam gradativamente, alcançando não só as áreas urbanas, mas também municípios localizados em áreas mais remotas. A escolha por fazer premiações regionais e também nacional, em diversas modalidades de prêmios (troféus de primeiros lugares, prêmio Menina Biotec, Medalha Futuro Cientista, Certificados de Honra ao Mérito e de participação) tem como objetivo garantir estímulo suficiente para que todos os estudantes, independentemente da região do país onde residam, sejam desafiados a participarem e tenham expectativa de uma boa colocação, buscando o contínuo desenvolvimento de suas potencialidades e ampliação do conhecimento.

O desenvolvimento da OBBiotec será feito por meio das seguintes atividades a) REALIZAÇÃO DE DOIS CURSOS PREPARATÓRIOS: i. curso de Biotecnologia. Será possibilitado e também estimulado que os professores da educação básica participem do curso. Neste caso, será disponibilizado um canal de comunicação direta para que dúvidas possam ser sanadas. Os professores terão acesso permanente aos materiais (videoaulas, atividades, textos, podcasts, aulas práticas virtuais, protocolos, dentre outros) no repositório de objetos educacionais a ser alocado na página eletrônica do curso e da OBBiotec. ii. “Inclusão digital e aplicações pedagógicas”: curso específico para professores. Assim, o docente poderá incrementar suas aulas, utilizando-se de metodologias ativas, recursos de TDICs, e também da metodologia de aprendizagem mão-na-massa. Durante a realização dos cursos, aproveitaremos a oportunidade para divulgação do cronograma da OBBiotec. Pretendemos ainda lançar o curso “Biotec para meninas” em 2023. De modo que seriam três cursos ofertados gratuitamente e totalmente online. b) INSCRIÇÕES: As inscrições foram realizadas por meio do sistema OBBiotec em prazo estabelecido em regulamento próprio do processo e divulgado nas redes sociais e no site da OBBiotec (www.obbiotec.com.br). c) DIVULGAÇÃO: Todo o processo (etapas, cronogramas, execução) foi e continuará sendo divulgado: i) nas mídias (Instagram®, Facebook®, Whatsapp®, YouTube® e páginas eletrônicas das instituições participantes; ii) serão feitas comunicações direcionadas às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação; iii) rádios universitárias das instituições parceiras que as possuam; iv) comunicações diretas com as escolas; v) publicação de materiais de divulgação na página eletrônica da OBBiotec; vi) divulgação por correio eletrônico, dentre outros). Iniciaremos o uso da plataforma Tik-Tok®. Continuaremos utilizando a estratégia de publicação de vídeos com orientações para a realização do certame. d) ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO: O processo seletivo relativo à OBBiotec foi e continuará sendo realizado em duas etapas, sendo a prova composta por questões de nível fácil, mediano e questões que exijam raciocínios mais elaborados, tendo estas questões pesos diferentes (de acordo com a sua complexidade). As questões abordarão as diversas áreas da biotecnologia, sempre fazendo questionamentos que levem o estudante a aplicar o conhecimento em situações cotidianas/práticas, saindo da memorização e passando para a aplicação de conhecimentos de forma mais significativa. • A aplicação das provas se dará de forma virtual (sempre que possível) ou física (apenas quando não houver outra possibilidade). • Buscaremos utilizar a estratégia de gamificação de questões, sempre que possível. • As provas serão aplicadas utilizando-se sistema eletrônico. Esse sistema permitirá a gestão e aplicação de provas on-line. A especificação contempla um sistema para cadastro de professores, participantes, questões e provas com funcionalidades de relatórios e correção automatizada. Fazem parte do escopo o corpo técnico necessário para a operação e suporte da plataforma no período das provas. e) ELABORAÇÃO DAS PROVAS: As provas serão elaboradas por equipe de profissionais da área de biotecnologia, sempre buscando a construção de questões que envolvam aplicações biotecnológicas. Sempre que possível, serão inseridos recursos de gamificação, vídeos ou figuras que apresentem questões práticas, de modo que a avaliação seja realizada com base na aplicação do conhecimento e não tenha foco na memorização. A intenção é que a prova sirva não só como mecanismo de avaliação do conhecimento, mas também gerador de aprendizado. Importante ressaltar ainda que são elaboradas três provas diferentes para cada etapa, levando-se em consideração as especificidades do público- alvo (nível a: ensino fundamental II; nível b: ensino médio; nível c: ensino técnico). Nas avaliações serão trabalhados, em nível adequado ao público-alvo desta proposta, temas como: - Biotecnologia e desenvolvimento humano; - Tecnologia microbiológica e sustentabilidade; - DNA, genomas, genes e biotecnologia; - O Genoma em nós e nos demais seres vivos: organização dos genomas; - Código genético; - Desenvolvimento da biotecnologia; - Mutação, mutagênese e mutantes; - Engenharia genética e clonagem molecular: A história da insulina recombinante; - Clonagem molecular; - Biotecnologia molecular; - Bioinformática: armazenamento e a análise dos dados biológicos; - Tecnologias moleculares para diagnóstico: Genética forense e testes de paternidade; - Reprodução assistida; - Terapia celular, regeneração tecidual e produção de órgãos in vitro; - Nanobiotecnologia; - Biotecnologia nos alimentos: - Biorremediação; - Biocombustíveis; - Ética e biossegurança em biotecnologia; - Bioterrorismo. f) RANQUEAMENTO, DIVULGAÇÃO E AÇÕES POSTERIORES: Após a aplicação das provas, será feito o ranqueamento dos candidatos, de acordo com as notas obtidas, para definição dos vencedores (primeiro, segundo e terceiro lugares) nas categorias nacional e regionais (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul), bem como para os demais prêmios (Menina Biotec, Futuro Cientista, Honra ao Mérito). Os nomes dos vencedores serão divulgados nas mídias, bem como serão encaminhados para as respectivas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, para as Escolas onde os estudantes estão matriculados e para as Universidades Federais mais próximas. Na oportunidade, os troféus e medalhas serão encaminhados para as escolas dos vencedores. Assim, será solicitada avaliação de possibilidade de realização de uma solenidade de entrega da premiação, por conta da Secretaria Municipal de Educação e da Escola, sem custos para o projeto. • Será realizado um trabalho de conferência de dados e documentos dos vencedores e, comprovando-se o atendimento aos critérios e categorias, serão implementadas as bolsas de iniciação científica júnior. Para tanto, faremos contato com a Universidade ou Instituto Federal mais próximo da localidade de residência dos vencedores, de modo a trabalharmos a vinculação do estudante com o orientador e projeto de pesquisa. Haverá o acompanhamento sistemático destes bolsistas. • Será solicitada às Secretarias de Educação e Escolas o encaminhamento de fotos dos eventos de entrega das premiações para que possam integrar o repositório da OBBiotec. Sempre que possível, as Universidades parceiras participarão das solenidades de entrega das premiações. g) RELATÓRIOS E PUBLICAÇÕES: Ao final do processo, serão elaborados relatórios e textos para publicação com os resultados obtidos na edição da OBBiotec. Como ainda estamos desenvolvendo a segunda edição da OBBiotec, , não temos ainda nenhum texto publicado, mas estamos com uma supervisão de pós-doutorado, uma orientação de mestrado e um trabalho de conclusão de curso sendo desenvolvidos com base na OBBiotec de 2022 ou em seus subprojetos (cursos). Desta forma, em breve teremos textos publicados sobre a OBBiotec.

AOCEANO. Olimpíada Brasileira de Oceanografia. Disponível em: https://web.archive.org/web/20120730000413/http://www.aoceano.org.br/ono2012/index.php/historico. Acesso em: 08 set. 2022. BIO. Biotechnology Innovation Organization, 2021. Disponível em: https://bio.org/. Acesso em: 05 set. 2021. BRASIL. Censo Escolar 2020 – Divulgação dos resultados, 2021. Disponível em: https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resultados/2020/apresentacao_coletiva.pdf. Acesso em 05 set. 2021. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial,1988. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em 04 set. 2021. BRASIL. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf. Acesso em 04 set. 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2002. BRASIL. Resolução n. 7, de 18 de dezembro de 2018. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dá outras providências. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=104251- rces007-18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 04 set. 2021. CUPERTINO, C. M. B. (org.). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação. São Paulo: FDE, 2008. Disponível em: http://cape.edunet.sp.gov.br/cape_arquivos/Um_Olhar_Para_As_Altas_habilidades_2%C2%B0_Edi%C3%A7%C3% Acesso em 04 set. 2021. GERMANO, Marcelo Gomes; KULESZA, Wojciech Andrzej. Popularização da ciência: uma revisão conceitual. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 7-25, ago. 2008. ISSN 2175-7941. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/1546/5617%3E. Acesso em: Acesso em 05 set. 2021. INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2020. Brasília: Inep, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-estatisticas/educacao-basica. Acesso em: 05 set. 2021. OBF. Olimpíada Brasileira de Física. Disponível em: https://obf.if.ufg.br/p/99- historia#:~:text=No%20Brasil%2C%20as%20primeiras%20Olimp%C3%ADadas,de%20S%C3%A3o%20Paulo%20 Acesso em: 08 set. 2022. OBR. Olimpíada Brasileira de Robótica. Disponível em: https://www.obr.org.br/historico/. Acesso em: 08 set. 2022. ONC. Olimpíada Nacional de Ciências – MCTI. Disponível em: https://onciencias.org/noticias/olimpiada-nacional-de-ciencias-de-82-mil-para-mais-de-1-milhao-de-alunos-inscritos e https://onciencias.org/noticias/recorde-de-inscricoes-na-onc-2020. Acesso em: 05 set. 2021.

A biotecnologia é uma ciência que perpassa em vários aspectos importantes da interface ciência/sociedade. Ao propor a realização de uma olimpíada que apresente as principais contribuições dessa área seja no contexto acadêmico ou mesmo no cotidiano, a ideia é permitir que a comunidade acadêmica e sociedade troquem conhecimentos, por meio da participação e do contato com questões complexas contemporâneas presentes no contexto social.

Conforme destacado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002) a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador e que permita à comunidade escolar explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários. Assim, por discutir questões do cotidiano de discentes e docentes a participação na olimpíada irá contribuir para uma formação mais ampla, visando assim, acabar com a ideia de conteúdo compartimentalizado e que muitas vezes não conversam entre si. É possível, por exemplo, propor uma explicação para uma situação vivenciada na área de saúde e que para isso se utilize de conceitos da química e da biologia. Isso leva à chamada interprofissionalidade. A proposta é que os participantes possam, no núcleo específico de atuação da profissão, ou seja, o ambiente escolar, integrar saberes, resultando em uma ampliação dos métodos de ver e interpretar os fenômenos e numa modificação das práticas. Portanto, após participar da olimpíada os discentes poderão trabalhar de forma colaborativa com profissionais de áreas distintas na construção de um campo comum de intervenção, onde as práticas são compartilhadas entre os profissionais indistintamente.

A Biotecnologia é uma ciência investigativa. Discuti-la nos ambientes escolares já pressupõe a contribuição para o despertar o interesse pela ciência, cujo papel é essencial em diferentes processos da sociedade. Oferecer a oportunidade de participação de uma olimpíada busca desenvolver ações que estimulem em todos os envolvidos à capacidade de investigação científica, essencial à construção da autonomia intelectual e participação cidadã. Vê-se pois aqui a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão: o ensino que é trabalhado nas diferentes etapas da olimpíada irá impactar na prática docente na educação. A biotecnologia permite desenvolver o caráter investigativo (pesquisa) e assim interpretar diferentes fenômenos do dia a dia. E a extensão será contemplada ao envolver a comunidade externa que muitas vezes não tem acesso ao conhecimento discutido no ambiente universitário. Essa indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão vai, portanto, possibilitar novas formas pedagógicas de reprodução, produção e socialização de conhecimentos, efetivando a interdisciplinaridade, ponto destacado no item anterior.

O acadêmico envolvido na proposta terá a oportunidade de um aprendizado multidisciplinar, tendo contato com informações científicas e culturais, além de participar ativamente nas diversas formas de comunicação com o público, podendo aperfeiçoá-la. Tal ação poderá contribuir para o crescimento pessoal e profissional do acadêmico. Estas atividades favorecerão a formação cidadã, comprometida com questões reais da sociedade de forma crítica e ativa no que tange à popularização de conhecimentos científicos. Os acadêmicos terão possibilidade de contribuições alinhadas com os seus conhecimentos, além de ter contato com outras áreas multidisciplinares. A participação do estudante acadêmico se dará por meio das seguintes atividades: - Reuniões de equipe: participação das diferentes etapas previstas na metodologia; - Participação e elaboração das estratégias de divulgação da OBBiotec: o discente participará da discussão das estratégias para divulgação da olimpíada, além de elaborar materiais para divulgação nas mídias sociais; - Alimentação da página eletrônica e sistemas para execução da OBBiotec; - Alimentação do repositório de objetos educacionais: a proposta é que o discente contribua organizando textos, vídeos, podcasts, entre outros formatos que permitam uma diversificação para esse repositório; - Produção resumos, artigos e relatos de experiências: nessa fase o discente será orientado para produção de materiais de divulgação da olimpíada e que serão submetidos em congressos para divulgar a iniciativa. O discente será avaliado pela sua participação ativa em todas as fases do desenvolvimento do projeto, além de ter sua participação na execução do curso avaliado pelos participantes.

A OBbiotec é voltada para despertar o interesse pela ciência. Tendo em vista que será realizada em âmbito nacional, possibilitará a participação de diferentes discentes das unidades federativas do país, agregando assim diferentes visões e experiências relacionados ao ensino dessa área. Além disso, sendo gratuita torna-se uma competição democrática e que irá contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica nacional, por meio do estímulo à aprendizagem de biotecnologia e da competição saudável que leve à busca por novas oportunidades, crescimento individual e desenvolvimento regional. Como a ciência está em contínua mudança, a olimpíada possibilitará que os envolvidos tenham contato com as diferentes formas de trabalho atuais da área da área, bem como, terão contato com a participação em uma competição estudantil inédita para alguns. Por último e não menos importante é importante destacar a transformação social que esse projeto irá proporcionar. Após a participação, a proposta é que os jovens despertem o gosto pela ciência, o que irá contribuir para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, além de incentivá-los a buscarem novos conhecimentos e a busca por mais conhecimento.

Todo o processo (etapas, cronogramas, execução) foi e continuará sendo divulgado: i) nas mídias (Instagram®, Facebook®, Whatsapp®, YouTube® e páginas eletrônicas da olimpíada e das instituições participantes; ii) serão feitas comunicações direcionadas às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação; iii) rádios universitárias das instituições parceiras que as possuam; iv) comunicações diretas com as escolas; v) publicação de materiais de divulgação na página eletrônica da OBBiotec; vi) divulgação por correio eletrônico, dentre outros).