Visitante
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA MULHERES QUE FREQUENTAM A CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA DE DIAMANTINA/MINAS GERAIS
Sobre a Ação
202203000770
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
04/03/2024
31/12/2024
202104000141 - Diamantes do Vale: saúde para as mulheres do Jequitinhonha
Dados do Coordenador
renara de pinho caldeira mourão
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Saúde
Educação
Saúde Humana
Municipal
Não
Sim
Não
Fora do campus
Integral
Sim
Redes Sociais
Membros
A mortalidade materna no Brasil evidencia falhas na assistência durante gestação, parto e puerpério. O projeto propõe ações educativas na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera do Hospital Nossa Senhora da Saúde em Diamantina, visando promover a saúde da mulher e do bebê através de encontros semanais e questionários para avaliação, além de reuniões mensais para orientação.
Educação em saúde, saúde da mulher, gestante, puérpera.
A mortalidade materna é um problema de saúde pública que afeta o Brasil de forma alarmante. Segundo o Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, em 2021 houve aproximadamente 107 óbitos a cada 100 mil nascimentos, o que está muito acima da meta de 70 mortes a cada 100 mil nascimentos estipulada na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Tal Agenda é constituída por um conjunto de metas a serem atingidas até o ano de 2030 para melhorar as condições de vida ao redor do mundo, sendo a redução da mortalidade materna um dos objetivos. No Brasil, grande parte de tais óbitos foram por causas evitáveis, o que reflete não só a deficiência da assistência durante a gestação, parto e puerpério, mas também a precariedade de acesso a informações de qualidade das mulheres sobre formas de promoção de saúde e prevenção de complicações durante a gravidez. O Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS) do município de Diamantina, Minas Gerais, conta com a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) para hospedar mulheres que necessitam de monitoramento e assistência prolongados, fornecendo a elas maior conforto. Uma vez que tais mulheres geralmente permanecem na CGBP por longos períodos, viu-se uma oportunidade de levar a elas informações acerca da saúde materno-fetal e, assim, atuar na melhoria tanto da assistência pré e pós-natal quanto da experiência das mulheres durante a gestação, parto e puerpério. Segundo o Ministério da Saúde (2012), um dos pilares da assistência integral à gestante é a realização de atividades educativas e de promoção de saúde. Nesse sentido, o atual projeto de extensão pretende abordar junto às mulheres hospedadas na CGBP as principais mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher durante a gestação, patologias comuns da gravidez e medidas de prevenção e tratamento, fases do trabalho de parto e como se preparar para ele, puerpério, amamentação, medidas de planejamento familiar após o parto, além de orientá-las sobre a importância de manter o acompanhamento pré-natal adequado, vacinação e outros temas inerentes a este período da vida da mulher, de forma que elas tenham maior conhecimento e preparo físico e emocional para passar por todas essas fases. Com isso, os discentes participantes deste projeto terão a oportunidade de enriquecer sua formação acadêmica e profissional, aprimorando tanto o conhecimento teórico quanto as habilidades práticas. Já a comunidade será beneficiada por meio da divulgação de informações e orientações ao público-alvo, atuando na melhoria da qualidade de vida e desfecho materno-fetal.
O Vale do Jequitinhonha é uma região sabidamente carente, o que pode ser observado através de diversos marcadores sociais. Um deles é referente ao nível de instrução: em 2010, o Alto Jequitinhonha registrou mais de 38.000 pessoas analfabetas dentre aquelas acima de 15 anos, e mais de 70% dos indivíduos com mais de 25 anos não terminou o ensino fundamental. Outro exemplo é a baixa cobertura de água e de esgotamento sanitário em comparação com o restante do estado de Minas Gerais, bem como as carências habitacionais, o que corrobora para a formação de comunidades mais fragilizadas e com baixo desenvolvimento social (MIRANDA JÚNIOR, 2017). No que tange à saúde, também se observa a vulnerabilidade da região. O atendimento ao parto, à gravidez e ao puerpério constituem as principais causas de internações nos territórios do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha (MIRANDA JÚNIOR, 2017), o que mostra a necessidade de projetos que atuem para melhorar o atendimento, o acompanhamento e prevenir desfechos com prognósticos ruins para o binômio materno-fetal. Além da vulnerabilidade própria da região, somam-se pontos que necessitam de maior atenção no campo da saúde pública, em nível nacional. Um deles são as altas taxas de mortalidade materno-infantil encontradas no Brasil. Esse é um grave problema, atingindo desigualmente as regiões brasileiras, com maior prevalência entre mulheres com menor acesso aos bens sociais (SAÚDE et al., 2020). Atrelado a essa questão, apesar de pesquisas mostrarem avanços nos índices de aleitamento materno, no Brasil alcançamos apenas 62,4% de amamentação na primeira hora de vida, 45,8% de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, 52,1% aos 12 meses e 35,5% aos 24 meses de vida. Esses números são muito inferiores às metas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (LEVY, 2021), e ainda mais baixos em regiões mais pobres, como o Vale do Jequitinhonha (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Diante desse quadro, Diamantina, situada no Vale do Jequitinhonha e referência em prestação de serviços no campo da saúde para uma grande região do estado, é um local estratégico para desenvolvimento de projetos de intervenção com o intuito de melhorar as condições de saúde regionais. A cidade conta com algumas casas de saúde, como a Irmandade Nossa Senhora da Saúde (composta pelo Hospital Nossa Senhora da Saúde e Centro Especializado em Reabilitação). O Hospital Nossa Senhora da Saúde (HNSS) é referência para 31 municípios e abrange uma população total de cerca de 400.000 habitantes. Presta serviços nas áreas de ginecologia e obstetrícia, pediatria, ortopedia e traumatologia, com atendimentos em plantões de 24 horas/dia, além de contar com uma UTI neonatal e pediátrica e realizar diversas cirurgias. Possui 77 (setenta e sete) leitos destinados à assistência pelo SUS, incluindo 8 (oito) leitos de UTI neonatal e 2 (dois) pediátricos, além de 10 (dez) leitos na CGBP – Casa da Gestante, Bebê e Puérpera; e realiza, em média, 3.500 (três mil e quinhentos) procedimentos mensais entre eletivos e urgências (JURÍDICA, 2013). Além de toda essa infraestrutura, o HNSS é detentor do título “Hospital Amigo da Criança” e “Cuidado Amigo da Mulher” desde 2019, o que garante atenção à qualidade e à humanização do atendimento durante todas as etapas da gestação, parto, nascimento e período neonatal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) é um lugar de acolhimento, que visa reduzir a morbimortalidade materna. A casa funciona 24 horas por dia, e conta com uma equipe composta por técnicos de enfermagem, enfermeiro especializado, visita de obstetras e residentes em ginecologia e obstetrícia e atuação de internos e estagiários dos cursos de saúde da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O espaço é voltado principalmente para as mulheres que necessitam de atenção em serviços de saúde de maiores complexidades, mas ao mesmo tempo não exigem a vigilância constante dentro do ambiente hospitalar. Devido à natureza do problema de saúde apresentado, distância de suas moradias, questões financeiras, tempo necessário de acompanhamento, entre outros, essas pacientes são transferidas para a CGBP (DIAS, 2017). Ao observar-se a lacuna existente no acesso à informação em saúde, bem como o baixo nível de instrução das pacientes sobre os cuidados durante gestação, parto, puerpério e lactação, associados ao fato de que o HNSS possui maternidade de referência de alto risco para uma das regiões mais carentes do país - o Vale do Jequitinhonha -, e indicadores de saúde materno-fetal abaixo das metas preconizadas pela OMS (LEVY, 2021), nota-se a necessidade de elaborar projetos com ênfase na disseminação do conhecimento sobre temas diversificados que abrangem o cotidiano desse grupo alvo, como saúde da mulher e cuidados materno-fetais. Muitas vezes, a rotina hospitalar dificulta que os profissionais tenham disponibilidade para realizar educação em saúde de forma efetiva e longitudinal com as pacientes; por outro lado, os municípios que referenciam suas pacientes ao HNSS frequentemente são carentes de profissionais da atenção básica qualificados para atender e acompanhar de forma adequada essas mulheres, que comparecem ao HNSS sem ter conhecimento suficiente acerca de informações básicas, porém fundamentais para o ciclo da gestação até o puerpério. Este projeto tem como foco, portanto, promover a educação em saúde para as mulheres no ciclo gravídico-puerperal, contribuindo para o suprimento da carência informacional entre as gestantes e puérperas que frequentam a CGBP do HNSS, de forma a melhorar a qualidade de vida do binômio mãe-filho e facilitar o processo de adaptação durante um momento marcado por diversas alterações biopsicossociais, impactando positivamente no desfecho materno-fetal. Além disso, mostrar a importância do processo de amamentação e anteceder as possíveis dificuldades, que são pontos-chave para tornar o aleitamento menos desafiador e encorajar sua prática, que gera diversos benefícios a curto, médio e longo prazo para o bebê e para a mãe. Os acadêmicos participantes serão beneficiados com o aumento dos conhecimentos através da correlação teórico-prática, aprendendo e interagindo com outros profissionais e usuários do sistema de saúde, e desenvolvendo suas habilidades.
Objetivo Geral ● Promover ações de educação em saúde às mulheres hospedadas na CGBP do HNSS da cidade de Diamantina/Minas Gerais, com enfoque em saúde da mulher e no binômio mãe-filho. Objetivos Específicos ● Promover educação em saúde às mulheres usuárias da CGBP; ● Orientar sobre alterações fisiológicas da gravidez e sua sintomatologia; ● Esclarecer dúvidas sobre os principais cuidados necessários na gestação; ● Orientar sobre a importância da amamentação; ● Informar sobre as doenças mais recorrentes na gestação e suas possíveis complicações; ● Incentivar a promoção à saúde e prevenção de doenças preveníveis mais comuns na gestação; ● Informar sobre planejamento familiar.
● Impactar positivamente a vida das mulheres usuárias da CGBP no que diz respeito à saúde feminina, a questões materno-obstétricas e direitos femininos; ● Conscientizar o público-alvo sobre a importância do planejamento familiar; ● Ajudar a lidar com frustrações e mudanças (físicas e psicológicas) do período gestacional através da informação; ● Empoderar as mulheres no ciclo gravídico puerperal sobre seus direitos e possibilidades; ● Promover conhecimento teórico-prático sobre as temáticas abordadas aos discentes participantes do projeto.
Promover a educação em saúde às gestantes e puérperas em atendimento na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) do Hospital Nossa Senhora da Saúde de Diamantina/Minas Gerais. Será realizado por acadêmicos da Faculdade de Medicina de Diamantina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, no período de janeiro a dezembro de 2024. Inicialmente, os discentes realizarão revisão de bibliografia e encontros de adequação metodológica de forma semanal, para estruturação dos temas a serem abordados e planejamento das ações. Receberão capacitação sobre os diferentes assuntos que serão abordados durante as intervenções, através de encontros quinzenais, com aulas ministradas por discentes do projeto e profissionais da saúde que atuam na área da saúde da mulher, como docentes da FAMED/UFVJM. Após reuniões de planejamento e de capacitação, serão iniciadas as abordagens na CGBP, que ocorrerão por meio de encontros semanais na instituição, sendo cada um deles promovido por uma dupla de alunos pertencentes ao projeto. Cada intervenção na CGBP terá duração programada de 2h, sendo que os dias e os horários dos encontros serão definidos conforme disponibilidade da equipe da CGBP, podendo ocorrer de segunda a domingo, no período da manhã (8h às 12h) ou da tarde (13h às 18h). Os assuntos a serem abordados serão definidos de acordo com o perfil das mulheres hospedadas na CGBP no momento da intervenção, de modo a abranger diversos temas, e que acompanhem o período que vivem no momento, que seja início, meio ou final da gestação, e puerpério e amamentação. Os temas a serem abordados serão: I. Cuidados na saúde da mulher; II. Gestação e suas alterações fisiológicas; III. Importância da realização do pré-natal e cuidados durante essa fase; IV. Doenças comuns na gestação, sinais de alarme e seus respectivos tratamentos/medidas de controle; V. Informações sobre como funciona o trabalho de parto, sinais e sintomas importantes desse momento; VI. Preparação para a amamentação e sua prática; VII. Vivência do puerpério; VIII. Planejamento familiar para o pós-parto. Os temas serão abordados com linguagem acessível à população, de forma a promover conhecimento e estimular o autocuidado e a busca por acompanhamento e seguimento de orientações proporcionadas pelos profissionais da saúde. Ao final da exposição sobre os temas, serão realizadas atividades com metodologias ativas, como perguntas abertas para respostas, mitos e verdades, e questões de múltipla escolha sobre os temas abordados, para solidificação do conhecimento por parte das participantes e avaliação da aprendizagem. A fim de ampliar o conhecimento a respeito do público alvo e de permitir a escrita científica, também serão coletados dados epidemiológicos, mediante a aplicação de um questionário, ao final das abordagens semanais, obtendo informações como nome, idade, procedência, condições socioeconômicas e grau de alfabetização das mulheres que participarem das ações, de modo a gerar dados que permitem avaliar a efetividade do projeto e planejar melhorias. Serão realizadas reuniões de orientação com a professora coordenadora quinzenalmente, para delimitação e organização de atividades bem como orientações acerca da execução do projeto, de forma a promover acompanhamento contínuo e longitudinal dos alunos. A professora coordenadora realizará feedbacks acerca da pontualidade, assiduidade, grau de interesse e dedicação ao projeto. As aulas e as reuniões acontecerão de forma remota, através da plataforma Google Meet.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, DF, 2012. DALL’ARA, João. Taxa de mortalidade materna no Brasil cresce principalmente por falta de recursos. Jornal da USP, São Paulo, 11 de abr. de 2022. Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/taxa-de-mortalidade-materna-no-brasil-cresce-principalmen te-por-falta-de-recursos/>. Acesso em 20 de jul. de 2022. DIAS, Dra. Juliana. Ginecologia e Obstetrícia. Diamantina, 2017. Disponível em: <http://www.hnss.org.br/ginecologia-e-obstetricia/>. Acesso em: 22 jul. 2022. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Morte materna acontece porque não se dá a devida atenção às mulheres na nossa sociedade, alerta Febrasgo. FEBRASGO, 2022. Disponível em: < https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1455-morte-materna-acontece-porque-nao-se-da -a-devida-atencao-as-mulheres-na-nossa-sociedade-alerta-febrasgo>. Acesso em 20 de jul. de 2022. GANDRA, Alana et al. Brasil teve, em 2021, 107 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos: Especialista diz que mortes maternas podem ser evitadas. Rio de Janeiro: Fernando Fraga, 28 maio 2022. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-05/brasil-teve-em-2021-media-de-107- mortes-cada-100-mil-nascimentos>. Acesso em: 12 jul. 2022. IRMANDADE NOSSA SENHORA DA SAÚDE. In: JURÍDICA, Pessoa. [S. l.], 2013. Disponível em: <https://prosas.com.br/empreendedores/56-irmandade-de-nossa-senhora-da-saude#!#tab_ver mais_descricao>. Acesso em: 22 jul. 2022. LEVY, Bel. Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação no Brasil. In: Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação no Brasil. Rio de Janeiro, 10 nov. 2021. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-revela-dados-ineditos-sobre-amamentacao-no-brasi l>. Acesso em: 20 jul. 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Mortalidade materna no Brasil: boletim epidemiológico. Boletim epidemiológico. 20. ed. Brasil: Ministério da Saúde, 17 jun. 2020. Disponível em: <portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br>. Acesso em: 12 jul. 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 3.444, de 16 de dezembro de 2019. Brasília: Ministério da Saúde, 16 dez 2019. MIRANDA MAGALHÃES JÚNIOR, Helvécio. Plano de Desenvolvimento para o Vale do Jequitinhonha. Plano de Desenvolvimento para o Vale do Jequitinhonha, Belo Horizonte, v. 6, ed. 1, p. 41-51, 2017. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=76776&cod>. Acesso em: 21 jul. 2022. NAÇÕES UNIDAS. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acesso em 20 de jul. de 2022. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância das Doenças Não Transmissíveis. Disponível em: < http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/mortalidade/m aterna/>. Acesso em 20 de jul. de 2022
A extensão universitária é uma ferramenta valiosa para promover interações dialógicas e compartilhar conhecimentos, aproximando os estudantes universitários da comunidade em que estão inseridos. Essas interações são fundamentais para o desenvolvimento de ações informativas que possam beneficiar diferentes grupos, incluindo gestantes no Vale do Jequitinhonha. No contexto específico das gestantes do Vale do Jequitinhonha, ações informativas são de extrema importância para garantir a saúde materna e infantil. Por meio de iniciativas de extensão universitária, é possível oferecer orientações sobre cuidados pré-natais, nutrição adequada durante a gestação, importância do acompanhamento médico regular, além de informações sobre parto seguro e pós-parto. Essas ações podem ser realizadas na Casa do bebê, gestante e puérpera (CAGEP) através de palestras, materiais educativos e até mesmo consultas individuais, buscando atingir gestantes de diferentes faixas etárias e níveis socioeconômicos. Além disso, a utilização de mídias sociais como ferramenta de marketing pode ampliar o alcance dessas iniciativas, permitindo que gestantes de áreas remotas também tenham acesso às informações relevantes. Ao promover o diálogo entre estudantes universitários e gestantes internadas na CAGEP, essas ações informativas não apenas contribuem para o empoderamento das mulheres grávidas, fornecendo-lhes conhecimento essencial para uma gestação saudável, mas também fortalecem os laços entre a academia e a comunidade, demonstrando o compromisso social da instituição de ensino com o bem-estar da população local.
O projeto articula as áreas de conhecimento das ciências da saúde e da educação, estimulando a busca pelo conhecimento e a aprendizagem de todos os envolvidos na organização, realização e participação na ação. Além disso, favorece o trabalho em equipe multiprofissional em parceria com os professores e profissionais de saúde do hospital.
O projeto articula ensino e extensão ao propor um intercâmbio com a comunidade externa para construção de conhecimento e orientações sobre os diversos temas que envolvem a gestação e período puerperal. Estudantes participantes do projeto serão incentivados a organizar e executar a ação. Articula-se também com pesquisa, já que espera-se que a demanda da população durante o projeto possa fomentar material para futuras pesquisas sobre o impacto desse tipo de ação nos cuidados com a saúde.
Graduandos participarão como organizadores e executores do projeto, tendo a oportunidade de desenvolver competências relacionadas à organização, liderança, comunicação interpessoal e comunicação profissional. Além disso, é uma oportunidade para aprofundar e solidificar conhecimentos acerca dos principais agravos à saúde da mulher durante a gestação e período puerperal e das repercussões do cuidado a saúde materna, mudando desfechos potencialmente desfavoráveis através da prevenção primária.
O impacto esperado é que gestantes e puérperas, ao serem bem informadas sobre as mudanças fisiológicas e patológicas desses períodos que estão passando, se sintam mais seguras e empoderadas para passarem de forma tranquila pelos desafios que possam surgir. A transformação social é alcançada quando mulheres tornam-se conhecedoras das medidas preventivas sobre os agravos em saúde, mudando assim os desfechos desfavoráveis causados por eles. De tal modo, a aproximação entre a universidade e a sociedade impacta na procura assertiva dos serviços de saúde, bem como na melhoria dos atendimentos a essa população e, por conseguinte, favorece também o intercâmbio de experiências.
O projeto será amplamente divulgado em redes sociais, através de perfil no Instagram, e-mail, grupos de Whatsapp e panfletos fixados na Casa da gestante, bebê e puérpera de Diamantina/MG.
Público-alvo
Pretende-se alcançar todas as mulheres que se hospedarem na CGBP do HNSS durante o período de execução do projeto.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
O Hospital Nossa Senhora da Saúde de Diamantina/MG (HNSS) fornecerá anuência para o projeto realizar intervenções com as pacientes internadas na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP).
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 500 h
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Os discentes realizarão revisão de literatura sobre a temática do projeto, para um melhor embasamento das informações a serem compartilhadas com as participantes do projeto e estímulo à aprendizagem através da correlação teórico-prática.
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Os encontros serão realizados para alinhamento das atividades, esclarecimento de dúvidas em relação aos temas abordados, atualização do andamento do projeto e orientação dos discentes.
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As aulas serão ministradas pelos discentes envolvidos no projeto, outros discentes do Curso de Medicina e professores da UFVJM com atuação em Ginecologia e Obstetrícia.
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Reuniões para alinhamento das atividades do projeto, planejamento de temas e abordagens e discussões sobre os temas abordados.
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As intervenções serão realizadas na forma de reuniões e rodas de conversa com as gestantes, em um turno (manhã ou tarde), de segunda a domingo, de acordo com a disponibilidade de horários da CGBP. Será realizada exposição sobre o tema pelos discentes, seguida por atividade com metodologias ativas para promover maior aprendizagem e avaliar a fixação do conteúdo pelas participantes.