Este projeto tem como objetivo funcionar como um repositório para o compartilhamento e a divulgação de Recursos Educacionais Abertos (REA), hospedado no endereço on-line auladigital.net.br, desenvolvidos a partir de unidades acadêmicas e disciplinas de graduação e pós-graduação desta universidade. O repositório é de acesso aberto e gratuito, visa promover o diálogo e a troca de conhecimentos com comunidades de professores da educação básica, bem como a popularização e divulgação científicas.

Repositório; Recursos Educacionais Abertos; Ciência Aberta; Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

A proposta que apresentamos remete, com as devidas adaptações ao contexto das atividades docentes e de pesquisa dos colaboradores, a um repositório anterior com o mesmo título 'Aula Digital', mas que agora é um projeto que fará parte de um programa com várias ações, em breve. Isso reflete nosso trabalho e a ampliação dos nossos objetivos. A metodologia de trabalho e a marca 'Aula Digital' já estão consolidadas por meio de nosso acervo, disponível no site auladigital.net.br, fruto do esforço do coordenador e de parcerias com professores do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da UFVJM, voltado à formação de professores de Linguagens e Códigos e Ciências da Natureza. Os Recursos Educacionais Abertos (REAs) aqui disponíveis são direcionados à educação pública básica, especialmente nas áreas de abrangência da universidade, que carecem de materiais didáticos contextualizados às suas realidades. A produção de materiais é realizada pelos estudantes, dentro de projetos de disciplinas em que o coordenador e os colaboradores atuam como docentes, tais como Diversidade e Educação, Ensino de Língua Portuguesa e Novas Tecnologias, Leitura e Produção de Textos, Estudos dos Letramentos, Gêneros Textuais/Discursivos, entre outras. O repositório continuará funcionando online e gratuito, com recursos educacionais produzidos como parte de disciplinas e voluntariamente, por professores e estudantes da LEC e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas (PPG-CH). Produções do PIBID poderão ser agregadas ao projeto. Entre os materiais previstos estão livros, cursos online, canal de divulgação científica online, sequências didáticas e textos diversos. Esses recursos serão disponibilizados em formato aberto, devidamente licenciados sob Creative Commons, permitindo o uso, a cópia e, em alguns casos, a edição, desde que não para fins comerciais e com os devidos créditos aos autores. Acreditamos que essa abordagem é essencial para o compartilhamento e a produção de conhecimento, especialmente em tempos de distanciamento social, atendendo a comunidades periféricas e do campo, que enfrentam escassez de materiais didáticos contextualizados. A escolha de um modelo de compartilhamento aberto promove o diálogo, a apropriação dos materiais e sua adequação aos diferentes contextos de uso. O repositório será hospedado em um site já ativo,(http://auladigital.net.br), onde já podem ser encontrados diversos recursos.

O compartilhamento de materiais didáticos, produzidos de maneira contextualizada com os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, é fundamental para uma educação mais eficaz, inclusiva e adequada à realidade local, que valoriza a diversidade, fortalece a relevância e promove o aprimoramento da educação como um todo. Nesse sentido, o projeto destaca duas dimensões essenciais: a importância da colaboração com as comunidades e a necessidade de disseminar esses materiais entre educadores, incentivando a formação contínua, a troca de saberes e o crescimento coletivo. Ao oferecer conteúdos mais autênticos e ajustados às realidades dos estudantes, o projeto enriquece a experiência educacional de forma significativa. Para alcançar esses resultados, é necessário considerar as particularidades culturais locais, respeitando os significados que emergem dessas realidades, em alinhamento com as abordagens etnográficas na educação. Os Recursos Educacionais Abertos (REAs) que serão disponibilizados refletem esse compromisso, fornecendo materiais didáticos adequados às necessidades educacionais específicas das comunidades. Esses recursos também evidenciam as identidades dos sujeitos e suas interações, cada vez mais mediadas pelas novas tecnologias. Nosso objetivo com os REAs é conscientizar professores e estudantes sobre os desafios pedagógicos que moldam suas trajetórias. Compreender esses processos é fundamental para transformar realidades locais, como nos lembra Arroyo (2006, p. 11): '[a] tensão, a luta nos reeducam'. A maior parte dos materiais didáticos disponíveis no Brasil é voltada para contextos urbanos, especialmente grandes cidades, o que não atende adequadamente às necessidades do nosso público-alvo — formado majoritariamente por estudantes de pequenas comunidades e professores dessas regiões. A produção de materiais contextualizados para o campo, em especial para turmas multisseriadas, é limitada e, portanto, uma prioridade. Como docentes da Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da UFVJM, atuamos em várias regiões de Minas Gerais, como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, e o Vale do Rio Doce. Nosso curso adota o regime de alternância, combinando o Tempo Universidade (TU) com o Tempo Comunidade (TC), enriquecendo a formação dos estudantes por meio de pesquisas e projetos realizados diretamente nas comunidades. Este repositório online, que disponibiliza REAs produzidos no âmbito dessas interações, é uma extensão natural de nossa atuação. Os estudantes desempenham um papel ativo nesse processo, sendo mediadores entre a universidade e suas comunidades, ao mesmo tempo em que produzem materiais de qualidade sob orientação acadêmica. A extensão e o ensino se complementam neste projeto, na busca por um diálogo contínuo entre a universidade e a sociedade. A disponibilização desses materiais didáticos visa atender a demandas locais e promover a formação continuada de professores, reforçando o papel da universidade como agente transformador e elo entre o conhecimento acadêmico e as necessidades da população.

Objetivo Geral: Compartilhar Recursos Educacionais Abertos e digitais, contextualizados e interdisciplinares, para professores de educação básica pública da região de abrangência desta universidade; bem como funcionar como plataforma de publicação para produções científicas e pedagógicas. Objetivos específicos: a) Promover debates públicos, mediados tecnologicamente ou não, sobre temas de interesse à comunidade envolvida, levantados em observações de viés etnográfico. c) Promover a troca cultural a partir da leitura e produção de conteúdos. d) Promover o livre compartilhamento de resultados e artefatos culturais produzidos por estudantes de graduação, pós-graduação e professores da rede pública envolvidos no projeto que favoreçam a práticas para os letramentos e novas pesquisas.

Como metas, pretendemos no próximo período, no repositório Aula Digital, compartilhar, após produção a partir de nossas disciplinas de graduação e/ou PIBID, como Recurso Educacional Aberto os seguintes materiais: • cerca de 100 artigos de opinião a partir das disciplinas de graduação ‘Diversidade e Educação’ e ‘Prática de Leitura e Produção de Textos’; • cerca de 20 tecnobiografias em forma de hipertexto a partir da disciplina de graduação “Ensino de Língua Portuguesa e Novas Tecnologias”; • cerca de 100 relatos memorialísticos em texto escrito e podcast a partir da disciplina de graduação “Prática de Leitura e Produção de Textos’; • cerca de 10 sequências didáticas a partir da disciplina de graduação “Metodologia do Ensino do Português; • cerca de 10 ensaios a partir da disciplina de graduação “Gêneros Textuais/Discursivos”; • pelo menos 4 ebooks resultantes das publicações anteriores; • 2 cursos de extensão à distância, ofertados anualmente para formação de professores; • outros materiais em diálogo com a disciplina de graduação “Práticas de Ensino”. A partir dessa produção e do diálogo conseguido com os compartilhamentos, interações e cursos, a meta para pesquisa é produzir e publicar na próxima etapa: 1 artigo científico e 1 pesquisa de mestrado.

O projeto nasce da necessidade já justificada de oferecer REAs contextualizados para a escola pública, sobretudo aquela que nossos estudantes estão inseridos. Adicionalmente, já há produção de alguns recursos educacionais de maneira isolada e descentralizada na LEC-UFVJM que se perdem por falta de uma articulação que os reúna, promova e disponibilize. As produções realizadas ora ficam em um site que sobrevive apenas ao período do edital do projeto, ora em páginas de redes sociais em perfis que perdem o sentido, ou em pilhas de papel em nossas gavetas. Uma vez criado um mecanismo integrador, com o projeto que aqui propomos, acreditamos, também, que a produção, a partir dos projetos, das disciplinas, dos estágios, irá se intensificar. Assim, teremos um período inicial de reunião do que já temos disponível e outra de produção de novos recursos, sendo que a nova produção deve ser iniciada no segundo semestre do ano corrente. Primeiro falaremos do que temos de REA como acervo inicial do repositório: (a) cerca de 40 artigos acadêmicos de estudantes graduandos avaliando práticas educativas diversas; (b) oito livros digitais produzidos por estudantes da LEC-UFVJM; (c) Caderno de Diversidade e Educação, volume 1, com textos de opinião produzidos pelos estudantes da LEC-UFVJM; (d) onze sequências didáticas já revisadas e publicadas no site piloto do projeto: reacampo.wordpress.com; (e) um dossiê sobre educação produzido por estudantes da LEC-UFVJM; (f) oito boletins de notícias do projeto Olhares do Campo: laboratório de comunicação comunitária, produzidos por estudantes da LEC-UFVJM; (g) Diversos vídeos e podcasts de palestras dos professores da LEC-UFVJM, com curadoria e edição pendentes (h) 11 vídeos de mestres e mestras dos saberes tradicionais dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. (i) cerca de 150 textos de diferentes gêneros textuais já disponíveis e organizados oriundos da edição anterior A partir desse acervo inicial, começaremos a produção de novos REA, tentando articulá-los às atividades da LEC-UFVJM, como citado nas metas. Como pode-se perceber a partir das escolhas apontadas, nossa intenção é centralizar e direcionar nossa produção de materiais didáticos, contando com o trabalho dos nossos professores em suas diversas instâncias de atuação, o trabalho de estudantes de projetos institucionais como o PIBID, e o voluntariado de estudantes. Sem incremento de bolsas, o voluntariado tem funcionado razoavelmente bem, desde que atrelado à emissão de certificados de horas acadêmicas para a complementação curricular. Outra estratégia já citada é desenvolver produtos a partir das disciplinas que lecionamos, o que dá um propósito funcional às aulas e as contextualiza, o que resulta, por sua vez, em maior aprendizagem. As escolas por onde passamos, que muitas vezes reclamam a falta de feedback, também passam a ganhar com suas práticas e metodologias materializadas em REAs e, sobretudo, pela troca promovida com outras escolas e outros professores. Todo esse ciclo fomenta, ainda, a Ciência Aberta por um mundo mais democrático. As avaliações de êxito devem ocorrer semestralmente, contabilizando 25% do atingimento das metas estabelecidas, o que totaliza 100% das metas ao final de 2 anos de projeto. No caso dos cursos, que serão ofertados anualmente, essa avaliação será também anual.

ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento: que temos a aprender dos Movimentos Sociais? Currículo sem Fronteiras, v.3, n.1, p. 28-49, jan/jun, 2003. ARROYO, Miguel G. Apresentação. In.: Educação do campo: propostas e práticas pedagógicas do MST. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2006. CALVET, Louis-Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica. Trad. Marcos Marcionilo. 2ª. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2002. CASTRO, Carlos Henrique Silva de. As culturas do grupo texto Livre: um estudo de viés etnográfico sob a ótica da complexidade. São Carlos: Pedro & João Editores, 2019. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. 23. Ed. São Paulo. Cortez e Autores Associados, 1989. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo, 4) GREEN, Judith L.; DIXON, Carol N.; ZAHARLICK, Amy. A etnografia como uma lógica de investigação. Educação em Revista, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, v. 42, p. 13-79, 2005. MAGNANI, L. H.; CASTRO, C. H. S.; MARQUES, L. O. C. Da política pública de educação do campo à prática acadêmica para a formação de professores. Revista Educação e Políticas em Debate, Uberlândia, v. 7, n. 1, 2020. p. 58-76. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998 STREET, Brian V. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2014.

Para que a interação dialógica entre a comunidade acadêmica e a sociedade ocorra de forma eficaz, é essencial seguir uma abordagem que maximize a participação e o envolvimento dos diversos atores envolvidos. Cada objetivo específico do projeto contribui para criar um ambiente colaborativo e enriquecedor, promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre a universidade e a comunidade, premissa fundamental da extensão acadêmica. A organização de debates públicos, tanto presenciais quanto virtuais, é uma estratégia fundamental para discutir temas de interesse, levantados a partir de observações etnográficas e experiências coletadas durante o curso Licenciatura em Educação do Campo (LEC). Utilizar plataformas de videoconferência amplia o alcance desses debates, permitindo a participação de professores da educação básica e da comunidade, além de facilitar o compartilhamento dos recursos educacionais abertos (REAs) produzidos no LEC. A troca cultural é fortalecida através da criação de espaços de discussão e reflexão, como nos espaços de comentários e nas redes sociais do projeto, onde professores e membros da comunidade possam discutir e aplicar os REAs compartilhados. Essas ações promovem um ambiente de aprendizado mútuo, valorizando a diversidade cultural presente nas comunidades atendidas. O desenvolvimento e disponibilização de REAs em plataformas online garante que esses materiais estejam acessíveis a professores e comunidades interessadas. O repositório online facilita o acesso e a utilização de materiais contextualizados e interdisciplinares, ampliando o impacto do projeto de extensão acadêmica e reforçando a democratização do conhecimento. Também há a possibilidade de realizar diagnósticos participativos com professores da educação básica para identificar as necessidades educacionais e culturais da região ajuda a orientar o uso dos REAs no contexto escolar. O compartilhamento desses recursos permite que os educadores adaptem e utilizem materiais que atendam às demandas específicas da educação nas comunidades do Jequitinhonha e Mucuri. Divulgar amplamente os resultados e materiais por meio de blogs, sites institucionais e redes sociais fortalece o livre compartilhamento de REAs e o diálogo contínuo entre a universidade e a comunidade. Parcerias com escolas e instituições educacionais facilitam a implementação dos REAs compartilhados, incentivando novas práticas pedagógicas e o fortalecimento da rede de colaboração. A interação entre a comunidade acadêmica e a sociedade, mediada pelo compartilhamento de REAs, deve ser contínua e colaborativa, assegurando que todos os envolvidos tenham voz no processo educacional. O projeto, ao promover o acesso a recursos educacionais contextualizados e de qualidade, contribui para o desenvolvimento cultural e educacional da região atendida pela universidade, fortalecendo a educação pública e o diálogo intercultural.

No projeto de extensão acadêmica descrito, a interdisciplinaridade e interprofissionalidade são fundamentais para promover uma formação robusta e contextualizada de professores que atuam na educação básica, especialmente no contexto do campo. As trocas de saberes entre diferentes áreas do conhecimento, como ciências da Natureza e linguagens e códigos, são essenciais para o desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (REAs) voltados para o letramento dos professores. Esses REAs são projetados para integrar teorias e práticas que favoreçam a educação crítica e a compreensão profunda de temas contemporâneos. A colaboração entre especialistas em educação, pedagogia e tecnologia da informação é crucial para a criação de REAs que abordem temas interdisciplinares, como a integração de conceitos científicos e linguísticos. Os recursos digitais disponíveis, como vídeo-aulas e sequências didáticas, são planejados para apoiar os professores na abordagem de questões complexas, como alfabetização científica e análise crítica de textos. No contexto do campo, esses materiais ganham uma relevância ainda maior, pois atendem às necessidades locais e respeitam as especificidades culturais e sociais das comunidades. As áreas de linguagens e ciências da Natureza são particularmente favorecidas por essa abordagem interdisciplinar, com REAs que incentivam os professores a desenvolver habilidades críticas em seus alunos, tanto no que diz respeito ao entendimento científico quanto à interpretação de textos literários e midiáticos. A interdisciplinaridade também permite que os professores abordem temas transversais, como meio ambiente, saúde pública e cidadania, de forma integrada, conectando o aprendizado escolar às realidades vividas no campo. A interprofissionalidade é outro aspecto chave do projeto, especialmente no desenvolvimento e compartilhamento dos REAs. Profissionais de diversas áreas, como educadores, bibliotecários, desenvolvedores de software e mediadores culturais, trabalham juntos para garantir que os recursos educacionais sejam acessíveis e utilizáveis pelos professores da educação básica. O repositório de REAs facilita o acesso a esses materiais, promovendo um ambiente de letramento contínuo e inclusivo para os professores, que podem aplicá-los diretamente em suas práticas pedagógicas. A colaboração entre linguagens e ciências da Natureza também gera REAs que tratam de questões como saúde pública e práticas sustentáveis no campo, conectando o letramento científico ao cotidiano dos alunos e professores. Essa integração de saberes fortalece o ensino contextualizado e interdisciplinar, promovendo uma educação de qualidade adaptada às demandas e realidades do campo. As trocas interdisciplinares e interprofissionais, articuladas pela extensão acadêmica, garantem que o projeto não apenas compartilhe conhecimentos, mas também promova uma rede colaborativa contínua. O diálogo entre diferentes disciplinas e áreas profissionais permite que os REAs atendam às demandas específicas dos professores que atuam no contexto rural, contribuindo para uma educação mais inclusiva, crítica e alinhada às necessidades da sociedade contemporânea.

O projeto integra as três dimensões fundamentais da educação superior no Brasil: ensino, pesquisa e extensão. No contexto dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, essa indissociabilidade é essencial para formar professores que atuam na educação básica, com foco em ciências da Natureza e linguagens e códigos. O projeto proporciona um espaço onde os estudantes universitários podem aplicar as teorias e metodologias aprendidas em sala de aula enquanto compartilham Recursos Educacionais Abertos (REAs) com as comunidades locais. Esses REAs são desenvolvidos no curso de Licenciatura em Educação do Campo e voltados para atender às demandas das escolas rurais, com ênfase em promover letramentos críticos, digitais e científicos. No âmbito do ensino, os estudantes participam ativamente na implementação de REAs nas escolas do campo, fortalecendo a formação docente com metodologias contextualizadas e inovadoras. Ao compartilhar esses recursos, os graduandos contribuem para o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais alinhadas com as realidades locais, especialmente no campo, onde as demandas educacionais são muitas vezes específicas e subatendidas. A extensão universitária é outro pilar importante, permitindo um diálogo contínuo entre a universidade e as escolas. O projeto promove a troca de saberes por meio da oferta de REAs que atendem às necessidades dos professores de educação básica, capacitando-os para enfrentar desafios contemporâneos, como o letramento crítico e o uso de tecnologias digitais no ensino de ciências da Natureza e linguagens e códigos. A pesquisa permeia todo o projeto, desde a formação dos graduandos até a atuação dos docentes coordenadores. Esses docentes, ligados a programas de pós-graduação, incentivam os estudantes a desenvolverem pesquisas aplicadas no contexto rural. As investigações acadêmicas visam a criar subsídios para aprimorar o compartilhamento de REAs e contribuir para a melhoria da educação nas comunidades atendidas. Em síntese, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no projeto não só fortalece a formação dos futuros professores, como também promove o desenvolvimento social e educacional das regiões dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Ao compartilhar REAs focados em ciências da Natureza e linguagens e códigos, o projeto promove letramentos diversos que são essenciais para uma educação de qualidade no campo.

A participação ativa dos graduandos no compartilhamento de REAs, bem como no uso desses materiais em contextos reais, como estagiários e futuros professores, desempenha um papel central em sua formação acadêmica e profissional. Ao se engajarem na criação e disseminação de recursos voltados para o letramento de professores da educação básica, os estudantes adquirem habilidades críticas e analíticas essenciais para o exercício da docência no campo. Esses REAs são adaptados às necessidades locais, fortalecendo o letramento digital e científico, o que é crucial para preparar os futuros professores para desafios contemporâneos. Além disso, ao utilizar tecnologias digitais nos projetos educacionais, os graduandos desenvolvem letramentos digitais, aprendendo a integrar plataformas e ferramentas tecnológicas de forma significativa no contexto educacional rural. Esses letramentos ampliam sua capacidade de inovar na prática docente e de lidar com as exigências de um mundo cada vez mais digitalizado. A participação dos estudantes na extensão permite também o desenvolvimento de letramentos voltados para o engajamento comunitário. A interação direta com as comunidades locais os capacita a adaptar suas práticas pedagógicas às realidades dos alunos do campo, promovendo um ensino mais inclusivo e contextualizado. O impacto na formação dos estudantes será feito de acordo com os diferentes gêneros produzidos pelo projeto ao longo de sua formação. Há gêneros de menor complexidade, como os relatos, e outros mais complexos, como os editoriais, os artigos etc. Para tanto, cada estudante-autor é catalogado como membro do nosso laboratório editorial e seu progresso é avaliado semestralmente. O cadastro também gera certificado com quantidade de horas de participação para fim de acúmulo de horas de AACC, alimentação de lattes e outros.

O impacto social do projeto é expressivo, principalmente no que se refere à melhoria da qualidade do ensino nas escolas do campo. Ao compartilhar REAs focados nas áreas de ciências da Natureza e linguagens e códigos, o projeto democratiza o acesso a conteúdos atualizados e contextualizados, promovendo uma transformação significativa na prática pedagógica dos professores. Esses recursos capacitam os educadores a inovar em suas abordagens, promovendo o letramento crítico, científico e digital, e impactando diretamente a qualidade da educação oferecida nas regiões rurais. A promoção de debates públicos por meio de tecnologias digitais amplia o diálogo entre a universidade e as comunidades, gerando um espaço de reflexão e transformação social. Esses debates, que partem de um olhar etnográfico sobre as realidades locais, fortalecem a colaboração entre professores e estudantes, além de promover um senso de pertencimento e engajamento nas comunidades do campo. Por fim, os cursos de extensão que compartilham REAs voltados para letramentos específicos, como o digital e o crítico, capacitam os professores da educação básica a enfrentar desafios como a disseminação de fake news e a necessidade de uma educação mais crítica e contextualizada. Esse processo cria uma rede de educadores mais preparados para atuar em contextos desafiadores, promovendo a transformação social por meio da educação.

O projeto deve contar com ações de divulgação: (1) site próprio; (2) redes sociais no Instagram e Facebook; (3) canal no Youtube; (4) Newsletter; (5) notícias no site institucional, gerido pela Diretoria de Comunicação (DICOM).