Detalhes da ação

Na beleza, o que não vemos?

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203000829

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

03/06/2024

Data Fim

31/12/2025


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

ana paula de figueiredo conte vanzéla

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Fármacos e medicamentos

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

Outras Redes Sociais

YouTube Biotec para todos

Membros

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Carga Horária 150 h
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Carga Horária 150 h
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Carga Horária 150 h
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Resumo

Cosméticos geram bem-estar, e, diante das pressões que exigem juventude eterna, são cada vez mais demandados. Há usuários que acumulam número enorme deles, testando cada vez que um novo é lançado. Mas, há problemas se estão fora da validade, são mal-armazenados ou usados de modo a ocorrer contaminação microbiológica. Esta ação será realizada para conscientizar os consumidores sobre os riscos associados ao uso e armazenamento de cosméticos, com um modo de promover a saúde pelo seu uso adequado.


Palavras-chave

Cosméticos; micro-organismos; contaminação.


Introdução

A busca pela beleza é uma nota constante da sociedade atual, que vive pressões excessivas pela valorização da imagem física. O marketing dos produtos de beleza, os profissionais, os influencers digitais e as empresas de estética, com suas dicas constantes sobre procedimentos, produtos e opções para a pele, cabelo, dentes e todo tipo de orientação sobre o aspecto corporal, inunda as redes sociais e atrai desde o público adolescente até o mais maduro. Nesta sociedade em que frequentemente a imagem se sobrepõe aos demais valores, é fundamental conscientizar as pessoas sobre os riscos inerentes aos procedimentos invasivos, bem como sobre os produtos aplicados, ainda que feitos por empresas e profissionais, pois nem sempre é possível averiguar claramente sua qualificação, ou ainda, porque as promessas de resultados não avaliam de forma significativa os prejuízos que podem ser ocasionados. Outros procedimentos e produtos caseiros, indicados e ensinados por pessoas sem a devida formação, podem resultar também em agravos à saúde, como alergias e descamações da pele, abrasões, queimaduras, necroses e infecções. Na infinidade de informações e de desinformação apresentadas, é difícil filtrar e decidir corretamente sobre opções e implicações. As pessoas podem ser arrastadas pelo modismo, modificando sua aparência e se arrependendo depois, ou ainda tendo sua pele, cabelos e saúde geral danificados, resultando em prejuízo à autoimagem, à autoestima e à saúde física. Nem sempre estes danos podem ser reparados, como se vê em tantas reportagens. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, em seu sítio na internet, descreve que "O dano estético configura-se por lesão à saúde ou integridade física de alguém, que resulte em constrangimento. São lesões que deixam marcas permanentes no corpo ou que diminuam sua funcionalidade como: cicatrizes, sequelas, deformidades ou outros problemas que causem mal estar ou insatisfação. Costumam resultar de erros médicos ou agressões físicas mais graves" (TJDFT, 202X). Ou seja, na legítima busca pelo bem-estar pessoal e da melhoria da imagem, os resultados podem levar, justamente, ao contrário. Aquilo que não se vê costuma ser ignorado, o que vale tanto para os problemas físico-químicos dos procedimentos e produtos estéticos, quanto para a contaminação microbiológica que pode estar presente ou se acumular em produtos cosméticos, como xampus, cremes, rímeis, batons, bases, demaquilantes, corretivos, dentre outros, e seus aplicadores. A humanidade convive com micro-organismos desde sempre e as atividades humanas são por eles influenciadas, seja de forma benéfica ou pelos prejuízos materiais, econômicos e pelos danos que causam à saúde quando são agentes de infecções ou da deterioração de alimentos. Este cenário pode ser ilustrado pelos diversos produtos alimentares e farmacêuticos que requerem controle de qualidade, pois, diversas vezes funcionam como verdadeiros meios de cultura para espécies bacterianas e fúngicas que podem contaminar a matéria-prima, os equipamentos e o produto final (FDA, 2024). Porém, muitos produtos precisam ser absolutamente estéreis e livres de derivados microbianos como os medicamentos injetáveis, enquanto outros precisam pelo menos ser livres de patógenos. Um aspecto muito importante da conservação de produtos farmacêuticos e cosméticos se inicia no processo produtivo, no controle de qualidade das matérias-primas, nos aditivos de preservação que são adicionados, bem como no transporte e no armazenamento posterior à produção (FDA, 2024). Porém, mais negligenciadas são as condições de uso e compartilhamento destes produtos, apesar das indicações e recomendações de segurança que os acompanham (BASHIR; LAMBERT, 2020). Alguns destes, inclusive, são armazenados em ambientes sujeitos à umidade, como armários de banheiros, ou empoeirados, nos quais os micro-organismos encontram um ambiente propício à sua proliferação. Os cosméticos são formulados para prevenir o crescimento microbiano, por isso acrescenta-se agentes preservantes, bem como é estabelecido seu prazo de validade após estudos de estabilidade e conservação. Entretanto, muitos usuários de cosméticos ou saneantes costumam diluir as formulações para aumentar o rendimento ou aproveitar melhor o conteúdo das embalagens, ou também possuem o hábito de compartilhar maquiagens como batons e rímel, a despeito da forma de aplicação que requer contato, ou simplesmente utilizam produtos durante muito tempo após vencer o prazo de validade. É comum, por exemplo, a remoção de cremes a partir de potes sem a utilização de uma espátula, removendo diretamente com os dedos, mesmo que tais cremes sejam, em geral, ricos em vitaminas e outros nutrientes favoráveis ao crescimento microbiano, ao passo que as mãos contêm uma rica microbiota e podem, inclusive, ser fonte de patógenos. Da mesma forma, a água utilizada para a diluição de xampus, condicionadores, rímeis, sabonetes líquidos e até desinfetantes no ambiente doméstico, costuma ser proveniente da própria torneira, podendo ser, também, uma fonte de contaminação microbiológica. Outro exemplo de mau uso destes produtos é a remoção de uma quantidade excessiva a partir de embalagens que são pressionadas em excesso e, nestas circunstâncias, o retorno da quantidade não utilizada para o interior da embalagem. E deste modo, a segurança microbiológica é altamente comprometida quando os preservantes são, de alguma forma, perdidos (LOPES et al., 2022). Estes riscos podem ser ainda maiores no caso dos produtos caseiros, cuja preparação é livremente ensinada e adotada cada vez mais pela facilidade de transmitir conteúdo pelas redes sociais. Estes produtos não terão controle de qualidade da matéria-prima, indicação do prazo de validade e potenciais formas de prevenir contaminações. Os procedimentos de armazenamento e mau uso dos cosméticos constituem uma potencial causa de infecções localizadas nos olhos, ouvidos, pele e lábios, com consequências leves a graves, especialmente em pacientes imunocomprometidos (MICHALEK; JOHN; CAETANO DOS SANTOS, 2019). Por esta razão, é extremamente necessário conscientizar os usuários de produtos cosméticos, bem como avaliar os efeitos das contaminações resultantes dos procedimentos rotineiramente adotados quanto ao uso, armazenamento, forma de aplicação. Estes produtos e os procedimentos estéticos amplamente veiculados e praticados precisam ser objeto de conscientização para que os consumidores da indústria da beleza possam tomar decisões conscientes e claras, minimizando o risco de agravos à saúde, de efeitos indesejados e de arrependimentos que prejudiquem o seu bem-estar. Diante desta realidade, a ação "Na beleza, o que não vemos?" pretende entrar em diálogo com a sociedade para compreender sua demanda por conhecimento, as dúvidas que traz, filtrar as informações veiculadas no tema, avaliar a qualidade dos conteúdos apresentados nas redes sociais ou transmitidos pessoalmente, conferir os procedimentos adotados quanto aos produtos utilizados, sua forma de aplicação e armazenamento, a fim de produzir conteúdo reflexivo e qualificar o debate para promover a saúde, reduzir as possibilidades de risco de agravos e aumentar o bem-estar pelo uso correto e pela escolha mais consciente e informada quando se trata de procedimentos e produtos de beleza.


Justificativa

A norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária define os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes como preparações que contêm: "…substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado" (ANVISA, 2022). A partir da sua própria definição é possível compreender que, para atingir sua finalidade, os produtos cosméticos precisam ser corretamente armazenados e aplicados e, portanto, não apenas o processo produtivo precisa ser adequado, mas também, os hábitos dos usuários de cosméticos podem levar ao risco de sua deterioração e de agravos à saúde. Alterações físico-químicas podem decorrer do armazenamento em temperaturas inadequadas, da exposição à luz solar, poeira, umidade, levando à perda das suas propriedades cosméticas ou ao risco de oxidação e formação de compostos indesejados, causando perda de eficácia ou agravos à saúde, inclusive alergias e irritações. Porém, existem outros riscos decorrentes do mau armazenamento, bem como dos hábitos de diluição do produto para aumentar o rendimento, da transferência para novos frascos ou dos danos causados às embalagens para facilitar a remoção, do compartilhamento de produtos de uso pessoal e do uso de produtos com prazo de validade vencido. Em conjunto, estas formas de armazenamento e hábitos de uso, podem levar à deterioração ou diluição dos conservantes até o ponto da ineficácia, bem como podem, diretamente, causar a contaminação de micro-organismos oriundos da pele e mucosas ou do ambiente, provenientes do ar e da poeira de armários e gavetas, da umidade dos banheiros, ou mesmo do chão, pelo contato com aplicadores que caem acidentalmente. A contaminação microbiológica é um grave risco, especialmente quando patógenos proliferam nestes produtos e particularmente quando são aplicados em áreas delicadas da epiderme, como a região periocular, podendo causar conjuntivites e impetigo, se em contato com os olhos. Outras condições, como dermatoses inflamatórias, queimaduras e todo tipo de lesão de pele que prejudique sua integridade, podem constituir substancial risco de infecções quando são aplicados cosméticos contaminados porque a barreira da epiderme foi rompida (MICHALEK; JOHN, CAETANO DOS SANTOS, 2019). A legislação prevê que estejam descritas orientações de uso, armazenamento e validade nos rótulos de produtos cosméticos, o que nem sempre é obedecido. Mesmo com recomendações, é difícil promover bons hábitos pessoais de consumo e armazenamento e, portanto, é justificável construir conhecimento juntamente com os consumidores de cosméticos a fim de que seus hábitos no trato destes produtos possam promover a saúde, ao invés de prejudicá-la.


Objetivos

"Na beleza, o que não vemos?" visa, de forma geral, promover a conscientização sobre os riscos inerentes aos procedimentos estéticos e produtos cosméticos, decorrentes dos erros de utilização, aplicação e armazenamento, bem como sobre os riscos de infecções que podem ser causadas por contaminação microbiológica destes produtos. Para tanto, a ação terá diversos objetivos específicos, construídos em consonância com sua finalidade: 1. Fazer uma varredura das informações veiculadas em canais dedicados ao tema da beleza e da estética e avaliar a inserção dos conteúdos que qualificam e balizam aos consumidores de estética uma decisão mais informada e livre, como potenciais riscos que correm e formas para minimizá-los, objetividade e respaldo científico do conteúdo apresentado, alternativas menos invasivas, mais acessíveis ou mais consolidadas; 2. Abrir diálogo com os usuários de produtos e procedimentos de beleza na cidade de Diamantina e outras localidades - por meio das mídias digitais e em eventos de extensão como a Feira de Atividades Farmacêuticas do Curso de Farmácia - a fim de compreender suas dúvidas e produzir conteúdo informativo e orientações; 3. Promover uma campanha para doação de restos de cosméticos, que estejam acabando e quase para ser descartados, ou que estejam armazenados em más condições, ou que estejam vencidos, diluídos ou alterados pelo usuário; 4. Conscientizar os usuários de cosméticos sobre seus direitos em relação à obtenção de informações que devem estar presentes nos rótulos e embalagens, bem como das lesões e infecções que podem ser causadas pelo uso de cosméticos ou procedimentos estéticos para sustentar decisões mais cientificamente balizadas e qualificadas em relação ao uso e escolha destes produtos e procedimentos.


Metas

Meta 1 - Avaliar um quantitativo de pelo menos 50 canais ou mídias digitais dedicados à divulgação de produtos cosméticos ou que tenham tema principal voltado à beleza por meio de produtos ou procedimentos estéticos e avaliar a qualidade, veracidade e completude das informações prestadas, bem como compilar informações sobre a faixa etária de seguidores/inscritos ou consumidores destes conteúdos a fim de definir o público mais atingido por estas propagandas, bem como retornar por meio de comentários privados a possibilidade de acessar a equipe extensionista para compreender eventuais problemas técnico-científicos, conflitos com a legislação e riscos de agravos a saúde que forem detectados; Acompanhamento do cumprimento da meta 1: será avaliado pelo quantitativo de fontes de informação dedicadas ao tema que forem definidos e analisados pela equipe extensionista, pela quantificação dos erros de informação / problemas técnico-científicos ou conflitos com a legislação que forem encontrados e computados no decorrer desta ação e pelo quantitativo de criadores de conteúdo que retornarem o contato da equipe e que tenham interesse de compreender/melhorar sua percepção dos temas que abordam em suas redes/mídias digitais. Impacto da meta 1: por meio do cumprimento desta meta, ao menos 50 criadores de conteúdo dedicados ao tema da beleza/cosmetologia poderão ser diretamente atingidos ao receber um retorno sobre eventuais riscos à saúde que estão sendo promovidos pelos conteúdos que divulgam, ajudando a tornar a internet um campo um pouco mais qualificado. Quanto ao impacto indireto, dezenas de milhares ou milhões de consumidores destes conteúdos poderão ser beneficiados com a adequação, correção ou veiculação de conteúdo mais qualificado no tema da estética e uso de produtos cosméticos, produzindo e disseminando um conhecimento mais seguro sobre sua melhor forma de uso e as decisões que podem impactar sua saúde. Meta 2 - Alcançar pelo menos 100 pessoas em Diamantina que desejem apresentar dúvidas quanto à utilização de cosméticos, sua forma de armazenamento e riscos relacionados aos produtos e procedimentos estéticos, compilar as demandas de informação em grandes temas e produzir material de conteúdo cientificamente qualificado, com respaldo na legislação, de modo a ofertar uma fonte de orientação por meio de folhetos explicativos ilustrados e canal de comunicação online ou em eventos vinculados ao curso de Farmácia da UFVJM; Acompanhamento do cumprimento da meta 2: será avaliado pelo registro de usuários/consumidores de produtos e procedimentos de estéticas que forem alcançados, conforme registros da equipe extensionista, seja pela participação nos eventos com lista de presença assinada, pelo registro de dúvidas em formulários eletrônicos disponibilizados para este fim, a partir de campanhas realizadas diretamente com os consumidores em contato com a equipe extensionista a partir de suas atividades cotidianas (supermercado, saída das escolas e outros locais públicos). Também será avaliada pelo quantitativo de informações demandadas por este público alvo, segundo os temas apresentados, bem como pela qualidade e quantidade dos materiais produzidos e das informações veiculadas. Impacto da meta 2: com o cumprimento desta meta, cerca de 100 usuários de produtos cosméticos poderão ser beneficiados e esclarecidos em relação às suas dúvidas sobre riscos decorrentes de procedimentos estéticos e aplicação de produtos cosméticos, da sua forma correta de aplicação, armazenamento e as informações técnico-científicas a que têm direito segundo a legislação e que lhes deve ser garantidas quando da aquisição destes produtos. Deste modo, poderão ser evitadas lesões por infecções decorrentes de maus procedimentos e assim promover a saúde direta e a qualidade de vida de ao menos 100 consumidores de cosméticos/estética. Indiretamente, os amigos e as famílias destas pessoas poderão se beneficiar com as informações que estes passarem a disseminar também, promovendo melhores hábitos que resultem em proteção da saúde. 3 - Recolher ao menos 100 produtos cosméticos com validade vencida, em más condições de armazenamento ou adulterados, catalogar os produtos recebidos conforme os erros encontrados (produtos caseiros sem controle de qualidade, produtos comerciais fora da validade, indícios de diluição/ adulteração ou mistura com outros produtos, presença de contaminação microbiológica, erros de rotulagem ou falta de informação); Acompanhamento do cumprimento da meta 3: será realizado pela quantidade de produtos cosméticos retirados de circulação por estarem em más condições, bem como pelo quantitativo que for avaliado em relação às informações da rotulagem e qualidade das embalagens apresentadas. Impacto da meta 3: em geral produtos cosméticos são partilhados entre moradores de uma mesma residência ou ao menos entre amigos, no caso de maquiagens ou produtos que são transportados e, deste modo, ao menos 200 pessoas poderão ser diretamente beneficiadas pela retirada de cosméticos contaminados, vencidos, adulterados ou com informações equivocadas ou faltantes, podendo ser evitados os riscos de lesões que poderiam causar a estes usuários. Indiretamente, a disseminação de informações por estes participantes da ação "Na beleza, o que não vemos?" pode gerar hábitos melhores a longo prazo e atingir ainda outras pessoas de seu convívio. 4 - Promover a conscientização de pelo menos 100 doadores dos cosméticos quanto às melhores formas de utilização e conservação a fim de evitar agravos à saúde e potencializar os benefícios que tais produtos podem gerar e dar-lhes a devolutiva quanto aos problemas encontrados nos produtos que apresentaram. Acompanhamento do cumprimento da meta 4: será realizado pela devolutiva apresentada aos consumidores que participarem desta ação, aderindo à campanha de doação de cosméticos em más condições, somando-se também o quantitativo de pessoas às quais a equipe extensionista apresentar seu material informativo, produzindo um conhecimento reciprocamente construído com estes usuários e a partir de suas próprias necessidades. Deste modo, o cumprimento da meta será mensurado pelo quantitativo das pessoas alcançadas pela campanha informativa e pela qualidade do material produzido e veiculado ao público alvo, bem como pelas formas desenvolvidas para amplicar o alcance da campanha (mídias, contato direto, eventos). Também será avaliado a partir do quantitativo de cosméticos que forem detectados com problemas em relação à presença de contaminações microbiológicas, sinais de diluição ou outras formas de adulteração, informações de más condições de armazenamento ou aplicação e outros problemas, inclusive os relacionados à rotulagem e adequação das embalagens, como indicadores diretos do quanto de prejuízo poderia ser resultado se tais produtos continuassem em uso. Impacto da meta 4: pelo cumprimento da meta 4, ao menos 100 pessoas poderão ser diretamente esclarecidas quanto aos riscos que corriam de acordo com seus hábitos de aplicação e armazenamento ou diluição/adulteração de produtos cosméticos, podendo modificar seus hábitos e contribuir por meio desta ação de educação em saúde para melhoria de seu bem-estar e segurança. Além disto, indiretamente, as famílias e os amigos destes 100 consumidores de cosméticos poderão ser esclarecidas, tendo acesso ao material informativo que será produzido e às orientações que lhe forem repassadas. Deste modo, com a realização da ação "Na beleza, o que não vemos?" a sociedade poderá ser beneficiada por ações online e presenciais diretas, disseminando-se conteúdo de qualidade, possibilitando corrigir e melhorar hábitos, fundamentar as decisões quanto ao uso de cosméticos e procedimentos estéticos, evitar ou reduzir a ocorrência de lesões decorrentes deste consumo em cerca de 100 a 150 pessoas diretamente (entre consumidores de cosméticos e criadores de conteúdo sobre o tema) ou até milhares de pessoas de forma indireta (entre familiares, amigos e seguidores virtuais).


Metodologia

A ação "Na beleza, o que não vemos" será estruturada em etapas, cada uma das quais direcionada para o cumprimento das metas especificamente definidas em função do alcance dos objetivos propostos. As etapas serão: Etapa 1 - Estruturar a equipe, integrando estudantes matriculados em disciplinas da graduação e outros envolvidos em projetos de iniciação científica com foco em tecnologia, biologia molecular e biotecnologia, de modo a viabilizar a integração entre ensino, pesquisa e extensão, juntamente com outros membros da comunidade acadêmica da UFVJM ou externos, que estejam dispostos a debater o tema e analisar informações relevantes na área de produtos de beleza e procedimentos estéticos. Etapa 2 - Uma vez estruturada a equipe e iniciada a análise sobre os temas inerentes da indústria de beleza, os quais afetam a saúde e apresentam maior potencial de efeitos indesejados ou riscos de agravos, a equipe será incumbida de vasculhar os sítios e canais da internet, filtrando as informações apresentadas segundo: tema/foco da informação; público alvo a quem o conteúdo é dirigido; respaldo científico da informação veiculada; existência/ adequabilidade de informações sobre riscos e resultados indesejados que podem decorrer dos procedimentos/produtos divulgados ou ensinados. Etapa 3 - A partir dos dados da etapa 2, a equipe extensionista se incumbirá de produzir material informativo, compilando sob temas específicos as informações e riscos que precisam ser tratados de modo a prevenir danos e prejuízos morais, físicos e materiais aos consumidores de conteúdo, produtos e procedimentos estéticos. Ainda nesta etapa, os canais cujo conteúdo tiver apresentado necessidade de adequação ou potencial para causar danos decorrentes de falta de informação ou equívocos, poderão ser alertados por meio de comentários privados a fim de propor diálogo com embasamento científico para a retirada de dúvidas e readequação das informações veiculadas. Etapa 4 - A equipe se dividirá em grupos e, de posse de material informativo estruturado, buscará oportunidades de diálogo com a comunidade em Diamantina, a fim de compreender e sanar dúvidas que tragam sobre suas formas de armazenamento de produtos cosméticos e sua visão da indústria da beleza. Nesta etapa, será compilado o conhecimento que a comunidade traz acerca destes procedimentos ou produtos a fim de aprimorar e gerar conteúdo integrado entre saberes populares e acadêmicos, ou seja, primando por levar em consideração que toda pessoa traz algo que pode somar para gerar conhecimento significativo. Deste modo, os estudantes poderão compreender a inserção cultural de sua prática profissional futura, adequando linguagem e incorporando conhecimentos válidos a partir das experiências de seu contexto social. Este contato com os participantes da ação se dará a partir das feiras de extensão e/ou mostra de análises clínicas do Departamento de Farmácia, por meio de iniciativas da equipe com busca ativa da comunidade de vizinhos, da comunidade de escolas, dentre outras oportunidades que surgirem. Etapa 5 - A partir do aprendizado construído ao longo das etapas iniciais do projeto, a equipe de extensão entrará em contato com os participantes da ação, os quais tenham se interessado pelo projeto e estejam seguros sobre a importância de descartar cosméticos vencidos, em más condições, alterados ou que tenham sido mal armazenados e que, portanto, apresentem riscos, a fim de receber estas amostras que poderão ser avaliadas quanto à presença de contaminação microbiana. Estas análises estarão vinculadas a um outro projeto de pesquisa e iniciação científica, de modo que, integrando a pesquisa e o ensino neste processo extensionista, o conhecimento produzido possa ser voltado para a população ao mesmo tempo em que dela tenha se emanado. Assim, se poderá primar por um dos pilares da extensão, que é a interação dialógica, bem como pela construção de conhecimento contextualizado e significativo, capaz de produzir transformação social para o bem-estar em saúde e prevenção de infecções, inflamações e outros agravos.


Referências Bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ANVISA 2022. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA- RDC Nº 752, DE 19 DE SETEMBRO DE 2022. Bashir, A; Lambert, P. Microbiological study of used cosmetic products: highlighting possible impact on consumer health. J Appl Microbiol. v. 128, n. 2, p. 598-605, 2020. doi: 10.1111/jam.14479. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. How microorganisms get into cosmetic products. 2024. Disponível em: https://www.fda.gov/cosmetics/potential-contaminants-cosmetics/microbiological-safety-and-cosmetics#Microorganisms. Acesso em 06/março/2024. Lopes, C.C.C; Scheffmacher, F; Nardi, G.; Lopes, E.B. et al. Microbiological contamination in cosmetics. International Journal of Development Research, v. 12, n. 09, p. 58891-58894, 2022. Michalek, I.M.; John; S.M.; Caetano dos Santos, F.L. Microbiological contamination of cosmetic products – observations from Europe, 2005–2018. J Eur Acad Dermatol Venereol, v. 33, p. 2151-2157, 2019. https://doi.org/10.1111/jdv.15728 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, TJDFT 202X. Dano material, dano moral e dano estético. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/dano-material-dano-moral-e-dano-estetico#:~:text=O%20dano%20estético%20configura%2Dse,causem%20mal%20estar%20ou%20insatisfação. Acessado em 26/03/2024.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A ação "Na beleza, o que não vemos?" surgiu da própria demanda da comunidade externa, diante da sociedade que deseja se beneficiar do uso de produtos cosméticos e procedimentos estéticos de forma legítima, minimizando os riscos e potencializando os benefícios que pode receber, o que implica necessariamente uma troca de conhecimentos, experiências e aprendizado construído coletivamente. Não há que se entregar um conhecimento acadêmico pronto, como se fosse um rol de teorias absolutas oriundas das pesquisas científicas em cosmetologia e estética, as quais, extremamente importantes, fundamentam a obtenção destes produtos, mas que se tornariam estéreis se permanecessem somente no âmbito dos artigos científicos ou nas plantas de produção industrial ou das farmácias de manipulação. Isto se sabe porque apesar de tanto conhecimento científico produzido, tantas vezes a sociedade se depara com fraudes em produtos e procedimentos mal-executados que levam a lesões, mutilações e mortes, em casos tão relatados na mídia. Assim, quando se pensou esta ação, o primeiro propósito foi de compreender as formas de saber e as experiências do público alvo, no contexto da sua cultura e da sociedade em que vivemos, para a partir da sua própria demanda, dirigir a construção de um conhecimento significativo sobre as melhores formas de selecionar, armazenar e aplicar produtos cosméticos, compreendendo os riscos inerentes a fim de minimizá-los. Portanto, é uma demanda de saúde e, como toda ação em saúde, somente pode se dar pelo diálogo, pelo foco no público alvo, um princípio básico que se aplica também ao SUS. E, deste modo, a interação dialógica será mantida ao longo de todas as etapas, respeitando a cultura, o saber, as dúvidas, os desejos, as contribuições da comunidade à qual se destina a ação, e incorporando sua linguagem, suas perspectivas ao longo de todo o processo para que estejam representados de forma real em todo material produzido e veiculado por esta ação.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Uma diversidade de áreas do conhecimento se entrelaçam para gerar contribuições válidas na área de promoção e proteção à Saúde, especialmente quando se trata de prevenir lesões e infecções a partir do uso de produtos farmacêuticos, como são também os produtos cosméticos, ou os procedimentos estéticos e corretivos. Microbiologia, epidemiologia, biotecnologia, biologia celular e molecular, citologia, dermatologia, fisiologia, anatomia, imunologia, farmacologia, tecnologia farmacêutica e de cosméticos são algumas das disciplinas cujos conhecimentos são resgatados a fim de garantir uma ação de qualidade para prevenção dos riscos oriundos de procedimentos estéticos e mau uso de produtos cosméticos. Deste modo, é preciso integrar conhecimento de uma diversidade de áreas da Farmácia e das Ciências da Saúde, o que pode contribuir significativamente para que o conhecimento gerado seja interdisciplinar e com potencial para promover, não apenas uma boa formação aos estudantes extensionistas e aos demais membros da equipe e participantes, mas também para que possa resultar em uma contribuição científica aos profissionais de diversas áreas. Neste contexto, temas transversais ao projeto envolvem o ambiente e sua conservação, o uso sustentável dos recursos naturais, a necessidade de minimizar o uso de embalagens com potencial poluidor e não biodegradáveis, a priorização de biomateriais como a celulose bacteriana em substituição ao plástico, a preservação dos recursos hídricos na produção e no descarte de produtos cosméticos e resíduos em saúde, tudo isso contribuindo para uma formação mais holística de futuros profissionais, os quais estejam envolvidos na ação como estudantes de graduação, bem como de futuros universitários, envolvidos na ação ainda como participantes da educação básica, ou pelos demais participantes que integram a comunidade em Diamantina que poderão atuar como agentes disseminadores de informação qualificada, aumentando o alcance destes resultados. E mais, os aspectos da comunicação, tanto digital como pessoa a pessoa, precisam ser contemplados na construção da linguagem dos materiais de campanha, no diálogo cotidiano, na produção de materiais informativos e conteúdo a ser veiculado, o que emana das Ciências Humanas. Deste modo, uma ampla gama de profissionais precisará estar integrada na qualidade de membros e participantes desta ação, cada um contribuindo e integrando seus conhecimentos e saberes.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

Na ação "Na beleza, o que não vemos?" estarão vinculadas atividades de ensino, pesquisa e extensão de forma interligada, pelo fato de que os temas emanam das áreas acadêmicas e escolares, como microbiologia, natureza, ambiente, saúde, e outras, seja de forma transversal ou pelo próprio foco em tais conhecimentos, a fim de aplicar em prol da proteção da saúde, da educação para o uso e armazenamento correto de cosméticos e para a tomada de decisões conscientes neste tema. Deste modo, inerentemente ao ensino, à construção do conhecimento será pautada em resultados de pesquisa, vinculando-se projetos de iniciação científica ligados ao tema, bem como os resultados alimentarão os próprios projetos de pesquisa, aliando pesquisa científica acadêmica às atividades de extensão e vice-versa. E pela própria natureza dos resultados e objetivos desta ação, ela está vinculada à formação dos estudantes de graduação, à atualização de conhecimentos de profissionais, técnicos, docentes e membros da comunidade externa, bem como de adolescentes que fazem parte da comunidade consumidora de cosméticos e que é público alvo da ação. Portanto, o ensino também está contemplado em todas as atividades, caracterizando-se profundamente a indissociabilidade entre os três pilares do conhecimento.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Toda ação de extensão, pelo próprio caráter indissociável, deve ter como um de seus fundamentos a formação holística, transversal e humanizada, a fim de que os estudantes tenham seus horizontes ampliados para fora dos muros da universidade, de suas salas de aula e dos círculos acadêmicos. Extrapolar estes limites é fundamental para que a futura atuação profissional encontre respaldo em vivências reais, emanadas da sociedade, com seus desafios e demandas, bem como para que estejam contextualizadas culturalmente, de forma que o fazer, o agir dos futuros profissionais se dê em harmonia com os valores do povo para o qual estes deverão trabalhar, produzindo saúde e bem-estar. Tal aspecto da formação se prevê de forma basilar na ação "Na beleza, o que não vemos?" por diversas razões que a fundamentam. Esta ação é pensada a partir de uma demanda da sociedade atual, da qual foi emanada e na qual encontra muitas questões conflituosas de natureza ética, moral ou prática, com resultados que vão desde ao prejuízo da autoimagem até outros danos graves à saúde. Assim, a formação dos estudantes de Farmácia, bem como daqueles da área de Humanas, das Ciências Biológicas, de outras áreas da Saúde que integrem esta ação, encontrará a partir de sua atuação extensionista um desenvolvimento para o diálogo, para estabelecer formas de comunicação, de análise de conflitos, dos desafios presentes na sociedade com seus múltiplos aspectos da saúde e do bem-estar, capacitando para a proposição de ações, de soluções, de tomadas de decisão, pautando-se em diálogo com diversos atores sociais e profissionais de diversas áreas. Estes estudantes precisarão integrar conhecimento de diversas disciplinas e áreas científicas, sobre as quais deverão refletir, analisar, aprender a partir dos saberes do público alvo e dos grupos de pesquisa, deste modo, aprendendo a integrar e respeitar todas as formas de saber, sem exclusão, o que os torna também mais aptos a produzir conhecimento significativo e a aplicá-lo em sua futura prática profissional. Os estudantes estarão envolvidos no planejamento da ação, nas atividades de busca ativa de informações veiculadas em sítios da internet ou em grupos de vizinhos, de escolares e outros da cidade de Diamantina, para caracterização da qualidade científica dos conteúdos veiculados, para definição dos riscos dos procedimentos disseminados, buscando o respaldo da legislação vigente em tecnologia de cosméticos/ estética e integrando todos estes conhecimentos aos de microbiologia, biotecnologia, e demais áreas tecnológicas e da saúde. A partir desta integração de conhecimentos, estarão envolvidos em atividades de comunicação com o público alvo, a fim de compreender suas expectativas, com ele aprender e construir formas de conscientização respeitosa, a fim de impactar a sociedade pela transformação de hábitos que poderiam ser prejudiciais à sua saúde, para hábitos de promoção e proteção, reduzindo riscos de infecções e outros agravos pelo mau uso de cosméticos ou de procedimentos estéticos. Neste campo, também atuarão para desenvolvimento de material que visa conscientizar, esclarecer procedimentos, finalidades de uso e melhores maneiras de decidir sobre produtos e procedimentos, em campanha que deve promover a saúde e auxiliar sua futura prática profissional sob tais aspectos.


Impacto e Transformação Social

Uma das grandes demandas da sociedade contemporânea é a indústria da beleza, que tantas vezes extrapola os limites do que é razoável e benéfico, caindo nas tendências modistas que vinculam o ser e seus valores ao da filosofia das aparências, dos estereótipos e da beleza padronizada. Estes são grandes males da sociedade atual porque incitam a que as pessoas tantas vezes ignorem ou minimizem a diversidade de aparência, cores de pele, tipos de cabelo, altura, peso corporal, para buscar a ideia do corpo Ken e da boneca Barbie, em padrões que induzem ao consumo eterno, já que são inatingíveis. Assim, a indústria da beleza é também a indústria da insatisfação, por vezes da depressão e do suicídio. Abrir diálogo sobre esta indústria e os riscos que apresentam, para além dos riscos emocionais e conflitos interiores, em prejuízo da auto-aceitação, é importante para conscientizar, promover reflexão, uma ação educativa em saúde que leve a comunidade a compreender-se neste contexto contemporâneo e a questionar os padrões que lhe são apresentados. Nem sempre é preciso se adequar, porém, sempre é preciso refletir e escolher, de forma mais consciente aquilo que de fato lhe é benéfico e promove o bem-estar pessoal e social. Quando os grupos estabelecem seu padrão, os membros, se adequam ou vivem na tendência de se adequar. Até que ponto isso é saúde? Até que ponto isso coloca em risco a própria saúde? Na perspectiva emocional e comportamental, os psicólogos e demais profissionais da saúde mental, têm se empenhado e produzido conhecimento salutar como resposta a esta demanda contemporânea. A perspectiva da saúde corporal, da beleza física, da integridade da pele, do cabelo, do corpo, a aparência em geral também impacta as emoções e o comportamento, de forma positiva ou negativa. Porém, existem outros aspectos afetados pela busca da beleza, aquilo que chega a tocar o físico pelas lesões, mutilações, infecções, alergias, as quais alteram a saúde do ponto de vista corporal - sem esquecer o quanto isto está interligado ao bem-estar psico-social. Estes temas precisam também ser abordados, precisam ser alvo de discussão, precisam ser retomados de um ponto de vista mais harmônico, considerando que a busca da beleza e dos padrões estéticos não está isenta de riscos, de fraudes, de prejuízos que podem ou não ser revertidos. E assim, a grande transformação social desta ação "Na beleza, o que não vemos?" começa pelo próprio debate, pela conscientização, pela mudança de hábitos e pela qualificação da tomada de decisões e de procedimentos que sejam pautados em conhecimento capaz de proteger a saúde, reduzindo as chances dos agravos e lesões decorrentes de atitudes e escolhas impensadas, seja pelo mau uso ou mau armazenamento dos produtos de beleza ou pela aplicação de procedimentos estéticos. Mudar a mentalidade pode transformar os hábitos e a saúde de uma sociedade tão afetada pelo consumo na busca da beleza, além de gerar uma reflexão melhor sobre o auto-conhecimento e a auto-aceitação.


Divulgação

A divulgação será feita na Feira de Atividades Farmacêuticas do Departamento de Farmácia, na Mostra de Análises Clínicas do LEAC/ Defar/ UFVJM, bem como por meio do canal YouTube Biotec para todos, pela divulgação nas ruas de Diamantina e no contato cotidiano e pessoal com membros da comunidade. A interação se dará também em grupos de WhatsApp e comentários nas mídias sociais dos canais que veiculam conteúdo relacionado ao tema desta ação, a fim de propiciar o contato com a equipe e ampliar a adesão do público alvo ao projeto.


Público-alvo

Descrição

Escolares em saída da escola, vizinhos, familiares e amigos, pessoas transitando pelas ruas de Diamantina, que serão abordadas pela equipe do projeto de extensão e convidas a participar.

Descrição

Visitantes da Feira de Atividades Farmacêuticas e da Mostra de Análises Clínicas, para os quais será montado um ponto de divulgação da ação "Na beleza, o que não vemos?" a fim de aumentar a adesão destes participantes.

Descrição

Criadores de canais em redes sociais, influencers digitais, que foquem na beleza e seus produtos como tema de seus conteúdos e veiculem tais informações para seus seguidores.

Municípios Atendidos

Município

Desconhecido

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 546 h

Carga Horária 10 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Diálogos pautando o uso de cosméticos e de procedimentos estéticos dentro da área farmacêutica e suas perspectivas em saúde, riscos e benefícios envolvidos.

Carga Horária 6 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Organização dos grupos extensionistas para estruturação dos métodos de divulgação do projeto, das abordagens de captação do público alvo, definição de pontos de divulgação, organização da agenda da ação e tarefas de produção, armazenamento, organização dos documentos e materiais construídos ao longo do processo, a fim de se ter um registro documentado e organizado da ação para futuras apresentações e publicações.

Carga Horária 150 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Análise de sítios e canais online que veiculam conteúdos sobre procedimentos estéticos e o uso de cosméticos, produção caseira, formas de aplicação, armazenamento e outros relevantes. A triagem de ao menos 50 canais será feita com base em indicadores definidos a partir das rodas de conversa do projeto e dos grupos estruturados entre os quais será dividida a tarefa de realizar a busca, identificar as mídias relevantes, assistir os vídeos informativos veiculados, avaliar o conteúdo, identificar os equívocos e conflitos de informação que representem riscos à saúde ou que infrinjam a legislação pertinente e compilar os dados para discussão e análise por toda a equipe extensionista.

Carga Horária 100 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
  • Noite;
Descrição da Atividade

Análise da equipe extensionista sobre os dados compilados acerca das informações veiculadas online sobre cosméticos e procedimentos estéticos, estruturação de material a partir dos riscos e equívocos de informação identificados: Redação de resumo e outros materiais necessários à divulgação do projeto nos meios acadêmicos e sociais a partir dos dados compilados. Definição de formas de contato com os veiculadores de conteúdo para proposição de diálogo com a equipe extensionista e orientação. Produção de material informativo na forma de pequenos textos que possam ser dirigidos aos comentários privados. Produção de material informativo para campanha e conscientização de riscos em panfletos, manuais, vídeos, ou outros meios que se adequem ao público alvo segundo a faixa etária e o tipo de riscos a que estejam mais sujeitos cada grupo de consumidores e seguidores em canais de beleza e estética na internet.

Carga Horária 60 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Campanha de captação do público alvo para participar do projeto na forma de abordagens ao longo das atividades diárias, nas ruas de Diamantina, nos momentos de trânsito em locais públicos, saída das escolas, conversa com vizinhos, amigos dos bairros, feiras ou eventos farmacêuticos de extensão, atividades estas que serão organizadas entre a equipe organizadora e membros voluntários da ação, para distribuição dos panfletos e indicação de outros materiais produzidos nesta ação, para ouvir questões, dúvidas e experiências, para dialogar e registrar estes relatos a fim de completar e preparar novos materiais, redigir artigo ou relato de experiência sobre o tema, manual informativo, vídeos ou outras formas de disseminação do conhecimento.

Carga Horária 60 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Recebimento de cosméticos vencidos, adulterados com água, chás, extratos caseiros, ou que estejam empoeirados, mal-armazenados, que sejam entregues pelos participantes consumidores de cosméticos, público alvo desta ação, durante a campanha de conscientização e troca de vivências sobre tais produtos e os riscos decorrentes do mau uso.

Carga Horária 60 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Análises das condições dos produtos, identificação dos erros de armazenamento, informações faltantes ou estragos nas embalagens e adulterações dos produtos para devolutiva aos participantes que se cadastrarem com o intuito de receber informações específicas sobre os cosméticos que descartaram para análise da equipe extensionista. Associação com atividade de pesquisa para análise da contaminação microbiológica presente e decorrente das más condições a que os produtos foram submetidos enquanto em posso dos consumidores. Contato com os participantes cadastrados para devolutiva de informações e demais orientações que desejarem.

Carga Horária 100 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Avaliação dos dados obtidos online e pessoalmente, ao longo da campanha in silico e in loco, para verificar o alcance das ações, o cumprimento das metas e objetivos, definir novas estratégias e perspectivas de ação, futuros projetos, bem como as melhores formas de publicação e divulgação dos resultados obtidos, bem como para disponibilização das informações ao público alvo participante.