Visitante
Ciência Nossa de Cada Dia
Sobre a Ação
202203000843
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
24/04/2024
25/04/2025
202104000199 - Feira de Atividade Farmacêuticas - FAF
Dados do Coordenador
fernando armini ruela
Caracterização da Ação
Outros
Educação
Saúde
Espaços de ciência
Municipal
Não
Sim
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Não
Membros
A desmotivação para os temas de ciências são comuns no dia-a-dia da população somada a linguagem “difícil” para que o cidadão desperte a curiosidade sobre o tema ciências. Dessa forma, este projeto propõe a popularização da ciência e tecnologia com amostras científicas variadas para públicos variados através de acervos que poderão serem visualizados seguidos de uma explicação através de uma linguagem acessível por estudantes participantes, permitindo troca entre a população e universidade.
Ciências, divulgação científica,
Em pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia por equipe de pesquisadores da FIOCRUZ, UFMG e UFRJ, e iniciada em 2019, os pesquisadores aceitaram o seguinte desafio: perguntar, escutar, organizar e apresentar à sociedade as percepções dos jovens brasileiros sobre ciência e tecnologia (CT). Os resultados da pesquisa culminaram na produção de um livro em 2021 intitulado: O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? Tal pesquisa figura como uma forte contribuição em torno da compreensão pública do tema abordado 1. Os resultados apresentados na pesquisa mostram que o velho conceito de que os brasileiros não se interessam por assuntos da área científica não é totalmente correto. Entretanto, o grande interesse que o brasileiro demonstra pelos assuntos da ciência nem sempre se reflete em conhecimento não superficial e informação sobre a temática. Isso fica evidenciado nos números, uma vez que 87% dos entrevistados não souberam informar o nome de nenhuma instituição científica, e 94% dos entrevistados não conhecem o nome de nenhum cientista brasileiro. Há, portanto, muita confusão em torno do assunto, embora haja interesse 2. Por outro lado, um levantamento de dados realizado pela Secretaria de Educação continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI/MEC) no ano de 2016, lançou um olhar para a questão da evasão escolar e apontou, por sua vez, o desinteresse/desmotivação como o segundo maior motivo de baixa frequência escolar. Adicionalmente, no que diz respeito a evasão na área de Ciências da Natureza, os números são bem expressivos 3. A desmotivação para os temas de ciências na escola ou mesmo a dificuldade de consumo do tema pela população adulta em ações de divulgação científica podem ter parte de sua origem nas dificuldades vividas nos ambientes escolares tais como a falta de hábitos de estudos, atividades descontextualizadas, memorização dos assuntos, falta de atividades que desenvolvam o raciocínio, dificuldade de abstração, professores desmotivados, dificuldades particulares dos alunos, entre outros fatores como já bem relatado por Bezerra, Soares e Marques (2019) e Soares (2018)4, 5. Podemos presumir que a população tenha forte anseio pelo tema CIÊNCIA, a aquisição de conhecimento sobre o embora tema são constantemente frustradas ao longo de seu percurso formativo. As deficiências do processo ensino/aprendizagem apresentadas no ensino básico, quanto problemas pessoais enfrentados pelos próprios alunos, acabam por minar o caminho de apropriação pelo cidadão dos conhecimentos relativos ao fazer científico podendo inclusive ser o principal obstáculo que impede o público de consumir esse tipo de conteúdo. Há, entretanto, outros fatores a serem levados em consideração 6. Outro problema grave pode estar nos canais disseminadores da ciência seja ele qual for, não obtendo êxito em instigar a população o suficiente a ponto de ela se engajar na área. As pesquisas científicas têm caráter técnico e acadêmico, e essa linguagem “difícil” para o cidadão comum necessita de adaptação para que atinja o público não acadêmico. Deve-se ter em mente que os canais divulgadores de ciência precisam buscar uma linguagem adequada para realizar a divulgação científica, de forma a despertar a curiosidade do público-alvo e disseminar, de forma simples e atraente, os complexos conceitos científicos envolvidos no trabalho7. Nesse sentido, o empenho pela popularização da ciência é uma questão urgente no Brasil podendo, inclusive, atribuirmos a questão da popularização da ciência e tecnologia como um elemento de inclusão social, como bem foi mencionado por Ildeu de Castro Moreira, do Departamento de Difusão e Popularização de Ciência e Tecnologia, na revista ibict. Para a educação de qualquer cidadão no mundo contemporâneo, é fundamental que ele tanto possua noção, no que concerne à ciência e tecnologia (CT), de seus principais resultados, de seus métodos e usos, quanto de seus riscos e limitações e também dos interesses e determinações (econômicas, políticas, militares, culturais etc.) que presidem seus processos e aplicações.8 A divulgação científica tem a função de popularizar a ciência, democratizar o acesso ao conhecimento científico e estabelecer condições para a alfabetização científica. Colabora para a inclusão de cidadãos em debate sobre temas especializados e que podem impactar em seu cotidiano 9. A divulgação científica também atinge seu propósito na extensão do sucesso do processo ensino/aprendizagem de ciências nas escolas. Munir os cidadão desde jovens com as ferramentas necessárias para a compreensão do assunto e de sua linguagem se faz necessário para que os mesmos possam consumir os conteúdos disponibilizados pelos diversos canais. O ensino de Ciências quando realizado mediante exclusivamente a apresentação de conceitos, leis e fórmulas, distancia-se do mundo vivido pelos alunos e torna-se vazio de significado, privilegiando a teoria e a abstração em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e exemplos concretosi. Da mesma forma, a divulgação científica realizada sem o cuidado da tradução para uma linguagem mais adequada, de forma a despertar a curiosidade do público-alvo e efetivamente popularizar o conteúdo, distancia-se da realidade vivida pela população em geral. Há meios de divulgação científica que inclusive não se utilizam apenas da linguagem escrita e verbal, mas também do uso de experimentos e exemplos concretos tais como museus, feiras, parques e projetos de extensão universitária diversos. Percebe-se que a utilização de elementos lúdicos e de experimentação, associados à uma linguagem adequada ao público, são úteis tanto no processo do ensino de ciências como na divulgação desta10. Apresenta-se, então, dois problemas geradores de exclusão do cidadão ao acesso ao conhecimento científico e por consequência dificuldades na missão de democratizar o mesmo. Um relacionado ao processo ensino/aprendizagem já no ensino básico e outro relacionado ao processo de divulgação científica.
O ensino das Ciências Naturais no Brasil teve início na década de 50 tendo como principal objetivo a formação de jovens investigadores o que impulsionou as pesquisas e avanço da tecnologia, proporcionando o progresso do país, algo muito positivo uma vez que o Brasil passava pelo processo de industrialização. À medida que os anos foram passando e a industrialização ifíceis compreensão, não despertando o interesse e a motivação dos estudantes e ocasionando, na maioria das vezes, a um baixo rendimento escolar. Além disso, uma experiência frustrada de um indivíduo sobre o tema CIÊNCIAS na sua vida estudantil pode gerar gatilhos negativos para o entendimento dos conteúdos científicos sob divulgação. Mas nos últimos anos, professores e pesquisadores brasileiros vem buscando alternativas para que os conteúdos trabalhados não ocorram dessa forma e proporcione ao estudante a capacidade de compreender e utilizar os conhecimentos desenvolvidos em sala de aula em diferentes situações e assim, cidadãos críticos possam agir em situações que contribuem para a melhoria de qualidade de sua vida e da comunidade em que está inserido. Aliado a isso, as instituições científicas e governamentais têm dado maior relevância para as ações de divulgação científica, baseado no princípio da divulgação científica como responsabilidade social e estabelecendo o valor intrínseco da Ciência não apenas nas descobertas em si, mas na capacidade de compartilhá-las eficazmente com o público em geral. Nesse contexto, este projeto quer contribuir na educação das ciências de forma a auxiliar na construção do conhecimento científico tanto dos estudantes quanto do público não estudantil, buscando associar os conceitos científicos ao cotidiano do público e fornecendo significado aos conteúdos discutidos e aprendidos, de forma que ele possa utilizá-los em diferentes questões, sejam políticas, econômicas, sociais e ambientais. Diante da supracitada realidade e da necessidade de se pensar meios para melhorar a compreensão das ciências a extensão universitária se mostra como uma importante ferramenta capaz de promover ações que não só aproximam a Universidade da sociedade, mas que visem à superação das atuais condições de insuficiência no aprendizado e na divulgação das ciências. Dentre os objetivos do Plano Nacional de Extensão (PNE) apresentado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX) essa atividade universitária apresenta vários objetivos, sendo que dois, transcritos abaixo se enquadram a proposta desse projeto: "estimular atividades de Extensão cujo desenvolvimento implique relações multi, inter e ou transdisciplinares e interprofissionais de setores da Universidade e da sociedade; "possibilitar novos meios e processos de produção, inovação e disponibilização de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do País." Assim, por meio da participação de profissionais formados em diferentes áreas das ciências e utilizando-se de recursos e metodologias diferentes das convencionais utilizadas no ensino de ciências objetiva-se a divulgação científica de uma forma mais includente. Além disso, atendendo a perspectiva de extensão na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) que é a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, impacto e transformação social, interação social e interdisciplinaridade, esse projeto irá contribuir gerando dados que poderão ser utilizados como fontes geradoras de discussão no que diz respeito ao ato de repensar a forma de ensinar as ciências, além de possibilitar temas para novas pesquisas devido às trocas com a comunidade externa e também se constituindo como canal de divulgação científica à comunidade na cidade de Diamantina através de espaços públicos diversos, podendo inclusive atingir cidades nas imediações a depender de recursos e transporte a serem fornecidos pela universidade e podendo as discussões geradas serem divulgadas em periódicos e eventos acadêmicos.
Objetivo Geral O projeto objetiva, inicialmente, a divulgação sobre temas diversos das Ciências por meio de acervos didáticos e práticas experimentais interativas que podem variar de acordo os assuntos em voga, público-alvo de um determinado espaço em que o projeto está sendo disponibilizado, se configurando, então, como um projeto com amostras científicas variadas para públicos variados. Os acervos poderão ter um objetivo visual seguido de uma explicação através de uma linguagem acessível, ou poderão ser acervos de experimentos que poderão ser realizados pelo próprio público ou apenas como demonstração, a depender do risco envolvido em cada tipo de experimento levado em cada dia e espaço onde o projeto estará em andamento. Objetivos específicos - Proporcionar aos estudantes do ensino médio e/ou básico ou da comunidade não estudantil, a oportunidade de conhecer e interagir com materiais e métodos científicos; - Proporcionar a troca de experiências entre a Universidade e os professores e discentes das escolas de ensino médio e/ou básico ou da comunidade não estudantil; - Despertar na população o interesse sobre a importância das ciências.
Expansão e desenvolvimento de novas plataformas de experimentos, protótipos, bancadas móveis, mostruários, banners e aquisição de acervos, além daqueles já desenvolvidos durante o primeiro ano de andamento deste projeto, com a diversidade que proporcione uma boa apresentação dos experimentos em ambiente escolar, e com custo relativamente acessível. Colaborar com a melhoria no processo de educação cientifica, nas áreas foco do projeto, considerando os diversos temas pertinentes e a partir de uma metodologia investigativa, que seja construída em um processo conjunto de pesquisas, decisões, produção de materiais e de conhecimento. Publicação de pôsteres e artigos científicos em congressos nacionais, regionais e/ou revistas especializadas. Realização de treinamento e orientação de alunos em projeto de ação extensionista auxiliando o aluno a direcionar as práticas de ensino e pesquisa à prestação de serviços em formato e caráter pedagógico.
O projeto consiste basicamente em levar ao público em geral acervos e experimentos que expliquem as ciências e o seu emprego no cotidiano das pessoas buscando relacioná-la com aspectos do dia-a-dia e será desenvolvido por meio das seguintes etapas: - Revisão de literatura e organização dos experimentos Nesse primeiro momento o acadêmico extensionista realizará um levantamento em periódicos e sites especializados de experimentos utilizando materiais alternativos e que serão desenvolvidos com os estudantes ou público geral. Serão utilizados para isso o portal de periódicos da CAPES e revistas especializadas no ensino das diferentes disciplinas das ciências. - Elaboração dos roteiros experimentais a serem desenvolvidos Nessa etapa o estudante extensionista sob a orientação dos professores irá desenvolver kits experimentais. A ideia principal será utilizar materiais do cotidiano na confecção desses kits, fazendo com que o estudante compreenda e correlacione os experimentos desenvolvidos com fatos que permeiam seu cotidiano. - Visitas periódicas ao(s) local (is) para a realização dos experimentos A equipe (professores e bolsista) irá visitar o local, sendo que no primeiro contato será realizada uma palestra para mostrar, em linhas gerais, as instalações, o funcionamento dos cursos oferecidos pela UFVJM, em especial, os cursos com membros da equipe do projeto. Nesse momento os estudantes terão a oportunidade para observar, participar, tirar suas dúvidas e obter informações sobre as profissões que podem ser exercidas pelos diplomados, nas habilitações divulgadas. ATUALMENTE temos membros do Departamento de Farmácia e EAD (Química, Física) Logo em seguida, os estudantes participantes serão divididos em turmas para realização das atividades experimentais. As atividades experimentais buscam despertar o interesse dos alunos e, consequentemente, proporcionar a compreensão da ciência. A visita é dinâmica, procurando mostrar aspectos científicos que normalmente não são vistos na sala de aula (ou são pouco enfatizadas em sala de aula), além de colocar o público em contato com as mais recentes pesquisas nas áreas das Ciências Naturais, realizadas pelos professores da UFVJM. Dessa forma, este projeto poderá “incitar” o interesse do aluno, futuro graduando, em relação a ciências abordadas na exposição e possibilidade de ingresso no Ensino Superior. - Reuniões de avaliação e acompanhamento As reuniões ocorrerão para discussão e avaliação das atividades desenvolvidas, levando em consideração, sobretudo, o interesse, participação e compreensão dos estudantes. Nesses encontros, haverá capacitação dos estudantes extensionistas anteriormente aos encontros com a comunidade externa. - Organização dos dados obtidos para divulgação em periódicos e eventos Nesse etapa o estudante extensionista irá organizar os dados obtidos por meio de registros fotográficos, relatórios das visitas e questionários respondidos pelos participantes para divulgação em periódicos e eventos de caráter regional e nacional. Além disso, com os resultados discutidos o estudante irá elaborar o seu relatório final, conforme previsto no edital. Atualmente a equipe já possui animais taxidermizados, microscópio para visualização de amostras, plantas em resina acompanhada de produtos contendo conteúdo vegetal, modelos químicos moleculares, maquete de casa acoplado a placa solar.
1. MASSARANI, Luisa et al. O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia? Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021. Disponível em: https://www.inct-cpct.ufpa.br/wp-content/uploads/2021/02/LIVRO_final_web_2pag.pdf Acesso em: 9 jun. 2021. » https://www.inct-cpct.ufpa.br/wp-content/uploads/2021/02/LIVRO_final_web_2pag.pdf 2. Lusz, P.. (2021). Nem samba nem futebol: jovens brasileiros gostam mesmo é de ciência e tecnologia. História, Ciências, Saúde-manguinhos, 28(3), 891–893. https://doi.org/10.1590/S0104-59702021000300016 3. Rafael da Silva Cezar, Karine Raquiel Halmenschlager. ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DO DESINTERESSE ESCOLAR NAS CIÊNCIAS DA NATUREZA: UM PANORAMA PRELIMINAR A PARTIR DE TESES E DISSERTAÇÕES. I Simpósio Sul-Americano de Pesquisa em Ensino de cIências. 2020 4. BEZERRA, D. S.; SOARES, A. M.; MARQUES, J. A.. Concepções acerca da biologia entre discentes do ensino médio no município de Cajazeiras–Paraíba. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, v. 2, n. 2.0, 2019. 5. SOARES, H. O. Desenvolvimento, aplicação e avaliação de um serious game como ferramenta auxiliar ao ensino da química. 2018. Tese de Doutorado. Instituto Politécnico de Setúbal. Escola superior de Tecnologia de Setúbal. 6. XAVIER, Jhonatan; GONÇALVES, Carolina. A RELAÇÃO ENTRE A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E A ESCOLA. Revista Areté | Revista Amazônica de Ensino de Ciências, [S.l.], v. 7, n. 14, p. 182-189, maio 2017. ISSN 1984-7505. 7. PARKINSON, J.; ADENDORFF, R. The use of popular science articles in teaching scientific literacy. English for Specific Purposes, Oxford, v. 23, n. 4, p. 379-396, 2004. 8. https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1512/1707 9. NATAL, C. B.; ALVIM, M. H. A divulgação científica e a inclusão social. Revista do Edicc, Campinas, v. 5, n. 1, p. 76-86, out. 2018. Disponível em: http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/edicc/article/view/5964. Acesso em: 06 ago. 2021. 10. A.N. DE OLIVEIRA1, R. A. FÉLIX2, M.C.A. SIQUEIRA3, J. G. P. NETO4, O. F. PAULINO5. CIENTIFIC DISSEMINATION IN NON-FORMAL SPACES: A CASE STUDY INVOLVING GENERAL RELATIVITY AND THE ECLIPSE MUSEUM. HOLOS, Ano 39, v.8, e11039, 2023
O presente projeto de extensão permitirá relações dialógicas entre o conhecimento científico advindo da universidade e com conhecimentos e vivências da comunidade onde a UFVJM está inserida, interagindo e transformando a realidade social. A equipe buscará proporcionar um ambiente de diálogo entre a universidade e comunidade, pautado pela ação de mão-dupla, troca de saberes e superação do discurso da hegemonia acadêmica, de forma a possibilitar a produção de um conhecimento novo. Durante a execução deste processo de trabalho, o público alvo poderá apresentar demandas não planejadas, possibilitando a adoção de novos métodos de trabalho para os extensionistas. Assim, através da realização deste projeto busca-se favorecer o desenvolvimento e a transformação cultural da sociedade, contribuindo assim para o enfrentamento de questões sociais, como a dificuldade de entender a ciências como algo do dia-a-dia e ser rotulado como algo difícil e complicado que não tem utilidade no seu cotidiano.
O desenvolvimento do presente projeto de extensão poderá ser um estímulo a interdisciplinaridade e interprofissionalidade no processo de formação do estudante, uma vez que possibilitará a interação entre diferentes áreas do conhecimento, superando as visões generalistas e especializadas acerca da realidade social, permitindo a ação transformadora da Extensão Universitária. Além disso, proporcionará a formação de um profissional ético, humanista, crítico e reflexivo, consciente do seu importante papel como cidadão. Destacamos que, os membros da equipe possuem diversas áreas de atuação, sendo compostos por docentes do Departamento de Farmácia, Educação a Distância com docentes de Física e Química, o que permitirá o diálogo, a troca e a cooperação de saberes, agregando conhecimentos de diferentes disciplinas em um processo interdisciplinar e interprofissional.
A extensão universitária é uma área em constante mudança e construção de novos conhecimentos, e a sua articulação constante e direta com o ensino e com a pesquisa é fundamental para que as demandas sociais sejam respondidas, promovendo uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade. A integralidade dessa tríade é fundamental para a formação do estudantes de maneira contextualizada e problematizada. Este projeto associará o ensino – através de conhecimentos adquiridos pela academia e possível melhoria de condutas para sua aprendizagem somado à necessidade de criação de informativos com linguagem acessível à população em geral –, a pesquisa – via diagnóstico participativo para levantamento de demandas que afligem o público alvo e busca para solução ou minimização destes e pesquisa ativa para aperfeiçoar o referido projeto- e a extensão – via diálogo com comunidade acadêmica e possibilidade de expansão para o público externo aos muros da UFVJM.
Esse projeto permitirá ao discente envolvido estar em contato com a realidade de sua atuação, ou seja, a preparação do graduando e a qualificação do ensino e divulgação de ciências. Para tornar mais significativa essa atividade, as atividades desse projeto proporcionarão a oportunidade para confrontar realidades e discutir resultados, baseado nas experiências proporcionadas pelo projeto, favorecendo não só a sua formação, mas também como pesquisador. No tocante a formação algo interessante a ser observado é a relação ensinar-aprender, conforme afirma Freire (1996): “...ensinar não é transferir conhecimento, mas crias as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não de transferir conhecimento.” (Freire, 1996, p.21) Essa deve ser, pois, uma preocupação na formação dos estudantes. Esse projeto contribuirá para que o mesmo compreenda a importância da divulgação das ciências para diversos públicos e interação com este de forma humanizada e com linguagem acessível, permitindo que o conhecimento da academia chegue à comunidade e que as demandas desta chegue à UFVJM. Além disso, o projeto propõe ao estudante a reflexão sobre a utilização de práticas alternativas nas ciências naturais como uma forma de construção da autonomia de pensamento e ressaltando a importância das ciências no cotidiano, levando-os não apenas a um desenvolvimento intelectual, mas capacitando-os para desenvolverem inúmeras atividades, bem como o de exercerem o seu papel de cidadão no mundo (Santos, 2004). Além disso, permitirá o enriquecimento da formação acadêmica e profissional do discente envolvido, abrindo espaços para reafirmação e materialização dos compromissos éticos e solidários da Universidade Pública brasileira
Esse projeto contribuirá para que o público compreenda a importância das ciências no seu cotidiano de forma humanizada e com linguagem acessível, permitindo que o conhecimento da academia chegue à comunidade e que as demandas desta chegue à UFVJM. Espera-se que o participante reflita sobre a ciência no dia-a-dia, seja numa planta que tenha em seu quintal ou mesmo uma reação química que ocorra ao se alimentar e consiga perceber essa "ciência" de modo a não "rotular" o tema como algo inacessível à população. Assim, essa ação de extensão oportunizará que tanto a Universidade quanto a sociedade sejam impactadas e transformadas, contribuindo para o desenvolvimento de novos conhecimentos, competências e habilidades nos discentes envolvidos que serão fundamentais para uma formação mais crítica e construtiva de todos os envolvidos.
Redes sociais somado a reuniões in loco com escola (s).
Público-alvo
Participantes que atualmente não estão matriculados no ensino médio, fundamental ou superior e viste a amostra do evento.
Estudantes de diversas escolas, local onde poderão ocorrer o desenvolvimento do projeto.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Datas - MG
Gouveia - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 88 h
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Revisão de literatura e organização(atualização) dos experimentos; 2 horas semanais de pesquisa, durante todo desenvolvimento do projeto Descrição da Atividade: Revisão bibliográfica para confecção e aperfeiçoam,entto dos kits e/ou capacitação durante ação. Busca ativa em fontes científicas para subsidiar as informações divulgadas. Pesquisa, se necessário para confecção do relatório final baseado na literatura.
- Manhã;
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8 horas mensais durante um ano.
- Manhã;
- Tarde;
Capacitação dos extensionistas parceiros para execução e confecção/melhoramento dos kitts e roteiros. 6 horas para preparo da apresentação dos acervos já "prontos" e 12 horas por ação junto a comunidade
- Manhã;
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Carga Horária 1,5h por semana durante todo desenvolvimento do projeto. Reuniões com o objetivo de apresentar, debater e discutir assuntos relativos aos temas escolhidos. Caso hajam dúvidas durante os encontros com a equipe ou na exposição junto a comunidade, poderão ser discutidos a formulação de novos conteúdos dessas novas demandas e ação para as mesmas ( necessidade de mais treinamento ou capacitação da equipe)
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
O relatório conterá uma descrição das atividades realizadas ao longo do trabalho neste projeto Caso haja no período vigentte, algum congresso, priorizaremos a exposição dos resultados obtidos a fim de divulgar o trabalho e a UFVJM.
- Manhã;
- Tarde;
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Considerou-se como ação a exposição dos acervos e experimentos junto à comunidade, somada às reuniões junto ao local ( escola, Parque da Ciências, etc), Deslocamento do acervo ( exscicatas, kits de química, animais taxidermizados, etc) e a ação propriamente dita, que, em geral ocorre em dois dias após preparo do local e disponibilidade do local -parceiro (escola, por exemplo), em geral no turno da manhã e tarde. Considerou-se apenas o município de Diamantina pois em anos anteriores, a equipe teve dificuldade em transportar o acervo sem prejuízos para as peças ( os ossos desmontaram devido ao transporte) e para transporte de kits químicos, a equipe não tem autorização de transporte de substâncias químicas potencialmente periculosas.