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ARQUEOLOGIA E COMUNIDADES: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO LABORATÓRIO DE ARQUEOLOGIA E PAISAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Sobre a Ação
202104000182
042021 - Programa
Programa
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
21/05/2024
21/12/2025
Dados do Coordenador
marcelo fagundes
Caracterização da Ação
Ciências Humanas
Educação
Cultura
Desenvolvimento regional
Regional
Não
Não
Dentro do campus
Integral
Não
Membros
O Programa aborda a temática EP e Arqueologia, sobretudo como pode se trabalhar em classe com crianças e adolescentes da Educação Básica, tendo como meio atividades práticas e lúdicas. Parte-se do princípio que a e EP apresenta como uma de suas metas o fomento da autoestima em diferentes comunidades detentoras do patrimônio, suscitando questões acerca da memória, identidade, trajetórias históricas e do próprio patrimônio (material e imaterial), com vista à preservação e gestão.
Patrimônio cultural, Educação Patrimonial, Trajetória Histórica, Memória, Arqueologia, Vale do Jequitinhonha.
O Programa intitulado “ARQUEOLOGIA E COMUNIDADES: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO LABORATÓRIO DE ARQUEOLOGIA E PAISAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI” tem como principal meta norteadora dar significado social e cultural para as atividades em Arqueologia desenvolvidas pelo Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem (LAEP//UFVJM) em todo o Alto Jequitinhonha, buscando inserir a comunidade, sobretudo estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio, nos processos de valorização e proteção do patrimônio arqueológico. Obviamente, esse propósito se desmembrou em outros não menos importantes, como suscitar o sentimento de pertencimento entre as comunidades afetadas, seja direta ou indiretamente, pela pesquisa arqueológica, sobretudo no que diz respeito aos bens culturais relacionados às ocupações indígenas antes da conquista e invasão europeia; o estímulo ao conhecimento e valorização dos testemunhos do uso e ocupação das paisagens no vale do Jequitinhonha (indígena, afrodescendentes ou europeias) e, por fim, o processo de valorização da cultura, inclusive trabalhando temáticas importantes à sociedade atual, tais como: diversidade, tolerância, diferenças étnico-culturais, pluralidade cultural, etc. Portanto, todas as metas têm com o foco o processo de sensibilização e valorização dos bens arqueológicos brasileiros (atuais, do passado colonial ou aqueles provenientes das ocupações antes da invasão), mas principalmente os indígenas, uma vez que, diferente de outros países latino-americanos que apresentam vestígios culturais monumentais (sobretudo no que tange a arquitetura), no Brasil, em especial o Vale do Jequitinhonha, nossa principal herança cultural Indígena está representada por fragmentos de material lítico (ferramentas de rochas ou minerais), remanescentes cerâmicos (na maioria cacos, mas os famosos cachimbos de afrodescendentes), restos faunísticos, sepultamentos, bem como milhares de sítios de arte rupestre, dentre outros remanescentes a partir do século XVIII, como louças, metais e vidros. Toda essa materialidade é de essencial importância para a produção de conhecimento arqueológico, entretanto de difícil sensibilização entre as comunidades que são detentoras desse patrimônio, sobretudo porque dizem respeito às heranças indígena ou africanas, grupos culturais que, durante toda a formação nacional do Estado brasileiro, foram sobrepujados, perseguidos e renegados, em todos os aspectos de seus modos de vida e cultura. É notório que o Brasil é em um país plural, onde sua História foi moldada sob o olhar de uma elite (religiosa, política ou econômica) e, consequentemente, causando “(...) a alienação das comunidades locais com sua herança cultural” (ROBRAHN-GONZÁLEZ, 2006, p. 171). Justamente por isso, os processos de Educação Patrimonial em Arqueologia devem, necessariamente, informar o que é patrimônio, em um processo de redefinição de Bem Cultural enquanto herança de uma nação. Para Funari e Carvalho (2011, p. 9): "Como alternativa ao distanciamento entre a sociedade e seus diversos patrimônios e a consolidação das políticas da diversidade como um patrimônio, a Educação patrimonial apresenta-se como um excelente campo de ação. Não se almeja atribuir à sociedade um conhecimento enciclopédico sobre quais são seus patrimônios, datas de fundação, autores, características físicas, entre outros dados. Ao contrário, a Educação patrimonial deve agir no sentido de, democraticamente, construir diálogos entre a sociedade e seus patrimônios". Ainda parafraseando os autores acima, é preciso construir com as diferentes comunidades o que é patrimônio e bem público, enquanto conceitos que devem adquirir significados para esses grupos, ou seja, “(...) o indivíduo precisa compreender que esse patrimônio é importante para alguém” (FUNARI; CARVALHO, 2011, p. 11). Logo, o Programa de Educação Patrimonial realizado da UFVJM é de suma importância, valorizando nosso história indígena, colonial e atual, explorando as diferentes visões de mundo, os saberes e, antes de tudo, velarizando-os.
O Programa de Educação Patrimonial intitulado “Comunidades e Arqueologia” tem como meta estimular o aprendizado sobre o dinamismo cultural, bem como seus produtos e manifestações, ao mesmo tempo que valoriza a ancestralidade, a memória e as trajetórias históricas de grupos que, historicamente, foram marginalizados da História Oficial da Nação, ou seja, indígenas, negros e periféricos. Dessa forma, um bem cultural passa a ser visto como pertencente a toda a comunidade, despertando o interesse em resolver questões significativas para sua própria vida: pessoal e coletiva. Segundo o IPHAN/MinC: “A Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considera-se, ainda, que os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de patrimônio cultural”. Nesse sentido, a EP é uma ação educativa centrada no pertencimento de todes no patrimônio (material ou imaterial), permitindo seu reconhecimento, valorização e preservação. Assim sendo, o Programa se justifica pela necessidade de desenvolvimento de ações que demonstrem que os bens culturais fazem parte da vida das pessoas, constituem suas ancestralidades e visões sobre a vida. São saberes, conhecimentos, materialidades, histórias e ressignificações de mundos vividos e vivos. Por fim, o que se denomina patrimônio cultural vai muito além da arquitetura ou das igrejas. O Patrimônio está associado à vida das pessoas, suas tradições, seus saberes e conhecimento, além das já faladas ancestralidade e trajetórias que, supostamente, pertencem ao passado, porém seus traços ainda fazem parte do cotidiano. Ter acesso ao Patrimônio significa ter controle sobre as narrativas acerca do mundo em que se vive.
Objetivo geral é: inserir a comunidade, em especial estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, aos processos de valorização e proteção do patrimônio em Diamantina e região. Como objetivos específicos: a) Suscitar o sentimento de pertencimento entre as comunidades em relação a materialidade evidenciada pela pesquisa arqueológica, sobretudo no que diz respeito aos bens culturais relacionados às ocupações após a invasão europeia; b) Estimular o conhecimento e valorização dos testemunhos do uso e ocupação do espaço no vale do Jequitinhonha; c) Estimular o processo de valorização cultural, inclusive trabalhando temáticas importantes à sociedade atual, tais como: diversidade, tolerância, diferenças étnico-culturais, pluralidade cultural, etc. d) Estimular o domínio sobre as narrativas (do passado e atuais) e, assim, tendo controle dos bens culturais e tradições que valorizam. e) Ressignificar o passado por meio de suas visões atuais, principalmente na arte rupestre indígena.
Para o cumprimento das metas e baseando-se nesses pressupostos que a equipe do LAEP/UFVJM estabeleceu para o programa de Educação Patrimonial para crianças e adolescentes, a saber: (a) Construir com as comunidades significados culturais por meio dos vestígios arqueológicos (materialidade), possibilitando a compreensão da importância da proteção, valorização e respeito (sobre) do patrimônio histórico/arqueológico e cultural em Diamantina e região; (b) Utilizar os métodos científicos da Arqueologia como meio de valorização da história e da memória, possibilitando e incentivando processos de inserção social, alteridade e cidadania; (c) Permitir que o público-alvo (sobretudo, crianças e adolescentes), não veja as atividades em Arqueologia como resgate do velho (de fragmentos, de lixo, etc.) que precisa ser preservado, mas como um processo de renovação da cultura, da memória e da alteridade das comunidades que compõem todo o Alto Vale do Jequitinhonha; (d) Desenvolver uma “Arqueologia de Baixo para Cima” (FAULKNER, 2000), não sendo: racista, trans ou homofóbica, sexista, hierárquica, exclusivista ou elitista; mas que busque o desenvolvimento de processos de interação na garantia pela legitimidade social de todas as etapas do trabalho (campo, laboratório, gabinete e socialização); (e) Fortalecer nas diferentes comunidades que constituem o Alto Jequitinhonha o tripé: identificação, proteção e valorização, mas indo além, isso equivale dizer, na busca pelo caminho da cidadania: pessoal, comunitária e nacional (HORTA, 2003); (f) Permitir a todes cidadãos o acesso a sua trajetória histórica, memória e cultura, não apenas aquela imposta pela elite dominante, mas do povo comum, de nossa herança indígena e africana, pois só por meio da suscitação do pertencimento é que iremos atingir a valorização, respeito e, principalmente, preservação dos nossos bens culturais (FUNARI; CARVALHO, 2011; CERQUEIRA, 2008). (g) Por fim, gerar e-books com as atividades e ações desenvolvidas pelo LAEP/UFVJM, em que os principais atores serão os participantes desse Programa. Portanto, busca-se (por meio do desenvolvimento de estratégias, práticas e ações pedagógicas) a divulgação do patrimônio do Alto Jequitinhonha para estudantes nos diferentes níveis escolares, além outros membros das comunidades. De acordo com Cerqueira (2008), essa prerrogativa vai de encontro do que se espera do desenvolvimento de práticas de Educação Patrimonial em sala de aula, uma vez que se busca “(...) por meio de abordagem inclusiva, o fomento à autoestima das comunidades locais, estimulando o conhecimento e valorização de seu patrimônio, memória e identidade cultural. Paralelamente, busca sensibilizar as comunidades para a preservação de suas variadas formas de patrimônio material e imaterial, que constituem suportes de sua memória e identidade cultural” (CERQUEIRA, 2008, p. 13). O Programa de EP pretende, dessa forma, empreender ação educativa multi e interdisciplinar com interfaces entre a Arqueologia e Paisagem, buscando informar diferentes grupos, em diferentes espaços sociais, o que é e qual a importância da Arqueologia (ou da materialidade), suscitando processos de valoração e preservação desse patrimônio enquanto práticas de educação e cidadania (HORTA, 2003). Ao resgatar as trajetórias históricas, as ancestralidades e memória sócio-histórica dos diferentes grupos formadores dessa sociedade, garante-se às diferentes comunidades o direito à informação, bem como a possibilidade de produção e de aproveitamento dos bens culturais, condição que, certamente, irá promover a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas (CEHC, 2001). Nesse caminho, o trabalho de Educação Patrimonial tem como foco a interação entre os atores sociais e seus patrimônios, buscando um processo ativo de troca de conhecimentos, apropriação e valorização de sua herança cultural, alinhando-se, inclusive, com os paradigmas atuais relacionados à educação, tecnologia e modo de vida (MARTINS; CASTRO, 2010). Trata-se de um processo ativo pelo qual diferentes agentes que compõem uma dada sociedade interagem acerca do que é patrimônio (BASTOS, 2006, p.58; FAGUNDES; PIUZANA, 2010). Parte-se do pressuposto que os alunos participantes do Programa de Educação Patrimonial não são “tábulas rasas” que necessitam exclusivamente do conhecimento da Universidade para delimitar e reconhecer seu patrimônio. Pelo contrário, acreditamos na hipótese de que todos têm percepções sobre o que é o patrimônio e, assim, mantém relações intrínsecas com ele. O papel da Universidade é, portanto, o de sensibilização da necessidade de conservação do que denominamos bens patrimoniais. A intenção sempre é à possibilidade de diálogo, de compreender as relações e percepções que as comunidades têm em relação ao patrimônio e, nesse sentido, capacitando-os para melhor usufruto destes bens, fato que iria a priori propiciar, a geração e produção de novos conhecimentos. Nessa interlocução há um processo contínuo de percepção, criação e recriação num processo cultural. Logo, busca-se a sensibilização das comunidades da importância do patrimônio arqueológico, esclarecendo as principais medidas de conservação (proteção e gestão) que podem ser assumidas. O Programa Arqueologia e Comunidades tem consciência da importância mais que fundamental do engajamento das de diferentes vozes e saberes não apenas em sua execução, mas em seu planejamento e gestão, em uma “Arqueologia de Baixo para Cima” (FAULKNER, 2000). Nesse caso, a pesquisa busca, antes de tudo: não ser exclusivista; não ser racista; não ser hierárquica; valorizar a interação. Assim sendo, todas as metas têm como foco o processo de sensibilização e valorização dos bens arqueológicos brasileiros (atuais ou do passado colonial). Todos são de essencial importância para a produção de conhecimento arqueológico mineiro, entretanto de difícil sensibilização entre as comunidades que são detentoras desse patrimônio. É notório que o Brasil é em um país plural, onde sua História foi moldada sob o olhar de uma elite (branca, religiosa, política ou econômica) e, consequentemente, causando “a alienação das comunidades locais com sua herança cultural” (ROBRAHN-GONZÁLEZ, 2006, p. 171). Justamente por isso, os processos de EP devem, necessariamente, informar o que é patrimônio, em um processo de redefinição de Bem Cultural enquanto herança de uma nação.
A metodologia utilizada nesse Programa de Educação Patrimonial "Arqueologia e Comunidades" baseia-se na inserção de estudantes dos ensinso Fudamental e Médio, principalmente, nas atividades previamente elaboradas, encaixando-os aos processos de valorização e proteção do patrimônio arqueológico em Diamantina e região. Entre as atividades/ metodologias desenvolvidas pelo Programa de Educação Patrimonial, podemos citar: (a) VISITA A RESERVA TÉCNICA DO LAEP/UFVJM: possuidora de mais de 700 mil materiais/ peças (urnas funerárias, cerâmicas - inteiras e fragmentos -, material lítico, louças, vidros, metais, materiais ósseos,etc.) provindas de todo o país, sobretudo materialidade indígena. Portanto, estudantes terão acesso as fotografias dessa materialidade (com pesquisas nos membros do LAEP no Brasil e Peru), além de conhecer nossas técnicas de armazenamento dessa materialidade e parte de nosso acervo material (cerâmicas antigas, metais, ferramentas feitas de rochas ou minerais, louças a partir do século XIX, cachimbos em cerâmica, etc.). (b) Obviamente a atividade mais querida de todes estudantes é a possibilidade participação na escavação. Por vários motivos, principalmente segurança, não se permite a participação (há muito cacos de vidro e materiais cortantes que são evidenciados durante o processo de escavação). Pensando em possibilitar a experiência como parte dos objetivos da Educação Patrimonial, será elaborada a escavação simulada, que tem como objetivo principal discutir o trabalho do arqueólogo e as técnicas de controle de dados, demostrando que o trabalho é sistemático, que há metodologia científica envolvida, ao mesmo tempo em que permite o reconhecimento e valorização do patrimônio arqueológico. A equipe, para tanto, utilizará materiais simples para construção das quadrículas de escavação, a saber: caixas plásticas (organizadoras – com tampa); areia esterilizada; luvas e máscaras cirúrgicas; pazinhas e pincéis em plástico; pinças em metal; peneiras pequenas; baldes; cacos de cerâmica e louça; réplicas de ferramentas líticas (preparadas em laboratório); ossos; carvão, etc. (c) Em toda oficina de Educação Patrimonial que temos realizado um, entre outros questionamentos, está o trabalho do arqueólogo (a) em si. Assim sendo, uma das perguntas recorrentes é: como se estuda a cultura material que os arqueólogos (as) encontram? A própria divulgação da atividade do (a) arqueólogo (a) na mídia, principalmente no cinema, desperta a curiosidade, uma vez que a imagem aventureira do arqueólogo (a) é o que permanece. O contato com “cacos” e “pedras”, ou seja, dos vestígios fragmentados da cultura material resgatada nas escavações pode, como já dito, ser frustrante em muitos casos. Pensando em estimular o interesse pelos vestígios materiais, uma das oficinas planejadas será a participação de um mini laboratório. É permitido que os participantes manuseiem em alguns vestígios arqueológicos (réplicas) e, com auxílio dos estagiários, realizarão algumas análises (como é costumeiro em laboratório), de modo que se possam inferir algumas hipóteses, como, por exemplo: (01) Como foi feito tal objeto? (02) Para que serviu determinada ferramenta? (03) Quais informações se podem obter acerca do modo de vida do grupo que produziu determinado artefato? (d) Painel rupestre: após a explicação sobre a arte rupestre, sobretudo do Vale do Jequitinhonha, estudantes podem de expressar em nosso painel (feito em papel cratf e preso a paredede) d o que entenderam sobre a Arqueologia. (e) Escrita: por fim, pede-se que estudantes façam pequenos textos (um parágrafo normalmente), sobre como ressignificaram (ou ressignificam) a arte rupestre feitas há tanto tempo. Sendo assim, a Educação Patrimonial é uma prática educativa voltada para a necessidade de sensibilizar acerca do patrimônio (material e imaterial), com isso buscando processos de valorização da cultura e História regionais, bem como meio de valorar a memória regional, reafirmando a autoestima e identidade de uma dada sociedade. Como salientado, ela permite práticas de educação e cidadania (HORTA, 2003), indo além dos bens culturais, mas buscando a valorização do indivíduo, de sua sociedade, cultura e história. Trata-se do falado “espírito de pertencimento”, que diz respeito ao sentimento de fazer parte, estar integrado à sociedade como cidadão realmente consciente de seu valor e de suas obrigações como cidadão. Sentir-se parte da complexa rede de significações que constituem a sociedade é fundamental para que realmente se alcance uma sociedade justa e democrática, com inserção social, alteridade e cidadania. Levando em conta que a Educação Patrimonial é uma prática que não deve ser teórica, ou enciclopedista, a equipe do LAEP/ UFVJM, durante todo o processo buscará aliar as atividades científicas às de natureza socioeducativa, informando e sensibilizando crianças e adolescentes da importância do patrimônio cultural regional.
BASTOS, R. L. A Arqueologia Pública no Brasil: novos tempos. In: Mori, Souza, Bastos, Gallo (org.) Patrimônio: atualizando o debate, (pp. 155-168). Brasília: Iphan, 2006. CADERNOS DO CEHC. Série Cultural – Subsídios de Proposta de Ação Educativa. Diamantina-MG: Governo do Estado de Minas Gerais, Fundação Pinheiro, Iepha/ MG, 2001. CERQUEIRA, F. V. Educação Patrimonial na escola: por que e como? In F. V. Cerqueira et al. (orgs.) Educação Patrimonial: perspectivas multidisciplinares. Diamantina-MG: Ufpel, Instituto de Ciências Humanas, 2008. FAGUNDES, M. Projeto Arqueológico Alto Jequitinhonha: relatório bienal (2010- 2012). Diamantina-MG: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2012. FAGUNDES, M. & PIUZANA, D. Estudo teórico sobre o uso conceito de paisagem em pesquisas arqueológicas. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 8 (1), pp. 205-220, 2010a. FAGUNDES, M. & PIUZANA, D. Projeto arqueologia e comunidades no Alto Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. San José: Anais do I Congreso Iberoamericano sobre Patrimonio Cultural: Experiencias metodológicas en el conocimiento del patrimonio, 2010b. FAGUNDES, M. et al. Projeto Arqueologia e Comunidades no Alto Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Revista Tarairiú, 01 (03), pp. 20-26, 2011. FAGUNDES, M. et al. Paisagem cultural da área arqueológica de Serra Negra, Vale do Araçuaí, MG: os sítios do Complexo Arqueológico Campo das Flores, município de Senador Modestino Gonçalves e Itamarandiba. Revista Tarairiú, 01 (05), pp. 40-66, 2012a. FAGUNDES, M. et al. Implicações Geológicas e Ecológicas para Assentamentos Humanos Pretéritos – Estudo de Caso no Complexo Arqueológico Campo das Flores, Área Arqueológica de Serra Negra, Vale do Araçuaí, Minas Gerais. Revista Espinhaço, 01, (01), pp. 41-58, 2012b. FAULKNER, N. Archaeology from Below. Public Archaeology, 1, pp. 21-23, 2000. FERREIRA, L. M. Quieta Non Movere: Arqueologia Comunitária e Patrimônio Cultural. In: P. P. Funari, & A. Carvalho. Patrimônio Cultural, diversidade e comunidades, (pp.17-28). Campinas–SP: Ifch/Unicamp, 2011. FUNARI, P. P. & CARVALHO, A. Patrimônio cultural, diversidade e comunidades. Campinas-SP: Ifch/Unicamp, 2011. HORTA, M. de L. P. et al. Guia de Educação Patrimonial. Brasília: Iphan, Museu Imperial, 1999. HORTA, M. de L. P. Educação Patrimonial: oficinas de formações de professores. Brasília: Iphan, 2003. ISNARDIS, A. & LINKE, V. Pedras Pintadas, Paisagens Construídas: a integração de elementos culturalmente arquitetados na transformação e manutenção da paisagem. Revista de Arqueologia, 23, pp. 42-59, 2010. LINKE, V. Paisagens dos sítios de pintura rupestre da região de Diamantina - Minas Gerais. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2008. MARSHALL, Y. What is Community Archaeology? World Archaeology, 32 (02), pp. 211-219, 2002. MARTINS, L. T. & CASTRO, L. R. de. Crianças na contemporaneidade: entre as demandas da vida escolar e da sociedade tecnológica. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 2 (9), pp. 619-634, 2011. MAGNO, L.; DOULA, S. M. & ALMEIDA-PINTO, N. M. de. Todo el mundo nos conoce a nosotros ahora: cultura e identidad de jóvenes rurales en Minas Gerais (Brasil). Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 9 (1), pp. 305- 320, 2011. MIRANDA, M. P. S. Tutela do Patrimônio Cultural Brasileiro. Belo Horizonte: Livraria Del Rei, 2006. ROBRAHN-GONZÁLEZ, E. M. O programa arqueológico do Rodoanel metropolitano de São Paulo, trecho oeste: ciências, preservação e sustentabilidade social. In Mori, Souza, Bastos & Gallo (org.) Patrimônio: atualizando o debate, (pp. 169- 190). Brasília: Iphan, 2006.
Nossa intenção é promover que estudantes da UFVJM possam ter acesso às diferentes tradições, comunidades e ancestralidades do Vale do Jequitinhonha. Suas vivências, experiências e visões do mundo são base para a formação de futuros professores consciente de quem são e do público educacional que terão no futuro. Por ser um terma transversal, a Educação Patrimonial pode ser utilizada por várias disciplinas, como meio de valorização do indívidual e do coletivo e, como já dito, temas contemporâneos (como diversidade) serão temas de nossas ações, em que o passado fará parte do presente (e do futuro), não como uma invenção, mas como experiências e vivências. Em sintese, tanto nossos estudantes como nosso público-alvo serão portadores sobre as narrativas da vida.
Como dito, a Educação Patrimonial (e sua transversalidade) é extremamente importante para a formação das pessoas (individual e coletivamente). Não se trata de um modismo, mas de uma constatação de que temas como pertencimento, trajetórias históricas e narrativas cooperam sensivelmente para preserção dos bens culturais e valorização da cultura "periférica" ou se preferirem, daquilo que muito tempo foi considerado exótico ou desnecessário. A Educação Patrimonial poderá ser tema de todas as disciplinas na Educação Básica, inclusive na Educação Superior, como forma de sensibilização, pertencimento e, antes de tudo, valorização dos conhecimentos (passados e atuais) do Vale do Jequitinhonha.
A educaçaõ patrimonial é transversal, isso signfica que ela percorre todas as disciplinas. Nesse caso, a EP necessita da pesquisa (que irá gerar e analisar dados sobre nosso passado - a Arqueologia) e irá cooperar na formação de futuros professores.
Os estudantes de graduação da UFVJM poderão desenvolver habilidades no que tange à sua formação de professor (História e Geografia, principalmente). Por ser tratar de um tema transversal, a EP poderá contribuir no estímulo às vivências, tradições e culturas do Vale do Jequitinhonha; vozes (antes silenciadas) podem ser ouvidas (sejam passadas ou contemporâneas) e novas narrativas sobre a história do Vale poderão ser desenvolvidas. Todo o processo da EP contibuirá veementemente na formação do licenciado da UFVJM.
Sendo as atividades de Educação Patrimonial uma ação ativa de conhecimento, apropriação e valorização da ancestralidade e vivências (passadas e presentes), os principaos impatos seriam: a) Público-alvo: novas narrativas sejam estabelecidas sobre as heranças culturais do Vale do Jequitinhonha. b) Estudantes: poderão ter acesso as novas literaturas, atividades e importância da EP.
Para dilvulgação, além do Instagram, são realizados convites aos professores e professores das redes pública e privadas.
Público-alvo
Todos não são "tábulas rasas", isso signfica que poderão cooperar sensivelemnte para nosso conhecimento (profundo) do Vale do Jequitinhonha. Nosso público alvo são,preferenciaalmente, estudantes e nossa intenção, como dito, é estimular a noção de pertencimento ao passado e ao presente. Ao mesmo tempo, estaremos formando futuros professores nessa mesma direção.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Felício dos Santos - MG
Gouveia - MG
Datas - MG
Couto de Magalhães de Minas - MG
Parcerias
Trazendo estudantes para nossa oficina.
Muitas oficinas acontecerão em sua sede.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 12 h
- Manhã;
- Tarde;
As atividades estão descritas no Programa.
- Tarde;
Palestras para estudantes participantes das oficinas de EP