Visitante
TRAMAS em Unaí - Mulheres de Saber: fiar, tecer, narrar
Sobre a Ação
202203000990
032022 - Ações
Curso/Oficina
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
21/10/2024
30/11/2024
Dados do Coordenador
rosiane da silva ribeiro bechler
Caracterização da Ação
Ciências Humanas
Cultura
Direitos Humanos e Justiça
Patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial
Municipal
Não
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Redes Sociais
Membros
Oficina de Extensão em Cultura realizada em parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo do Município de Unaí com o objetivo de compor um acervo de registros sobre as mulheres, fiandeiras e tecelãs do município. O material deverá embasar o processo para registro de salvaguarda do “Modo de Fiar” identificado na região e poderá servir de fonte para outros trabalhos de pesquisa, ensino e extensão. A proposta se vincula a Ação de Fluxo Contínuo - "TRAMAS". Registro: 202203000741
Mulheres - Fiandeiras - Tecelãs - Cultura Popular - Salvaguarda
A Política Cultural da UFVJM, aprovada pela Resolução CONSEPE 26/2021, tem por preceito a ação sistemática, institucionalizada e contínua que visa contribuir para o fortalecimento de grupos culturais e artísticos e viabilizar, por meio de projetos e de parcerias, a promoção da arte e da cultura na UFVJM e nas regiões de sua abrangência, por meio da interação entre saberes e linguagens, passado e presente, ciência e arte. De forma a reafirmar e ampliar o alcance desse compromisso, apresentamos a proposta deste projeto como um desdobramento do “Projeto TRAMAS”, já cadastrado no SIEXC, com intuito de atender especificamente as seguintes estratégias: Ampliar parcerias e intercâmbios com as Secretarias de Cultura e outros órgãos equivalentes que atuam nas esferas municipal, estadual e federal; Apoiar projetos que contemplem a preservação do patrimônio material e imaterial; Propor ações que ampliem a comunicação e a viabilização da troca entre os diversos agentes culturais, difundindo bens, conteúdos e valores; Apoiar projetos que visem à estruturação da economia da cultura local e regional; Apoiar e promover ações de mapeamento, documentação e divulgação da memória e das expressões artísticas e culturais dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Auxiliar na proteção e promoção da diversidade cultural, especialmente das regiões de abrangência da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Propor ações que ampliem a comunicação e a viabilização da troca entre os diversos agentes culturais, difundindo bens, conteúdos e valores. (Resolução CONSEPE 26/2012) A atual gestão da PROEXC-UFVJM, alinhada ao disposto na proposta apresentada pelo Reitor Heron Laiber Bonadiman e a Vice-Reitora Flaviana Tavares, compreende as artes e as culturas como dimensões transversais, essenciais para a formação humana considerada em sua perspectiva integral. Também apostamos na importância dessas dimensões para construção de laços de pertencimento e fortalecimento identitário, sendo a cultura compreendida aqui de forma ampla, como espaço de manifestação democrática de identidades plurais. Mediante o exposto, firmamos parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Unaí para o desenvolvimento de oficinas orientadas pelo tripé do ensino, da pesquisa e da extensão, que terão por objetivo a formação de estudantes para a realização de entrevistas e registros junto às mulheres fiandeiras e tecelãs do município. Também será de responsabilidade da equipe do projeto o tratamento e a organização de um acervo a partir das fontes coletadas.
Compreendemos que o imaginário cultural sobre as Minas Gerais setecentistas, em que pese sua legitimidade histórica, acaba por silenciar a pluralidade de suas gentes e memórias. Dentre os desafios que essa constatação nos impõe, entendemos que estratégias importantes podem ser tomadas no campo da Educação e da Cultura como possibilidade de construirmos caminhos e expectativas de futuro. Sendo urgente reconstruir e fortalecer os laços de pertencimento e relação com as diferentes territorialidades, que culminarão, no futuro, em cidadãos conhecedores de suas histórias e comprometidos com o território em que vivem. Essa assertiva levou-nos a acolher a proposta apresentada pela Secretaria de Cultura e Turismo de Unaí, e envidar esforços para a entrevista e registro de mulheres detentoras do saber de fiar e tecer, uma tradição oitocentistas no Noroeste de Minas Gerais.
Investigar a história local, mapear e promover as manifestações culturais de referencialidade dos territórios de abrangência da UFVJM, conforme demanda e parcerias estabelecidas.
- Realizar um curso de formação sobre "Salvaguarda do Patrimônio Imaterial" - Constituir uma comunidade de aprendizagem, composta pelos membros do projeto e das comunidades envolvidas no mesmo; - Mapear os espaços de memória e História, contribuindo para a elaboração de narrativas que possibilitem o fortalecimento dos laços comunitários; - Mapear os patrimônios histórico, cultural e natural dos territórios envolvidos com a proposta, tendo em vista a valorização das identidades locais em suas diferentes manifestações; - Divulgar os diferentes saberes que informam modos de viver, conviver e ser nos territórios envolvidos com a proposta;
Os discentes serão formados através da perspectiva teórica-metodológica da dialogicidade, através de oficinas formativas sobre os temas afeitos a propostas: história oral; povos e comunidades tradicionais; memória; patrimônio cultural. Essa etapa formativa deverá garantir possibilidades para a inserção em campo e trabalho com a comunidade tendo em vista o registro qualificado dos saberes e modos de fazer das fiandeiras e tecelãs de Unaí. O acompanhamento se dará ao longo de todo processo e através de registro que possibilitem qualificar a proposta.
RESOLUÇÃO 26/2021 CONSEPE UFVJM - Política Cultural da UFVJM ALBERTI, Verena. Manual de história oral. Editora FGV, 2018. MELLO, Leandro Ribeiro; DA SILVA BRANDÃO, Juzânia Oliveira; SOBRINHO, Fernando Luiz Araújo. DE CAPIM BRANCO, HUNAY A UNAÍ DE HOJE: PRODUÇÃO E TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO-TEMPO NO NOROESTE MINEIRO. PEREIRA, Junia Sales; ORIÁ, José Ricardo. Desafios teórico-metodológicos da relação educação e patrimônio. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, v. 20, n. 1, p. 161-171, 2012. REZNIK, Luís. História Local e práticas de memória. In: PEREIRA, Júnia Sales e RICCI, Claudia Sapag (orgs.). Produção de Materiais Didáticos para a Diversidade: Patrimônio e Práticas de Memória numa perspectiva interdisciplinar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. SEIXAS, Jacy. Percursos de memórias em terras de história: problemáticas atuais. In: BRESCIANI, S.; NAXARA, M. (org.). Memória e (res)sentimentos: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Ed. da Unicamp, 2001, pp.37-58 SOUZA, Livia Ferreira. Pano, Linha e Agulha: propostas, costuras e desafios frente às possibilidades da Lei n. 10639/2033 na educação infantil como garantia para educação em Direitos Humanos. Teófilo Otoni, 2022 (Monografia) TOLENO, Átila B. O que não é educação patrimonial: cinco falácias sobre seu conceito e sua prática. In: TOLENTINO, Átila B. e BRAGA, Emanuel O (Org.). Educação patrimonial: políticas, relações de poder e ações afirmativas. João Pessoa: IPHAN-PB; Casa do Patrimônio da Paraíba, 2016. – (Caderno Temático; 5) Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/caderno_tematico_educacao_patrimonial_05.pdf VARINE, Hugues de. As raízes do futuro: o patrimônio a serviço do desenvolvimento local. Porto Alegre, Medianiz, 2012.
A Diretriz Interação Dialógica presente na Política Nacional de Extensão, trata da produção de conhecimento junto à sociedade, de forma a contribuir para a superação da desigualdade e da exclusão social, em busca de uma sociedade mais justa, ética e democrática. Para tanto, as ações promovidas no contexto deste projeto partem do mapeamento de demandas junto à comunidade interna e externa à UFVJM, e tem por princípio a valorização, promoção e divulgação de culturas, saberes e artes no Nordeste de Minas, em perspectiva formativa e dialógica. A metodologia prevista para o projeto também é, em sua natureza, dialógica e depende da articulação entre parcerias, iniciais e consolidadas, e entre atores internos e externos a UFVJM.
O campo das culturais e das artes é por natureza interdisciplinar e interprofissional. As etapas de planejamento, preparo, realização e avaliação das atividades envolvem diferentes sujeitos e saberes, fomentando uma formação ampla e plural. Ademais, o projeto envolverá discentes, servidores técnicos e docentes dos cursos ofertados em Unaí, assim como do Turismo e da Licenciatura em História do Campus JK. Além dos agentes culturais da comunidade externa envolvidos com a proposta.
De acordo com Paulo Freire (2014, p.28) "Ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do seu conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível." Nesse sentido, compreendemos que qualquer formação profissional implica a mobilização de saberes plurais, impregnados das diferentes experiências e vivências cumulativas e angariadas em múltiplos espaços. Essa reflexão embasa a indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão que constitui-se como base do projeto aqui apresentado, que busca mapear, mobilizar, fomentar, elaborar e divulgar saberes e culturas do ofício de fiar e tecer no Nordeste de Minas.
A ação fomenta e depende da participação dos estudantes em diferentes metas propostas e em diálogo com variados campos e saberes. Os mesmos estarão envolvidos desde a concepção da proposta, passando pela formação, planejamento e desenvolvimento da atividade de campo . Além disso serão responsáveis pelo registro e disponibilização do acervo constituído. Certamente a participação no processo contribuirá para a trajetória formativa dos nossos estudantes.
O fomento a ações culturais e artísticas de natureza extensionista, ou seja, de forma dialógica e envolvendo diferentes sujeitos, tem por objetivo gerar reflexões e impactos de transformação social no curto, médio e longo prazos. No curto prazo por atender a demanda de salvaguarda do ofício de fiar e tecer; no médio prazo contribui para o amadurecimento das relações, aproximações e diálogos intercampi que que podem resultar eles mesmos em projetos de pesquisa-ensino-extensão em interface com as artes e a cultura, possibilitando a captação de recursos e a consolidação de pontes entre as demandas e anseios da comunidade interna e externa à UFVJM em seus diferentes campi; e no longo prazo, por assumir e consolidar estratégias que valorizem a importância das atividades culturais e artísticas no âmbito de uma formação humana integral do profissional que, no futuro, atuará em sociedade.
Instagram da Proexc; canal de Whatsapp TRAMAS; E-mail institucional.
Caracterização do Curso ou Oficina
Iniciação
44
1ª Etapa de Formação - Modalidade Remota, de 14 às 17h 21/10 Apresentação da proposta Patrimônio e Referencialidade - Profa Elizabeth Seabra Sobre tecer, fiar e narrar: cultura e resistência nos ofícios e artes femininas - Lívia Souza Metodologia de Pesquisa em História Oral - Profa. Keila Carvalho Orientando olhares - Formação sobre técnicas de registro audiovisual 2ª Etapa de Formação - Patrimônio Imaterial (Novembro) Patrimônio Cultural (verificar material disponibilizado pelo ENAP) Organização de Acervos Tratamento dos dados e disponibilização do acervo.
21/10 - Conversa com Luciana, Secretaria de Cultura e Turismo Organização logística do trabalho de campo (Remota) À Definir Manhã - Deslocamento para Unaí Tarde - Café Coletivo com fiandeiras e tecelãs Entrevistas e registros, rodada coletiva (sugestão: que nesse primeiro dia possamos marcar um café com um grupo de 20 mulheres e nesse contexto realizar as primeiras entrevistas) Manhã - Entrevistas e Registros (média 3 por cada uma das 4 duplas) Tarde - Entrevistas e Registros (média 3 por cada uma das 4 duplas) Noite - Encontro da equipe da partilha de impressões e ajustes necessários a proposta Manhã - Entrevistas e Registros (média 3 por cada uma das 4 duplas) Tarde - Retorno a Diamantina Encontro virtual da equipe da partilha de impressões; avaliação do trabalho de campo; e ajustes para as próximas etapas do trabalho
Participação e compromisso com as atividades propostas; Organização e disponibilização dos registros realizados.
Cumprimento das metas indicadas; Entrega do acerco de registros.
Público-alvo
Discentes do Campus Unaí e JK
Mulheres detentoras dos saberes de fiar e tecer
Municípios Atendidos
Unaí - MG
Parcerias
Articulação local
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 44 h
- Tarde;
Reunião de alinhamento, ajuste e avaliação.
- Tarde;
Formação da equipe nos temas relacionados a oficina.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Atividade de mapeamento e registros das mulheres tecelãs e fiandeiras
- Tarde;
organização e disponibilização dos dados coletados