Visitante
10ENVOLVER Saneamento Básico Rural: uma possibilidade de empoderamento e melhoria da qualidade de vida de sujeitos de municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Sobre a Ação
202203000992
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
20/09/2024
31/12/2026
Dados do Coordenador
luís ricardo de souza corrêa
Caracterização da Ação
Engenharias
Meio Ambiente
Saúde
Recursos hídricos
Regional
Não
Não
Sim
Dentro e Fora do campus
Integral
Sim
Redes Sociais
https://www.instagram.com/10envolversaneamento?igsh=MWdjYmY2bXRtbXY1Zw==
Membros
O Projeto 10envolver Saneamento Básico Rural vem sendo executado desde 2016 estendendo-se a 18 municípios do Vale do Mucuri e adjacências com ações que beneficiam cerca de 995 pessoas, promovendo o acesso ao saneamento básico à agricultores familiares em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. Nesta etapa, pretende-se continuar com processos de disseminação da Tecnologia Social da Fossa Séptica Biodigestora (FSB) de placas e processos formativos com jovens e mulheres.
Tecnologia Social, Saneamento Básico Rural, Educação Ambiental
Desde 2012, o Projeto 10ENVOLVER é executado nos dez municípios de menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de MG, segundo dados de 2001. Dos dez municípios, cinco estão na Região Norte, um no Jequitinhonha (Monte Formoso) e quatro no Mucuri (Bertópolis, Crisólita, Novo Oriente de Minas e Setubinha). O GEPAF/UFVJM atua nos municípios do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. O 10ENVOLVER visa contribuir com o fortalecimento das instâncias de participação popular e com a melhoria da qualidade de vida da população destes locais. Em 2013 e 2014, foi realizado o diagnóstico das instâncias de participação popular e elaborado o Plano de Ações. De 2015 a 2018, ocorreram oficinas de capacitação para agricultores familiares e instâncias de participação popular e do poder público, com os seguintes temas: participação popular; controle social; biofertilizantes e caldas alternativas; políticas públicas; legislação ambiental; saneamento básico rural. As ações voltadas ao saneamento básico rural foram intensificadas a partir de 2016. As ações do projeto já alcançaram 18 municípios, tendo sido realizadas 23 oficinas de educação ambiental com a participação de cerca de 620 jovens e mulheres, 33 oficinas de capacitação para construção de sistemas de tratamento de esgoto doméstico rural, com a participação de cerca de 330 pessoas, que resultaram em 75 sistemas construídos beneficiando diretamente 375 pessoas. Desde 2019 vem sendo feito o monitoramento dos sistemas instalados. Cerca de 405.000 litros de esgoto sanitário são tratados por mês e transformados em biofertilizante. Outros resultados são a elaboração de 1 cartilha de divulgação da FSB de placas, 3 vídeos de divulgação do projeto, 2 trabalhos de conclusão de curso de graduação, 7 trabalhos acadêmicos; a certificação e cadastro da FSB de placas no banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, o cadastro da iniciativa nas plataformas da "agroecologia em rede" e as premiações e divulgações do projeto a nível nacional (Desafio NEVE® – 2020; 12ª Edição do Prêmio Fundação BB de Tecnologias Sociais – 2024), estadual (IV Prêmio Boas Práticas Ambientais do SISEMA – 2021) e regional (Prêmio Alice Godinho pelas Águas do CBH-Mucuri – 2021), o lançamento de um vídeo documentário do projeto e a organização do I Fórum de Saneamento Rural. Outras ações desenvolvidas no âmbito do projeto são o fomento de políticas públicas, relacionadas ao saneamento básico e a promoção de processos de educação ambiental, que, de forma integrada e indissociável às ações de difusão da tecnologia social, visam promover o acesso ao saneamento básico à agricultores familiares em municípios de baixo IDH-M dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha – MG, promovendo, portanto, impactos ambientais e sociais com vistas a melhoria da qualidade de vida dos sujeitos desta região. Merece destaque o processo de empoderamento social que o projeto promove, através da socialização de conhecimentos sobre a importância da participação popular, sobre como acessar informações referentes à gestão pública e como exercer o controle social, tendo como eixo transversal o saneamento básico rural. E também através da implementação de experiências concretas e viáveis, que podem servir de exemplo à elaboração de uma política pública municipal de saneamento básico rural. Nesta etapa, pretende-se continuar com processos formativos sobre saneamento básico e agricultura familiar junto as Escolas Família Agrícola da região e com disseminação da Tecnologia Social da Fossa Séptica Biodigestora (FSB) de placas em 14 municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, além de realizar o monitoramento participativo dos sistemas instalados em etapas anteriores da execução do projeto e apresentar e continuar o processo de divulgação do projeto e produção de conteúdos áudio visuais. Este projeto está vinculado ao programa “Território do Mucuri: estudos, assessoria e apoio às comunidades de agricultura familiar e povos tradicionais do Vale do Mucuri (MG)” REGISTRO PROEXC Nº: 051.1.008-2011.
O empoderamento envolve transformação, ou seja, uma profunda mudança na maneira como as pessoas vivem as suas vidas e, para Bartlett (2008), o objetivo final do empoderamento são as pessoas tomando grande controle sobre suas vidas. Do ponto de vista político, o empoderamento passa pelo aprofundamento da democracia mediante ampliação da cultura política e da participação cidadã. Empoderar significa conquista de vez e voz, por indivíduos, organizações e comunidades, de modo que esses tenham elevados níveis de informação, autonomia e capacidade de fazer suas próprias escolhas culturais, políticas e econômicas (LISBOA, 2000 apud HOROCHOVSKI & MEIRELLES, 2007). Sabe-se que indivíduos e grupos desempoderados raramente se empoderam espontaneamente. O auxílio de atores externos, governos, universidades, ONGs, movimentos sociais e outros é essencial. Por outro lado, o empoderamento, no limite, depende dos sujeitos. Se esses resistirem às iniciativas dos agentes externos, não se obterá o empoderamento almejado, por melhores que sejam as intenções. (LISBOA, 2000 apud HOROCHOVSKI & MEIRELLES, 2007). Assim, considerando que o empoderamento pode ser mais efetivo se realizado de forma comunitária, tendo a mediação como um princípio, e que estes espaços de capacitação, propostos no âmbito do presente projeto, são uma demanda das próprias comunidades apontada durante a realização do 10ENVOLVER, a ação extensionista proposta pode ser entendida como relevante. De acordo com Perkins (1995), com base em pesquisas de avaliação de projetos de empoderamento, iniciativas muito abrangentes são menos eficazes que ações pontuais, de menor alcance, de nível familiar, organizacional ou comunitário. Ainda segundo este autor, a teoria e as pesquisas têm mais utilidade se nascem de um processo colaborativo com a comunidade e seus cidadãos. De acordo com Sirvinkas (2011) e Rizi Júnior (2014), o princípio democrático assegura ao cidadão a possibilidade de participar das políticas públicas ambientais. A participação do cidadão nos debates, na formulação, na execução e principalmente na fiscalização das políticas ambientais, é de vital importância para efetivação da democracia participativa. Neste sentido, quanto mais bem informado o cidadão, melhores condições ele tem de participar dos processos decisórios e de apontar falhas. O saneamento básico na área rural é um instrumento de preservação da qualidade da vida e do ambiente, sua ausência afeta diretamente a população. A participação efetiva da sociedade tem papel fundamental para a criação de sistemas de esgotamento sanitário eficiente, que atenda às necessidades da população atual (RIZI JÚNIOR, 2014). O projeto tem contribuição efetiva no empoderamento das comunidades envolvidas, uma vez que, por meio dele, é possível socializar conhecimentos sobre a importância da participação popular, sobre como acessar informações referentes à gestão pública e como exercer o controle social, tendo como eixo transversal o saneamento básico rural. Tal projeto também permitirá que sejam construídas experiências concretas e viáveis, que podem servir de exemplo à elaboração de uma política pública municipal de saneamento básico rural. O Brasil possui aproximadamente 31 milhões de habitantes morando na área rural e em comunidades isoladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – PNAD 2013). Desta população, somente 22% tem acesso a serviços adequados de saneamento básico e a realidade aponta que ainda existem quase 5 milhões de brasileiros que não possuem banheiro, ou seja, defecam ao ar livre. Portanto, cerca de 24 milhões de brasileiros ainda sofrem com o problema crônico e grave da falta de saneamento básico. Os motivos vão desde a ausência de prioridade nas políticas públicas até a própria cultura do morador da área rural, que não vê o saneamento básico como uma necessidade(EMBRAPA, 2018). Em 2011, dados do IBGE apontaram que apenas 24% da população das áreas rurais tem esgotamento sanitário, tornando muito frequentes doenças transmitidas pela água contaminada, como verminoses, diarreia, hepatite A, cólera e outras. As doenças transmitidas pelo contato com fezes, especialmente a diarreia, representam mais de 80% das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. Nesse mesmo ano, 396.048 pessoas foram internadas por diarreia e os gastos do governo com internações, por causa da doença, foram de R$ 140 milhões. (SILVA, 2014) No plano de ações do 10ENVOLVER, a questão do saneamento básico, atrelada a participação popular e políticas públicas também apareceu como uma demanda a ser trabalhada. Segundo Assumpção et al. (2010), no território do vale do Mucuri apenas 17% das famílias de agricultores familiares possuíam algum sistema de tratamento de esgoto e 57,5% jogam os dejetos em “fossa negra”, os demais ou despejam diretamente nos córregos ou “a céu aberto”. De acordo com Gutierrez e Corrêa (2016), as ações relacionadas ao tratamento de esgoto nos municípios do vale do Mucuri concentram-se nas áreas urbanas, pouquíssimas ações foram identificadas na zona rural, as existentes não podem ser atribuídas a uma política municipal de saneamento básico rural. A Fossa Séptica Biodigestora (FSB), tecnologia disseminada pelo projeto desde 2016, já está presente em mais de 11.500 residências rurais em todas as regiões do Brasil, beneficiando diretamente um público estimado de mais de 57 mil pessoas. Entidades como a CATI/SP, Fundação Banco do Brasil e Programa Rio Rural - EMATER/RJ já instalaram, juntas, mais de 10.000 unidades da FSB. Trata-se, portanto, de uma tecnologia consolidada para o saneamento básico rural e de impacto significativo na qualidade de vida no campo. O Ministério das Cidades editou em 22 de março de 2017 a portaria nº 268/2017 que incluiu a FSB como referência no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. (SILVA, MARMO e LEONEL, 2017) A FSB é um sistema de tratamento do esgoto doméstico, desenvolvido pela EMBRAPA, em 2003, para atender comunidades rurais e que apresenta uma série de vantagens, frente à outros sistemas unifamiliares de tratamento de esgoto sanitário. É de fácil instalação, de baixo custo, tem possibilidade de replicação, trata o esgoto de forma eficiente, produz um efluente que pode ser utilizado no solo como adubo, não gera mal cheiro, não prolifera insetos e ratos, contribui para a melhoria da saúde da população, contribui com a melhoria da produção agrícola e consequentemente com a geração de renda na agricultura familiar e evita a contaminação das águas e do solo. O monitoramento participativo da qualidade dos efluentes gerados pela FSB possibilita uma atuação mais efetiva da comunidade na solução de seus problemas hídricos e ambientais, pois permite conhecer e compreender os fatores determinantes da realidade encontrada e transformar essa realidade atuando junto às demais pessoas da comunidade na melhoria das condições ambientais. As instituições de ensino, pesquisa e extensão são fundamentais na integração com os demais parceiros na busca por adaptações de modelos às realidades locais, facilitando o acesso da comunidade ao conhecimento, desenvolvendo tecnologias de monitoramento que garantam a qualidade e análise dos dados obtidos, fomentando o debate sobre os problemas encontrados, identificando melhores práticas de produção e saneamento e buscando os recursos financeiros necessários a implantação dessas ações.(SILVA, et.al., 2010) Desde janeiro de 2013, o Projeto 10ENVOLVER está sendo realizado nos dez municípios de menor IDH-M de Minas Gerais, conforme relatado no tópico “introdução”. Seguindo as demandas do plano de ações realizado, a partir da quarta etapa do projeto ocorreram processos de capacitação para efetivação e conquistas relacionadas ao saneamento básico rural e, segundo participantes, as oficinas devem continuar ocorrendo porque tem gerado conscientização ambiental, melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida das famílias rurais. Desde 2016, quando as ações relacionadas ao saneamento rural iniciaram, até o presente momento foram realizadas 23 oficinas de educação ambiental com jovens e mulheres, 33 oficinas de construção coletiva de sistemas de tratamento de esgoto doméstico rural que resultaram em 75 sistemas construídos. O monitoramento do funcionamento e eficiência dos sistemas instalados vem sendo realizado desde 2019, tendo sido feitas visitas às famílias beneficiadas, onde é possível trocar informações sobre o funcionamento das fossas e fazer a coleta de amostras de efluente, posterior análise dos resultados e comparação com parâmetros físico-químicos e bacteriológicos. Nesta etapa, pretende-se continuar com processos formativos sobre saneamento básico e agricultura familiar junto as Escolas Família Agrícola da região e com disseminação da Tecnologia Social da Fossa Séptica Biodigestora (FSB) de placas em 9 municípios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, além de realizar o monitoramento participativo dos sistemas instalados em etapas anteriores da execução do projeto e apresentar e continuar o processo de divulgação do projeto e produção de conteúdos áudio visuais. Este projeto está vinculado ao programa “Território do Mucuri: estudos, assessoria e apoio às comunidades de agricultura familiar e povos tradicionais do Vale do Mucuri (MG)” REGISTRO PROEXC Nº: 051.1.0082011.
Geral: Contribuir com a efetivação de conquistas relacionadas ao saneamento básico rural, com o empoderamento e melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares de 14 municípios de baixo IDHM da região dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, em Minas Gerais. Específicos: 1 - Disseminar a tecnologia social da FSB de placas. 2 - Realizar o monitoramento participativo dos sistemas instalados pelo projeto. 3 - Promover processos de capacitação sobre saneamento básico rural com jovens de 03 Escolas Família Agrícola (EFA) da região. 4 - Promover processos de capacitação com mulheres sobre gênero, saúde e saneamento básico rural. 5 - Promover na UFVJM o II Fórum de Saneamento Rural do Vale do Mucuri e Jequitinhonha. 6 - Divulgar o projeto e seus resultados.
Os resultados e produtos esperados com a execução do projeto são: - 11 oficinas de educação ambiental e sanitária e para seleção e mobilização das famílias beneficiadas (01 para grupos de 05 a 10 famílias); - 70 visitas técnicas às famílias a serem beneficiadas. (01 visita por família); - 11 oficinas práticas de capacitação para construção das FSB de placas em regime de mutirão (01 para grupos de 05 a 10 famílias); - 70 FSB de placas construídas. (01 por família); - 70 visitas técnica de monitoramento aos sistemas construídos. (01 visita por família); - 6 oficinas temáticas de capacitação com jovens das Escolas Família Agrícola (EFA) dos municípios de Itaipé, Malacacheta e Serra dos Aimorés; - 7 oficinas com mulheres sobre gênero, saúde e saneamento básico rural (01 por município); - II Fórum de Saneamento Rural do Vale do Mucuri e Jequitinhonha; - 1 evento de lançamento do projeto; - 3 vídeos curtos temáticos; - 72 publicações em redes sociais; - 1 cartilha (revisão, impressão e distribuição de 500 unidades); - 1 manual de construção da FSB de placas (produção, impressão e distribuição de 1.000 unidades); - 2 comunicações científicas. Os impactos de transformação social e ambiental desejados, os indicadores escolhidos para identificar essa transformação e medir a efetividade das intervenções, bem como as metas quantificáveis que se pretende realizar desses indicadores estão apresentados a seguir: - Impacto: Capacitação de famílias na temática da educação ambiental e sanitária Indicador: Número de pessoas Meta: 275 pessoas (impactadas diretamente) – 1375 pessoas (impactadas indiretamente). - Impacto: Capacitação de famílias para construção de FSB de placas Indicador: Número de pessoas Meta: 110 pessoas (impactadas diretamente) – 550 pessoas (impactadas indiretamente). - Impacto: Pessoas com acesso a tratamento de esgoto sanitário doméstico Indicador: Número de pessoas Meta: 350 pessoas (impactadas diretamente) – 1400 pessoas (impactadas indiretamente). - Impacto: Esgoto tratado e transformado em biofertilizante Indicador: Litros de esgoto sanitário tratados por mês Meta: 378.000 litros de esgoto sanitário tratados por mês com maior qualidade e aptos ao reuso. - Impacto: Capacitação de famílias para melhor utilização da FSB de placas Indicador: Número de pessoas Meta: 140 pessoas (impactadas diretamente) – 350 pessoas (impactadas indiretamente). - Impacto: Capacitação de jovens na temática de saneamento básico rural Indicador: Número de pessoas Meta: 240 pessoas (impactadas diretamente) – 1200 pessoas (impactadas indiretamente) - Impacto: Capacitação de mulheres sobre gênero, saúde e saneamento básico rural Indicador: Número de pessoas Meta: 210 pessoas (impactadas diretamente) – 1050 pessoas (impactadas indiretamente) Outros resultados esperados com a execução do projeto, bem como os indicadores e metas que serão utilizados para materializar esses resultados estão apresentados a seguir: - Resultado: Elaboração de relatórios; Indicador: Quantidade de relatórios; Meta: 2 relatórios. - Resultado: Produção de vídeos curtos; Indicador: Quantidade de vídeos; Meta: 3 vídeos curtos. - Resultado: Publicações em redes sociais; Indicador: Quantidade de publicações; Meta: 72 publicações. - Resultado: Comunicação científica; Indicador: Quantidade de publicações; Meta: 2 publicações.
Para a preparação das oficinas e visitas serão realizadas pesquisas bibliográficas que fundamentem as discussões a serem promovidas durante elas. Nas reuniões semanais do GEPAF serão debatidos os artigos e demais materiais encontrados durante as pesquisas bibliográficas realizadas. Serão preparados textos de apoio para as oficinas, que poderão ser levados pelos presentes, como forma de divulgar informações e sítios da internet importantes sobre o tema debatido. Também poderão contribuir agricultores, extensionistas, pesquisadores e estudantes que tenham experiências com o tema, para que possam socializá-las com os participantes das oficinas. Na realização das oficinas, os presentes serão muito incentivados a se manifestarem pois, conforme Freire (1987) “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. Serão utilizadas, desta forma, metodologias participativas a serem definidas pelo facilitador que potencializem também o trabalho em grupo. Na definição de uma estratégia de atuação, SOUZA (2004) ressalta que se devem utilizar as metodologias participativas como norteadoras do desenvolvimento dos trabalhos priorizando-se, fundamentalmente, a possibilidade de expressão dos participantes. As ferramentas de visualização das ideias em tarjetas, cartazes, textos, cartilhas são usados como facilitadoras de discussões. O uso destas metodologias permite às pessoas participarem ativamente expressando seu potencial criativo, exercitando o diálogo entre os seus pares nos espaços de construção coletiva de conhecimento. Este conjunto de procedimentos são técnicas, instrumentos, ferramentas pedagógicas que, segundo BROSE (2004) citado por GUTIERREZ (2006), “têm como função principal ajudar a estruturar as disputas sobre poder entre atores sociais, torná-las mais transparentes e, dessa forma, contribuir para uma distribuição mais equitativa de poder”. Nas visitas, por sua vez, serão feitos registros dos apontamentos trazidos pelas famílias com relação ao funcionamento das FSB de placas e do uso do biofertilizante gerado pela mesma, para posterior discussão com a equipe técnica do projeto e consolidação do aprendizado. Serão esclarecidas dúvidas dos beneficiários e feito observações in loco acerca das condições de manutenção do sistema. É importante que a equipe de extensionistas/pesquisadores/estudantes, durante todas as atividades, para que se consiga alcançar os resultados esperados e em observâncias as questões éticas, se atente para os aspectos citados abaixo: - Criar relação de respeito e confiança mútua; - Favorecer a criatividade e conhecimento dos participantes; - Incentivar o intercâmbio de informações e provocar reflexões; - Não impor as próprias ideias; - Manter uma atitude neutra e prestar muita atenção ao comportamento dos participantes (interesse, atenção e dispersão). Por fim, a utilização destas metodologias visa possibilitar que os participantes possam pensar e repensar o seu papel nas instituições e entidades que participam, assim como na construção de políticas públicas locais, propiciando o empoderamento e o fortalecimento do capital social. Além das ferramentas de metodologias participativas, utilizar-se-ão de linguagens que permitam a participação efetiva dos participantes, de forma a criar um ambiente de diálogo entre a comunidade e a equipe de extensionistas/pesquisadores/estudantes, possibilitando assim a socialização e a construção de novos conhecimentos empíricos e científicos. Por fim, a metodologia desse projeto pretende manter uma relação dialógica entre a universidade e a comunidade fundamentada em uma postura de respeito, diálogo e troca de saberes, sempre fundamentada na ética. As atividades previstas são: 1 – Oficinas de educação ambiental e sanitária Serão realizadas 11 oficinas de educação ambiental e sanitária nas comunidades a serem atendidas para mobilização e seleção das famílias a serem beneficiadas. Serão abordados nessas oficinas os seguintes temas: saneamento básico rural; políticas públicas; participação popular; controle social; tecnologias sociais de tratamento de esgoto doméstico rural, com enfoque na FSB de placas. Espera-se, com esta atividade alcançar o objetivo específico 1. Os parceiros locais serão responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se a participação de um grupo de 05 a 10 famílias em cada oficina, estimando-se um número de cerca de 25 participantes em cada oficina. As oficinas terão quatro horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada município e comunidade. 2 – Visitas técnicas Serão realizadas 70 visitas técnicas nas comunidades a serem atendidas, sendo uma por família a ser beneficiada. Serão observados nessas visitas os aspectos relativos à implementação da tecnologia social na casa da família e feita a marcação de local para instalação da FSB de placas. Também serão feitos os diálogos e orientações necessárias. Espera-se, com esta atividade alcançar o objetivo específico 1. Os parceiros locais serão responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se a participação de um grupo de 02 a 05 pessoas por família em cada visita. As visitas terão em torno de 2 horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada município e comunidade. 3 – Oficinas práticas de construção de FSB de placas Serão realizadas 11 oficinas práticas de capacitação para construção das FSB de placas em regime de mutirão nas comunidades a serem atendidas. Serão abordados nessas oficinas os seguintes temas: saneamento básico rural e tecnologias sociais de tratamento de esgoto doméstico rural, com enfoque na FSB de placas. Espera-se, com esta atividade alcançar o objetivo específico 1. Os parceiros locais serão responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se a participação de um grupo de 05 a 10 famílias em cada oficina, estimando-se um número de cerca de 10 participantes em cada oficina. As oficinas terão vinte e quatro horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada município e comunidade. 4 – Visitas técnicas de monitoramento Realizar 70 visitas técnica de monitoramento aos sistemas construídos. (01 visita por família) Serão realizadas 70 visitas técnicas de monitoramento aos sistemas construídos, sendo uma por família beneficiada. Serão observados nessas visitas os aspectos relativos à implementação da tecnologia social na casa da família e feito o monitoramento do funcionamento das FSB de placas, os diálogos e orientações necessários e o acompanhamento do uso do biofertilizante. Espera-se, com esta atividade alcançar o objetivo específico 2. Os parceiros locais serão responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se a participação de um grupo de 02 a 05 pessoas por família em cada visita. As visitas terão em torno de 2 horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada município e comunidade. 5 – Oficinas nas EFAS Realizar 06 oficinas com estudantes de Escolas Famílias Agrícolas (02 por escola) Serão realizadas 6 oficinas com jovens da Escola Família Agrícola de Caraí, Catují, Itaipé e Ladainha (EFACIL), Escola Família Agrícola do Setúbal (EFASET) e Escola Família Agrícola Serra dos Aimorés (EFASA) localizadas, respectivamente nos municípios de Itaipé, Malacacheta e Serra dos Aimorés, sendo 2 oficinas em cada escola. Serão abordados nessas oficinas os seguintes temas: saneamento básico rural; políticas públicas; participação popular; controle social; tecnologias sociais de tratamento de esgoto doméstico rural, com enfoque na FSB de placas. Espera-se, com esta atividade alcançar os objetivos específicos 1, 3 e 6. As EFAS são responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se um número de cerca de 40 participantes em cada oficina. As oficinas terão quatro horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada escola. 6 – Oficinas com mulheres Serão realizadas 07 oficinas com mulheres sobre gênero, saúde e saneamento básico rural nos municípios a serem atendidos, sendo 01 em cada município. Serão abordados nessas oficinas os seguintes temas: relações de gênero, saúde e saneamento básico rural. Espera-se, com esta atividade alcançar os objetivos específicos 4 e 6. Os parceiros locais serão responsáveis pela mobilização e infraestrutura necessária para realização da atividade. Espera-se a participação de um número de cerca de 30 mulheres em cada oficina. As oficinas terão quatro horas de duração e o calendário será estabelecido considerando-se as particularidades de cada município. 7 – II Fórum de Saneamento Rural Será promovido, na UFVJM, o II Fórum de Saneamento Rural dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. O evento será promovido envolvendo parceiros e a programação e temática serão definidas a posteriori. Espera-se, com esta atividade alcançar os objetivos específicos 5 e 6. A UFVJM será responsável pela infraestrutura necessária para realização da atividade e também fará a mobilização necessária, com a ajuda de parceiros. Espera-se a participação de um número de cerca de 300 pessoas no fórum que acontecerá em data a ser definida entre o 4º e o 14º mês de execução das etapas de campo do projeto. 8 – Evento de lançamento do projeto Será promovido, na UFVJM, um evento de lançamento do projeto. Espera-se, com esta atividade alcançar o objetivo específico 6. A UFVJM será responsável pela infraestrutura necessária para realização da atividade e também fará a mobilização necessária, com a ajuda de parceiros. Espera-se a participação de um número de cerca de 100 pessoas no evento que acontecerá em data a ser definida a partir do 1º mês de execução das etapas de campo do projeto. 9 – Produção de materiais impressos e audiovisuais Será produzido, pela equipe técnica 3 vídeos curtos, sendo 2 com o objetivo de disseminar a tecnologia social da FSB de placas e 1 com o objetivo de divulgar o projeto, além de conteúdos áudio visuais a serem publicados nas redes sociais, semanalmente. Além disso, serão produzidos, impressos e distribuidos cartilha e manual de construção da FSB de placas. Espera-se, com esta atividade alcançar os objetivos específicos 1 e 6. 10 – Desenvolvimento de atividades científicas Serão produzidas, pela equipe técnica, 2 comunicações científicas com a divulgação dos resultados do projeto. Além disso haverá participação da equipe em 01 evento científico relacionado à temática. Espera-se, com esta atividade alcançar os objetivos específicos 1 e 6.
Desenvolvimento do Território da Cidadania do Vale do Mucuri — Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Grupo de Pesquisa em Agricultura Familiar dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (GEPAFVales). Teófilo Otoni - MG, (várias paginações), 2010. BARTLETT, A. No more adoption rates! Looking for empowerment in agricultural development programmes. Development in Practice, v. 18, n. 4, p. 524-538, 2008. BENINCÁ, D (org). Universidade e suas fronteiras. São Paulo: Outras Expressões, 2011. BRASIL, Coleção Olho Vivo: Controladoria-Geral da União - Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas. Controle Social: Orientações aos cidadãos para participação na gestão pública e exercício do controle social. Brasília, 2010. BROSE, M.(org). METODOLOGIA PARTICIPATIVA: uma introdução a 29 instrumentos. 2ª. impressão. Porto Alegre: Tomo Editoral, 2004. 326 p. CHAMBERS, R. e GUIJT, I. DRP: depois de cinco anos, como estamos agora? Revista Bosques, Árvores e Comunidades Rurais. n. 26, p. 4-15, 1995. COMPANHIA DE TECNOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL CETESB. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. São Paulo: Cetesb; Brasília: ANA, 2011. Disponível em <>. Acesso em: 01 de fev. 2015. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Saneamento básico rural. Disponível em <>. Acesso em: 28 de jan. 2018. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, P. Política e educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997. GUTIERREZ, D. F. AGENDA 21 LOCAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR - O CASO DE ACAIACA – MG (Monografia apresentada à Universidade de Brasília para conclusão do curso de Especialização em Extensão Rural para o Desenvolvimento Sustentável). Brasília: xxxp 2006. GUTIERREZ, D. F. e CORRÊA, L. R. S. Diagnóstico sócio ambiental da bacia hidrográfica do rio Mucuri. Teófilo Otoni: MOVIMENTO PRÓ RIO TODOS OS SANTOS E MUCURI. 2016, 24 p. (Relatório Técnico) HOROCHOVSKI, R. R.; MEIRELLES, G. Problematizando o conceito de empoderamento. Anais do II Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia. UFSC, Florianópolis, Brasil, 2007. LISBOA, T. K. Heroínas em luta na conquista de suas glórias: um estudo sobre o processo de “empoderamento” das mulheres nas comunidades de periferia de Florianópolis. 2000, 390 p. Tese (Mestrado em Sociologia). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. NETO, L. M., GARRIDO, P. O., JUSTEN, C. E. Desenvolvendo o aprendizado em gestão social: proposta pedagógica de fomento às incubadoras sociais. Cadernos EBRAPE, v. 9, n. 3, p. 828-845, 2011. PERKINS, D.D. Speaking truth to power: empowerment ideology as intervention and policy. American Journal of Community Psicology . v. 23, n. 5, p. 765-94, 1995. SILVA, F. N. dos S., SOUZA, F. D. M. de, LOPES, Í. F., PIRES, E. Í. S., GOMES, R. B., GIRAO, E. G. Vigilantes da água no Ceará: monitoramento participativo da qualidade da água da microbacia de Neblina como ferramenta de gestão ambiental. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 62., 2010, Natal. Resumos... São Paulo: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 2010. SILVA, W. T. L. Saneamento básico rural. Brasília, DF : Embrapa , 2014. 68 p. ; il. ; 11 cm x 15 cm. – (ABC da Agricultura Familiar, 37). SILVA, W. T. L.; MARMO, C. R. e LEONEL, L. F. Memorial descritivo: montagem e operação da fossa séptica biodigestora. São Carlos, SP: Embrapa Instrumentação, 2017. 27 p.; 21 cm x 29 cm. – (Embrapa Instrumentação. Documentos, ISSN 1518-7179; 59). SOUZA, C. Construção e consolidação de instituições democráticas: papel do orçamento participativo. São Paulo em perspectiva, v. 15, n. 4, p. 84-97, 2001. SOUZA, D. Semeando sonhos: da Acaiaca que temos a Acaiaca que queremos construir. Viçosa: 2004. VERDEJO, M. E. Diagnóstico Rural Participativo: guia prático DRP. Brasília: MDA/Secretaria da Agricultura Familiar, 2007.
Através da extensão universitária, os conhecimentos e experiências vivenciados na academia e nas comunidades são compartilhados proporcionando uma troca de saberes e a consolidação de autênticos laboratórios acadêmicos conectados diretamente à realidade da comunidade. As instituições de ensino, pesquisa e extensão são fundamentais na integração com os demais parceiros na busca, em conjunto com os atores sociais envolvidos, por soluções adequadas às realidades locais, fomentando o debate sobre os problemas vivenciados, identificando melhores práticas e buscando os recursos necessários a implementação dessas ações. Este projeto não pretende ser uma ferramenta de “levar e trazer” conhecimentos, mas uma proposta de construção coletiva a partir da vivência de cada participante. Conforme expresso no item referente à metodologia, todas as atividades desenvolvidas, desde a sua concepção, preparação e realização acontecerão “a partir de” e “com vistas à” uma interação dialógica entre a comunidade acadêmica e a sociedade.
O GEPAF conta com uma equipe interdisciplinar e interprofissional que envolve docentes, técnicos administrativos, discentes, colaboradores externos de diversas áreas do conhecimento e com acúmulo de experiência profissional. Isso permite que o projeto tenha esse olhar interdisciplinar e interprofissional desde a sua concepção até a sua implementação. O grupo pauta-se em valores como: a) atuação sob as perspectivas intersetorial, interdisciplinar e interinstitucional; b) valorização dos saberes tradicionais e da interdisciplinaridade entre os saberes científicos; c) garantia da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; dentre outros. Ademais, a projeto envolve participantes das mais diferentes cadeias produtivas regionais e permitirá aos envolvidos ampliar, de forma significativa, seus leques de conhecimentos sobre as diversas áreas.
O GEPAF, desde a sua criação, pauta-se na garantia da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Além disso, pode-se dizer que as ações universitárias junto a comunidades de agricultoras e agricultoras familiares, bem como a comunidades tradicionais têm se mostrado cada vez mais promissoras e fecundas iniciativas de articulação entre ensino, pesquisa e extensão capazes de estimular padrões de relações sociais, econômicas e produtivas sob uma perspectiva de sustentabilidade social e ambiental.
Este projeto contará com a participação de estudantes voluntários, integrantes da equipe GEPAF. A dinâmica de participação de estudantes no referido projeto passa pela concepção de Paulo Freire, que diz que ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo, ou seja, o estudante terá a oportunidade de contribuir socializando seus conhecimentos, conciliando-os com os conhecimentos dos demais e, a partir da realidade vivenciada, poderá contribuir para a transformação da realidade. Ainda de acordo com Paulo Freire, conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer. Sendo assim, é imperativo que os estudantes sejam de fato sujeitos no processo. Desta forma, pretende-se que o projeto possa contribuir com a formação pessoal e profissional dos estudantes e com a atuação deles dentro do ambiente acadêmico, já que eles terão oportunidade de trabalhar em equipe, conhecer a realidade dos municípios do Vale do Mucuri, conhecer os Desafios e potencialidades da dinâmica de participação popular, assim como os processos de construção de diversas políticas públicas, bem como metodologias de pesquisa e de tabulação de dados. Este projeto não pretende ser uma ferramenta de “levar e trazer” conhecimentos, mas uma proposta de construção coletiva a partir da vivência de cada participante. Por ser interdisciplinar, o projeto envolve participantes/setores dos mais diferentes segmentos da sociedade (agricultura, saúde, assistência social, educação, infraestrutura urbana e rural, saneamento básico, entre outros) e permitirá aos estudantes ampliarem, de forma significativa, seus leques de conhecimentos sobre as diversas áreas. Todas as atividades dos estudantes serão feitas sob orientação da coordenação e/ou de outro membro da equipe devidamente habilitado para tal. Os estudantes, por outro lado, serão avaliados pela participação efetiva nas reuniões semanais, pelo interesse demonstrado no preparo das atividades, pelo esforço feito no cumprimento do cronograma de trabalho e pela autonomia na realização das tarefas.
Espera-se, com a realização do projeto contribuir com a promoção de saneamento ambiental para pelo menos 70 famílias de agricultores e agricultoras familiares, quilombolas e assentados de reforma agrária, o que implica num impacto direto à aproximadamente 350 pessoas. Além disso, espera-se contribuir com a conscientização ambiental e sanitária de cerca de 240 jovens e 210 mulheres. Espera-se sensibilizar e mobilizar parceiros com vistas à promoção do saneamento rural nas regiões dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha – MG. Espera-se que as oficinas propostas no âmbito do presente projeto sejam permeadas pelo diálogo e que possibilitem aos envolvidos espaços para amadurecimento político, proposição de ideias, fomento e articulação para acesso à políticas públicas, para submissão de propostas, captação de recursos, tendo como eixo transversal o saneamento básico rural.
A divulgação será feita através de publicações feitas nos perfis de redes sociais do GEPAF e do 10envolver.
Trata-se de projeto vinculado ao programa de extensão com interface na pesquisa “Território do Mucuri: estudos, assessoria e apoio às comunidades de agricultura familiar e povos tradicionais do Vale do Mucuri (MG)” REGISTRO PROEXC Nº: 051.1.008-2011, coordenado pelo Grupo de Extensão e Pesquisa em Agricultura Familiar - GEPAF, localizado no Campus do Mucuri da UFVJM no município de Teófilo Otoni/MG. Entretanto não foi possível marcar que ele é vinculado à esse programa, pois na listagem de programas no campo correspondente no SIEXC, o referido programa não aparece.
Público-alvo
Agricultoras e agricultores familiares das famílias beneficiárias do projeto.
Assentadas e assentados de reforma agrária das famílias beneficiárias do projeto.
Quilombolas das famílias beneficiárias do projeto.
Jovens estudantes das Escolas Família Agrícola (EFA) da região.
Municípios Atendidos
Bertópolis - MG
Frei Gaspar - MG
Itaipé - MG
Malacacheta - MG
Monte Formoso - MG
Ouro Verde de Minas - MG
Serra dos Aimorés - MG
Setubinha - MG
Teófilo Otoni - MG
Caraí - MG
Catuji - MG
Ladainha - MG
Franciscópolis - MG
Poté - MG
Parcerias
A Fundação Banco do Brasil é parceira do projeto, cuja tecnologia a ser reaplicada foi vencedora da 12ª edição do Prêmio Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. A instituição financiará o projeto conforme prevê o item 7.11.1 do regulamento do prêmio: "Será concedido o apoio a projetos de reaplicação para até 10 vencedores, sendo até 5 vencedores em cada modalidade, conforme previsto no item 7.8. Os projetos de reaplicação receberão o investimento da Fundação Banco do Brasil, no valor de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) cada."
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 7500 h
- Manhã;
- Tarde;
Apresentação de proposta, contendo plano de trabalho e o cronograma de execução do projeto para reaplicação da Tecnologia Social junto à instituição financiadora parceira, segundo normativos e modelos específicos da mesma. Instrução do processo de formalização do convênio.
- Manhã;
- Tarde;
Revisão bibliográfica de assuntos referentes à temática do projeto.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Realizar 07 reuniões para formalização de parcerias. (01 por município)
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Realizar 11 oficinas de educação ambiental e sanitária e para seleção e mobilização das famílias beneficiadas (01 para grupos de 05 a 10 famílias).
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Realizar 70 visitas técnicas as propriedades a serem beneficiadas (01 visita por família).
- Manhã;
- Tarde;
Realizar 11 Oficinas práticas de capacitação para construção das FSB de placas em regime de mutirão (01 para grupos de 05 a 10 famílias).
- Manhã;
- Tarde;
Construção de 59 FSB de placas. (01 por família)
Visitas técnicas de monitoramento
20/01/2025
16/05/2026
- Manhã;
- Tarde;
Realizar 70 visitas técnica de monitoramento aos sistemas construídos. (01 visita por família)
- Manhã;
- Tarde;
Realizar 06 oficinas com estudantes de Escolas Famílias Agrícolas (02 por escola)
- Manhã;
- Tarde;
Realizar 07 oficinas com mulheres sobre gênero, saúde e saneamento básico rural (01 por município)
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Realizar na UFVJM o II Fórum de Saneamento Rural do vale do Mucuri e Jequitinhonha.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
Realizar 01 evento de lançamento do projeto.
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
- Produzir 03 vídeos curtos, sendo 01 com o objetivo de disseminar a TS da FSB de placas e 02 de divulgação do projeto (início e final) - Produzir conteúdos para redes sociais. (02 por semana) - Revisar, imprimir e distribuir cartilhas já existente (quant. 500) - Produzir, imprimir e distribuir 01 manual de construção da FSB de placas (quant. 1000) - Produzir material gráfico: 08 faixas, 08 banners, 02 backdrop - Aquisição de camisetas serigrafadas (250 camisetas)
- Manhã;
- Tarde;
- Noite;
- Elaborar 02 produções científicas relacionadas à temática; - Participar de 01 evento científico relacionado à temática.
- Manhã;
- Tarde;
Elaborar relatório final e prestação de contas do projeto.