Detalhes da ação

Raízes Africanas na Matemática

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001053

Tipo da Ação

Evento

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

21/09/2024

Data Fim

18/11/2024


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

tula maria rocha morais

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Exatas e da Terra

Área Temática Principal

Educação

Área Temática Secundária

Direitos Humanos e Justiça

Linha de Extensão

Formação Docente

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Sim

Ação ocorrerá

Dentro do campus

Período das Atividades

Noite

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

Mentes Matemáticas, FACSAE, UFVJM, Serviço Social, CAMAT

Membros

Tipo de Membro Externo
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 4 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 20 h
Tipo de Membro Externo
Carga Horária 20 h
Resumo

O Raízes Africanas na Matemática é um evento em comemoração do Dia da Consciência Negra. Está em sua 3ª Edição, conta com a participação dos alunos do Curso de Matemática. Na edição passada, contamos com a presença de aproximadamente 70 alunos da Educação de Jovens e Adultos das Escolas Estaduais São Sebastião e Tristão da Cunha. O objetivo é promover a valorização das contribuições africanas na matemática e na vida, desenvolvendo uma compreensão crítica e inclusiva da história da Matemática.


Palavras-chave

raízes africanas; matemática; dia da Consciência Negra


Introdução

O evento "Raízes Africanas na Matemática" é uma iniciativa promovida pelas disciplinas História da Matemática, Estágios Curriculares Supervisionados e Metodologia do Ensino de Matemática I, bem como pelo Programa de Iniciação à Docência (PIBID), em parceria com os Cursos de Serviço Social e Medicina do Campus Mucuri. O evento visa explorar e celebrar as contribuições significativas dos povos africanos ao desenvolvimento da matemática, valorizando a interdisciplinaridade no ensino de matemática, bem como contribuindo para melhoria da qualidade de ensino do curso de licenciatura da UFVJM. Este evento é voltado para adultos e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e busca proporcionar um espaço de aprendizado e reflexão, valorizando a diversidade cultural e histórica dos conhecimentos matemáticos de civilizações antigas como a Egípcia, berço do conhecimento africano. A matemática, muitas vezes considerada uma ciência universal e imparcial, é também um reflexo das diversas culturas que contribuíram para o seu desenvolvimento ao longo da história. No entanto, a participação dos povos africanos neste processo é frequentemente negligenciada nos currículos tradicionais, criando uma lacuna no entendimento de sua verdadeira origem e evolução. Neste contexto, o evento "Raízes Africanas na Matemática" tem como objetivo resgatar essa herança esquecida, ampliando a perspectiva dos participantes sobre a história da matemática e demonstrando como os conceitos e práticas matemáticas africanas influenciaram e continuam a influenciar o mundo moderno. Através de desafios, jogos, oficinas, atividades interativas e exposições culturais dentre outros, espera-se engajar os participantes em um diálogo enriquecedor, promovendo o reconhecimento das contribuições africanas e incentivando uma apreciação mais profunda e inclusiva da matemática em nossas vidas. O ano de 2024 completa a III Edição do Evento que passou a integrar o do Curso de Serviço Social. São previstos 200 alunos da EJA de Teófilo Otoni no Campus Mucuri.


Justificativa

O evento "Raízes Africanas na Matemática" tem como objetivo resgatar e valorizar as contribuições dos povos africanos ao desenvolvimento da matemática, frequentemente ignoradas pela historiografia convencional. Reconhecer a diversidade cultural e histórica dos conhecimentos matemáticos enriquece a formação dos estudantes, promove a inclusão e combate o preconceito racial. Além disso, o evento visa engajar alunos da EJA, um público muitas vezes marginalizado no ambiente acadêmico, proporcionando-lhes um espaço de aprendizado dinâmico e significativo, onde possam reconhecer suas origens e contribuições históricas no contexto educacional. Ao explorar as inovações matemáticas de civilizações africanas, como a Egípcia, o evento não só resgata a importância histórica desse legado, mas também favorece uma visão mais inclusiva e diversa da ciência. Essa iniciativa é especialmente relevante no contexto da extensão universitária, pois aproxima a universidade da sociedade e amplia o acesso ao conhecimento, em especial ao público da Educação de Jovens e Adultos (EJA), muitas vezes carente de experiências educacionais que reflitam sua diversidade cultural. O evento promove uma integração interdisciplinar entre matemática, história e outras áreas de conhecimento, como o serviço social e a medicina, incentivando uma abordagem pedagógica que reconhece a matemática como um produto cultural, o que contribui diretamente para a formação crítica e reflexiva dos futuros professores. Dessa forma, o evento contribui para a construção de um currículo mais inclusivo, para o desenvolvimento de competências pedagógicas dos futuros docentes e para o fortalecimento do papel da universidade como agente transformador social. Acrescenta-se que o evento Raízes Africanas na Matemática é uma ação extensionista que promove a valorização da diversidade, da interdisciplinaridade e da formação de qualidade, beneficiando tanto a comunidade acadêmica quanto o público externo, bem como se fundamenta nos princípios da etnomatemática, uma abordagem educacional que reconhece e valoriza os saberes matemáticos presentes nas diferentes culturas e práticas sociais. Segundo Ubiratan D’Ambrosio (2005), a matemática não deve ser vista apenas como uma ciência universal e abstrata, mas como uma produção cultural que varia entre grupos sociais. O autor defende um trabalho pautado na ação porque ela gera conhecimento, ou seja, a capacidade de explicar, de lidar, de manejar, de entender a realidade, por ele nomeada de mátema. Nessa perspectiva a capacidade se transmite e se acumula horizontalmente, no convívio com outros, contemporâneos, através de comunicações; e verticalmente, de cada indivíduo para si mesmo (memória) e de cada geração para as próximas gerações (memória histórica) (D´Ambrosio, 2005). O que por sua vez permite a inclusão de saberes tradicionalmente marginalizados, reconhecendo que as diferentes comunidades possuem práticas matemáticas próprias, ricas em significados contextuais. Nesse sentido, o projeto pretende dialogar com as realidades culturais dos alunos, promovendo uma educação mais inclusiva. Acrescenta-se a isso o fato da inclusão, ser um dos pilares fundamentais deste projeto, na medida em que propomos desenvolver práticas pedagógicas que contemplem a diversidade cultural e cognitiva dos sujeitos envolvidos. A matemática, muitas vezes vista como uma disciplina excludente, pode se tornar um instrumento de inclusão social ao ser trabalhada a partir das vivências e contextos locais dos participantes. A valorização dos conhecimentos prévios e dos contextos socioculturais dos alunos favorece a construção de uma educação emancipatória, que reconhece e respeita as particularidades de cada indivíduo, tornando a aprendizagem mais significativa e acessível. Ademais, o projeto assume um caráter de ação extensionista, ao buscar articular ensino, pesquisa e extensão, com vistas a fortalecer o vínculo entre a universidade e a comunidade externa. A extensão universitária, como prática transformadora, visa contribuir para o desenvolvimento social e cultural da comunidade, devolvendo à sociedade o conhecimento produzido no ambiente acadêmico e possibilitando uma troca rica e dinâmica de saberes. Por meio da etnomatemática, o projeto busca atuar diretamente nas necessidades locais, contribuindo para a inclusão de diferentes grupos sociais, e para a transformação da educação matemática em um processo mais dialógico e horizontal. Essa tríade de etnomatemática, inclusão e ação extensionista promove uma educação que vai além do conteúdo acadêmico, atuando diretamente na construção de uma sociedade mais justa e plural, onde o conhecimento matemático é ressignificado a partir das vivências e histórias dos sujeitos, em um processo de ensino-aprendizagem que valoriza a diversidade e a inclusão.


Objetivos

1 Geral: Promover a valorização das contribuições africanas para a matemática e para a vida, desenvolvendo uma compreensão crítica e inclusiva da história da matemática entre os participantes. 2- Específicos: 2.1- Integrar conhecimentos de história e cultura africana ao ensino da matemática. 2.2- Estimular a reflexão crítica sobre a diversidade de origens dos conhecimentos matemáticos. 2.3 Fortalecer o interesse dos alunos da EJA pela matemática, mostrando sua aplicação e relevância cultural. 2.4- Promover o protagonismo estudantil, permitindo que os alunos do curso de Licenciatura em Matemática planejem, organizem, coordenem e avaliem as atividades do evento. 2.5- Promover interações entre os cursos de Licenciatura em Matemática, Serviço Social e Medicina do Campus Mucuri.


Metas

1- Curto Prazo: 1.1- Envolver aproximadamente 200 alunos da EJA na participação ativa do evento, viabilizando a vinda deles para atividades no Campus Mucuri. 1.2- Organizar uma oficina, três exposições interativas e cinco charadas promovidas durante o evento. 1.3- Promover atividades interdisciplinares envolvendo os cursos de Serviço Social, Medicina e Licenciatura em Matemática. 2- Médio Prazo: 2.1- Desenvolver seis jogos, um jornal mural e uma ambientação para um labirinto sobre as contribuições africanas na matemática para serem utilizados posteriormente pelos professores da EJA. 2.2- Capacitar 59 alunos do curso de Licenciatura em Matemática para planejar, organizar e liderar com atividades e debates sobre o tema em suas futuras práticas docentes. 3- Longo Prazo: 3.1- Promover a inclusão do tema “Matemática e Cultura Africana” no currículo dos cursos de Licenciatura em Matemática da UFVJM e da EJA de Teófilo Otoni. 3.2 Fortalecer a percepção de identidade e autoestima dos estudantes da EJA através do reconhecimento de suas raízes culturais.


Metodologia

As atividades do evento serão divididas em três eixos principais: 1- Roda de Conversa: Especialistas em Políticas Sociais, Educação Matemática e Cultura conversarão com os participantes sobre as contribuições africanas à matemática, especialmente focando em civilizações antigas como a Egípcia. Haverá momentos dedicados à discussão facilitando a troca de ideias e estimulará a reflexão conjunta. 2- Oficinas práticas e dinâmicas: Serão realizadas oficinas que utilizam metodologias ativas de ensino para produção de turbantes e tranças. Nessas oficinas, os participantes aprendendo a confeccionar turbantes e tranças, bem como aprendendo sobre sua importância para a cultura e a sua contribuição para sociedade em diferentes épocas. 3- Jogos africanos- Os participantes poderão participar de seis jogos africanos envolvendo a Matemática como o Mancala, Shisima, Da Ga, da Borboleta e outros. 4- Visita ao planetário do Parque da Ciência Os participantes poderão assistir a sessão promovida pelo Parque da Ciência. 5- Vista do telescópio- Os participantes desfrutarão da observação do céu por meio do telescópio do Parque da Ciência. 6- Linha do tempo divulgando a contribuição das mulheres negras na Matemática ao longo do tempo. Avaliação e Acompanhamento 1- Jornal Mural – O jornal mural objetiva coletar as percepções dos participantes sobre as temáticas presentes no evento, bem como sobre sua participação. Serão disponibilizados quatro painéis para que el-es registrem suas reflexões. 2- Avaliação final e relatório de impacto: Haverá uma avaliação e uma autoavaliação final do evento com a equipe organizadora, de modo a analisar os impactos e a contribuição para sua formação, bem como indicar os pontos positivos e negativos que nortearão os próximos.


Referências Bibliográficas

[1] BOYER, B. História da Matemática. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1974. [2] D’AMBROSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 99-120, jan./abr. 2005. [3] EVES, H. Introdução à História da Matemática. 2ª Ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1997. [4] CONTADOR, Paulo R. M. Matemática, uma breve história. Vol. 1. 2ª Ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2006. [5] CONTADOR, Paulo R. M. Matemática, uma breve história. Vol. 2. 2ª Ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2006. [6] CONTADOR, Paulo R. M. Matemática, uma breve história. Vol. 3. 2ª Ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2006. [7] GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática. Vol. 5. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2007 [8] SILVA, Clóvis Pereira da. A Matemática no Brasil: História de seu desenvolvimento. 3ª ed. rev. São Paulo: Edgard Blucher, 2003. [9] SINGH, Simon. O Último Teorema de Fermat. 14ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record Ltda, 2008. [10] F. M. M. B. ALMEIDA. Sistemas de numeração precursores do sistema Indo-Árabe. Editora Livraria da Física, São Paulo, 1ª ed. edição, 2011. [11] M. C. ALMEIDA. A matemática na idade da pedra: filosofia, epistemologia, neuro- fisiologia e pré-história da matemática. Editora Livraria da Física, São Paulo, 1ª ed. edição, 2017. [12] S. G. S. MOREY, B. Os sistemas de numeração antigos na formação de professores. Editora Livraria da Física, São Paulo, 1ª ed. edição, 2017. [13] A. C. C. PEREIRA. A evolução histórica da multiplicação do século X ao XVI: Construindo interfaces para o ensino. SBEM / SBEM-PA, Belém, 2017. [14] C. M. S. SILVA. Explorando as operações aritméticas com os recursos da história da matemática. Plano Editora, Brasília, 1ª ed. edição, 2003. [15] AFONSO, M. L. M., & Souza, M. L . Extensão Universitária: Interfaces e Perspectivas. Cortez, 2007. [16] OLIVIEIRA, F. S., & ALBUQUERQUE, E. P. Extensão Universitária e Políticas Públicas: Contribuições da Extensão para o Desenvolvimento da Sociedade. EDUFBA, 2017. [17] ANDRADE, H. D., & FRANCO, M. L. (Orgs.).Extensão Universitária no Brasil: Desafios para a Formação Acadêmica e Cidadã. EDUEM, 2013.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

O evento tem caráter dialógico e promoverá uma interação entre atores pedagógicos do Campus Mucuri dos cursos de Serviço Social, Licenciatura em Matemática e Medicina com alunos público-alvo da Educação de Jovens e Adultos de quatro escolas públicas de Teófilo Otoni. Os graduandos prepararão oficinas, jogos pedagógicos, exposições interativas, bate-papo científico envolvendo os participantes na temática que valoriza as contribuições africanas para nossa vida atual. Além disso, o evento transforma o espaço de extensão em uma via de mão dupla, onde academia e sociedade constroem juntas o conhecimento. A valorização de saberes diversos, o protagonismo dos participantes e o uso de metodologias participativas criam um ambiente de aprendizagem mútuo, que vai além da transmissão de conteúdos, fomentando o pensamento crítico, a inclusão social e o empoderamento cultural. Esse evento reconhece o conhecimento matemático presente na sociedade, especialmente entre as populações marginalizadas, como os estudantes da EJA. Através das oficinas práticas, o diálogo entre academia e sociedade ocorre de forma colaborativa, com os licenciandos e docentes da universidade atuando como facilitadores, e os participantes externos contribuindo com suas próprias perspectivas e experiências. Ressalta-se que as oficinas também serão promovidas pelos grupos sociais de Teófilo Otoni como a oficina de turbantes e tranças. As atividades propostas nas oficinas, como a resolução de problemas matemáticos inspirados em civilizações africanas, serão adaptadas e contextualizadas para as realidades dos participantes da EJA, promovendo uma valorização dos conhecimentos populares e demonstrando que a matemática não é uma ciência distante, mas sim uma parte viva da cultura e do cotidiano das pessoas. Assim, o evento favorece uma interação em que os participantes externos não são apenas receptores de conhecimento, mas co-construtores do saber, já que participarão ativamente das oficinas, rodas de conversa, jogos e exposição. Uma das principais estratégias de interação dialógica será a realização de rodas de conversa e debates participativos. Durante essas sessões, o público terá a oportunidade de questionar, comentar e refletir sobre os temas abordados, principalmente sobre as contribuições matemáticas africanas e suas implicações culturais, sociais e educacionais. A condução dessas rodas será feita de forma dialógica, no sentido freireano, em que todos os participantes são convidados a falar, compartilhar suas experiências e, juntos, construir novas compreensões sobre os temas. A relação entre palestrantes e participantes será horizontal, sem hierarquia de conhecimento, o que fortalece o caráter democrático e inclusivo da interação. Isso cria um espaço em que não apenas a comunidade acadêmica compartilha seu saber científico, mas também o público externo traz suas próprias vivências e saberes, enriquecendo o debate. O evento também está estruturado para gerar retroalimentação constante. Os participantes são incentivados a oferecer feedback sobre as atividades e compartilhar como os conteúdos discutidos podem ser aplicados em seus contextos pessoais e profissionais. Essa troca de saberes, experiências e sugestões alimenta futuras edições do evento e as atividades de extensão da universidade, garantindo que a interação dialógica seja contínua e efetiva. A partir desse diálogo, tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade podem se beneficiar: a primeira tem a oportunidade de reformular suas práticas e o conhecimento que compartilha, enquanto a segunda ganha acesso a um ensino mais significativo, contextualizado e inclusivo.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A temática escolhida já envolve diferentes áreas do conhecimento como matemática, história da matemática, serviço social, saúde que promoverão momentos de reflexão, conversas e vivências enriquecedoras na formação dos graduandos da UFVJM e alunos da EJA, envolvendo diferentes profissões como professores, médicos e assistente social .


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O tripé ensino, pesquisa e extensão está presente no evento, a medida que proporciona aos graduandos um estudo sobre a temática para preparação das oficinas, jogos pedagógicos e exposição que antecedem o dia do evento. Investigações essas que podem ser motivadas a partir dos estudos feitos anteriormente, discutidos em sala com os professores envolvidos, bem como da vivência no dia evento que possibilitará uma coleta de dados sobre os visitantes, sua avaliação relativa a participação no evento, dentre outras. O ensino por sua vez perpassa todas as etapas de preparação, execução e avaliação promovendo momentos riquíssimos de ensino e aprendizagem, socialização de conhecimentos de caráter interdisciplinar. A extensão possibilita o trabalho com as escolas estaduais por meio dos alunos da EJA e os alunos da UFVJM, favorecendo a relação entre universidade e sociedade e suas interações sociais.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Os graduandos dos cursos de Licenciatura em Matemática, Serviço Social e Medicina organizarão todo o evento, elaborando as ações desenvolvidas como oficinas, exposições, bate-papo científico articulando teorias estudadas no decorrer dos cursos de graduação com a vivência prática da ação proposta. Acrescenta-se que o evento permite que os licenciandos ampliem sua compreensão sobre a história da matemática, ao explorar as contribuições de civilizações africanas, como o Egito Antigo, e reconhecer o papel que diferentes culturas desempenharam no desenvolvimento do conhecimento matemático. Essa ampliação vai além da visão eurocêntrica tradicional, enriquecendo a formação dos futuros professores com uma perspectiva mais diversa e inclusiva da matemática. Ao entenderem a matemática como um produto cultural, os licenciandos podem incorporar essa visão em suas futuras práticas docentes, promovendo uma educação que valoriza a diversidade e combate preconceitos. Isso também contribui para a formação de uma consciência crítica em relação ao currículo escolar e à importância de incluir conteúdos que reflitam as contribuições de diferentes povos e culturas. Participar do evento oferece aos licenciandos uma experiência prática que complementa o aprendizado teórico nas disciplinas de Metodologia do Ensino de Matemática e Estágios Curriculares Supervisionados. Ao planejarem e executarem oficinas, palestras e atividades interativas, os licenciandos têm a oportunidade de aplicar metodologias ativas e participativas, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e a Etnomatemática. Essas práticas permitem que os licenciandos desenvolvam habilidades de ensino inovadoras, tornando-se capazes de adaptar seus métodos de acordo com as necessidades de diferentes públicos, como os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Isso enriquece sua formação pedagógica e os prepara para enfrentar os desafios de uma sala de aula diversa e inclusiva. Complementa-se a isso que o evento propicia uma experiência de extensão universitária, que é fundamental para a formação do licenciando ao conectar o conhecimento acadêmico com a realidade social. Ao interagir diretamente com a comunidade, os licenciandos desenvolvem uma visão mais ampla sobre o papel da educação matemática como ferramenta de transformação social, além de fortalecer seu compromisso com a democratização do conhecimento. Essa vivência prática da extensão ajuda os licenciandos a compreenderem melhor as demandas e os contextos da comunidade local, o que os prepara para atuar de forma mais consciente e responsiva em suas futuras práticas docentes. A participação ativa em eventos como este reforça a ideia de que o professor não é apenas um transmissor de conhecimento, mas um mediador e agente de mudança social. Os graduandos serão capacitados para ofertar as oficinas, jogos e exposição nas disciplinas de História da Matemática e Metodologia do Ensino de Matemática.


Impacto e Transformação Social

Esse evento pode favorecer a transformação social ao promover a valorização das raízes africanas na matemática, desafiando estereótipos e ampliando a visão de educação. A interação entre graduandos e alunos da EJA pode fortalecer a inclusão e a diversidade, além de incentivar o interesse por áreas científicas. Esse tipo de diálogo pode ajudar a construir uma identidade cultural mais rica e consciente, estimulando o protagonismo da comunidade.


Divulgação

Site da UFVJM, Instagram Mentes Matemáticas, FACSAE, UFVJM, Serviço Social, CAMAT.


Programação do Evento

Local

Campus Mucuri

Data

18/11/2024

Horário de Início

19:00

Horário de Término

22:00


Descrição

Raízes Africanas na Matemática 19:00- Recepção dos alunos da EJA 19:00 até 22:00- Exposições Interativas 19:30 até 22:00- Oficinas temáticas 19:00 até 22:00- Jogos pedagógicos 20:00 até 21:00- Bate-papo científico

Público-alvo

Descrição

Alunos do curso de Licenciatura em Matemática- Campus Mucuri- UFVJM

Descrição

Alunos matriculados na EJA da Escola Estadual São Sebastião- Segmentos Ensino Fundamental e Médio

Descrição

Alunos matriculados na EJA da Escola Estadual Clotilde Onofre- Segmentos Fundamental e Médio

Descrição

Graduandos do Curso de Serviço Social

Municípios Atendidos

Município

Teófilo Otoni - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Fornecendo veículos e combustível para trazer os alunos da EJA ao Campus Mucuri no dia do evento

Participação da Instituição Parceira

Organização do evento

Participação da Instituição Parceira

Organização do evento

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 52 h

Carga Horária 4 h
Periodicidade Anualmente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Raízes Africanas na Matemática 19:00- Recepção dos alunos da EJA 19:00 até 22:00- Exposições Interativas 19:30 até 22:00- Oficinas temáticas 19:00 até 22:00- Jogos pedagógicos 20:00 até 21:00- Bate-papo científico

Carga Horária 20 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Reuniões semanais para definição da identidade visual do evento, atividades a serem desenvolvidas, contato com as escolas, divisão de tarefas dentre outras.

Carga Horária 20 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Divisão das equipes para preparação do material da exposição como a linha do tempo, jogos africanos e oficinas.

Carga Horária 8 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Avaliação dos participantes do evento por meio do jornal mural e de registros escritos encaminhados pelos professores da EJA. Avaliação e autoavaliação dos eventos pelos graduandos da UFVJM, bem como de todos os envolvidos na organização do evento, destacando aspectos positivos e negativos que nortearão os próximos eventos.