Detalhes da ação

Manejo e tratos culturais da horta comunitária José Martins do município de Couto de Magalhães de Minas

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001056

Tipo da Ação

Curso/Oficina

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

14/10/2024

Data Fim

11/11/2024


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

márcia regina da costa

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências Agrárias

Área Temática Principal

Tecnologia e Produção

Área Temática Secundária

Educação

Linha de Extensão

Desenvolvimento rural e questão agrária

Abrangência

Municipal

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

@NEBIM

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 120 h
Resumo

O curso de Agronomia da UFVJM possui programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais. Essa proposta objetiva ofertar um curso de manejo e tratos culturais na horta comunitária, com carga horária teórica e prática, promovendo a interação dos alunos com membros da horta comunitária José Martins. Esse curso será uma oportunidade de aprendizado de atividade complementar para as famílias, que terão alimentação mais saudável e aumento de renda com a venda de hortaliças excedentes.


Palavras-chave

Hortaliças, tratos-culturais, sustentabilidade


Introdução

Nos últimos anos, tem-se observado um crescente interesse na produção e consumo de alimentos saudáveis e nutritivos. A Horta comunitária José Martins propôs a criação de um projeto social que promova a criação de uma horta comunitária para as famílias de baixa renda terem uma atividade de aprendizado, produção de alimentos e possível geração de renda. A adoção de projetos/curso/oficinas educativos como hortas comunitárias (ALBUQUERQUE, 2011), prevê o fornecimento de alimentos para suprir a dieta diária (PALÁCIOS et al., 2012), além das atividades envolvidas em todo processo produtivo. A formação de uma horta permite que a pessoa tenha um contato direto com a terra e o prazer de se sentir útil a si mesmo e às pessoas de seu convívio. As hortaliças são alimentos ricos em vitaminas e sais minerais, nutrientes essenciais para o perfeito funcionamento do organismo e promotores da assimilação de outros nutrientes (GALLO et al., 2004). Ademais, é muito importante, gerando renda e empregos, visto a grande necessidade de mão-de-obra, além de ser uma das mais importantes atividades agrícolas brasileiras que envolve diversos setores da cadeia produtiva(FONTES, 2005). A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) localizada em Diamantina, no Estado de Minas Gerais, possui o curso de Agronomia desde 2002, com programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais, podendo interagir com as formas de instrução teórica e na prática. Essa interação dos alunos com as famílias será benéfica tanto para os alunos como para as famílias, já que os alunos poderão fazer o treinamento teórico/prático e as famílias, uma atividade complementar às atividades normais. Acreditamos que essa iniciativa pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região.


Justificativa

Os benefícios advindos de ações de incentivo ao consumo de hortaliças abrangem desde a redução de despesas com saúde, à ampliação da produção com reflexos positivos sobre todos os elos da cadeia produtiva. O aspecto educativo de uma horta comunitária não se prende somente ao fato de que a mesma possibilita o consumo de hortaliças frescas e ricas em vitaminas e sais minerais, pois fornece uma fonte de renda alternativa para as famílias carentes, promovendo assim uma melhoria de vida da população beneficiada. Desta forma, projetos educativos como hortas comunitárias são extremamente importantes, uma vez que os alunos da Agronomia e os professores da UFVJM transferem o conhecimento científico adquirido na universidade para as famílias, e estes poderão além de melhorar a alimentação, adicionar uma atividade complementar, além de complementação de renda. Por meio da extensão, a universidade tem a oportunidade de levar, até a comunidade, os conhecimentos de que é detentora, os novos conhecimentos que produz com a pesquisa, e que normalmente divulga com o ensino. É uma forma de a universidade socializar e democratizar o conhecimento, levando-o aos não universitários (Silva, 1996). A UFVJM localizada em Diamantina, possui o curso de Agronomia desde 2002, e programas de extensão para ajudar às diferentes camadas sociais, podendo interagir com as formas de instrução teórica e na prática. Essa interação entre as famílias com os discentes do curso de Agronomia da UFVJM será benéfica já que os discentes poderão fazer o treinamento teórico/prático, terão proximidade com a comunidade, formando um profissional mais humano.


Objetivos

1- Capacitar os membros da horta comunitária José Martins para manejo e tratos culturais da horta, fornecendo treinamento para a produção de hortaliças e os manejos adequados das culturas; 2 - Gerar renda e promover a sustentabilidade econômica, social e ambiental da região


Metas

- Fornecer fonte de renda para a população em situação de vulnerabilidade socio-econômica do município de Couto; - Fortalecer a economia local por meio do cultivo de hortaliças; - Proporcionar uma atividade alternativa para as famílias; - Incentivar os alunos da Agronomia da prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e formação de profissionais com âmbito social.


Metodologia

O curso será ministrado com carga horária teórica (CHT) e prática (CHP) e será constituído de 4 módulos: Módulo 1 - Horta: O quê, quanto, quando e para quem produzir? CHT - 4 horas CHP - 4 horas - Escolha do local, culturas, cultivares, posição de canteiros, localização da irrigação, quebra vento. Módulo 2 - Produção de mudas CHT - 4 horas - Mudas via sementes e propágulos vegetativos; Uso de substratos comerciais e alternativos; Mudas de sementeiras, bandejas e recipientes recicláveis. CHP - 4 horas - Produção de mudas em bandejas; Produção de mudas em recipientes recicláveis. Módulo 3 - Tratos culturais CHT - 4 horas Semeio em canteiro definitivo; Preparo dos canteiros; Adubação; Capinas; Podas; Desbastes; Tutoramento; Amontoa; Raleio. CHP - 4 horas Implantação de canteiros; Distribuição de adubos Capina; Tutoramento. Módulo 4 - Controle de pragas CHT - 4 horas - Principais pragas de hortaliças; métodos de controle cultural, biológico e mecânico. CHP - 4 horas. O curso acontecerá de forma presencial na infraestrutura da horta comunitária José Martins no município de Couto de Magalhães. A parte teórica será ministrada em uma sala e utilizando recurso de datashow. A parte prática será executada na área externa, onde já existem alguns canteiros distribuídos em uma área, com disponibilidade de água. Será construída uma cartilha com as principais informações práticas dadas no curso, bem como receitas de caldas alternativas para combate de doenças e pragas.


Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE, J. O. de. Horta comunitária de Maringá. Mostra de projetos 2011.Maringá, 2011. FILGUEIRA, F. A. R, & FILGUEIRA, F. A. R. (2008). Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças 3 ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa,422p. FONTES, P.C.R. 2005. Olericultura: teoria e prática. Viçosa: UFV, p. 3-13. FLOSI, S. Hortas comunitárias melhoram qualidade da alimentação nos centros urbanos. Folha de São Paulo. São Paulo,19 out. 2004. GALLO, Z.; SPAVOREK, R. B. M.; MARTINS, F. P. L. 2004. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba, SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. 2. Anais..., 2004. PALÁCIOS, A.R.O.P.; SALINEIRO, A.P. dos S.B.; NARDI, A.C.F.; ALBUQUERQUE, J.O. de. O Projeto Hortas Comunitárias no Município de Maringá. LILACS,São Paulo,no 48, p. 33-41, jun. 2012. GALLO, Z.; SPAVOREK, R. B. M.; MARTINS, F. P. L. 2004. Das Hortas Domésticas para a Horta Comunitária: Estudo de Caso no Bairro Jardim Oriente em Piracicaba, SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. 2. Anais... , 2004. MONTEIRO D; MENDONÇA M M. 2004. Quintais na Cidade: a experiência de moradores da periferia do Rio de Janeiro. Agriculturas 1: 29-31.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

A interação dialógica orienta o desenvolvimento de relações entre a UFVJM e os setores sociais marcadas pelo diálogo e pela troca de saberes, superando-se o discurso da hegemonia acadêmica e substituindo-o pela ideia de aliança com movimentos, setores e organizações sociais. A Interação Dialógica é estabelecida como desenvolvimento de relações entre universidade e setores sociais marcadas pelo diálogo, pela ação de mão-dupla, de troca de saberes, de superação do discurso da hegemonia acadêmica (FORPROEX, 2001). Freire (1979) acrescenta que, a universidade interagindo com a sociedade, tem papel determinante no que tange a capacidade de provocar a transição de uma consciência ingênua para uma consciência crítica fomentadora de transformações na comunidade em que os indivíduos vivem e atuam, isso é possível via interação dialógica, a universidade tem o dever de transmitir à sociedade os conhecimentos adquiridos ao longo de toda uma tradição acadêmica. Desta forma, durante o curso haverá uma constante comunicação e troca de conhecimentos. A equipe de estudantes e professores terá oportunidade de mostrar, de forma simples, usando a linguagem do produtor, os seus conhecimentos, mas ao mesmo tempo ouvir as pessoas participantes sobre suas dificuldades e dúvidas quanto à produção de hortaliças. Na grande maioria, quem vive no campo possuem experiências de cultivos no campo. Ouvi-las será muito importante pois além de valorizar os seus conhecimentos, mostrar que o conhecimento delas é importante. Para os discentes será uma experiência de conhecimento e saber respeitar o conhecimento tradicional.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

Interprofissionalidade é um termo usado para definir a atuação conjunta de diversos profissionais dentro de suas áreas de competência, integrando saberes (domínio cognitivo) e compartilhando práticas ou colaborando em atividades complementares (domínio pragmático), processos estes mediados por afetos. Assumindo este conceito de interprofissionalidade, podemos perceber que ela entra em confronto com a lógica profissional, onde há limites bem estabelecidos para a atuação de cada categoria, regulamentada por leis e fiscalizada pelos conselhos de classe. Consideramos haver assimetrias na permeabilidade entre a interdisciplinaridade e a interprofissionalidade. A interdisciplinaridade ocorre no campo da organização dos saberes, sendo estes mais facilmente compartilhados, se compararmos com as possibilidades de partilha de práticas e do fazer profissional (ELLERY; BARRETO, 2018). As atividades propostas no curso exigirão da equipe conhecimento em várias áreas, não só de olericultura, mas como solos, métodos e épocas de cultivo, irrigação. Assim, principalmente os discentes, terão oportunidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aulas de diferentes áreas. Durante a fase de planejamento, terão oportunidade de trabalhar em grupo, respeitando as opiniões dos colegas, chegando de forma organizada ao objetivo.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão reflete um conceito de qualidade do trabalho acadêmico que favorece a aproximação entre universidade e sociedade, a auto-reflexão crítica, a emancipação teórica e prática dos estudantes e o significado social do trabalho acadêmico (ANDES, 2003,p. 30). Cursos que atendam às necessidades da sociedade, podem ser operacionalizados por meio de atividades curriculares como Extensão Universitária e Atividades Complementares, buscando intervenções que envolvam diretamente as comunidades externas, com demonstração e aplicações do ensino e pesquisa adquiridos no curso de Agronomia, junto a extensão externa à universidade. No caso do curso, os discentes terão contato direto com a comunidade, repassando-lhes os conhecimentos adquiridos dentro da instituição. Portanto, ações dessa natureza, envolvem o tripé da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão e ainda permitem, ofertar opções de carga horária para estudantes que necessitam de cumprir os 10% da carga horária total do curso em extensão.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

A extensão universitária aproxima os estudantes junto à comunidade externa, aprimora e permite a troca de conhecimentos, impacta e transforma aqueles que passam pela experiência de formas diferentes e ao mesmo tempo, permite mudanças na formação, na vida pessoal, na sociabilidade e na simples relação com o mundo. Em soma, as ações de extensão são ainda importantes para que os estudantes coloquem em prática o aprendizado técnico desenvolvido dentro da universidade, de forma que isso possa ser propagado e aplicado ao meio externo. O curso apresenta elevado potencial de contribuição na formação dos estudantes do curso de Agronomia. Assim, o curso irá propiciar a discentes do curso de Agronomia, acessar os conhecimentos práticos que lhes permitam aprimorar habilidades acadêmicas para sua vida profissional. O estudante do curso de Agronomia possui na sua estrutura curricular a unidade curricular de Olericultura no sexto período. Nesta disciplina o aluno tem uma visão sobre a olericultura como uma atividade agrícola de importância socioeconômica para o país e desenvolvem a capacidade de tomar decisões corretas na orientação, planejamento e execução de atividades hortícolas, no que diz respeito aos aspectos técnicos de produção e mercado. Então o aluno tem conhecimento teórico e pode compartilhar deste na prática, colaborando com o curso.


Impacto e Transformação Social

O conhecimento acadêmico fornecido à sociedade, pode influenciar a vida de inúmeras pessoas e agir como instrumento de mudança social e econômica, pois permite a melhoria na qualidade de vida. Para o presente curso, é estimada a participação de membros da horta comunitária José Martins Diante do município de Couto de Magalhães, disso, um dos principais impactos desse curso é levar informações a essas pessoas para que as mesmas possam fazer atividades agrícola, como hortaliças em um ambiente urbano, que quando em produção, terão produtos para comercializar, aumentando a renda familiar, além de melhorar a qualidade da alimentação, com o consumo de hortaliças. Assim, a principal transformação social é a garantia de produção desses membros com excelência e uso de alternativas ali presentes para consequente geração de renda e melhoria na qualidade de vida.


Divulgação

A divulgação ocorrerá por meio de avisos em reuniões da horta comunitária José Martins e também por meio de grupo nas redes sociais.


Caracterização do Curso ou Oficina

Tipo de Curso/Oficina

Iniciação

Carga Horária Total

120

Conteúdo Programático

O curso será dividido por módulos: Módulo 1: Horta: O que, quanto, quando e para quem produzir; Módulo 2: Produção de mudas; Módulo 3: Tratos culturais Módulo 4: Controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Cada módulo constituirá de 4 horas teóricas e 4 horas práticas, ministrados em 4 encontros. O curso terá um total de 32 horas presenciais. No entanto, para elaboração do curso e cartilhas, a equipe necessitará de 88 horas adicionais, aproximadamente, 8 horas semanais.

Atividades Específicas

O curso será ministrado por estudantes de graduação, com orientação do professor. Produção de hortaliças – apresentar a produção de mudas (via sementes e propágulos vegetativos, o uso de substratos comerciais e alternativos); o transplantio; os principais tratos culturais e os métodos alternativos para o controle de pragas

Estratégias de avaliação da aprendizagem dos cursistas

Será computada a carga horária de presença, sendo necessária o mínimo de 75% e o desempenho e participação durante as aulas práticas e teóricas.

Estratégias para avaliação da realização do curso

No último dia do curso será fornecido um questionário para avaliação do curso.

Público-alvo

Descrição

Será destinado o curso aos membros já participantes da horta comunitária.

Descrição

Discentes do curso de Agronomia da UFVJM/Diamantina que já cursaram a disciplina de Olericultura Geral.

Municípios Atendidos

Município

Couto de Magalhães de Minas - MG

Parcerias

Nenhuma parceria inserida.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 120 h

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Parte teórica e prática do módulo 1

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Parte teórica e prática de produção de mudas

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Parte teórica e prática o módulo 3 - Tratos culturais

Carga Horária 8 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Parte teórica e prática do módulo 4 - Planejamento, classificação e comercialização

Carga Horária 88 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Reuniões semanais para planejamento das atividades, confecção da cartilha e relatório