Visitante
Atividades Lúdicas para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento
Sobre a Ação
202104000205
042021 - Programa
Programa
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
14/10/2024
31/12/2025
Dados do Coordenador
sandra regina garijo de oliveira
Caracterização da Ação
Ciências da Saúde
Educação
Saúde
Esporte e lazer
Municipal
Não
Não
Dentro e Fora do campus
Integral
Não
Redes Sociais
@ufvjmoficial @proexc_ufvjm @proaae_ufvjm @defiufvjm @ufvjmativa
Membros
O programa contempla projetos/ações que envolvem o trabalho com as práticas corporais de movimento para a constituição do indivíduo (de crianças a idosos), a partir do referencial teórico da Psicologia Histórico Cultural, fazendo a interface entre psicologia e educação física, com a intenção de promover tanto o desenvolvimento pessoal dos extensionistas e envolvidos no projeto, quanto o aprimoramento profissional dos estudantes no ensino, pesquisa e extensão nas áreas da Educação e Saúde.
Educação Física, Psicologia, Cultura Corporal
A teoria histórico-cultural se constitui como uma vertente da Psicologia que se desenvolveu nas primeiras décadas do século XX na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Teve como precursor Liev Semiónovitch Vigotsky que, a partir de 1924, iniciou sistematicamente sua produção na psicologia, tendo por base os pressupostos teórico-metodológicos do materialismo histórico-dialético desenvolvido por Marx e Engels. Ressalta-se que parte da produção de Vigostsky ocorreu conjuntamente com Alexander R. Luria e Alexis N. Leontiev, além de outros autores que contribuíram para o desenvolvimento desta teoria (MELLO, 2004; SILVA, 2003). A partir do conhecimento produzido pela Psicologia Histórico-cultural (PHC), compreendemos que o homem, na sua relação com o mundo, procura satisfazer suas necessidades, e o faz através de uma atividade humana, portanto, constrói sua humanidade. Como aponta Goellner (1992, p. 288), baseada em Leontiev, a atividade é entendida “como uma forma de apropriação da realidade e de modificação desta, que mediatiza a ação humana na natureza”. Assim, por meio de sua atividade consciente o homem transforma a natureza e, ao fazê-lo, transforma-se a si mesmo. (Nascimento, Araújo, Miguéis, 2009; Oliveira, 2019). Para Vigotsky “a educação tem um papel transformador do homem e da humanidade. Na primeira infância, isso significa dimensionar quais bases efetivamente propiciam o desenvolvimento na sua multiplicidade cognitiva, afetiva, social, psicomotora e moral, divisões estas que, na acepção histórico-cultural, não são tratadas separadamente, mas numa perspectiva holística, integrada.” (Pimentel, 2008, p. 111) Há nesta perspectiva educacional, dois conceitos nucleares: o de formação social das funções psicológicas superiores e o da via dupla do desenvolvimento – real e potencial, nomeado como Zona de Desenvolvimento Próximo. Almejar as possibilidades reais de humanização requer a consideração da capacidade do homem criar, avançando da condição de espécie para a de gênero humano, condição esta que é histórica, na qual o indivíduo passa por um processo de “apropriação, de internalização e de domínio das elaborações que a humanidade produziu, o que inclui produtos, processos, símbolos, valores, próprios às características do gênero humano” (BARROCO, 2007, p. 16). Compreende-se, assim, que o indivíduo, como ser histórico, está em permanente transformação na sua relação com os outros e com a cultura, de forma que o desenvolvimento do psiquismo se dá pelas relações socioculturais mediadas, e a atividade sendo determinante do desenvolvimento. Em relação ao conceito da Zona de Desenvolvimento Próximo o autor a define como: a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independentemente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (Vigotsky, 1991/1984, p. 112). Para o autor, o aspecto mais importante do que chamamos desenvolvimento é o aparecimento do novo, de forma que se não há surgimento de nenhuma nova particularidade, formação ou qualidade, não se pode falar em desenvolvimento. Assim, desenvolvimento “é um processo de formação do homem ou da personalidade que acontece por meio do surgimento, em cada etapa, de novas qualidades, novas formações humanas específicas” (VIGOTSKI, 1934/2018, p.36 grifo do autor) Embora textualmente, ao tratar das funções psicológicas superiores, Vigotsky se reporte à criança, é evidente que elas continuam se desenvolvendo para além do término da infância (Pimentel, 2008). Como apontam Reis e Facci (2015, p. 101), a Psicologia Histórico-cultural, ao propor uma teoria da periodização do desenvolvimento humano, “supera as classificações etárias ou de características biológicas e psicológicas e vai buscar na raiz das relações entre os homens os meios que possibilitam esse desenvolvimento em cada momento.” Neste sentido há um rompimento com a ideia de desenvolvimento natural e universal, comum às demais teorias, visto que a PHC “enfatiza as condições históricas e concretas, bem como as múltiplas formas de apropriação de tais condições que influenciam o ciclo de vida do homem (Reis e Facci, 2015, p. 101). Os autores complementam ainda que essa periodização é entendida como estágios (caracterizados por uma atividade principal ou dominante) que seguem uma sequência no tempo, entretanto, sem rigidez, pois eles estão diretamente relacionados aos processos históricos, sociais e culturais em que o homem está inserido. À medida que a estrutura da personalidade vai se formando, novas formações (neoformações) vão determinando e guiando o curso de desenvolvimento. Dessa forma, as características de cada idade estão determinadas por um conjunto de condições, relacionadas a essas novas formações na relação dialética com as exigências do meio externo que vão se modificando conforme o indivíduo avança em termos de idade. (Reis e Facci, 2015, p. 102). Elkonim (1987) aponta seis grandes grupos de atividades principais de desenvolvimento: – a comunicação emocional do bebê diretamente com os adultos – base para a formação das ações sensório motoras de manipulação; - a atividade objetal manipulatória – em que a partir da aquisição da linguagem, a criança em contato com os adultos, aprende a manipular os objetos (mundo simbólico); - o jogo de papéis – se dá no período pré-escolar, compreende o jogo ou a brincadeira, em que a criança passa a reproduzir a vida adulta, fazendo uso dos objetos, e vai tomando consciência deles e das ações humanas realizadas por eles; - a atividade de estudo – que se dá no início do processo de alfabetização, em que a criança passa a se apropriar dos conteúdos sistematizados e construídos historicamente pela humanidade; - a comunicação íntima pessoal - que se dá com a adolescência, em que as alterações corporais e a aquisição de conhecimento, permite ao adolescente assumir novas posturas frente ao adulto, tornando-se crítico diante das exigências impostas, da própria imagem e dos demais, a partir desses comportamentos, são processadas novas tarefas e motivos voltados ao futuro, que vai estabelecer então - a atividade profissional/estudo – que permitirá a realização da sua escolha profissional. É na fase adulta que o homem atinge o ápice de seu desenvolvimento físico, psicológico e social, ocupando lugar central da estrutura social e evolutiva da sociedade. Tendo como atividade principal o trabalho. Esse período também é marcado pela formação da família (nova célula social). O envelhecimento ainda é um período pouco estudado pela PHC. Na atualidade, a velhice ainda está associada à aposentadoria – saída do mercado de trabalho – modificando consideravelmente a vida do idoso. Como o indivíduo vivenciará sua velhice dependerá diretamente de sua história de vida, de suas relações com a sociedade e do seu modo de enfrentar as perdas e de se adaptar às novas situações (Kunzler, 2009). Isto posto, entendemos e corroboramos com Fátima e Silva (2013, p. 128) que afirmam que “Com o avanço do conhecimento sobre desenvolvimento humano, especialmente o infantil, percebeu-se que a atividade lúdica não era apenas um meio de lazer e recreação, mas também uma forma de promover educação por possibilitar a apropriação do mundo, sendo um dos recursos pedagógicos usados na escola para a aprendizagem de vários conteúdos.” Além das possibilidades educacionais, sabe-se que as atividades lúdicas também podem ser usadas com finalidades terapêuticas, seja em clínicas (nos casos de atendimento individual de crianças), em hospitais e centros de reabilitação. (Oliveira; Silva, 2018) Assim, salientamos que a relação entre educação e comportamento lúdico, é tipicamente, mas não exclusivamente, infantil. Além disso, o processo de constituição do psiquismo humano, pela apropriação dos bens culturais produzidos pela humanidade se dá num processo mediado por outros indivíduos, isto, por si só, constitui-se também em uma atividade social (Leontiev, 1959). As atividades lúdicas, como uma das especificidades da cultura corporal, podem ser sistematizadas e utilizadas nos mais diferentes espaços e nos mais diversos objetivos, além disso, a “experiência adquirida por meio das relações entre os indivíduos é considerada como a mais formidável, pois necessariamente requer a intervenção de outra pessoa, exatamente por se tratar de um processo que tem como característica a construção do conteúdo que está sendo aprendido” (Fátima e Silva, 2013, p. 134). Os conteúdos da Educação Física – “a ginástica, os jogos, os esportes, as lutas, a arte, as atividades rítmicas e expressivas e o conhecimento sobre o corpo – na perspectiva da cultura corporal, são meios de propiciar maior conhecimento do indivíduo sobre o mundo e si mesmo” (Silva, 2016, p.110). Além disso, esses saberes humanos precisam ser transmitidos para as gerações seguintes, tanto para que se possa acessar ao conhecimento sobre a história da cultura corporal, como também das inúmeras possibilidades de vivenciá-la e criar outros elementos. (Fátima e Silva, 2013). Como aponta Nascimento, Parafraseando os autores poderíamos dizer: “mesmo que os conhecimentos de ensino da Educação Física sejam reduzidos a um mínimo, digamos ao movimento corporal, ainda assim esse ‘movimento corporal’ pressupõe a atividade humana que o produziu”. Esse é o sentido geral de afirmarmos o caráter histórico-cultural das atividades da cultura corporal e, consequentemente, a dimensão histórica dos conhecimentos de ensino da Educação Física. À Educação Física cabe ensinar atividades humanas, como síntese da relação entre necessidades historicamente surgidas no campo das práticas corporais lúdicas e os meios capazes de satisfazer tais necessidades (Nascimento, 2018). Neste sentido, a atuação do profissional de Educação Física, na perspectiva da cultura corporal, dentro ou fora do ambiente escolar é imprescindível, como socializador e principal responsável pela transmissão de conhecimentos teórico-práticos fundamentais para que os seres humanos avancem no seu processo de humanização” (Saviani, 2000) e na direção da construção crítica e racional da sua motricidade, dos seus pensamentos da sua consciência e personalidade (Martins, 2004). (apud Viotto, 2009, p. 693). Ao pensar sobre a formação do futuro profissional de Educação Física – licenciado ou bacharel – concordamos com Araújo (2014) ao afirmar que "O futuro professor de Educação Física, sendo protagonista da sua formação, encontra na extensão universitária um ambiente favorável de experiências" estas experiências vão aproximá-lo dos ambientes de trabalho, que pode, gerar "a mobilização e a construção de saberes que, ao mesmo tempo, proporcionam respostas e questionamentos a fim de provocar novas formas de ensinar e aprender a Educação Física." (pp. 13 e 14, 2014).
Os trabalhos já produzidos a partir dos projetos e ações de extensão que tem como base as atividades lúdicas a partir da cultura corporal (Brinquedoteca [inscrição 202203000795]; AMO – Ação pelo Movimento no Caps-AD [inscrição202203000811]; nos apontam que unificá-los sob um único programa é pertinente e se justifica pelo potencial de promover a interação dialógica da comunidade acadêmica com a comunidade local, atuando no campo das práticas corporais no sentido de estabelecer a troca de saberes e ampliação dos conhecimentos culturais de todos os envolvidos. Acrescenta-se também a existência do Grupo de Pesquisa certificado (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/14562) que tem fortalecido a relação ensino-pesquisa-extensão. Neste sentido, pensamos que o Programa “Atividades Lúdicas para a promoção da Aprendizagem e do Desenvolvimento” pode propiciar a toda a comunidade interna e externa da UFVJM maior conhecimento do indivíduo sobre o mundo e sobre si mesmo, possibilitando mudanças na construção de sua humanidade.
Promover o desenvolvimento da cultura corporal a partir das atividades lúdicas em diferentes ambientes de educação e saúde de Diamantina. Objetivos Específicos: Proporcionar a vivência dos diferentes conteúdos da cultura corporal dos extensionistas, especialmente a partir das atividades lúdicas; Estimular o pensar crítico sobre a cultura corporal e os aspectos relacionados à educação e saúde; Estimular os extensionistas a criarem novas possibilidades/elementos ao vivenciar a cultura corporal; Propiciar ao discentes monitores uma maior interação dialógica com a comunidade diamantinense, favorecendo a troca de saberes e ampliação dos conhecimentos para sua futura atuação profissional.
Atender a aproximadamente 500 pessoas, por semestre, nos projetos de extensão vinculados ao programa; Promover 2 aulas de encontro semanal em cada projeto, ao longo do ano (aproximadamente 70 encontros) para desenvolver os conteúdos da cultura corporal a partir das atividades lúdicas; Promover 1 encontro semanal para a elaboração e avaliação das atividades de cada projeto; Promover 1 encontro quinzenal para estudos dirigidos sobre as atividades lúdicas, sobre a cultura corporal e sobre as especificidades do público participante de cada projeto (crianças, jovens, adultos, idosos). Aprimorar os aspectos pedagógicos dos discentes monitores em relação à cultura corporal, a partir das atividades lúdicas; Promover parcerias com outros grupos, projetos de extensão tanto da UFVJM quanto de outras universidades; Desenvolver estudos e pesquisas sobre as atividades realizadas no decorrer dos projetos vinculados ao programa; Publicar e apresentar trabalhos na semana de educação física da UFVJM e na Sintegra da UFVJM, além de, a depender da demanda, favorecer o desenvolvimento dos Trabalhos de Conclusão de Curso dos discentes e publicação dos trabalhos em periódicos especializados.
O programa “Atividades Lúdicas para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento” será realizado em 2025 com a intenção de renovação para os anos seguintes. Farão parte do programa os seguintes projetos de extensão já registrados nos editais de Fluxo Contínuo “Amo – Ação pelo Movimento no Caps-AD (202203000811); Brinquedoteca (202203000795); e o projeto de extensão, atualmente registrado no PIBEX 2024 - Longeviver (2024101202444724) – que será desvinculado do programa Teias Gímnicas no próximo edital (2025). Atualmente o “Amo – Ação pelo Movimento no Caps-AD” desenvolve práticas corporais com finalidades de reabilitação, promoção de saúde e lazer, a partir das atividades lúdicas para os usuários do serviço (em torno 30 pessoas por semana), com 2 encontros semanais, com duração de 1h30m, nas instalações do Caps e/ou áreas externas públicas, como a praça do Rio Grande, a depender das atividades a serem desenvolvidas. Além disso, a equipe se reúne uma vez por semana, por 2 horas para avaliar as atividades desenvolvidas, elaboração das atividades que serão propostas e estudos teóricos sobre saúde mental, atividades lúdicas e outras demandas que surgem ao longo da ação. O projeto da Brinquedoteca ocorre duas vezes por semana, atendendo aproximadamente 60 crianças (30/dia) das escolas municipais de Diamantina (CMEI´s). Além disso, uma vez por semana, recebemos 6 crianças com diagnóstico de autismo, também matriculadas nos CMEI´s. O atendimento específico para estas crianças não as exclui das visitas à brinquedoteca junto com sua turma, mas, o fato de terem um desenvolvimento atípico, necessitam de um apoio especial para que o desenvolvimento e a aprendizagem ocorram alcançando o máximo de suas possibilidades. A equipe que desenvolve as atividades na Brinquedoteca se reúne semanalmente, para preparação das atividades, avaliação e estudos dirigidos. O projeto Pibex Longeviver atende em torno de 60 idosos institucionalizados (30 na ILPI Pão de Santo Antônio e 30 na ILPI Frederico Ozanan), com um encontro semanal em cada instituição, com duração de 1h por encontro. Como dito anteriormente, o Longeviver ainda está vinculado ao Teias Gímnicas, mas a partir do próximo ano será desvinculado, por este motivo, estamos solicitando a vinculação neste programa. A proposta metodológica do programa tem como base a cultura corporal a partir das atividades lúdicas, tanto no ambiente da brinquedoteca, quanto nas ILPI´s e Caps-AD. Para tanto, faremos usos de jogos de tabuleiro, jogos de imaginação, jogos corporais, jogos pré-desportivos; esportes; danças; lutas, ginásticas, atividades rítmicas, expressivas, adaptadas e adequadas para as diferentes faixas etárias e características do público, nos respectivos projetos. O planejamento dos encontros será realizado de forma processual a partir de reuniões semanais das coordenadoras do programa com os monitores (bolsistas e voluntários) envolvidos, compreendendo a discussão sobre os conteúdos que serão abordados nas aulas-encontro de acordo com as demandas apresentadas pelos extensionistas no decorrer dos projetos, avaliação periódica sobre o andamento das atividades, avalição das mediações realizadas pelos monitores, elaboração de ações futuras, especialmente a partir das demandas dos extensionistas. Além disso, estudos acerca do público, das especificidades (crianças, jovens, adultos, idosos, dependentes químicos, com transtorno do espectro autista, entre outros) e do referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural, Atividades Lúdicas e Cultura Corporal serão realizadas periodicamente, respeitando as necessidades e interesses dos discentes monitores. O programa “Atividades Lúdicas para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento” pretende articular os projetos e ações extensionistas, de forma que a Educação Física possa, através da cultura corporal e das atividades lúdicas, ensinar as atividades humanas, em busca de satisfazer as demandas historicamente construídas, buscando a humanização de todos os envolvidos no processo.
ARAÚJO, C. M. Implicações dos projetos de Extensão Universitária para a formação do Professor de Educação Física. [Dissertação]. Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, 2014. BARROCO, S. M. S. A Educação Especial do novo homem soviético e a psicologia de L.S. Vigotski: implicações e contribuições para a Psicologia e a Educação atuais. Tese [Doutorado]. Universidade Estadual Paulista, Faculdades de Ciências e Letras de Araraquara, 2007. ELKONIN, D.B. Sobre el problema de laperiodización del desarollo psíquico en la infância. In: DAVIDOV, V.; SHUARE, M. (Org.). La psicologia evolutiva y pedagógica enla URSS: antologia. Moscou: Editorial Progresso, 1987. p. 104- 124. KUNZLER, 2009 FÁTIMA, C. R.; SILVA, F.G. Desenvolvimento, aprendizagem e atividades lúdicas na concepção de Leontiev: contribuições para a Educação Física Escolar. Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente, SP, v. 24, n. 1, jan/abr. 2013, p. 127-146. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v24i1.2160 GOELLNER, S. V. A Categoria da Atividade e suas implicações no Desenvolvimento Humano. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, p. 288–292, 1992. LEONTIEV, A. N. Os princípios do desenvolvimento mental e o problema do atraso mental. (1959). In: LEONTIEV, A.; VYGOTSKY, L. S.; LURIA, A. (Eds.). Psicologia e pedagogia: bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolviemnto. 4ª ed. São Paulo: Centauro Editora, 2005. p. 87–105. MELLO, S. A. A. Escola de Vygotsky. In: CARRARA, K. (Ed.). Introdução à Psicologia da Educação: 6 abordagens. 1ª ed. São Paulo: Editora Avercamp, 2004. p. 135–155. NASCIMENTO, C. P. Uma educação física histórico-cultural (?): Os significados das atividades da cultura corporal como uma problemática geral de pesquisa para a área. Obutchénie: R. de Didat. E Psic. Pedag. Uberlândia, MG, v.2, n.2, maio/ago, 2018, p. 339-363. NASCIMENTO, C.P.; ARAÚJO, E.S.; MIGUÉIS, M.R. O jogo como atividade: contribuições da teoria histórico-cultural. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), v. 13, n. 2, julho/dezembro, 2009, p. 293-302. OLIVEIRA, S.R.G.; SILVA, F.G. Vamos brincar? As possibilidades das atividades lúdicas como estratégia inclusiva na formação de professores de educação física. Pesquisa e Prática em Educação Inclusiva, Manaus, v.1, n.2, jul/dez. 2018, p. 312- 329 OLIVEIRA, Sandra Regina Garijo de. A Educação Física e a Inclusão de pessoas com deficiência na escola: uma revisão sistemática-integrativa. Tese [Doutorado em Educação: Psicologia da Educação]. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUC-SP, 2019. https://tede2.pucsp.br/ handle/handle/22352 PIMENTEL, A. A ludicidade na educação infantil: uma abordagem histórico-cultural. Psic. Da Ed., São Paulo, 26, 1º sem. 2008, p. 109-133. REIS, C. W. FACCI, M.G.D. Contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para a compreensão da Velhice. Revista Eletrônica Arma da Crítica. n.6, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/23237/1/2015_art_cwreismgdfacci.pdf SILVA, F. G. A Educação Física Escolar e a Psicologia Histórico Cultural: possibilidades e desafios. Nuances: estudos sobre Educação, v. 27, n. 1, p. 108–126, 2016. SILVA, F. G. Os conceitos de Vigotski no Brasil: uma análise da produção divulgada nos cadernos de pesquisa. Dissertação [Mestrado]. Programa de Educação: Psicologia da Educação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC/SP., 2003. VIGOTSKI, L. S. 7 aulas de L.S. Vigotski: sobre os fundamento da Pedologia. (1934) Tradução e Organização: PRESTES, Z.; TUNES, E. Rio de Janeiro: E-papers, 2018. VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991. VIOTTO FILHO, I. A. T. Teoria histórico-cultural e suas implicações na atuação do professor de educação física escolar. Motriz, v. 15, n. 3, p. 687–695, 2009.
O programa "Atividades Lúdicas para a promoção de aprendizagem e desenvolvimento" procura articular os projetos e ações de extensão que, através da cultura corporal e das atividades lúdicas, promova aprendizagem e desenvolvimento dos envolvidos. A Teoria da Psicologia Histórico-Cultural, base do projeto, compreende que o indivíduo, como ser histórico, está em permanente transformação na sua relação com os outros e com a cultura, de forma que o desenvolvimento do psiquismo se dá pelas relações socioculturais mediadas, assim os projetos são orientados para o desenvolvimento de relações entre a UFVJM e todos os locais/setores envolvidos, a partir do diálogo e troca de saberes. As atividades lúdicas, como uma das especificidades da cultura corporal, quando sistematizadas e aplicadas nos seus inúmeros objetivos, gera relações entre os indivíduos de forma que neste processo há a construção dos conteúdos que estão sendo aprendidos pelos próprios envolvidos.
Por se tratar da cultura corporal nas suas múltiplas possibilidades (danças, jogos, esportes, ginásticas, lutas, atividades expressivas, atividades rítmicas, entre outras) o programa exige um trabalho interdisciplinar e interprofissional. A experiência dos extensionistas, da equipe e de colaboradores (profissionais da educação física ou não) é essencial para que através das atividades lúdicas os projetos que compõem o programa possam promover aprendizagem e desenvolvimento. Além disso, como entendemos que o processo de constituição do psiquismo humano, pela apropriação dos bens culturais produzidos pela humanidade, se dá num processo mediado por outros indivíduos, isto, por si só, além de constituir-se em uma atividade social requer a troca de conhecimentos e saberes de todos os participantes.
Os estudantes e professores envolvidos nos diversos projetos que compõem a proposta do programa trafegam, obrigatoriamente, pela tríade ensino, extensão e pesquisa. Os projetos de extensão que serão vinculados neste programa, atualmente já produzem trabalhos, relatos de experiências, grupos de estudos e de pesquisa e estão diretamente ligados às atividades de ensino dos envolvidos, seja nas discussões em sala de aula, a partir das atividades vivenciadas nos projetos, nas experiências de estágios supervisionados ou na elaboração de trabalhos nas diversas unidades acadêmicas do curso quanto na possibilidade de elaboração dos TCC´s, caso seja de interesse do discente.
Os discentes monitores devem ser, preferencialmente, alunos dos cursos de Licenciatura ou Bacharelado em Educação Física, alunos dos cursos de Pedagogia ou de cursos da Saúde da UFVJM, que se comprometam em participar das reuniões de planejamento, preparação e avaliação das atividades desenvolvidas no(s) projeto(s) que fizer(em) parte, assim como dos estudos dirigidos que forem escolhidos como importantes e necessários em cada projeto. Durante a execução das atividades nos projetos, os discentes monitores serão avaliados de forma processual, em consonância com as propostas e avalição periódica, tanto em relação ao conhecimento, quanto em relação às condutas de mediação das atividades. Serão prerrogativas dos monitores: Participar das reuniões de planejamento; Conduzir e mediar as atividades realizadas *in loco* no projeto que fizer parte; Participar das discussões e estudos dirigidos que forem necessários para o desenvolvimento das atividades a partir das perspectivas de cada projeto; Participar das atividades de formação, como oficinas, visitas, cursos. Divulgar os projetos e programa na comunidade diamantinense.
Espera-se que este programa contribua para a disseminação da cultura corporal, especialmente através das atividades lúdicas, nos diversos setores de desenvolvimento dessas atividades (escolas, centros de atendimento psicosociais; hospitais; brinquedoteca; entre outros), promovendo a valorização das atividades lúdicas, de forma que qualquer participante, possa avançar no processo de apropriação da realidade e de modificação da mesma, por meio de sua atividade consciente.
No site oficial da UFVM. Pelas páginas sociais da universidade e da equipe do projeto.
Público-alvo
Pessoas da comunidade (de crianças à idosos) que desejem participar de conteúdos da cultura corporal, através das atividades lúdicas que frequentem algum dos projetos de extensão que estejam vinculados ao programa. No momento, os projetos vinculados são oferecidos na brinquedoteca (crianças); no Caps-AD (jovens, adultos e idosos, usuários do serviço ou acompanhantes); e nas ILPI´s (Idosos institucionalizados).
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 365 h
- Manhã;
- Tarde;
Preparação, em cada projeto, das atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana, nos encontros aula.
- Manhã;
- Tarde;
Estudos dirigidos sobre as temáticas que envolvem cada projeto, sejam elas as características dos participantes ou dos conteúdos da cultura corporal, ou das atividades lúdicas
- Manhã;
- Tarde;
Desenvolvimento das atividades Aulas-Encontro de acordo com cada projeto - CAPs-AD; Brinquedoteca e ILPI´s.
- Manhã;
- Tarde;
Avaliação final dos projetos e produção de relatórios.
- Manhã;
- Tarde;
Discussão com os monitores sobre como eles avaliam as suas ações nas atividades de aula encontro, como ocorre o processo de mediação e estudos.