Detalhes da ação

“SEMPRE-VIVAS: ACOLHIMENTO ÀS MULHERES EM VULNERABILIDADE SOCIAL EM DIAMANTINA/MINAS GERAIS”

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001134

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

01/01/2025

Data Fim

31/12/2025


Programa Vínculado

202104000141 - Diamantes do Vale: saúde para as mulheres do Jequitinhonha


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

angellica pereira de almeida

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Saúde

Linha de Extensão

Saúde Humana

Abrangência

Local

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Sim

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Dentro e Fora do campus

Período das Atividades

Integral

Atividades nos Fins de Semana

Não

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 300 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 330 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 330 h
Resumo

promoção da saúde biopsicosociocultural das mulheres, a capacitação laboral, a conscientização sobre o câncer de mama e o aumento do acesso a exames de imagem da mama. Para alcançar essas metas, o projeto se concentra em proporcionar grupos de apoio, interação social e oficinas práticas que visam ao fortalecimento do empoderamento feminino e ao desenvolvimento de habilidades. Os estudantes de Medicina desempenham um papel fundamental no projeto, participando ativamente em todas as fases.


Palavras-chave

Acolhimento, Vulnerabilidade Social, Câncer de Mama, Capacitação Profissional, Educação em Saúde.


Introdução

A desigualdade de gênero é um conceito construído e com raízes históricas, não somente na sociedade brasileira, mas na história das civilizações humanas. Evidências afirmam que os primatas chimpanzés vivem em sociedades marcadas pela violência e dominação de machos, com hierarquia entre gêneros. Estudos de organizações humanas antigas demonstram que o advento da agricultura, quando o homem passou a acumular recursos, tenha sido o início do aparecimento das desigualdades entre os indivíduos da espécie humana, sobretudo homens e mulheres (DYBLE et al., 2015). Tais achados corroboram com os ideais do filósofo Jean Jacques Rousseau, o qual afirmava que a origem da desigualdade na civilização humana se deu a partir do surgimento de propriedades privadas. Ainda, Simone de Beauvoir, em sua obra “O Segundo Sexo” (1949), considerada inovadora na temática feminista da época, defende e analisa o caráter social da desigualdade entre gêneros, excluindo possibilidades biológicas. Dessa forma, o movimento feminista propõe um espaço de discussão e contestação das desigualdades impostas pelo patriarcado, bem como combate práticas hierárquicas e dominadoras, bem como suas consequências, tais como casamento infantil, feminicídio, dependência financeira e violência sexual (RIBEIRO; NOGUEIRA; MAGALHÃES, 2021). No entanto, apesar dos avanços proporcionados pelas ondas feministas e mudanças legislativas e sociais, a sociedade hodierna brasileira ainda é marcada por práticas de discriminação de gênero, a qual é acirrada pelas desigualdades raciais e socioeconômicas vividas no país, tornando o Brasil e, sobretudo, a região do Vale do Jequitinhonha, áreas marcadas pela vulnerabilidade social feminina. Entre as questões sociais que perpassam a desigualdade entre gêneros no Brasil, destacam-se a susceptibilidade e dependência financeira das mulheres quanto aos homens e o prejuízo à saúde da mulher devido às formas de violência que tal prática implica. Por isso, a orientação e oferta de atividades que possam funcionar como laborais para mulheres às margens da sociedade têm capacidade de romper com paradigmas sociais de dependência, incapacidade e fragilidade feminina, corroborando para o encerramento de relações abusivas, violência sexual, moral e física, feminicídio e dominância financeira. Ademais, o conhecimento de aspectos sobre o corpo e a saúde feminina somam-se ao combate da desinformação acerca de seu próprio corpo, muitas vezes tratado como objeto ou apenas meio de reprodução. Nesse sentido, pensando nas temáticas de grande relevância acerca da saúde da mulher, no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2019a). Na série histórica das taxas de mortalidade do Brasil e regiões, é possível observar tendência ascendente ao longo das últimas décadas, com certa desaceleração e estabilização nas regiões Sul e Sudeste e aumento nas demais regiões, entre os anos de 2000 e 2015. Assim, este projeto de extensão visa atuar no combate à vulnerabilidade socioeconômica e cultural feminina, como também contribuir no combate a desinformação sobre saúde da mulher, neste atual ciclo a temática escolhida é “Saúde da mama e prevenção ao câncer de mama”. Serão promovidos debates, rodas de conversa, oficinas de capacitação em atividades que gerem renda para mulheres vulneráveis da cidade de Diamantina, Minas Gerais. Tal ação, a partir dos princípios de integração do tripé universitário de ensino-pesquisa-extensão e de multidisciplinaridade, tem potencial em agir, direta e indiretamente, na emancipação financeira, acesso à saúde, autoconhecimento e diminuição das taxas de violência contra a mulher, em suas diversas formas.


Justificativa

O Vale do Jequitinhonha é reconhecido por ser uma das regiões de extrema carência social no país, em que grande parte da sua população apresenta deficiências econômicas que impedem uma vida digna na garantia das necessidades básicas, sendo muitas das famílias chefiadas apenas por mulheres. Segundo Pinto et al. (2010) tem ocorrido um crescimento significativo de famílias monoparentais, em especial dessas onde a mulher assume a chefia do domicílio. Ademais, dentro das camadas mais pobres da população, esses tipos de famílias geralmente estão associadas às situações de maior vulnerabilidade econômica, em consequência da ocupação de postos de trabalho com baixa remuneração (Carvalho, 1998). Pensando no contexto da saúde das mulheres, em 2010, a macrorregião Jequitinhonha, na qual o município de Diamantina está inserido, foi responsável por 1,1% (204) das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. Dentre essas neoplasias, algumas são passíveis de prevenção, como a do câncer de mama, que foi responsável por 9 óbitos nesse mesmo ano (INCA,2014). Segundo dados do DATASUS (2022), apenas 869 mulheres realizaram a mamografia no ano de 2022 no município de Diamantina como uma forma de rastrear o câncer de mama. A mamografia com finalidade diagnóstica pode ser solicitada pelo SUS em qualquer idade, porém não é o único método indicado. Em muitos casos, em especial nas mulheres jovens, é dada preferência à ultrassonografia para investigação inicial, em função da maior densidade mamária e do consequente limite da mamografia para avavaliar lesões suspeitas neste grupo (INCA, 2022) . Em 2021, foram realizadas 3.497.439 mamografias em mulheres no SUS, sendo 351.509 mamografias e 3.145.930 mamografias de rastreamento, ou seja, quando é indicada para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, uma vez a cada dois anos. As evidências científicas mostram que o rastreamento nessa faixa etária é capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama, razão pela qual as ações de controle devem ser voltadas para ampliação da cobertura na faixa etária alvo (Migowski e Corrêa, 2020). Sendo assim, as intervenções que empoderam as mulheres e que estão integradas com a educação, a economia e a política, mostram importante interferência na qualidade de vida, na autonomia e na autoridade das mulheres em vários assuntos, assim como na melhoria da saúde e qualidade de vida. Considerando a escassez de recursos, sistemas de saúde que funcionam mal e pobreza presentes no Vale do Jequitinhonha, torna-se importante a disseminação de informação e melhoria do acesso à saúde para as mulheres elegíveis da mamografia de rastreamento com a finalidade de diminuir o óbito resultante do câncer de mama nesse público. Nesse contexto, a Universidade pode intervir tornando-se uma importante ferramenta de inclusão social e econômica, promovendo, por meio do eixo extensão, a geração de oficinas de atividades que gerem renda e informação para essas mulheres, contribuindo para emancipação, autoestima, saúde e sustento de suas famílias


Objetivos

Objetivo geral Oferecer educação em saúde e capacitação laboral às mulheres em vulnerabilidade social de Diamantina. Objetivos específicos ● Promover grupos de apoio e de interação social entre as mulheres em vulnerabilidade social; ● Promover a saúde biopsicosociocultural das mulheres; ● Desenvolver oficinas de capacitação laboral com as habilidades das mulheres; ● Instruir ao autocuidado com a saúde e orientar sobre o câncer de mama; ● Contribuir no combate à vulnerabilidade social e econômica;


Metas

Promover encontros entre as mulheres para trocas de vivências e apoio entre as vítimas; ● Ministrar aulas de desenvolvimento de habilidades para que as acolhidas possam adquirir novas atividades e fontes de renda; ● Promover a saúde biopsicosociocultural das mulheres; ● Melhoria no acesso à informação sobre a saúde da mulher; ● Redução de comorbidades nas mamas nas mulheres de Diamantina; ● Melhoria na educação à saúde das mulheres no contexto do autocuidado com as mamas; ● Redução da desigualdade social no âmbito do acesso à saúde e exames complementares.


Metodologia

Inicialmente, os discentes envolvidos no projeto realizarão semanalmente revisão de bibliografia e encontros virtuais, síncronos, pela plataforma Google Meet, para planejamento de ações, através do delineamento das atividades a serem ofertadas e da busca de voluntários e parcerias que possam oferecer atividades diversas. Além disso, os discentes receberão capacitação sobre os diferentes assuntos que serão abordados através de encontros mensais sobre as temáticas das intervenções, com aulas ministradas por discentes e docentes que atuem na área da saúde da mulher, pela plataforma Google Meet, de forma síncrona. Após reuniões de planejamento e de capacitação, serão iniciadas as abordagens com o público-alvo por meio de oficinas a cada 03 meses, totalizando 04 oficinas, com duração estimada de cerca de 3 horas, realizadas no espaço fornecido pelo Programa Saúde em Ação no bairro Cidade nova de Diamantina, através de agendamento prévio pela professora coordenadora do projeto. Os encontros serão coordenados por discentes integrantes do projeto, que estarão presentes em duplas ou trios. Duas oficinas serão voltadas para a capacitação das mulheres, onde ocorrerão dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, e oficinas de atividades, como cuidados em saúde da mulher, aprendizagem de artesanato e práticas de exercícios físicos assistidas por profissionais capacitados; que terão como intuito a autovalorização e aumento da autoestima das vítimas, além do empoderamento feminino. Ademais, essas ações irão promover maior interação e criação de vínculo entre as mulheres, para que, no decorrer dos encontros, elas desenvolvam suas relações sociais. As outras duas oficinas serão com temáticas voltadas para a saúde da mulher e o câncer de mama. Uma oficina será sobre a mama jovem e a outra a mama nas mulheres mais maduras. Ocorrerão dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, oficinas de atividades e orientação sobre a realização dos exames de mama. Para trabalhar no combate à vulnerabilidade social e econômica presente na vida das mulheres, será sorteada em cada oficina uma cesta básica para uma participante da atividade do dia.A divulgação do projeto será feita tanto nas mídias sociais, por meio de postagens no Instagram, quanto pelo Programa Saúde em Ação, após anuência da instituição, através da afixação de cartazes com informações básicas e contato, bem como distribuição de panfletos informativos. Também será criado um contato de telefone pelo Whatsapp, para facilitar o contato do projeto pelas participantes e/ou interessadas. A divulgação de local, data e horário dos encontros será feita com antecedência através das mídias sociais supracitadas. Durante as oficinas, serão aplicados ainda formulários socio epidemiológicos às mulheres participantes do projeto, para a avaliação do perfil da população alvo. Para realizar essa coleta, as mulheres devem estar de acordo com a utilização dos seus dados por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Ao final do projeto esses dados serão tabulados e analisados e incluídos no relatório final. Serão realizadas reuniões de orientação com a professora coordenadora quinzenalmente, síncronas, de forma virtual pela plataforma Google Meet, para delimitação e organização de atividades bem como orientações acerca da execução do projeto, de forma a promover acompanhamento contínuo e longitudinal dos alunos. A professora coordenadora realizará feedback mensal dos alunos e aplicará escala de atitudes, que avalia pontualidade e assiduidade, relacionamento com a equipe, interesse pelas atividades desenvolvidas, aproveitamento do projeto, além de desenvoltura, iniciativa e criatividade. Por fim, os discentes participantes do projeto confeccionarão relatórios mensais das atividades realizadas e temáticas abordadas nos encontros, de modo a reforçar a aprendizagem teórico-prática, reforçando a indissociabilidade do eixo ensino-pesquisa-extensão.


Referências Bibliográficas

BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo – a experiência vivida. 4 ed. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1980. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS (Departamento de Informática do SUS). c2008. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em: 05 out. 2024. CARVALHO, L. Familia chefiada por mulheres: relevância para uma política social dirigida. Revista Serviço Social e Sociedade, ano 19, n. 57, p.74-98, julho. 1998. DYBLE, M. et al. Sex equality can explain the unique social structure of hunter-gatheres bands. Science, v. 348, n. 6236m p. 796 - 798, 2015. Disponível em: < http://www.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/science.aaa5139 >. Acesso em: 06 out. 2024. FACULDADE DE MEDICINA UFVJM-CAMPUS DIAMANTINA. Perfil do egresso. Projeto Pedagógico do Curso de Medicina. Diamantina, 2017. INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014. Disponível em: <http:// www.inca.gov.br/wcm/dncc/2013/apresentacaoestimativa-2014.pdf>. Acesso em: 10 out. 2024. INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Dados e Números sobre câncer de mama: Relatório anual 2022. Rio de Janeiro: INCA, 2022 PINTO, R. M. F et al. Condição feminina de mulheres chefes de família em situação de vulnerabilidade social. Revista de Serviço Social e Sociedade. n. 105, p. 167-179, jan./mar. 2011. RIBEIRO, D.; NOGUEIRA, C.; MAGALHÃES, S. I. As ondas feministas: continuidades e descontinuidades no movimento feminista brasileiro. Revista de Ciências Humanas e Sociais, 2021. Disponível em: < https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/136148/2/496080.pdf > . Acesso em: 08 out. 2024.


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

O projeto “Sempre-Vivas: Acolhimento às Mulheres em Vulnerabilidade Social em Diamantina/MG” representa um modelo de interação dialógica entre a universidade e a sociedade, utilizando a extensão universitária como ferramenta de impacto social. Por meio de atividades voltadas à saúde, capacitação profissional e fortalecimento da autonomia feminina, o projeto busca atender mulheres em situação de vulnerabilidade social, contribuindo diretamente para a redução de desigualdades e para a melhoria da qualidade de vida na região do Vale do Jequitinhonha. Essa interação é caracterizada pela colaboração entre estudantes de Medicina, docentes e a comunidade. Os estudantes desempenham um papel ativo, participando desde o planejamento até a execução das atividades, o que reforça a integração do ensino, pesquisa e extensão. A troca de saberes é central: enquanto a universidade oferece conhecimentos técnico-científicos sobre saúde e capacitação, aprende-se com as vivências e demandas reais das mulheres atendidas, promovendo um diálogo horizontal. As ações realizadas, como oficinas de cacapacitação laboral, debates sobre saúde da mulher e conscientização sobre o câncer de mama, têm efeitos transformadores tanto para as participantes quanto para os estudantes. Para as mulheres, o projeto oferece oportunidades de empoderamento, melhora no acesso à informação e saúde, e possibilidades de geração de renda. Já os estudantes desenvolvem competências humanas, éticas e sociais fundamentais à prática médica, tornando-se profissionais mais sensíveis às realidades da população. Assim, o “Sempre-Vivas” é um exemplo concreto de como a universidade pode atuar como agente de transformação social, fortalecendo os laços com a comunidade, promovendo inclusão e cumprindo seu papel de responsabilidade social, especialmente em contextos marcados por desigualdades econômicas e de gênero.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

A interdisciplinaridade e a interprofissionalidade no Projeto "Sempre-Vivas" se manifestam por meio da integração de diferentes áreas do conhecimento e práticas profissionais para abordar as complexas vulnerabilidades enfrentadas pelas mulheres em Diamantina, Minas Gerais. A presença de estudantes de Medicina, capacitados com conhecimentos abrangentes em saúde da mulher, é complementada por oficinas práticas que envolvem dinâmicas sociais, atividades educativas e treinamento em habilidades que promovem a saúde biopsicosociocultural e a emancipação financeira. Esse diálogo entre saúde, educação e trabalho possibilita um atendimento mais holístico e humanizado, fundamental para enfrentar questões como desinformação, dependência econômica e falta de acesso à saúde. A abordagem interprofissional é fortalecida pela colaboração de diversos especialistas e parcerias comunitárias, como o Programa Saúde em Ação, que amplia o impacto das oficinas e ações do projeto. Profissionais convidados de áreas diversas, como saúde, educação e artesanato, trabalham em conjunto com os estudantes para oferecer atividades integradas que combinam educação em saúde, práticas de autocuidado e desenvolvimento de habilidades laborais. Esse modelo reforça a capacidade do projeto de abordar os múltiplos determinantes sociais da saúde, enquanto promove o empoderamento feminino e a redução das desigualdades estruturais na região.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

A indissociabilidade entre pesquisa e extensão é fundamental para alcançar os objetivos do projeto e fortalecer o impacto acadêmico e social. A pesquisa serve como base para as atividades extensionistas, fornecendo embasamento teórico e metodológico às práticas realizadas. Por outro lado, as atividades de extensão geram informações valiosas que retroalimentam a pesquisa. Durante os workshops, aulas práticas e treinamentos, são coletados dados qualitativos e quantitativos, como relatos dos participantes e observações sobre os efeitos das atividades no bem-estar mental e na coesão social. Esses resultados são analisados e incorporados à produção científica, permitindo uma compreensão mais ampla sobre as dinâmicas entre arte, saúde e integração. Essa interação reforça o tripé ensino-pesquisa-extensão, proporcionando aos estudantes uma formação prática e multidisciplinar, enquanto a comunidade se beneficia de ações que promovem bem-estar e inclusão. Além disso, a extensão possibilita o contato direto entre a universidade e a sociedade, permitindo que o conhecimento acadêmico seja aplicado para resolver problemas reais, como o isolamento social e o estresse psicológico. Por meio dessa abordagem, o projeto não apenas fortalece o vínculo entre pesquisa e extensão, mas também promove a transformação social, a inovação científica e a formação de profissionais comprometidos com a cidadania, a saúde integral e a construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária.


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

O Projeto Sempre Vivas tem dentre seus objetivos o compartilhamento de informações sobre o câncer de mama e acesso a serviços de saúde, bem como promover o empoderamento feminino, incentivar a prática de atividades físicas e o aprendizado de outras formas de trabalho, por meio de oficinas e encontros. Sendo essencial o papel dos estudantes para a organização, preparo, estudo-prévio e orientação das ações. A participação dos estudantes neste projeto de extensão, permite que coloquem em prática o aprendizado sobre os aspectos biopsicossociais discutidos dentro da sala de aula. Assim como, já sejam sensibilizados para as necessidades da população, de modo que consigam organizar e realizar ações didáticas e acessíveis. Desse modo, permite que sejam formados profissionais médicos humanizados, empáticos, com base teórico-prática, dialogando com os preceitos médicos prezados pela Faculdade de Medicina UFVJM-Diamantina, em que relata que o profissional generalista deve apresentar capacidades críticas e reflexivas, de liderança, administrativa e de gerenciamento.


Impacto e Transformação Social

Por meio do projeto, haverá um impacto significativo no enfrentamento das desigualdades sociais que atingem as mulheres em situação de vulnerabilidade no município de Diamantina, Minas Gerais. Por meio de ações sistemáticas de educação em saúde e capacitação laboral, o projeto contribui para o empoderamento feminino e a redução da dependência econômica, elementos fundamentais para romper ciclos de violência e exclusão social. A promoção do autocuidado e da conscientização sobre saúde da mulher, especialmente no âmbito da prevenção ao câncer de mama, configura-se como estratégia essencial para o fortalecimento da autonomia e da autoestima das participantes. Além disso, a criação de espaços de apoio e interação social promove o desenvolvimento de redes solidárias, reforçando o sentimento de pertencimento e segurança, com impactos diretos na qualidade de vida das mulheres atendidas. No plano comunitário, o projeto evidencia seu potencial transformador ao fomentar inclusão social e ampliar o acesso a serviços de saúde e educação, especialmente em uma região historicamente marcada pela vulnerabilidade, como o Vale do Jequitinhonha. Por meio de uma abordagem interdisciplinar e interprofissional, que articula estudantes de Medicina, profissionais convidados e parcerias institucionais, o Projeto Sempre-Vivas contribui para a redução das disparidades estruturais e para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à equidade de gênero e ao desenvolvimento social. Assim, o projeto transcende sua atuação direta, consolidando-se como uma iniciativa replicável e capaz de inspirar modelos de intervenção social integrados e sustentáveis em contextos de alta vulnerabilidade


Divulgação

Será divulgado pela ESF e pelos acadêmicos envolvidos


Público-alvo

Descrição

Mulheres da cidade de Diamantina/Minas Gerais, principalmente as que se encontram em vulnerabilidade social.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

ENCONTROS PERIÓDICOS PARA ACOLHIMENTO GRUPAL E TROCA DE EXPERIENCIAS POR MEIO DE DINÂMICAS DE GRUPO E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES QUE GEREM RENDA ALEM DE OFICINAS DE EDUCAÇÃO EM SAUDE DA MULHER.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 300 h

Carga Horária 30 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Serão realizadas reuniões de orientação com a professora coordenadora mensalmente, síncronas, pela plataforma Google Meet, para delimitação e organização de atividades bem como orientações acerca da execução do projeto, de forma a promover acompanhamento contínuo e longitudinal dos alunos. A professora coordenadora realizará feedback mensal dos alunos e aplicará escala de atitudes, que avalia pontualidade e assiduidade, relacionamento com a equipe, interesse pelas atividades desenvolvidas, aproveitamento do projeto, além de desenvoltura, iniciativa e criatividade.

Carga Horária 60 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade:Os discentes realizarão revisão de literatura sobre a temática do projeto, para um melhor embasamento das informações a serem compartilhadas com as participantes do projeto e estímulo à aprendizagem através da correlação teórico-prática.

Carga Horária 30 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade:Os discentes envolvidos no projeto realizarão quinzenalmente reuniões para planejamento de ações, através do delineamento das atividades a serem ofertadas, planejamento de temas e abordagens de cada intervenção.

Carga Horária 30 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade:Busca de voluntários e parcerias que possam oferecer atividades diversas durante os grupos de intervenção.

Carga Horária 30 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade:Dinâmicas de grupo, como rodas de conversa entre as integrantes e com profissionais convidados, oficinas de atividades, abordagem de temas como cuidados em saúde da mulher, câncer de mamas e exames de imagem, aprendizagem de artesanato e práticas de exercícios físicos assistidas por profissionais capacitados.

Carga Horária 30 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Confecção de material virtual e físico para divulgação do projeto, que será realizada por meio de mídias sociais, da afixação de cartazes com informações básicas e contato, e distribuição de panfletos informativos. Também será criado um contato de telefone pelo Whatsapp, para facilitar o contato do projeto pelas participantes e/ou interessadas.

Carga Horária 60 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade:? Os discentes participantes do projeto confeccionarão relatórios mensais das atividades realizadas e temáticas abordadas nos encontros, de modo a estimular a aprendizagem teórico-prática, reforçando a indissociabilidade do eixo ensino-pesquisa-extensão

Carga Horária 30 h
Periodicidade Quinzenalmente
Período de realização
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Descrição da atividade: ? Confecção de material virtual e físico para divulgação do projeto, que será realizada por meio de mídias sociais, da afixação de cartazes com informações básicas e contato, e distribuição de panfletos informativos. Também será criado um contato de telefone pelo Whatsapp, para facilitar o contato do projeto pelas participantes e/ou interessadas.