Visitante
Biotecnologia para futuros cientistas
Sobre a Ação
202203001156
032022 - Ações
Projeto
RECOMENDADA
:
EM ANDAMENTO - Normal
03/03/2025
30/11/2025
202104000012 - Programa de Educação Tutorial - PET - Estratégias para Diminuir a Retenção e a Evasão
Dados do Coordenador
leida calegário de oliveira
Caracterização da Ação
Ciências Biológicas
Educação
Educação
Desenvolvimento regional
Municipal
Não
Sim
Não
Fora do campus
Integral
Não
Membros
Assuntos relativos às Ciências estão no cotidiano das pessoas. Entretanto, muitos debatem o tema, mas têm dificuldades de contrapor argumentos anticientíficos. A biotecnologia está presente no nosso dia-a-dia e permite o desenvolvimento de tecnologias e produtos para facilitar e melhorar a vida e a saúde das pessoas. Assim, realizar ações sobre o tema que aumentem a motivação e o engajamento, despertando vocações e interesses pode contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica.
Popularização da ciência, Biotecnologia, Educação Básica, Desenvolvimento regional
O termo Biotecnologia, bio (vida), logos (conhecimento) e tecnos (utilização prática) refere-se ao uso de sistemas biológicos para construir ou modificar produtos, com finalidade de uso humano1 . Esta ciência aplica conhecimentos técnicos em diversas grandes áreas, como a medicina, a agropecuária, a indústria e o meio ambiente2 . O setor de Biotecnologia representa um mercado competitivo e amplo, que permite a circulação de grandes montantes de recursos financeiros, não apenas em países desenvolvidos3. Instigar a curiosidade de jovens pela biotecnologia pode ser uma estratégia para atraí-los para as áreas das ciências. E para trabalhar a biotecnologia junto a tais jovens, pode-se utilizar de momentos extra-sala, já que a aprendizagem pode acontecer não apenas em situações formais, mas também informais de ensino. Essa possibilidade do novo pode até despertar um maior interesse e motivação do estudante. As olimpíadas científicas e os cursos preparatórios para as mesmas podem ser mecanismos de promoção da aprendizagem fora do ambiente de sala de aula, sendo as primeiras utilizadas por vários países em busca de uma educação de excelência4,5,6. Isso porque estimulam o aprofundamento nos conhecimentos e nos estudos científicos de maneira individual ou coletiva, propondo um desafio construtivo e promovendo o desenvolvimento de diferentes formas de ensino6 . A Olimpíada Brasileira de Biotecnologia – OBBiotec nasceu em 2022, na UFVJM, em busca de promover o aumento do conhecimento dos participantes nas áreas de ciências e biotecnologia, além de identificar potencialidades dentre estes jovens, motivando-os nestas instigantes áreas do conhecimento. Esta Olimpíada foi criada para que estudantes dos anos finais do ensino fundamental II, do ensino médio e ensino técnico de escolas públicas e privadas de todo o país pudessem participar gratuitamente, sendo desafiados em temas da biotecnologia. De maneira geral, a OBBiotec possui como objetivos principais possibilitar a melhoria da qualidade da educação básica, promover uma maior aproximação das escolas com instituições públicas de ensino superior e ainda estimular o interesse dos jovens estudantes por cursos técnicos e superiores na área da biotecnologia. Nesse sentido, busca-se por meio deste projeto de extensão, ofertar um curso preparatório com o intuito de melhor preparar os estudantes dos anos finais do ensino fundamental II (oitavo e nono anos), do ensino médio e técnico para a participação na OBBiotec, bem como contribuindo para gerar um maior interesse pelo conhecimento científico pela área da biotecnologia7.
Trata-se de uma ação de extensão, tendo em vista que, segundo a Resolução 07/2018 CNE/CES do Ministério da Educação do Brasil: A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa (BRASIL, 2018). Aliado a isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) traz como papel da Educação Superior "atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares". A comunicação dos profissionais da educação básica e de seus estudantes com a universidade abre horizontes mais amplos, amplia perspectivas de acesso e favorece a apropriação da educação superior como um objetivo mais próximo e factível. A ação de extensão será ofertada a estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundametal II (oitavo e nono anos), bem como no Ensino Médio (primeiro, segundo e terceiros anos), séries escolares em que tem ocorrido as maiores quedas dos números de matrículas, bem como maiores infrequências escolares e maiores taxas de evasão, buscando o aprendizado na área de biotecnologia como ferramenta para aumentar a motivação e engajamento destes jovens com seu processo educacional, assim como o enfrentamento ao movimento anticiência. Trata-se de uma ação integrada com o ensino e a pesquisa, tendo, inclusive, o envolvimento de discentes da graduação e da pós-graduação. Assim, garante-se a integração ensino, pesquisa e extensão, bem como a soma de esforços para que a via de mão-dupla necessária às ações de extensão realmente seja efetivada.
i. Objetivo geral Contribuir para a melhoria da educação básica nacional, por meio do estímulo à aprendizagem de biotecnologia que leve ao aumento da motivação dos estudantes, à redução da evasão escolar, a busca por novas oportunidades, ao crescimento individual e o enfrentamento ao movimento anticiência. ii. Objetivos específicos • Promover o ensino de Biotecnologia, por meio de um curso ofertado gratuitamente, online, 100% EaD e assíncrono; • Despertar nos jovens matriculados nos anos finais do ensino fundamental, bem como do ensino médio, o interesse pelas disciplinas das áreas de ciências, mais especificamente pela biotecnologia; • Estimular o desenvolvimento regional, a partir do fomento à melhoria da qualidade da educação básica; • Identificar, dentre os participantes, aqueles com maior potencial para atuação nas áreas de ciências e biotecnologia, estimulando-os a seguirem seus estudos em prol da futura geração de cientistas do país; • Contribuir para a ampliação do número de jovens que buscam por vagas no ensino tecnológico e também nos cursos de graduação nas áreas das ciências e biotecnologia; • Promover uma maior aproximação entre escolas de educação básica e instituições públicas de ensino superior; • Estimular a procura dos participantes por oportunidades de Iniciação Científica Júnior; • Implementar um modelo de ensino que foque na biotecnologia aplicada, relacionando com a vida cotidiana.
i. Estabelecer parcerias, buscando a construção de um curso de biotecnologia amplo, interdisciplinar, focado em atividades práticas e na contextualização com o cotidiano; ii. Divulgar o curso de Biotecnologia, estimulando a participação de estudantes de todas elas; iii. Realizar um processo de monitoramento do curso executado, buscando correções de fragilidades em edições posteriores; iv. Envolver estudantes dos cursos de graduação e pós- graduação da UFVJM no desenvolvimento do projeto; v. Atingir um número de participantes de, no mínimo, 50 cursistas.
O projeto para oferta do curso de Biotecnologia será realizado, seguindo as seguintes etapas: a) Desenvolvimento do curso: o curso será construído com base em temas propostos abaixo: • DNA e genomas: o genoma em nós e nos demais seres vivos; • DNA e informações por ele determinadas; • Produzindo proteínas; • Antibióticos: da penicilina à última geração; • Engenharia genética; • Marcadores moleculares e o teste de paternidade; • Sequenciamento de DNA e melhoramento genético; • Clonagem: da Dolly aos dias atuais; • Ética envolvendo estudos genéticos; • Transplante de células tronco; • Medicamentos biotecnológicos; • Terapia celular (Chimeric Antigen Receptor -CAR); • Desenvolvimento e produção de soros e vacinas; • Biotecnologia para o diagnóstico de doenças; • Terapias gênicas; • Órteses e próteses; • Reprodução artificial; • Biotecnologia para a produção de alimentos; • Biocombustíveis; • Biotecnologia para o desenvolvimento de cosméticos; • Biotecnologia para preservação ambiental; • Biorremediação; • Bioterrorismo; • Dentre outros. b) Serão disponibilizadas ao participante informações quanto a possibilidades de continuidade de estudos na área em nível técnico e superior. e) Realização da avaliação final do curso: nesta etapa será disponibilizado para participação dos estudantes, via Google Forms, um questionário para que estes posam avaliar o curso oferecido, bem como propor melhorias para as edições futuras. A carga horária total deste curso inclui todas as atividades acima descritas, somando um total de 30h. Os participantes, como já citado anteriormente, serão estudantes do oitavo e nono ano, bem como do Ensino Médio. Caso os docentes tenham interesse no curso, será possibilitada também sua participação, de modo que estes conheçam os assuntos trabalhados, podendo utilizar-se de exemplos e materiais em suas atividades de aula. Não haverá atividade presencial. Todos os materiais utilizados no curso, bem como outros materiais de apoio, cronogramas, vídeo-aulas, dentre outros, serão disponibilizados aos participantes em aba do site da OBBiotec, especificamente construída para esse fim. Todas as aulas ofertadas serão gravadas, desde que haja o consentimento dos ministrantes e participantes, sendo as mesmas depositadas no YouTube (na modalidade não listado), sendo posteriormente disponibilizadas aos participantes pelo site. A sistemática de acompanhamento e avaliação será feita por meio de i) monitoramento do cumprimento das atividades, ii) avaliações diagnósticas e de encerramento do curso, realizadas via Google Forms; iii) acompanhamento dos seguintes indicadores: * Índice de aprovação da ação ofertada (será mensurado a partir de questionário de avaliação do curso aos participantes). * Índice de estudantes que concluíram o curso. Serão certificados pela Proexc apenas os participantes que cumprirem 100% das atividades do curso. De acordo com o parágrafo único do Art. 1º da Resolução CNS 510/2016, as pesquisas abaixo não passarão pela avaliação do sistema CEP/CONEP: Parágrafo único. Não serão registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP: [...] VII - pesquisa que objetiva o aprofundamento teórico de situações que emergem espontânea e contingencialmente na prática profissional, desde que não revelem dados que possam identificar o sujeito; e VIII – atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação, de curso técnico, ou de profissionais em especialização. §1° Não se enquadram no inciso antecedente os Trabalhos de Conclusão de Curso, monografias e similares, devendo-se, nestes casos, apresentar o protocolo de pesquisa ao sistema CEP/CONEP; §2° Caso, durante o planejamento ou a execução da atividade de educação, ensino ou treinamento surja a intenção de incorporação dos resultados dessas atividades em um projeto de pesquisa, dever-se-á, de forma obrigatória, apresentar o protocolo de pesquisa ao sistema CEP/CONEP. (BRASIL, 2016). Desta forma, em caso de decidir-se pela realização de atividades de pesquisa vinculadas a este projeto que configurem necessidade de apreciação ética, esta será solicitada ao sistema CEP/CONEP.
1 CARNUT, Leonardo et al. Biotecnologia e saúde pública: suas interfaces teórico-conceituais e contribuições para pensar a Odontologia neste diálogo. Revista Gestão & Saúde, 2019, 10.1: 43-59. 2 BRASIL. Decreto nº 6041, de 8 de fevereiro de 2007. Institui a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia, cria o Comitê Nacional de Biotecnologia e dá outras providências. 3 PASSOS, Fernando; MASSABNI, Antônio Carlos; BARBOZA, Ricardo Augusto Bonotto. O Impacto do Covid 19 na Alteração do Marco Regulatório Brasileiro Aplicado a Produtos e Processos na Área de Biotecnologia. Revista Jurídica, 2020, 5.62: 635-652 4 NASCIMENTO, M. G.; PALHANO, D. OEIRAS, J. Y. Y. Competições escolares: uma alternativa na busca pela qualidade em educação. In: Workshop em Informática na Educação, SBIE 2007. Anais. São Paulo, 2007. 5 QUADROS, A. L.; et al. Ambientes colaborativos e competitivos: o caso das olimpíadas científicas. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 22, n. 48, p. 149-163. Cuiabá, 2013. 6 XAVIER, W. A., et al. Olimpíadas científicas - a informática como instrumento de melhoria de qualidade de vida e de aprendizagem. Anais II CONIDIS, Realize Editora. Campina Grande, 2017. 7 PEREIRA, R. G., MAREGA Jr., E. A Olimpíada Brasileira de Física no Estado de São Paulo e a difusão do conhecimento na Universidade de São Paulo. Revista De Cultura E Extensão USP, 1, 37-42, 2009.
Este projeto busca induzir o participante a visualizar a biotecnologia presente no dia-a-dia, a fazer perguntas sobre o porquê das coisas, de como funcionam, como posso intervir, propondo hipóteses e vislumbrando o que a ciência já conhece. O diálogo será fomentado por meio das atividades e respostas aos questionamentos.
A interdisciplinaridade e interprofissionalidade estão trabalhadas neste projeto, relacionando as diversas áreas do conhecimento, apresentando possibilidades e exemplos.
Trata-se de uma ação integrada com o ensino e a pesquisa, tendo o envolvimento de discentes da graduação e da pós-graduação. Assim, garante-se a integração ensino, pesquisa e extensão, bem como a soma de esforços para que a via de mão-dupla necessária às ações de extensão realmente seja efetivada.
Estudantes de diversos cursos de graduação poderão participar deste projeto. A formação na área da licenciatura, Sistemas de Informação e Saúde serão priorizadas, tendo em vista os temas a serem trabalhados, como anteriormente citado. Assim, a formação do discente estará em consonância com os tópicos trabalhados no curso, de modo que este possa contribuir com o processo de ensino-aprendizagem do estudante das escolas de Educação Básica. Além disso, os discentes da UFVJM serão sempre vinculados para a realização do trabalho sob tutoria de um docente (integrante da equipe e que atue na mesma área de sua formação ou em área afim), de modo que o discente da UFVJM possa aprender sobre a análise de problemas enfrentados pelas Escolas, sobre os fatores motivadores ou desmotivadores que envolvem os estudantes da educação básica, bem como possa contribuir com a proposição de possíveis soluções, tornando-se mais engajado com a realidade da comunidade externa, tornando-se mais proativo. Desta forma, antes da realização das atividades, os discentes serão capacitados e acompanhados pelos docentes-tutores, bem como pela coordenação do projeto. Os discentes acompanharão e participação de todas as etapas do projeto, quais sejam sua organização, desenvolvimento e oferecimento aos participantes, análise de dados, bem como redação de artigo/relatórios. Desta forma, o curso contribuirá também para a formação do discente extensionista em termos de conhecimentos na área da biotecnologia.
Espera-se impactar a qualidade da educação básica nacional, melhorando indicadores nos diversos níveis de ensino (fundamental 2, ensino médio e técnico), além de envolver os estudantes com a pesquisa científica e com a análise dos progressos e inovações na área da biotecnologia, estimulando-os a se engajarem nesta área.
Site e Instagram da OBBiotec.
Público-alvo
Estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental II; estudantes do Ensino Médio e estudantes do Ensino Técnico.
Municípios Atendidos
Diamantina - MG
Parcerias
Nenhuma parceria inserida.
Cronograma de Atividades
Carga Horária Total: 120 h
- Manhã;
- Tarde;
Organização
- Manhã;
- Tarde;
Divulgação, execução e acompanhamento do curso; provisão de respostas aos questionamentos dos participantes
- Manhã;
- Tarde;
Elaboração do relatório final e lista de certificados para os participantes