Detalhes da ação

CRIANÇA FELIZ: Promoção à Saúde das Crianças da Casa-Lar de Diamantina-MG

Sobre a Ação

Nº de Inscrição

202203001198

Tipo da Ação

Projeto

Situação

RECOMENDADA :
EM ANDAMENTO - Normal

Data Inicio

01/03/2025

Data Fim

31/12/2025


Dados do Coordenador

Nome do Coordenador

louise lanna nunes

Caracterização da Ação

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Área Temática Principal

Saúde

Área Temática Secundária

Saúde

Linha de Extensão

Infância e adolescência

Abrangência

Local

Gera Propriedade Intelectual

Não

Vínculada a Programa de Extensão

Não

Envolve Recursos Financeiros

Não

Ação ocorrerá

Fora do campus

Período das Atividades

Manhã

Atividades nos Fins de Semana

Não


Redes Sociais

criancafeliz.ufvjm

Membros

Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Tipo de Membro Interno
Carga Horária 40 h
Resumo

Promover acompanhamento médico de qualidade às crianças acolhidas na Casa-Lar, integrando à assistência atividades de estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor, capacitação dos profissionais da instituição e orientações aos responsáveis legais para a reintegração familiar.


Palavras-chave

Saúde infantil, casa de abrigo, capacitação de cuidadores


Introdução

A Casa-Lar é um espaço de acolhimento temporário voltado para a proteção integral e garantia de direitos de crianças que, por diferentes razões, precisam ser afastadas provisoriamente de suas famílias. Esse acolhimento ocorre em um ambiente estruturado como uma residência, onde cuidadores e educadores prestam assistência diária, criando vínculos e assegurando um suporte adequado para o desenvolvimento das crianças. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o objetivo dessas instituições é proporcionar proteção e segurança para crianças que já tiveram seus direitos violados(BRASIL,1990). Além disso, a Casa-Lar busca oferecer um ambiente acolhedor e familiar, possibilitando a conexão das crianças com a comunidade e os serviços disponíveis na região onde a instituição está inserida. No entanto, situações de vulnerabilidade social podem afetar negativamente o bem-estar físico, cognitivo e emocional desses menores. Muitas das crianças acolhidas em instituições como a Casa-Lar chegam sem um acompanhamento médico adequado, tanto no período gestacional e neonatal quanto ao longo da infância. Dessa forma, é comum que apresentem problemas de saúde relacionados à ausência de cuidados médicos regulares e à falta de um suporte familiar estruturado. Dentre os principais desafios enfrentados, destacam-se os atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor e dificuldades de aprendizado. A Casa-Lar de Diamantina é uma organização filantrópica que abriga temporariamente crianças de 0 a 12 anos de idade, independentemente do gênero, até que possam retornar ao convívio familiar. Atualmente, a instituição abriga 13 crianças, sendo 7 meninos e 6 meninas. Sua gestão é realizada por uma coordenadora e uma administradora, contando ainda com o suporte de uma assistente social e duas psicólogas. Além disso, a equipe de cuidados inclui cinco cuidadoras durante o dia, duas à noite, quatro auxiliares de cuidadoras em escala e uma profissional responsável pelos serviços gerais. Apesar da estrutura oferecida, essas crianças necessitam de acompanhamento médico contínuo e especializado, visto que podem apresentar condições específicas, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dificuldades na fala e na linguagem e até mesmo impactos resultantes da exposição a substâncias químicas durante a gestação. Dessa forma, torna-se essencial a implementação de ações voltadas para a promoção da saúde e do bem-estar infantil. Diante desse cenário, o projeto Criança Feliz: promoção à saúde das crianças da Casa-Lar de Diamantina-MG tem como proposta oferecer suporte à instituição por meio da realização de consultas médicas voltadas à puericultura e de atendimentos conforme a demanda. Além disso, serão desenvolvidas atividades para estimular o desenvolvimento neuropsicomotor, capacitar os cuidadores e educadores da instituição e orientar os responsáveis legais no momento da reintegração da criança à família. O projeto será pautado na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Assim, além das ações assistenciais, será conduzido um estudo para avaliar o impacto da capacitação dos profissionais da Casa-Lar no atendimento às crianças. Do mesmo modo, a formação dos acadêmicos será estimulada por meio de aulas teóricas e discussões clínicas, permitindo uma abordagem individualizada das necessidades médicas de cada criança atendida.


Justificativa

O ECA estabelece que toda criança deve ser protegida e assistida pela família, pela sociedade e pelo Estado (BRASIL, 1990). No entanto, em muitas situações, a estrutura familiar não garante essa segurança, fazendo com que o Estado assuma essa responsabilidade por meio de serviços de acolhimento, conselhos tutelares e assistência social. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) apontam que, em fevereiro de 2025, 33 mil crianças viviam em instituições de acolhimento no Brasil. Entre os principais motivos para a separação do núcleo familiar estão negligência, abandono, violência e extrema vulnerabilidade social. (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2025) O ECA estabelece que toda criança deve ser protegida e assistida pela família, pela sociedade e pelo Estado (BRASIL, 1990). No entanto, em muitas situações, a estrutura familiar não garante essa segurança, fazendo com que o Estado assuma essa responsabilidade por meio de serviços de acolhimento, conselhos tutelares e assistência social. Dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) apontam que, em fevereiro de 2025, 33 mil crianças viviam em instituições de acolhimento no Brasil. Entre os principais motivos para a separação do núcleo familiar estão negligência, abandono, violência e extrema vulnerabilidade social. (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2025) Um estudo realizado no Ceará revelou que 65,9% das crianças acolhidas em uma instituição não haviam atingido ao menos um dos marcos de desenvolvimento esperados para sua idade, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde (CHAVES et al., 2013). Esse atraso pode ser consequência de múltiplos fatores, como exposição intrauterina a substâncias prejudiciais (álcool, drogas, desnutrição materna, doenças psiquiátricas), situações adversas ao crescimento (pobreza, violência, negligência), falta de estímulos adequados e ausência de atendimento médico regular. Esse contexto pode se repetir na Casa-Lar de Diamantina, uma vez que muitas das crianças ali acolhidas vieram de cenários de risco social e não tiveram um acompanhamento de saúde adequado antes da institucionalização. Historicamente, os primeiros abrigos infantis no Brasil foram criados para segregar crianças indígenas e filhos de escravizados. Com o tempo, esses espaços passaram a acolher órfãos, crianças abandonadas ou que enfrentavam dificuldades familiares severas (DINIZ; ASSIS; SOUZA, 2018). Durante muitos anos, essas instituições assumiram um caráter assistencialista e, em alguns casos, até punitivo, o que apenas reforçou a exclusão social. Foi com a criação do ECA que o acolhimento passou a ser estruturado dentro de uma perspectiva mais humanizada, garantindo o direito à proteção. Mesmo assim, as condições dentro dessas instituições podem variar. Em alguns casos, as crianças encontram um ambiente que oferece mais segurança e cuidados do que o lar de origem. No entanto, há situações em que a falta de profissionais qualificados, a superlotação e a carência de estímulos comprometem o desenvolvimento infantil (DINIZ; ASSIS; SOUZA, 2018). Estudos indicam que a experiência de viver institucionalizado pode gerar impactos profundos. A teoria de Winnicott, por exemplo, sugere que as crianças precisam de figuras de apego que atendam às suas demandas emocionais. Quando isso não ocorre, há um risco aumentado de sentimentos de abandono e rejeição, o que pode resultar em dificuldades emocionais, transtornos psicológicos, problemas de socialização e até propensão a comportamentos delinquentes (SILVA et al., 2021). Assim, crianças em situação de acolhimento estão mais vulneráveis a impactos emocionais negativos, tornando essencial a implementação de estratégias que promovam um suporte adequado. Diante desse contexto, o projeto Criança Feliz: promoção à saúde das crianças da Casa-Lar de Diamantina-MG busca intervir nesse cenário, promovendo o acompanhamento médico das crianças acolhidas, estimulando seu desenvolvimento neuropsicomotor e capacitando os profissionais da instituição para aprimorar os cuidados oferecidos. Além disso, serão realizadas orientações aos responsáveis legais no momento da reintegração familiar das crianças, garantindo uma transição mais segura. Com a execução desse projeto, espera-se não apenas oferecer um atendimento médico mais qualificado às crianças da Casa-Lar, mas também gerar conhecimento acadêmico aos discentes e profissionais, de modo que se possa contribuir para iniciativas semelhantes em outras instituições e para a transmissão social de informações. A produção de relatos e artigos científicos ajudará a ampliar a compreensão sobre as necessidades das crianças em acolhimento e a importância da assistência especializada, reforçando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.


Objetivos

● Fornecer assistência médica continuada às crianças residentes na Casa-Lar de Diamantina, com a realização de consultas de puericultura e sob demanda; ● Realizar práticas de estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor conforme a faixa etária de cada criança; ● Capacitar a equipe da instituição no manejo da criança, abordando temas relevantes para o desenvolvimento e crescimento infantil, como: cuidados com o recém-nascido, higiene bucal, transição alimentar, prevenção de acidentes, entre outros; ● Aplicar, na equipe, questionários sobre os temas abordados, para direcionar as discussões e avaliar a efetividade delas; ● Orientar os responsáveis legais acerca das particularidades médicas e dos cuidados com a criança no momento de retorno ao âmbito familiar; ● Informar os responsáveis quanto às ferramentas de estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor; ● Produzir conteúdo acadêmico para publicações de artigos em revistas médicas e em eventos médicos; ● Ampliar o conhecimento dos participantes acerca da área pediátrica, por meio de aulas teóricas e de discussões clínicas. ● Viabilizar o intercâmbio de experiências entre os funcionários da instituição, os discentes e os docentes envolvidos no projeto; ● Promover um olhar biopsicossocial sobre a saúde da criança; ● Proporcionar interdisciplinaridade através da participação de colaboradores de outras áreas da saúde, como odontologia e nutrição, nas intervenções a serem realizadas na instituição.


Metas

As metas principais deste projeto incluem a capacitação dos funcionários da Casa-Lar de Diamantina-MG, a promoção da saúde das crianças institucionalizadas, a ampliação dos conhecimentos dos discentes, o desenvolvimento profissional dos docentes e demais colaboradores, além do impacto positivo na sociedade em geral. Essas metas estão interligadas, influenciam-se mutuamente. Outra meta do projeto é acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças residentes, além de estimular o desenvolvimento e as habilidades por meio de atividades a serem realizadas. Os atendimentos médicos têm um enfoque na puericultura, visando prevenir, diagnosticar e intervir sobre possíveis condições clínicas. Assim, terá como meta a melhora dos parâmetros médicos desses pacientes, assim como o desenvolvimento neuropsicomotor mais satisfatório. Ademais, os discentes envolvidos na execução das atividades terão repercussão positiva direta no repertório acadêmico e social, uma vez que será possível que se adquira mais conhecimentos em Pediatria e mais experiência prática em ações comunitárias. O projeto também será relevante para o desenvolvimento de habilidades de trabalho multidisciplinar, na medida em que haverá a colaboração entre profissionais da Instituição. Busca-se contribuir para a construção da literatura acadêmica nacional. A partir dos questionários aplicados, das observações realizadas pelos discentes na vivência do projeto, do impacto do projeto e dos resultados apresentados, torna-se possível a escrita, por exemplo, sobre crianças que vivem em instituições filantrópicas. Almeja-se também a divulgação do projeto e dessa produção descrita em eventos médicos, com a finalidade de inspirar ações como essa em outros locais. A sociedade será impactada indiretamente pelo projeto, ao se considerar que um bom crescimento e desenvolvimento leva à formação de indivíduos que são capazes de desempenhar diferentes tarefas em suas comunidades de forma efetiva. O benefício para sociedade também se dará de forma indireta, na medida em que os efeitos positivos da formação dos estudantes envolvidos poderá proporcionar profissionais capazes de realizar seus papéis sociais mais eficientemente. Portanto, o projeto tem como meta fundamental intervir em diversas frentes para que as realidades dessas crianças sejam ressignificadas, de maneira que elas se tornem adultos saudáveis e capazes de vivenciar um futuro melhor do que o seu passado.


Metodologia

O projeto será realizado presencialmente na Casa-Lar, situada na Rua Dom Geraldo de Proença Sigaud, nº 115, bairro Serrano, Diamantina/MG, CEP 3910-000. As intervenções contarão com a participação de dois a três estudantes por vez, a fim de evitar aglomerações, respeitar a privacidade das crianças e minimizar impactos na rotina dos funcionários e no funcionamento da instituição. Todas as atividades serão supervisionadas por um docente responsável. De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, as consultas de puericultura devem ocorrer mensalmente até o sexto mês de vida; trimestralmente até os 18 meses; semestralmente dos 18 meses aos dois anos e, posteriormente, anualmente até o fim da adolescência. Seguindo essa recomendação, serão realizadas consultas regulares de puericultura, bem como consultas sob demanda, caso a criança apresente alguma queixa ou intercorrência que possa ser solucionada em nível ambulatorial ou necessite encaminhamento para um serviço especializado. Durante as consultas, serão avaliados o desenvolvimento neuropsicomotor e eventuais atrasos nos marcos do desenvolvimento. Quando necessário, serão fornecidas orientações sobre cuidados, estímulos e sinais de alerta, podendo ocorrer tanto individualmente quanto em grupos de discussão com os funcionários da Casa-Lar, conforme a necessidade de cada criança. As consultas serão conduzidas pelos acadêmicos sob a supervisão de um pediatra, que também avaliará os pacientes e definirá as condutas a serem adotadas. Todos os atendimentos serão devidamente registrados em prontuário próprio (Apêndice I), que será arquivado na pasta da criança e mantido na Casa-Lar. Atividades voltadas para o estímulo ao desenvolvimento serão realizadas de forma individual ou em grupos, conforme a faixa etária, a especificidade do exercício e a frequência necessária para cada caso. As intervenções serão coordenadas por discentes, docentes, residentes de Pediatria e acadêmicos convidados. As atividades serão conduzidas de maneira lúdica, mecânica e intelectual, promovendo a participação ativa das crianças. Para garantir a qualificação das funcionárias da Casa-Lar, serão realizadas capacitações mensais entre março e dezembro de 2025, com aplicação de questionários antes e após cada sessão, a fim de avaliar o impacto da intervenção. As sessões abordarão temas previamente definidos pelos extensionistas, com base nas necessidades observadas ou indicadas pela equipe da instituição. A capacitação ocorrerá por meio de reuniões presenciais de 30 a 40 minutos, utilizando dinâmicas interativas e aulas expositivas. Cada questionário conterá 10 questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada, e deverá ser respondido em até 60 minutos. Profissionais de outras áreas poderão ser convidados para contribuir com a interdisciplinaridade do projeto. Os dados coletados serão analisados estatisticamente para avaliar o cumprimento dos objetivos propostos. A capacitação dos discentes será realizada por meio de aulas teóricas e discussões clínicas sobre as especificidades médicas das crianças. As aulas, com duração entre 30 e 40 minutos, serão ministradas por docentes, residentes de Pediatria ou discentes e ocorrerão em reuniões online via Google Meet. A seleção dos temas terá como base a prática clínica e a experiência adquirida na Casa-Lar, permitindo maior aprofundamento e melhor desempenho nas atividades do projeto. As discussões clínicas ocorrerão de maneira colaborativa, visando aprimorar o atendimento e individualizar a abordagem a cada criança. Profissionais de outras áreas poderão ser convidados para aprimorar o aprendizado e auxiliar na execução das atividades. Por fim, a orientação aos pais será realizada presencialmente por meio de conversas e entrega de materiais impressos, abordando os cuidados necessários e as particularidades médicas que requerem acompanhamento. Essa abordagem visa garantir a compreensão e adesão às condutas recomendadas, promovendo um cuidado mais eficaz e individualizado para cada criança.


Referências Bibliográficas

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Painel do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Disponível em: https://paineisanalytics.cnj.jus.br/single/?appid=ccd72056-8999-4434-b913-f74b5b5b31a2&s heet=4f1d9435-00b1-4c8c-beb7-8ed9dba4e45a&opt=currsel&select=clearall. Acesso em: 24 fev. 2025. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 24 fev. 2025. CHAVES, C. M. P. et al. Avaliação do crescimento e desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 66, n. 5, p. 668-674, set. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-71672013000500005. Acesso em: 22 fev. 2025. DINIZ, I. A.; ASSIS, M. O.; SOUZA, M. F. S. D. Crianças Institucionalizadas: Um Olhar Para o Desenvolvimento Socioafetivo. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUCMinas, v. 3, n. 5, p. 261-285, mar. 2018. Disponível em: http://orcid.org/0000-0002-8687-8943. Acesso em: 20 fev. 2025. SILVA, R. C. R. et al. Desenvolvimento Infantil da Criança Institucionalizada. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], p. 15, 2021. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/696. Acesso em: 20 fev. 2025


Interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade

O contato de estudantes, cuidadores da Casa Lar, crianças e suas famílias multiplica o repetório de vivências de todas as partes à medida que o conhecimento científico sobre saúde e estímulos apropriados para as crianças convive lado a lado com as histórias das mesmas, suas perspectivas de vida e o cuidado que as envolve. Enriquece todos os envolvidos.


Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade

O projeto tem caráter interdisciplinar, que se amplia com a participação de estudantes de diferentes cursos da área da saúde da UFVJM. Essa integração possibilita a colaboração entre diversas áreas do conhecimento, enriquecendo as atividades desenvolvidas e promovendo uma abordagem mais holística no atendimento à comunidade. Além disso, a inclusão de Ligas Acadêmicas e outros Projetos vinculados à saúde fortalece ainda mais a troca de saberes e experiências, contribuindo para uma formação mais completa dos discentes e um impacto mais significativo na sociedade. Pode-se convidar discentes e docentes parceiros da fisioterapia, nutrição e enfermagem, por exemplo.


Indissociabilidade Ensino – Pesquisa – Extensão

O ensino se mostra no aprendizado em momentos de consultas dos ligantes com o pediatra responsável, a pesquisa será feita com dados coletados na Casa Lar, com escrita de artigo ao final do projeto e a extensão fica contemplada nas visitas à instituição da Casa Lar, nos momentos de troca de conhecimentos com os cuidadores (capacitações e suporte à eventuais dificuldades).


Impacto na Formação do Estudante: Caracterização da participação dos graduandos na ação para sua formação acadêmica

Pesquisas demonstram que os projetos de extensão durante a graduação são fundamentais para promover um ambiente de aprendizado dinâmico e colaborativo, permitindo uma interação horizontal entre discentes, docentes e a comunidade. Essa integração fortalece a construção coletiva das atividades propostas, tornando o estudante um agente ativo em todas as fases do projeto. Dessa forma, busca-se maximizar os benefícios proporcionados, garantindo que o acadêmico tenha uma vivência prática enriquecedora e amplie sua formação profissional e humanística. No contexto das consultas de puericultura, o estudante desempenhará um papel essencial, participando ativamente das consultas sob a supervisão do preceptor. Ele será responsável por realizar a anamnese e o exame físico da criança, desenvolvendo suas habilidades clínicas e fortalecendo sua capacidade de observação e raciocínio diagnóstico. Além disso, ao final da consulta, deverá compilar as informações relevantes e organizá-las de maneira clara e acessível para a orientação dos responsáveis legais. Esse processo visa garantir que os cuidadores compreendam as particularidades médicas da criança, contribuindo para a continuidade dos cuidados no ambiente familiar. Para reforçar essa orientação, o estudante será encarregado da elaboração de materiais impressos que serão entregues às famílias, contendo informações essenciais sobre a saúde e o desenvolvimento infantil. Outro aspecto relevante do projeto envolve a aplicação de questionários junto à equipe da Casa-Lar. O discente terá a responsabilidade de elaborar questionários, contendo dez perguntas, abordando temas pertinentes ao cuidado e desenvolvimento das crianças. Após a aplicação dos questionários, ele deverá analisar as respostas obtidas e, com base nesses dados, planejar e conduzir a capacitação dos funcionários, sempre em conjunto com o professor orientador. Essa etapa tem como objetivo aprimorar a qualidade da assistência prestada às crianças, promovendo uma abordagem mais qualificada e alinhada às necessidades do público atendido. Além dessas atividades, o estudante também terá um papel fundamental na organização e análise dos dados coletados ao longo do projeto. Após compilar as informações obtidas por meio dos questionários e das demais intervenções, ele deverá sistematizar os resultados e apresentá-los ao professor orientador. Essa etapa é essencial para a produção do artigo científico que será desenvolvido com base na experiência vivenciada, contribuindo para a disseminação do conhecimento e para a avaliação dos impactos do projeto na comunidade. Outro ponto de destaque é a atuação do estudante nas atividades voltadas ao estímulo do desenvolvimento neuropsicomotor das crianças. Ele não apenas participará diretamente dessas ações, mas também desempenhará um papel estratégico na capacitação das funcionárias da Casa-Lar, garantindo que essas práticas sejam incorporadas de maneira contínua no cotidiano da instituição. Esse processo de capacitação contribui para a sustentabilidade do projeto, assegurando que os benefícios perdurem mesmo após o encerramento das atividades.


Impacto e Transformação Social

Fortalecimento da rede de proteção à menores, aumento da capacitação dos cuidadores da Casa Lar e familiares das crianças com difusão de conhecimento para estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor, cuidados com saúde das crianças e melhora do bem estar das mesmas.


Divulgação

Instagram


Público-alvo

Descrição

Crianças de 0 a 12 anos de idade, sendo hoje 7 meninos e 6 meninas

Municípios Atendidos

Município

Diamantina - MG

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Local onde se realizarão as intervenções. A gestão da Instituição, ciente do presente projeto, autoriza, via Carta de Parceria, a realização das práticas no espaço, sendo disponibilizada toda a sua infraestrutura, como salas para consultas, espaço externo para as atividades com as crianças e materiais, a exemplo de mesas e cadeiras. Ademais, compromete-se em disponibilizar os seus funcionários para a capacitação, bem como as crianças para as consultas e para outras ações propostas.

Cronograma de Atividades

Carga Horária Total: 106 h

Carga Horária 60 h
Periodicidade Diariamente
Período de realização
  • Noite;
Descrição da Atividade

Revisão de literatura necessária para construção das ações

Carga Horária 4 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Capacitação dos profissionais da casa Lar e atividades de estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor das crianças

Carga Horária 2 h
Periodicidade Semanalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Consultas pediátricas com os alunos presentes e cuidadores da casa Lar

Carga Horária 20 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
Descrição da Atividade

Escrita e entrega do relatório parcial da pesquisa

Carga Horária 20 h
Periodicidade Mensalmente
Período de realização
  • Manhã;
  • Tarde;
Descrição da Atividade

Entrega dos resultados finais e escrita de artigo científico