Evento realizado semestralmente para acolhimento e recepção dos ingressantes dos cursos da FIH, cuja proposta de abordagem temática consistirá em refletirmos acerca de quem somos na imensidão de abrangência da UFVJM, notadamente na região do Vale do Jequitinhonha, onde se encontra lotada a FIH. A Proposta conterá um processo de conhecimento a partir de três momentos. Primeiro dia: visão da comunidade acadêmica; Segundo dia: visão da comunidade externa; Terceiro dia: diálogo entre as duas visões

Indicadores socioeconômicos; Comunidade acadêmica; Comunidade externa; Perspectivas

A SEMANA DE INTEGRAÇÃO tem um caráter de acolhimento no mesmo patamar em que deve haver a possibilidade de convidar a comunidade para uma reflexão acerca de algum ponto importante que diga respeito à nossa realidade ou quem sabe, que aponte para situações e circunstâncias quem envolve a universidade como um todo. Trata-se de um momento importante, especialmente para aqueles e aquelas que chegam e encontram um ambiente desconhecido, para outros, a chegada à universidade constitui um marco na história individual e por que não, da família e da coletividade. Um acontecimento dessa natureza deve carregar consigo uma motivação, o que denominamos de um tema provocativo. Desta feita, a SEMANA DE INTEGRAÇÃO propõe que olhemos para nós, provocados também a partir dos outros, para que tenhamos a oportunidade de refletirmos em conjunto QUEM SOMOS NÓS NESSA IMENSIDÃO, entre nós e os outros.

A proposta segue a trilha de pesquisas realizadas sobre a relação entre a nossa UFVJM e as regiões abrangidas pela sua presença, com seus campi em Unaí, Janaúba, Teófilo Otoni e Diamantina. No entanto, concentraremos nossa atenção e esforço para nos aventurarmos na descoberta sobre nós, para que minimamente tenhamos uma noção de quem somos no âmbito do Vale do Jequitinhonha, a partir de Diamantina e do seu entorno, uma vez que a Faculdade Interdisciplinar em Humanidades que se contra no campus JK. A realização da SEMANA DE INTEGRAÇÃO consiste, na verdade, em três dias, que ocorrerão nos dias 7, 8 e 9 de abril, praticamente um mês após o início do semestre letivo de 2025/1. Por mais que não queiramos reconhecer ou aceitar, somos uma comunidade acadêmica, na qual existem rotinas, liturgias internas, gestão, administração e uma cultura interna e que, muitas vezes, nos aparta do mundo fora dos quadrantes da universidade, mesmo que nós também façamos parte do mundo das relações sociais antes, durante, depois e para além da nossa existência na comunidade acadêmica.

- Colher a visão, as análises, as críticas de membros da comunidade acadêmica sobre a UFVJM; - Colher a visão, as análises, as expectativas, as críticas e demandas da comunidade externa à UFVJM; - Promover debate entre as duas visões e leitura para produzir um documento conjunto acerca da realidade e das possibilidades da UFVJM; - Refletir sobre a inserção da UFVJM e da FIH no âmbito de sua abrangência regional.

Promover as condições de possibilidade de realização do Evento SEMANA DE INTEGRAÇÃO, com o propósito de criar um ambiente propício aos calouros, bem como do corpo discente, corpo técnico e corpo docente para reflexões que aprofundem o entendimento das possibilidade de ação, da presença da UFVJM e seu papel histórico-social no Vale do Jequitinhonha.

DO PRIMEIRO DIA – O PRIMEIRO ATO – O PRIMEIRO MOMENTO Dia 7 de abril de 2025 No primeiro dia vamos deitar a observação sobre e entre todas as esferas e instâncias na nossa comunidade acadêmica. Para tanto precisamos deixar que o corpo técnico fale. Que o corpo discente fale. O que o corpo docente fale. Que os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados falem. Que os sindicatos, os centros acadêmicos, o DCE, também falem. Vamos organizar o primeiro dia com essas falas. Daremos espaço para cada um desses grupos para que possam expressar i representar as suas leituras e olhares, considerando a si mesmos no ambiente acadêmico. Contaremos também com a participação dos 4 campi. Deveremos decidir se faremos a participação presencial, o que implica trazer representantes de todas as áreas e esferas dos 4 campi para o campus de Diamantina ou, de outra forma, podemos pensar na possibilidade de que essas pessoas participem concomitantemente, na forma virtual. Assim deixaremos que todos se manifestem, cada um a seu modo, cada um a seu ritmo. DO SEGUNDO DIA – O SEGUNDO ATO – O SEGUNDO MOMENTO 8 de abril de 2025 Neste Ato, o momento será da coletividade fora da comunidade acadêmica. Faremos o possível para trazermos pessoas, movimentos, grupos sociais, instituições, pessoas que não pertencem a nenhuma organização, para que ouçamos o que têm a dizer a nosso respeito. Como nos veem, como nos enxergam, o que esperam, o que desejam, quais são, segundo elas, os nossos erros, nossas omissões, nossos esquecimentos, nossos preconceitos etc. DO TERCEIRO DIA – O TERCEIRO ATO – O TERCEIRO MOMENTO 9 de abril de 2025 Neste TERCEIRO ATO realizaremos o encontro entre as duas comunidades ou os dois coletivos – o interno e o externo. Neste dia, inicialmente, serão apresentados os principais elementos construídos em cada ato, no PRIMEIRO ATO e no SEGUNDO ATO. Serão expostos resumidamente, aquilo que cada equipe registrará e sistematizará. Em seguida, provocaremos o debate.

BIBLIOGRAFIA MYKONIOS, Atanásio, FERNANDES, Gildásio Antonio. Reflexões socioeconômicas a partir da região de abrangência da UFVJM: A UFVJM e as quatro regiões de abrangência dos campi. Programa de Pós-graduação em Ciências Humanas: FIH: UFVJM: Diamantina, 2024. ARRUDA, Rogério Pereira de Arruda, SANT’ANNA, Paulo Afranio Sant’Anna, KALIL, Thamar (Orgs.). Memórias e trajetórias: Histórias da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da UFVJM (2008-2018). Editora CRV: Curitiba – Brasil, 2024. OURIQUES, Nildo. O colapso do figurino francês - crítica às ciências sociais no Brasil. Florianópolis: Insular. 3. ed., 2015. ADORNO, Theodor. W. HORKHEIMER, Max. A indústria cultural. In Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Organizado por Michael Schröter. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.

É de importância significativa a SEMANA DE INTEGRAÇÃO, é o momento em que nossa comunidade tem a oportunidade de acolher os ingressantes e criar um ambiente de diálogo e reflexão sobre nossas realidades, as condições concretas de nosso ofício e as possibilidades de ampliarmos nossos horizontes, sempre face à sociedade em que nos encontramos e nos colocamos a serviço, por meio do ensino, das atividades extensionistas e, por fim, nossas pesquisas. Trata-se de uma proposta em que a coletividade acadêmica se defronta com a comunidade externa, isto é, com a sociedade que do lado de lá nos vê e nos pensa.

A SEMANA DE INTEGRAÇÃO envolve todos os cursos, o corpo docente, o corpo discente e o corpo técnico, com uma articulação orgânica dos temas e momentos de envolvimento em que todos terão a possibilidade de refletirem acerca dos vários aspectos que compõem a nossa realidade pedagógica, estrutural e nossa prática institucional. No que se refere à interprofissionalidade, será a grande oportunidade em que as várias áreas de conhecimento podem se apresentar de modo a constituir um espaço e ambiente interprofissional.

A SEMANA DE INTEGRAÇÃO, com o tema proposto, como eixo norteador das ações e reflexões, implica um leque que atinge o Ensino, na medida que o evento de um caráter pedagógico, de experimentar o ambiente acadêmico do ensino em termos de aprendizagem. No que concerne à pesquisa, o tema QUEM SOMOS NÓS NESSA IMENSIDÃO parte de um conjunto de pesquisas que apresentam os principais indicadores das regiões onde a UFVJM está inserida, com sues quatro campi. É a partir dessa pesquisa, que propomos mais desdobramentos para compreendermos o que somos e onde estamos e, por fim, o caráter extensionista se deve ao fato de que o evento propõe aproximar a sociedade do entorno da nossa universidade e com ela, desenvolvermos as nossas reflexões.

Esperamos que, especialmente para o corpo discente ingressante, haja a oportunidade de experimentar o verdadeiro ambiente acadêmico, os espaços de convivência, que podem ser ocupados de modo orgânico. Para o corpo discente veterano, é um momento em que encontram-se as condições de possibilidade de realização de um diálogo e ambientação capazes de fortalecer a solidariedade, a convivência e as formas de aprendizagem.

O que se espera é que o diálogo entre a comunidade acadêmica e a sociedade externa indique elementos importantes para refletirmos acerca de nossa identidade como instituição inserida no Vale do Jequitinhonha, assim como na região que circunda o município de Diamantina. É a grande oportunidade em que poderemos praticar um diálogo profícuo, deixar que a sociedade se mostre e apresente suas demandas para que esse processo seja transformado em um documento capaz de nortear o futuro da UFVJM

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